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HEMATOLOGIA

Clínica
Profa. Dra. Rafaella Oliveira
HEMATOLOGIA

HEMOGRAMA
HEMOGRAMA
q Exame complementar mais requerido nas consultas médicas.
q Coadjuvante na formulação de uma hipótese diagnóstica e no
controle evolutivo.
q Execução rápida e de baixo custo.
q Avalia os elementos do sangue de forma quantitativa e
qualitativa.
HEMOGRAMA
Orientações para a coleta:

-Jejum (Ideal). Não é necessário.


-Em caso de emergência: 3 h após as principais refeições
-Não realizar após grandes esforços físicos.
-Colocar identificação do paciente, indicação diagnóstica e
breve história clínica. Indicar uso de medicamentos.

- Colher em frasco com anticoagulante EDTA.


Hemograma
É um exame composto por:
Contagem de hemácias
n Eritrograma
Dosagem de hemoglobina
Hematócrito
Índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM)
Morfologia das hemácias

n Leucograma Contagem de leucócitos


Contagem diferencial
Morfologia dos leucócitos

Contagem de plaquetas
n Plaquetograma
Morfologia das plaquetas
Eritrograma inclui:
Contagem de hemácias:

- São bicôncavas.
- Anucleadas.
- coloração acidófila, mais pálida no centro e coloração um
pouco mais escura na periferia.

Valores variam com sexo e idade.


Valores normais: 4,5-5,1 x 106µL (mulheres).
4,5-5,9 x 106µL (homens).
Eritrograma inclui:
Hematócrito: índice definido pelo volume de todas as
hemácias de uma amostra sobre o volume total desta
amostra.

Valores variam com o sexo e idade

Valores de referência:
• 35,9-44,6%(mulheres)
• 41,5-50,4% (homens).
Eritrograma inclui:
A HEMOGLOBINA (Hb) é uma metaloproteína que contém
ferro e que permite o transporte de O2.

TIPOS:
Fetal: Hemoglobina F (α2γ2)

Adultos:
Hemoglobina A (α2β2) - O tipo mais comum.
Hemaglobina A2 (α2δ2) - cadeias δ são
sintetizadas no último trimestre após o parto,
seu nível normal é 2.5%.
Hemoglobina F (α2γ2) - No adultos a
Hemoglobina S
Eritrograma inclui:
VCM (Volume Corpuscular Médio): índice que orienta na observação
do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia.

VCM baixo: anemia microcítica (< 80fl, para adultos).


EX: anemia ferropriva e as síndromes talassêmicas.

VCM alto: macrocíticas (> 96fl, para adultos).


Ex: anemia megaloblásticas e perniciosa..

VCM normal. (80 - 96fl, para adultos).


Não há anemia. Hemácias normocíticas
Eritrograma inclui:

CHCM ( Concentração de Hemoglobina Corpuscular média)


é a concentração média de hemoglobina.

CHCM baixo (< 32): Anemia hipocrômicas.

CHCM alto (> 36): Anemia hipercrômicas

CHCM no intervalo de normalidade. As hemácias são consideradas


normocrômicas.
ERITROGRAMA
q Avaliação qualitativa e quantitativa dos eritrócitos.
q Auxilia no diagnóstico causal das anemias e
eritrocitoses.
VALORES REFERENCIAIS PARAADULTOS
n Eritrócitos 4,00 - 5,00 milhões/mm3 Mulher Recém-nascido: 6,0 ± 1,0x1012/L
Criança 1 ano: 4,0 ± 0,6x1012/L
4,50 - 6,00 milhões/mm3 Homem
n Hemoglobina 12,0 - 16,0 g/dL Mulher Recém-nascido: 19 ±2%
13,0 - 18,0 g/dL Homem Criança 1 ano: 13 ±2%
n Hematócrito 36,0 - 45,0 % Mulher
40,0 - 50,0 % Homem Recém-nascido: 53 ±9%
Criança 1 ano: 40 ±4%
n VCM 80,0 - 100,0 fL
n HCM 26,0 - 34,0 pg
n CHCM 31,0 - 36,0 %
n RDW ≤ 15,0 %
n Contagem de hemácias Eritrograma
q Em hemocitômetro, abandonada ® inexata, não
reprodutivel
q Por estimativa, errônea e prejudicial à interpretação

