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Índice

1.0.Introdução..............................................................................................................................................2

1.1.Objectivos:............................................................................................................................................2

1.2.Geral:.....................................................................................................................................................2

1.3.Específicos.............................................................................................................................................2

1.4.Metodologia...........................................................................................................................................3

1.5.Principais tipos de tecidos: Tecido epitelial; Tecido conjuntivo; Tecido nervoso; Tecido muscular.....3

1.6.TECIDO EPITELIAL............................................................................................................................3

1.7.CARACTERÍSTICAS...........................................................................................................................4

1.8.Funções do tecido epitelial....................................................................................................................4

1.9.COMPONENTES..................................................................................................................................5

2.0.CLASSIFICAÇÃO................................................................................................................................6

2.1.TECIDO CONJUNTIVO......................................................................................................................9

2.1.Funções do tecido conjuntivo..............................................................................................................10

2.3.Classificação do tecido conjuntivo......................................................................................................10

2.4.TECIDO NERVOSO...........................................................................................................................14

2.5.Características do tecido nervoso.........................................................................................................14

2.6.Tipos celulares no sistema nervoso central..........................................................................................14

2.7.TECIDO MUSCULAR.......................................................................................................................16

2.8.Classificação do tecido muscular.........................................................................................................16

2.9.Características do tecido muscular.......................................................................................................17

3.0.Tipos de tecido muscular.....................................................................................................................19

Músculo estriado cardíaco.........................................................................................................................19

3.1.Conclusão............................................................................................................................................20

3.2.Bibliografia..........................................................................................................................................21
2

1.0.Introdução

O tecido epitelial caracteriza-se por formar agrupamentos de células que são morfologicamente
e/ou funcionalmente semelhantes e que se encontram muito próximas entre si (alta densidade
celular) devido à reduzida quantidade de matriz extracelular entre elas. Pelo fato desse material
extracelular ser quase que inexistente, os epitélios caracterizam-se também pela ausência de
vascularização própria, dependendo, desta forma, da presença do tecido conjuntivo em sua
proximidade. Nutrientes, gases e outras substâncias necessárias à atividade e sobrevivência das
células epiteliais são transportados pelo sangue contido nos vasos sanguíneos da abundante
matriz extracelular do tecido conjuntivo. Tais materiais se movem por difusão a partir dos vasos
sanguíneos, através da matriz extracelular do tecido conjuntivo, até chegarem às células
epiteliais.
Quando as células epiteliais se organizam em camadas celulares contínuas (simples ou
múltiplas), elas constituem o chamado epitélio de revestimento. Esse tipo de epitélio tem por
função prover protecção contra agentes externos (como é o caso da epiderme) ou permitir a
absorção de substâncias (como o revestimento interno dos intestinos).
1.1.Objectivos:
1.2.Geral:
 Compreender os Principais tipos de tecidos: Tecido epitelial; Tecido conjuntivo; Tecido
nervoso; Tecido muscular

1.3.Específicos
 Explicar os Principais tipos de tecidos: Tecido epitelial; Tecido conjuntivo; Tecido
nervoso; Tecido muscular

 Descrever as características do tecido epitelial

 Descrever os tipos de tecidos nervosos


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1.4.Metodologia
Para a realização do trabalho, recorreu-se a consultas bibliográficas, que constam na ultima
página do mesmo, antecedidas pela identificação das obras, recolha de informações e,
compilação dos dados em trabalho final.

1.5.Principais tipos de tecidos: Tecido epitelial; Tecido conjuntivo; Tecido nervoso; Tecido
muscular

1.6.TECIDO EPITELIAL
Segundo Kierszenbaum (2012) O tecido epitelial pode cobrir as superfícies externas (pele), o
interior dos órgãos ocos (intestinos) ou formar glândulas.

É composto por células epiteliais densamente compactadas com uma quantidade reduzida de
matriz extra-celular As células situam-se no topo de tecido conjuntivo denso irregular, a
membrana basal (MB).O epitélio é classificado de acordo com a morfologia celular e o número
de camadas celulares. Com base na morfologia, as células epiteliais podem ser pavimentosas
(escamosas), cúbicas (forma de cubo) ou cilíndricas (colunares). Dependendo do número de
camadas, o tecido epitelial é classificado em simples (camada única) ou estratificado (múltiplas
camadas). Em conjunto, isso nos dá os vários tipos de tecidos epiteliais, como epitélio
pavimentoso (escamoso) simples, epitélio cúbico estratificado, epitélio cilíndrico (colunar)
pseudoestratificado e muitos mais. São possíveis subclassificações adicionais, com base nas
especializações celulares.