q Em contadores eletrônicos, exata e reprodutível


n Causa de erro: Crioaglutininas

n Hemoglobina
q Em espectrofotômetros ou contadores eletrônicos, exatidão
n Causa de erro: Lipemia e Leucocitose
n Hematócrito
q Por centrifugação, em tubos capilares: reprodutível
n Causa de erro: Equipamento descalibrado

q Em contadores eletrônicos (RBCxVCM), exata e reprodutível


n Geralmente 1 ponto abaixo do microhematócrito
n Excesso de EDTA, reduz por desidratação os eritrócitos
n Má limpeza das cubetas
Indices hematimétricos
V C M – volume corpuscular médio Micrócitos+ Macrócitos (Anisocitose)

q Volume médio de um eritrócito do


individuo.
q Expressa em fentolitros, varia de
80 a 96 fL 80 a 96 fL

q Calculado pela fórmula

Ht (%) x 10
RBC (x1012/L)
Microcitos Normócitos Macrócitos

q Importante na classificação das


anemias:
> 96 fL = Anemia Macrocítica
< 80 fL = Anemia Microcítica
Indices hematimétricos
H C M - hemoglobina corpuscular média
q Quantidade de hemoglobina contida em um eritrócito
Expresso em picogramas, varia de 27 a 32.
q É calculada pela fórmula
Hb (g/dL) x 10
RBC (x1012/L)

CHCM - concentração de hemoglobina corpuscular média


q Concentração média de Hb por unid de volume de GV
q É medida em %, varia de 32 a 36.
q É calculada pela fórmula Hb (g/dL) x 100
Ht (%)
Eritrograma
n RDW – Coeficiente de dispersão eritrocitária
q Mede a variação de tamanho das hemácias circulantes
q É a expressão numérica da anisocitose (grande variação de
tamanho)
Desvio Padrão do VCM x 100
VCM
q Varia de 11,5 - 14%
q RDW < 14% ® Homogeneo
q RDW > 15% ® Anisocitose
q Principal utilização: diferencial entre as anemias por
deficiência de hemoglobina.
q Alto - Anemia ferropriva e sideroblástica
q Baixo - Talassemia minor
RDW < 14 RDW > 14

VCM < 10 anos = normal A. ferropênica +++


< 80 fL Talassemia minor Talassemia maior
ADC + A. sideroblástica +
Ovalocitose + Policitemia vera
Esferocitose +
Mieloesclerose
VCM Adulto = normal A. ferropênica recente
> 80 e < 100 fL ADC ++ A. sideroblástica +++
Insuficiência renal S. mielodisplásicas ++
Hipotireoidismo +++ Hemólise oxidativa ++
Esferocitose +++
Ovalocitose +
Hemólise oxidativa +

VCM Alcoolismo Falta de vitamina B12


> 100 fL Hepatopatias Falta de ácido fólico
Drogas + S. mielodisplásicas +++
A. aplástica +++ A. sideroblástica +
Hipotireoidismo + A. Hemol. autoimune
Drogas ++
Observação
microscópica
qAlterações quanto ao volume da hemácia
Micrócitos+ Macrócitos (Anisocitose)
n Microcitose
n Macrocitose
n Anisocitose
80 a 96 fL

Microcitos Normócitos Macrócitos

Microcitose Anisocitose Macrocitose


Classificação morfológica
MICROCITOSE
Diminuição da dimensão dos GV
Microcitose (redução do diâmetro celular)
VCM < 80
MICRÓCITO
q VCM < 80 fL
q Diametro < 6-3 µm
q Halo central claro
Deficiência Deficiência
q Normocrômico ou
de ferro da globina Hipocrômico
Esferocitose Anemia da
Doença Crônica
Talassemia
Anemia
Sideroblástica
Classificação morfológica
MACROCITOSE
Aumento da dimensão dos GV
Macrocitose (aumento do diâmetro celular)
VCM > 96
MACRÓCITO
q VCM > 96 fL
q Diametro > 8-12 µm
q Arredondados ou
Alcoolismo Uso de ovalados
Eritrócito redondos
Drogas q Normocrômicos
Hepatopatias Hiper-regeneração
(cirrose) Eritróide
Esplenectomia Macrócitos policromáticos

A. aplástica
Anemia AZT
Megaloblástica Anticonvulsivante
Macro-ovalócitos Quimioterápicos
Macrocitose (casos particulares)
MEGALOCITOSE
RETICULOCITOSE
(anemia megaloblástica)

MEGALÓCITO: RETICULÓCITO: 8-11 μm


q Macrócitos ovais•9-12 μm q Situações clínicas:
q Situações clínicas: Hemorragias
Deficiência em vit B12 anemia perniciosa Anemias hemolíticas
Deficiencia em ác. fólico Anemias regenerativas
Observação microscópica
q Alterações quanto ao volume da hemácia
n Macrocitose
n Microcitose
n Anisocitose

q Alterações da cor (anisocromia) GV hipercrômicos


CHCM (hipercromia)
32 a 36 g/dL

Hipocromia Normocromia Esferocitose


Alterações da Cor das hemácias (anisocromia)

HIPOCROMIA
Diminuição da coloração dos
GV (redução do conteúdo
de Hb)
Esferócitos (sem halo central)
GV HIPOCROMICO
Normal
q CHCM < 32 g/dL HIPERCROMIA(?)
q HCM < 27 pg
q Halo central claro: >1/3 da Aumento da intensidade de
hemácia coloração dos GV por
perda do halo central
Situações clínicas:
q Deficiência em ferro CHCM > 36 g/dL
q Talassemias
q Anemias de doenças Situações clínicas:
crônicas q Nº significativo de
esferócitos
Hipocromia
Alterações da Cor das hemácias (anisocromia)

POLICROMATOFILIA
Aumento do nº de reticulócitos (eritropoiese aumentada)
Presente após 4º dia da regeneração pós-hemorrágica

Situações clínicas:
q Anemia hemolitica
q Rápida regeneração sanguinea
q Anemia regenerativa
q Tratamento de anemias por deficiência em
ferro, vit B12 ou ácido fólico.
Policromatófilos
(reticulócitos)
Observação microscópica

q Alterações quanto ao volume da hemácia


n Macrocitose
n Microcitose
n Anisocitose

q Alterações da cor (anisocromia)

q Alterações quanto a forma ⇨Poiquilocitose


Alterações na Forma (Poiquilocitose)
POIQUILÓCITOS
Hemácias de formas muito
variadas, sem predominância de
uma única forma.

Situações clínicas:
qAnemia ferropenica
qAnemia megaloblástica
qTalassemias
qMielofibrose
qAnemias hemolíticas
Alterações na Forma (Poiquilocitose)
Poiquilocitose
Esferócitos
Eritrócito pequeno de forma esférica, não
possui halo central, micrócitos (diâmetro < 6
µm) e “hipercromicos”
Situações clínicas:
q Defeito de membrana por alteração genética na
síntese da espectrina, principal proteína da
membrana (Esferocitose hereditária);
Espectrina, Anquirina, Banda 3, Banda 4.2
q Agressão por anticorpos;
q DHRN por incompatibilidade ABO;
q Queimaduras graves ® microesferócitos
(diâmetro < 4 µm);
Espectrina, Banda 4.1
Esferócitos
Esferócitos
Eliptócitos ou Ovalócitos
Eritrócitos elípticos, ovais ou com forma
de charuto.

Situações clínicas:
qDefeito genético da membrana
(Eliptocitose Hereditária).
Espectrina, Banda 4.1

qAdquirido (anemias carenciais e nas síndromes


mieloproliferativas).
Eliptócitos ou Ovalócitos
Eliptócitos ou Ovalócitos
Espectrina, Banda 4.1
Estomatócitos
Hemácias unicôncavas, com a zona central em fenda,
semelhante a uma boca. Eritrócitos cuja membrana retrai-
se em cúpula. Geralmente artefato.