1.7.CARACTERÍSTICAS
O epitélio caracteriza-se pela justaposição das células e pela pouca matriz extracelular (Figura
2.1).
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Figura 2.1 - Tecido epitelial. Imagem obtida ao microscópio de luz de células pavimentosas de
um vaso sanguíneo e de células cúbicas de um túbulo renal.

1.8.Funções do tecido epitelial

A denominação epitélio (do grego epi – sobre; theleo – papila) refere-se à localização desse
tecido sobre o tecido conjuntivo, que comumente forma projeções chamadas papilas.
O revestimento é uma das funções do epitélio. Ele cobre a superfície do corpo, protegendo-o.
Reveste os tratos digestório, respiratório e urogenitais, as cavidades corporais e os vasos
sanguíneos e linfáticos.

O epitélio realiza ainda absorção, como nos intestinos, excreção, como nos túbulos renais, e
secreção, como nas glândulas.5 Tipos especiais de epitélios desempenham função sensorial,
como o dos órgãos sensoriais, e função germinativa, como o epitélio dos testículos

1.9.COMPONENTES
O tecido epitelial é composto pelas células epiteliais e pela matriz extracelular, que consiste na
lâmina basal.
As células epiteliais são justapostas, poliédricas (várias faces), com muito citoplasma,
citoesqueleto desenvolvido e polaridade.
Elas são justapostas devido à presença de junções celulares e de pouca matriz extracelular. A
abundância de citoplasma está relacionada com a intensa actividade bioquímica. Essas células
realizam vários processos metabólicos como síntese e secreção.
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O citoesqueleto contém filamentos de actina, filamentos intermediários de vimentina e de


citoqueratina e microtúbulos.

A polaridade da célula resulta da diferença na composição química da membrana plasmática e na


posição das organelas. A diferença na composição química da membrana plasmática é
determinada pela inserção de certas glicoproteínas em regiões específicas da membrana
plasmática e por junções que isolam a superfície apical da basolateral, restringindo o movimento
das glicoproteínas na membrana.
A região da célula voltada para a superfície livre é o polo apical, enquanto o lado oposto é o polo
basal. O polo apical apresenta canais iônicos, proteínas transportadoras, incluindo H+ ATPases, e
enzimas hidrolíticas. O polo basal contém canais iônicos, Na+-K+ ATPases e receptores para
hormônios e neurotransmissores.
A lâmina basal é uma camada de glicoproteínas (laminina, colágeno do tipo IV e entactina) e
proteoglicanas secretadas pelas células epiteliais, que, como o nome diz, se situa na base do
tecido. Ela tem 40 a 120nm de espessura e é visível somente ao microscópio eletrônico (Figura
2.2).

Figura 2.2 - Eletromicrografia de parte de um capilar, onde é indicada a lâmina basal (LB) da
célula endotelial. 22.000x.

Geralmente associada à porção inferior da lâmina basal, há uma camada de fibras reticulares
(colágeno do tipo III), a lâmina reticular, que é secretada pelo tecido conjuntivo subjacente. A
lâmina basal e a lâmina reticular compõem a membrana basal
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As lâminas basais e reticulares mantêm-se unidas pela fibronectina, uma glicoproteína de adesão;
pelas fibrilas de ancoragem, de colágeno do tipo VII, e pelas microfibrilas, formadas pela
glicoproteína fibrilina. Essas substâncias também são secretadas pelas células do conjuntivo. A
membrana basal está ligada à matriz extracelular do tecido conjuntivo pelas fibrilas de
ancoragem.
A lâmina basal permite a adesão entre o epitélio e o tecido conjuntivo e é uma barreira de
filtração seletiva para as substâncias que se movimentam entre esses dois tecidos. Ela influencia
a diferenciação e a proliferação das células epiteliais. Quando as células perdem o contato com a
lâmina basal, elas morrem: sofrem apoptose. A lâmina basal serve ainda de apoio para a
migração durante o desenvolvimento embrionário e a regeneração.

2.0. CLASSIFICAÇÃO
Os epitélios são classificados, segundo a sua função, em epitélio de revestimento e epitélio
glandular. O epitélio sensorial e o epitélio germinativo podem ser considerados epitélios de
revestimento ou classificados como epitélio especial.
Nem sempre se pode fazer uma distinção clara entre epitélio de revestimento e epitélio glandular.
Por exemplo, o epitélio de revestimento do estômago é constituído somente por células
secretoras de muco.

 Epitélio de revestimento
A justaposição das células epiteliais permite a formação de camadas celulares contínuas que
revestem superfícies, como a superfície externa do corpo, a superfície dos órgãos, das cavidades,
dos vasos ou dos ductos.
O epitélio de revestimento é classificado segundo a forma das células e o número de camadas
celulares.
A morfologia da célula está relacionada à sua função e é determinada por fatores extrínsecos e
intrínsecos, como, por exemplo, pressões externas, organização do citoesqueleto, quantidade de
citoplasma e de organelas e acúmulo de produtos de reserva ou secreção.
Quando a largura e o comprimento da célula são maiores que a altura, a célula é dita
pavimentosa. Quando a altura é igual à largura e ao comprimento, ela é denominada cúbica.
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Quando a altura é maior que a largura e o comprimento, a célula é colunar, cilíndrica ou


prismática.
As células pavimentosas facilitam a passagem de substâncias como ocorre com as células dos
vasos sanguíneos (endotélio). As células cúbicas e as células colunares têm a altura aumentada
pela presença de um maior número de organelas para exercer atividade de secreção, de absorção
ou de transporte de íons.

 Epitélio glandular

As glândulas originam-se do epitélio de revestimento pela proliferação de suas células, com


invasão do tecido conjuntivo subjacente e posterior diferenciação. Quando as células
permanecem conectadas à superfície epitelial, um ducto é formado, e a secreção vai para a
superfície através desse ducto. Essa glândula é dita exócrina. Quando as células perdem essa
conexão, a secreção é liberada para os vasos sanguíneos, e a glândula é endócrina.

As glândulas exócrinas podem ser classificadas segundo:

Forma da porção secretora em:

 Tubular, se ela tiver essa forma, podendo ainda ser reta, como a glândula de Lieberkühn
dos intestinos ou enovelada, como a glândula sudorípara
 acinosa ou alveolar (do latim acinus, uva ou bago e alveolus, pequeno saco vazio), se for
arredondada.84 A glândula salivar parótida é um exemplo de glândula acinosa, e a
glândula sebácea, por ter uma luz maior, é alveolar
 tubuloacinosa, quando há os dois tipos de porções secretoras. Ex.: glândulas salivares
sublinguais e submandibulares

Ramificação da porção secretora em:


 Simples, quando não há ramificação. Ex.: glândula de Lieberkühn (ou intestinal) (Figura
2.16) e glândula sudorípara.
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Figura 2.16 - O epitélio que reveste a luz do intestino grosso invagina-se, formando as glândulas
de Lieberkühn (ou intestinais), que são glândulas exócrinas tubulares simples retas.

 Ramificada, quando há ramificação. Ex.: glândula sebácea e glândula submandibular

Ramificação do ducto em:


 Simples, quando não há ramificação. Ex. glândula intestinal (ou de Lieberkühn) e
glândula sudorípara
 Composta, quando há ramificação. Ex.: glândulas salivares;
Tipo de secreção:
 Serosa (do latim serum, soro): secreta um fluido aquoso, rico em enzimas. As células
serosas possuem um formato piramidal e citoplasma basófilo, devido ao retículo
endoplasmático rugoso desenvolvido para a síntese das enzimas, e um núcleo basal,
esférico e eucromático, com um ou dois nucléolos.
Ex.: glândulas salivares parótidas;
 Mucosa: secreta o muco, um fluido viscoso, com glicoproteínas. As células apresentam
citoplasma claro e vacuolizado, porque os grânulos com essas substâncias geralmente
dissolvem-se nas preparações em HE. O núcleo é achatado e comprimido contra a
periferia da célula pelas vesículas de secreção. Ex. glândulas duodenais (ou de Brünner);
 seromucosa (ou mista): tem células serosas e mucosas. Ex. glândulas salivares
submandibulares e sublinguais;
Liberação da secreção em:
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 merócrina (ou écrina), em que a secreção é exocitada sem dano à célula. É o caso da
maioria das glândulas. Ex. células caliciformes e células acinosas do pâncreas
 apócrina, em que a secreção e uma parte do citoplasma apical são perdidas. Ex.
glândulas sudoríparas odoríferas, glândulas mamárias, glândulas ceruminosas do meato
acústico externo e glândulas de Moll da pálpebra;
 holócrina (do grego holos, tudo), em que a célula morre e é liberada junto com a
secreção. Ex. Glândula sebácea e glândulas tarsais (de Meibômio) da pálpebra

2.1.TECIDO CONJUNTIVO
Tecido conjuntivo é um conjunto de tecidos de origem embrionária comum do mesênquima.
Esse tecido é formado principalmente pela matriz extracelular da qual estão presentes inúmeras
proteínas, substância fundamental, liquido intersticial e as células próprias ou não do tecido
conjuntivo como fibroblastos, fibrócitos, leucócitos, linfócitos e outros, sendo o número e tipo de
células variável a cada organismo e sua necessidade tecidual por isso há certa dificuldade por
parte dos citologistas em classificar o tecido conjuntivo.