Situações clínicas:
q Defeito genético da membrana (estomatocitose hereditária).
Defeito de permeabilidade de Na+

q Alcoolismo e cirrose alcoólica;


q Doença hepática obstrutiva.
Estomatócitos
Estomatócitos
Drepanócitos ou cels falciformes
Tem forma de foicinha ou banana ⇨
síndromes falcêmicas
q Presença de HbS (de sickle=foice)
q Valina ® Ác. glutâmico na posição 6 da
β cadeia da globina
q Confirmar pelo teste de falcização e
eletroforese de hemoglobina.
Drepanócitos ou cels falciformes
Drepanócitos ou cels falciformes
Equinócitos (cel crenadas)
São hemácias crenadas (apresentam numerosas projeções)
q Artefato produzido por substâncias alcalinas nas lâminas

qAparecem nas queimaduras graves, insuf. renal, uremia


(burr cells), deficiência de vitamina E, anemias hemolíticas.
Equinócitos (cel crenadas)
Equinócitos (cel crenadas)
Acantócitos (Spur cells)
Eritrócitos pequenos com projeções
irregulares (espículas 3-12).

qComum nas doenças hepáticas (cirrose),


esplenectomizados, abetalipoproteinemia
(acntocitose hereditária), na anemia
hemolítica.
Acantócitos (Spur cells)
Acantócitos (Spur cells)
Leptócitos ou cels em alvo
q Ocorre um excesso de membrana
(zona densa central)
q Podem adquirir forma de sino
(codócitos) ou alvos (target-cells)
q Presentes na hemoglobinopatia C
e S, talassemias, anemia
ferropenica, hemolíticas, icterícias
obstrutivas e esplenectomizados.
Leptócitos ou cels em alvo
Leptócitos ou cels em alvo
Dacriócitos

Forma de lágrimas
(tear-drop cells), gota ou pera.

qDeformam-se principalmente no
baço, ao sofrerem estiramento além
dos limites de elasticidade.
qPresentes nas anemias
megaloblásticas, ferropenica,
mielofibrose, talassemias,
esplenomegalia, doença renal.
Dacriócitos
Dacriócitos
Eritrócitos fragmentados e mordidos

qQueratócitos: são células "mordidas


(bite-cells), ou em forma de capacete
(helmet-cells), presentes nas anemias
hemolíticas microangiopática, cogulação
intravascular disseminada e anemia
hemolitica secundárias a implantes.

qEsquizócitos: são fragmentos de


eritrócitos, pequenos e de forma irregular,
resultantes de danos na membrana
celular. São vistas em anemias
hemoliticas microangiopatias, hemólises
traumáticas, talassemias e queimaduras
graves.
Eritrócitos fragmentados
Eritrócitos fragmentados
Observação microscópica
q Alterações quanto ao volume da hemácia
n Macrocitose
n Microcitose
n Anisocitose

q Alterações da cor (anisocromia)

q Alterações quanto a forma ⇨ Poiquilocitose

q Inclusões
Inclusões
n Na coloração usual
q CORPOS DE HOWELL-JOLLY
n Corpúsculo de inclusão pequeno, arredondado, basófilo;
n Trata-se de restos nucleares (cromatina nuclear-DNA),
geralmente 1 ou 2 por células;
n Pacientes esplenectomizados, nas anemias hemolíticas e
megaloblásticas.
Inclusões
Inclusões
PONTILHADO BASÓFILO