O tecido conjuntivo liga, separa e suporta os órgãos do corpo. Consiste em algumas células e
uma matriz extracelular abundante. A MEC contém diferentes fibras proteicas (colágeno
[colagénio], reticulares, elásticas) embutidas na substância fundamental. Dependendo do tipo de
células presentes (fibroblastos, osteócitos, eritrócitos) e da disposição da MEC, o tecido
conjuntivo pode ser classificado como tecido conjuntivo propriamente dito ou tecido conjuntivo
especializado.O tecido conjuntivo propriamente dito é ainda subdividido em tecido conjuntivo
laxo, encontrado principalmente em órgãos internos como o estroma tecidual de suporte, e tecido
conjuntivo denso, que pode ser regular (tendões, ligamentos) ou irregular (derme da pele,
cápsulas de órgãos). O tecido conjuntivo especializado inclui o sangue, reticular, cartilagem,
osso e tecido adiposo. Um terceiro tipo de tecido conjuntivo é o tecido embrionário (fetal); este é
um tipo de tecido primitivo presente no embrião e no cordão umbilical. (STEVENS, 2002)

2.1.Funções do tecido conjuntivo


O tecido conjuntivo tem função de:
 Estabelecimento e manutenção da forma corporal
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 Conecta células e órgãos, dando suporte ao corpo


 Defesa e resposta imunológica
 Ajuda na reparação e cicatrização
 Faz troca de nutrientes entre sangue e célula
 Produz factores de crescimento, que controlam a proliferação e diferenciação celular

2.3.Classificação do tecido conjuntivo


O tecido conjuntivo apresenta: células, fibras, substância fundamental amorfa que podem ser:
As fibras São estruturam muito alongadas constituídas por proteínas polimeralisadas sendo as
fibras colágenas, reticulares e elásticas os principais tipos de fibras do conjuntivo variando sua
quantidade de acordo com cada região que o conjuntivo esteja.
FIBRAS
As fibras podem ser classificadas em dois grandes grupos:
 As colágenas (fibras colágenas mais reticulares) e
 Elásticas (fibras elásticas).

Segundo Junqueira (1999) As fibras colágenas é a fibra mais comumente encontrada no


conjuntivo e a proteína mais abundante do corpo. Sua principal função é conferir força e
flexibilidade ao tecido conjuntivo. Fibroblastos, condroblastos, osteoblastos e outras células
podem produzir essas fibras.
A unidade básica das fibras colágenas é o tropocolágeno que vem de uma substância composta
por três cadeias polipeptídicas, o procolágeno, que é sintetizado parte nos polissomas do retículo
endoplasmático e parte no complexo de Golgi das células secretoras de colágeno. O procolágeno
é convertido em tropocolágeno pela enzima procolágeno peptidase na superfície externa da
célula.
As fibras reticulares formam um complexo de redes flexíveis ao redor dos órgãos que é muito
importante, principalmente em órgãos e estruturas que passam por constantes mudanças em sua
forma e tamanho como: artérias, baço, fígado, útero e camadas musculares do intestino.
As fibras elásticas são formadas a partir de fibras oxitalânicas (FO) que é constituída por
diversas glicoproteínas sendo a fibrilina a mais importante.
Substância fundamental amorfa
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A substância fundamental é uma rica mistura de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e


proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas.

Com um aspecto viscoso, transparente e homogêneo a substâncias fundamental serve para


preencher o espaço entre as células do tecido conjuntivo, lubrificar e servir de barreira contra a
entrada de microrganismo.
Os glicosaminoglicanos (mucopolissacarídeos) são polímeros lineares de dissacarídeos formados
um dissacarídeo contendo grupamento amina que é a haxosamina (podendo ser glicosamina ou
galactosamina) seguido por um monossacarídeo não nitrogenado que é o Ac. hialurônico
(formado ou por ac. Glicurônico ou por Ac. Idurônico).
A principal função dos proteoglicanos e glicosaminoglicanos são preencher o espaço entre as
células do conjuntivo, ancorar as células a matriz e permitir a difusão de muitos nutrientes e
outras substâncias importantes aos tecidos ao redor.

CÉLULAS

Compostas por células que são produzidas no próprio conjuntivo, células mesenquimatosas, e ali
permanecem desenvolvendo funções que dão a característica ao tecido. A população desse tipo
de célula varia entre o conjuntivo dependendo da função que este desempenhe e do estado
fisiológico do animal.

Fibrócitos e fibroblastos

Sendo o mais frequente tipo de célula encontrado no tecido conjuntivo, os fibroblastos têm a
função de sintetizar colágeno, elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas
multiadesivas na matriz extracelular.

Os fibroblastos são considerados a forma ativa que sintetiza substâncias na matriz celular e
possuem forma fusiforme, com longos processos celulares, núcleo grande, oval e com nucléolo
evidente. Seu citoplasma é basófilo e abundante com abundante reticulo endoplasmático granular
e aparelho de Golgi desenvolvido. A forma inativa é o fibrócito que possui um citoplasma
acidófilo, suas organelas citoplasmáticas são bem reduzidas e é uma célula de difícil
visualização.
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Os fibroblastos apresentam grande atividade, especialmente, após uma lesão tecidual uma vez
que este ajuda no processo de cicatrização e reparação dos componentes da matriz através da
formação de tecido conjuntivo fibroso (tecido de granulação) que está presente em processos de
cicatrização. Tecidos lesionados com pouca capacidade regenerativa, como o musculo cardíaco,
tem sua parte lesionada preenchida por tecido conjuntivo, na maioria fibroblastos formando uma
cicatriz de tecido conjuntivo.

Figura 1: fibroblasto e fibrócito

MACRÓFAGO

São células produzidas na medula óssea que liberam os monócitos na corrente sanguínea; uma
vez na corrente sanguínea os monócitos atravessam a barreira dos vasos e capilares em direção
ao tecido conjuntivo, processo conhecido como diapedese. No tecido conjuntivo o monócito vai
ganhando as características de macrófago. Os macrófagos inativos são chamados de histiócitos.
Os macrófagos podem ter formas variadas desde células fusiformes até irregulares com
comprotusões e reentrâncias, essas indicam forte atividade de pinocitose e fagocitose. Seu ci-
toplasma é basófilo, com aparelho de Golgi bem desenvolvido, inúmeros lisossomos e reticulo
endoplasmático rugoso proeminente. Seu núcleo é escuro, com grânulos grosseiros de
heterocromatina e se apresenta em formato de grão de feijão, devido a uma grande depressão
central.
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Figura 2: macrófago

2.4.TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso é constituído por células (neurônios e células gliais) e matriz extracelular. A
MEC do tecido nervoso é rica em substância fundamental, com poucas ou nenhumas fibras
proteicas. Os neurônios são células especializadas que contêm um corpo (soma) e um ou mais
processos (dendritos, axônios). Com base no número de processos, os neurônios são
classificados em multipolares, bipolares e unipolares. Os processos neuronais formam conexões
(sinapses) entre si e com outros tipos de células, de modo a trocar sinais elétricos.As células
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gliais, como os astrócitos, os oligodendrócitos, as células de Schwann e outras, fornecem


suporte, nutrição, mielinização e proteção aos neurônios.

2.5.Características do tecido nervoso


O tecido nervoso é formado por células altamente especializadas responsáveis pela condução de
estímulos, estabelecendo uma comunicação rápida e específica reunindo e processando
informações e gerando respostas. O sistema nervoso se divide em sistema nervoso central, que
compreende o cérebro e a medula espinhal, e o sistema nervoso periférico que compreende os
nervos e gânglios nervosos.

2.6.Tipos celulares no sistema nervoso central


Células da neuroglia (ou glia)
No sistema nervoso central, além das células nervosas, são encontradas também numerosas
células responsáveis pela sustentação do sistema. Entre elas estão os astrócitos, as células da
micróglia, os oligodendrócitos e as células ependimárias, sendo que todas são chamadas em
conjunto de células da glia.
Os astrócitos como o próprio nome sugere, são células estreladas, com numerosos
prolongamentos que se irradiam em muitas direções.
São as maiores células da glia. Com funções na embriogênese, no apoio estrutural e também no
transporte de fluidos, quando do desenvolvimento embrionário, os astrócitos formam uma trama
estrutural que consegue guiar a migração de células nervosas em desenvolvimento.
No cérebro já desenvolvido, estas células formam uma rede estrutural para elementos neurais
mais especializados e alguns astrócitos são capazes de transportar fluidos e íons do espaço
extracelular ao redor dos neurônios para os vasos sanguíneos.