qGranulações arredondados, finos,


variáveis em número e tamanho, de cor
azulada, dispersas no citoplasma
qAgregados de RNA ribossômico
(mitocôndrias, siderossomos)
remanescente no citoplasma dos
eritrócito.
q Encontrado nas pertubações da
eritropoiese, alterações na biossintese
da Hb, talassemias, anemias
megaloblástica, alcoolismo, intoxicação
pelo chumbo e formas de anemias
severas.
Inclusões
Inclusões
ANÉIS DE CABOT
q É um filamento fino, de cor vermelho-violácea,
na forma de anel ou de 8.
q São restos de membrana nuclear ou de um fuso
mitótico.
q Situções clinicas: Anemia perniciosa e
intoxicações de Pb.
Inclusões
Inclusões
n Parasitas
q Plasmodium
Hemácias em Rouleaux
q Empilhamento ou grumo de hemácias decorrentes da
presença de aglutininas específicas, estimuladas ao frio.
HEMATOLOGIA
LEUCOGRAMA
LEUCOGRAMA
Conjunto de determinações
laboratoriais que associadas,
determinam o perfil hematologico
dos glóbulos brancos
(leucóocitos) circulantes de um
indivíduo, no exato momento da
coleta de sangue.

Contagem global
Contagem diferencial
Análise das alterações morfológica
LEUCOGRAMA
VALOR DE REFERENCIA
Contagem total Adulto Recém-nascido Criança (1ano) Criança (2-12 anos)

Leucócitos 4,0-11,0 10,0-26,0 6,0-16,0 5,0-15,0

Fórmula Adulto Recém-nascido Criança (1ano) Criança (2-12 anos)


Leucocitária
Neutrófilos (x109/L) 2,5-7,0 4,0-14,0 1,0-7,0 1,5-8,0
(45-70%)

Linfócitos (x109/L) 1,0-3,0 3,0-8,0 3,5-11,0 1,0-9,0


(20-40%)

Monócitos (x109/L) 0,2-0,8 0,5-2,0 0,2-1,0 0,2-1,0


(2-10%)

Eosinófilos (x109/L) 0,4-0,6 0,1-1,0 0,1-1,0 0,1-1,0


(1-6%)

Basófilos (x109/L) 0,01-0,1 0,01-0,1 0,01-0,1 0,01-0,1


(<1%)

Oliveira; Poli Neto, 2004. Contagem relativa: é o percentual


Contagem absoluta: é a relação com o nº total de leucócitos
Leucograma
n Leucopenia e Leucocitose

n Contagem global de leucócitos (Leucometria)


q Em hemocitômetro, aceitável para a rotina
n Leucocitose (> 30.000) ® dil 1:200 (x500)

q Estimativa, errônea
q Contagem corrigida, eritroblastos > 10
CLC = contagem de leucócitos obtida x 100
100 + nº de eritroblastos contados

q Erros: volumetria, evaporação, contaminação


q Em contadores eletrônico, satisfatório.
Leucograma
n Contagem diferencial
q Sinônimo: Fórmula leucocitária
q Ao microscópio: método tradicional, inexato mas indispensável
q CNPLC: 2 profissionais ® 200 células
q Contar 200 cels.:
n se houver leucocitose ® desvio (?)
n %⇧basófilos
n cels. anormais
q Em contadores eletrônico, exata e reprodutível
n Conta em torno de 5 a 10.000 células
n Insegura na identificação de células anormais
Alterações quantitativas
Função: São células altamente
especializadas (quimiotaxia, adesão,
locomoção e fagocitose), migram
para os locais de infecção onde
reconhecem, ingerem e matam
NEUTRÓFILO
bactérias.

Patologias relacionadas:
Neutropenia:
Neutrofilia: ü Infecções virais (Influenza;
ü Processos infecciosos Mononucleose)
ü Leucemia neutrofílica crônica üInfecções bacterianas (Febre
üTratamento por fator de Tifóide)
crescimento ü Anemia Megaloblástica
Alterações quantitativas
Função: Tem papel especial no
combate aos parasitas e no controle
de lesões alérgicas. Seus grânulos
possuem poderoso conteúdo lítico
capazes de matar larvas de parasitas.
São importantes nas reações
EOSINÓFILO mediadas por IgE.
Eosinofilia:
Patologias relacionadas: ü Infecções por parasitas
ü Síndrome de Hipereosinofilia
Eosinopenia:
ü Doenças Alérgicas, dermatites
ü Stress agudo
ü LMC
ü Drogas (corticoides)
ü Linfoma de Hodgkin
ü Síndrome de Cushing
ü Tabagismo
Alterações quantitativas