Mielina
Os axônios das células nervosas podem ainda conter um sistema de aceleramento na condução
do impulso nervoso, caracterizado pelo envolvimento do mesmo por uma camada de mielina um
sistema de isolamento e redução da capacitância elétrica produzida por células de sustentação
especializadas, ricas em lipídios.
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No sistema nervoso central as células responsáveis pela formação da capa de mielina são os
oligodendrócitos e no sistema nervoso periférico são as células de Schwann. Enquanto as células
de Schwann formam a bainha de mielina de apenas um axônio, um oligodendrócito pode formar
a mielina de mais de um axônio.
O envolvimento do axônio ocorre em unidades, ou seja, com várias células formando a camada
de mielina. Os espaços que ficam entre elas são chamados de nódulos de Ranvier e é através
deles que os axônios mielinizados conduzem o impulso elétrico em velocidade mais alta, ou seja,
com a condução saltatória estudada na Fisiologia. Métodos específicos de coloração de
componentes lipídicos, ou específicos para as proteínas da bainha de mielina permitem a
visualização da estrutura. Estes métodos permitem a diferenciação das áreas ricas em mielina,
que caracterizam a substância branca e, as áreas pobres em mielina, que caracterizam a
substância cinzenta.
Meninges
Caracterizam–se por um sistema de membranas que protegem o sistema nervoso central,
revestindo–o e sustentando–o. As meninges se apresentam em três camadas de membranas,
compostas por tecido de sustentação fibrocolagenoso e células epiteliais. As camadas de
membranas são chamadas respectivamente de dura– máter, aracnoide e pia–máter.
Plexo coroide
Importantes na formação do líquido cerebroespinhal, os plexos coroides estão localizados no
sistema ventricular do cérebro.
São constituídos por um estroma vascular que é revestido por células epiteliais cilíndricas,
ancoradas por complexos juncionais, apoiadas sobre uma membrana basal.

Barreira hematoencefálica
O sistema nervoso possui um sistema vascular altamente especializado, onde as células
endoteliais dos vasos capilares são unidas por junções de oclusão, sem fenestras, o que forma
umabarreira para a difusão de substâncias do sangue para o cérebro.
Essa especialização das células endoteliais dos capilares cerebrais forma uma eficiente barreira
hematoencefálica, que impede a difusão de elementos ao sistema nervoso central.
Sistema nervoso periférico
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Assim como o sistema nervoso central, o sistema nervoso periférico é composto por células
nervosas e de sustentação. Fazem parte do sistema nervoso periférico os nervos e os gânglios.

2.7.TECIDO MUSCULAR
De origem mesodérmica, os tecidos musculares têm como principal característica a capacidade
de contracção, que terá como resultado a locomoção e outros tipos de movimento, como a
contracção dos órgãos do tubo digestório ou do coração.
As células dos tecidos musculares, denominadas fibras musculares ou miócitos, são alongadas,
possuem tecido conjuntivo associado e são caracterizadas por terem em seu citoplasma grande
quantidade de filamentos proteicos de actina e miosina (as chamadas miofibrilas; o prefixo mio-,
do latim, se refere a músculo), que são responsáveis pela capacidade de contração e distensão
dessas células.
A actina é uma proteína do citoesqueleto celular (microfilamentos) e a miosina (tipo 2) é uma
proteína associada ao citoesqueleto que permite a geração de movimento celular (contração).
Essas estruturas podem ser revistas na Biologia Celular no capítulo sobre Citoesqueleto.

2.8.Classificação do tecido muscular


O tecido muscular pode ser classificado em três categorias: tecido muscular liso, tecido muscular
estriado esquelético e tecido muscular estriado cardíaco, cada um deles, possuindo características
próprias, relacionadas à morfologia e função que desempenham no organismo, bem como
algumas características relacionadas à sua contracção Independentemente do tipo, o tecido
muscular é altamente vascularizado e inervado, e consome grandes quantidades de energia
proveniente da quebra de ATP.

Vale ressaltar que o aspecto estriado das fibras musculares estriadas é dado pela organização
estrutural dos miofilamentos e proteínas de ligação formando os sarcômeros (Fig. 1).
O sarcômero é delimitado por duas linhas Z, das quais partem os microfilamentos de actina
alternados por filamentos mais espessos de miosina no centro do sarcômero. As células
musculares lisas, no entanto, não possuem essa organização sarcomérica, os microfilamentos de
actina e a miosina 2 estão presentes para permitir a contração, mas não foram sarcômeros. A
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designação de tecido liso vem do fato deste músculo não possuir as estrias transversais como os
demais tecidos musculares, devido à disposição distinta da miosina e actina no citoplasma.

Figura 1: Organização dos filamentos de actina e miosina nos músculos estriados

2.9.Características do tecido muscular


Quanto às características individuais dos tipos de tecido muscular, o músculo estriado
esquelético é o que é encontrado em maior proporção nos organismos, apresenta uma contração
forte, rápida, descontínua e voluntária, dada por estímulos nervosos, estando ligado aos ossos por
tendões, actuando na movimentação geral do corpo.
Os miócitos musculares esqueléticos são cilíndricos, multinucleados, com núcleos periféricos e
muito longos (de muitos centímetros), contendo um grande número de filamentos de actina e
miosina, que observados ao microscópio, formarão as estrias transversais, típica dos músculos
estriados, como já mencionado. Tais estrias são visíveis apenas quando as células musculares são
observadas em corte longitudinal.
Referente à organização do tecido muscular estriado esquelético, suas fibras musculares quase
sempre formam feixes que se unirão a outros feixes e o conjunto destes constituirão os músculos.
Entre as fibras musculares (miócitos) individuais, há uma fina camada de tecido conjuntivo
frouxo, que conterá os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, denominado endomísio. Reunindo
as fibras musculares em grupos denominados fascículos, há uma segunda camada de tecido
conjuntivo, neste caso, denso não modelado, chamada perimísio. Envolvendo um conjunto de
feixes (ou fascículos) musculares, há ainda uma capa mais externa de tecido conjuntivo denso
modelado, denominada epimísio, a qual conterá todos os fascículos do músculo (Fig. 2).
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Figura 2: Organização do tecido muscular estriado esquelético pelo tecido conjuntivo para
formar um músculo

Segundo Gartner (2007) O músculo estriado cardíaco é encontrado somente no coração e tem
como principal função se contrair com a finalidade de bombear sangue. Seus miócitos também
possuem estrias transversais, típicas dos tecidos musculares estriados, possuindo formato
cilíndrico, porém são menores que os das células do músculo estriado esquelético, são
ramificados e possuem apenas um núcleo central, além de junções comunicantes, de adesão e
desmossomos que no seu conjunto são chamados de discos intercalares, que fazem a conexão
elétrica entre todas as células do coração.

A contracção deste músculo é rápida e forte, como no estriado esquelético, mas ao contrário
deste, o estímulo para sua contracção é involuntário, além de sua contracção ser contínua. O
impulso de contracção que determina o ritmo do batimento cardíaco é gerado localmente pelas
fibras de Purkinje (células musculares modificadas), que constituem um sistema especial de
condução do estímulo eléctrico no coração, permitindo que este se contraia de maneira
coordenada e sem necessidade de estímulo nervoso (daí ser involuntário).

O sistema nervoso interfere apenas na modulação do batimento cardíaco, acelerando ou


diminuindo o ritmo, enquanto o estímulo para o batimento e o seu ritmo é determinado pelas
fibras de Purkinje. Entre as células deste músculo também ocorre pequena quantidade de tecido
conjuntivo frouxo, mas que não se organiza em camadas como no estriado esquelético (não
forma endomísio, perimísio e epimísio).

O músculo liso, por sua vez, é encontrado nos órgãos internos, como intestino, bexiga e útero,
sendo responsável pelos movimentos peristálticos, responsáveis pela expulsão de urina ou
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contracções do parto, por exemplo, podendo ainda ser encontrado na parede dos vasos
sanguíneos, onde ajudam a regular a pressão sanguínea. Os miócitos do músculo liso são os
menores, são fusiformes e mononucleados, com núcleo centralizado, não possuindo estrias
transversais ou sarcômeros. A contração é lenta, fraca e involuntária, dada por estímulo nervoso,
hormonal ou mecânico. As células lisas apresentam actina e miosina organizadas em paralelo
entre, mas não na forma de sarcômero.

3.0.Tipos de tecido muscular


Segundo Burkitt, (1994).Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco
e liso.
Músculo estriado esquelético
Os músculos esqueléticos possuem uma variedade de formas morfológicas e mecanismos de
acção, porém todos possuem a mesma estrutura básica, quando se trata do tecido muscular.
As células musculares, ou fibras musculares ficam arranjadas paralelamente umas às outras,
formando feixes. Entre as células, nos espaços intercelulares, encontramos o tecido conjuntivo,
rico em capilares que se arranjam em conjuntos paralelos às fibras musculares.
O diâmetro de cada fibra muscular varia de 10 a 100 μm, podendo ser ainda maiores nas fibras
hipertrofiadas. A força relativa das fibras musculares é dependente do diâmetro, enquanto a força
de todo o músculo depende não só do diâmetro das fibras, mas também da quantidade de fibras
envolvidas na realização do movimento

Músculo estriado cardíaco


Segundo Ovalle (2008) Este tipo de músculo apresenta estriações transversais sendo formado por
células alongadas, que diferentemente das células da musculatura estriada esquelética, apresenta
ramificações nestas células, que as unem umas às outras por meio dos chamados discos
intercalares. Sua contracção é rítmica e involuntária. Este tipo de musculatura é restrito ao
coração e às partes próximas das veias pulmonares, nos locais de junção ao coração.
Também chamado de miocárdio, o arranjo celular do músculo cardíaco é de uma rede de células
dispostas em lâminas ou camadas, separadas por delicadas lâminas de tecido conjuntivo, que
carregam consigo os vasos sanguíneos e enervação ao sistema de condução do coração.
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O comprimento das células cardíacas varia de 15 a 80 μm quando em repouso, sendo que todas
elas possuem apenas um núcleo grande oval e central
Músculo liso
As células musculares lisas possuem um arranjo no sistema de proteínas contráteis bem menos
elaborado, se comparado com a musculatura estriada. O músculo liso está presente na maioria
das vísceras ocas, como intestino, bexiga urinária e útero, bem como nos elementos contráteis de
paredes de vasos sanguíneos e ductos secretores de glândulas.
A musculatura lisa é formada por conjuntos de células alongadas e fusiformes, com cerca de 0,2
nm de comprimento e 5 a 6 μm de diâmetro. A fibra muscular lisa possui apenas um núcleo,
localizado no centro da célula, com dois ou mais nucléolos. São células que não apresentam
estriações

3.1.Conclusão
Feito trabalho conclui-se que O tecido epitelial pode cobrir as superfícies externas (pele), o
interior dos órgãos ocos (intestinos) ou formar glândulas.

É composto por células epiteliais densamente compactadas com uma quantidade reduzida de
matriz extra-celular As células situam-se no topo de tecido conjuntivo denso irregular, a
membrana basal (MB).O epitélio é classificado de acordo com a morfologia celular e o número
de camadas celulares. Com base na morfologia, as células epiteliais podem ser pavimentosas
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(escamosas), cúbicas (forma de cubo) ou cilíndricas (colunares). Dependendo do número de


camadas, o tecido epitelial é classificado em simples (camada única) ou estratificado (múltiplas
camadas). Em conjunto, isso nos dá os vários tipos de tecidos epiteliais, como epitélio
pavimentoso (escamoso) simples, epitélio cúbico estratificado, epitélio cilíndrico (colunar)
pseudoestratificado e muitos mais. São possíveis subclassificações adicionais, com base nas
especializações celulares.

A justaposição das células epiteliais permite a formação de camadas celulares contínuas que
revestem superfícies, como a superfície externa do corpo, a superfície dos órgãos, das cavidades,
dos vasos ou dos ductos.
O epitélio de revestimento é classificado segundo a forma das células e o número de camadas
celulares.
A morfologia da célula está relacionada à sua função e é determinada por fatores extrínsecos e
intrínsecos, como, por exemplo, pressões externas, organização do citoesqueleto, quantidade de
citoplasma e de organelas e acúmulo de produtos de reserva ou secreção.
Quando a largura e o comprimento da célula são maiores que a altura, a célula é dita
pavimentosa. Quando a altura é igual à largura e ao comprimento, ela é denominada cúbica.
Quando a altura é maior que a largura e o comprimento, a célula é colunar, cilíndrica ou
prismática.

3.2.Bibliografia
I. BURKITT, H. Histologia funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994
II. GARTNER, L, James. Tratado de histologia em cores. 3.ed. Rio de Janeiro: 2007.
III. KIERSZENBAUM, Abraham Histologia e Biologia Celular: Uma introdução à
patologia. 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
IV. JUNQUEIRA, C, Histologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: 1999
V. STEVENS Alan;. Histologia Humana. 1. ed. São Paulo: São Paulo, 2002. 408p
VI. OVALLE William K.; NAHIRNEY Patrick C. Netter Bases da Histologia. 1. Ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008, 31p
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