Função: mediam fenômenos


alérgicos (Receptores de IgE),
quando estimulados liberam
histamina.
BASÓFILO
Basofilia:
Patologias relacionadas: Distúrbios leucêmicos e
Basopenia: mieloproliferativos (LMC)
Progesterona Basofilia reacional (estrógeno,
hiperlipidemia,
Hipertireoidismo
hipersensibilidade)
Infecções e hemorragias
Inflamação.
Alterações quantitativas
Função: São APC, no baço
depuram os eritrócitos
(hemocaterese), produzem
citocinas e interleucinas,
inteferons e componentes do
MONÓCITO complemento.

Patologias relacionadas: Monocitose:


Infecções crônicas (Artrite
Monocitopenia: reumatóide)
São de escasso valor clínico, Mielodisplasia
Anemia aplástica Regeneração medular após
LLC quimioterapia
Hemodiálise (longo prazo)
Alterações leucocitárias
HIPERSEGMENTAÇÃO

TIPOS CELULARES: Neutrófilos ( 6 ou


mais lóbulos) e Eosinófilos (4 ou mais) São
observados nas doenças envolvendo a
maturação nuclear.

Patologias relacionadas:
Infecções crônicas
Anemia megaloblástica
(patognomônica)
Mielodisplasias
Hipersegmentação hereditária
Alterações leucocitárias

VACUOLIZAÇÃO

Tipos celulares: Podem ser


encontrados no citoplasma dos
Neutrófilos e nos Monócitos
Características: resulta da fusão dos
grânulos com vacúolo fagocítico, é
geralmente um aspecto da infecção.
Patologias relacionadas: Sinal degenerativo do neutrófilo.
Infecções
Podem acompanhar granulações
Septicemia tóxicas e corpúsculos de Dohle.
Meningite
Degeneração celular
Alterações leucocitárias
GRANULAÇÕES TÓXICAS
Tipos celulares: neutrófilos
Características: Ocorre devido a um
assincronismo de maturação celular,
em resposta à produção acelerada de
um grande número de granulócitos.
Estimulados pela inflamação,
granulócitos chegam a circulação com
Patologias relacionadas:
granulação primária, rica em enzimas;
Infecções
não são sinais de mau prognóstico;
Gravidez normal exprimem duração e gravidade de um
Queimaduras processo inflamatório.
Terapia com citocinas
Alterações leucocitárias
CORPOS DE DOHLE
Tipos celulares: neutrófilos
Características: São inclusões
citoplasmáticas (redondos ou
ovais) de ribossomos ou retículo
endoplasmático rugoso, massas
azul claro de tamanho e forma
variáveis. Representa
Patologias relacionadas: imaturidade celular. Podem
Infecções, Sepses acompanhar granulações
SMD tóxicas ou vacúolos
Intoxicações citoplasmáticos.
medicamentosas
Pneumonias, difterias
Alterações leucocitárias
BASTONETES DE AUER

Características: São alinhamentos de


grânulos primários, são visíveis em
blastos e promielócitos (podem formar
paliçadas)

Patologias relacionadas:
Leucemias mielóides
Eritroleucemias
Alterações morfológicas
§ Precursores na periferia Desvio à esquerda
§ Mielócitos e meta
§ Na infecção, gravidez, uso de corticóides

Reação Leucemoide X LMC


Características Reação Leucemoide Leucemia (LMC)

Contagem de Geralmente < 25.000 Geralmente >50.000


leucócitos Raramento > 50.000 Raramento < 25.000
Desvio a esquerda Escalonamento Sem escalonamento
Granulações tóxicas Presentes nos casos graves Ausente
Microvacuolos Presentes nas sepses ou Ausente
citoplasmáticos bacteremias
Aspectos displasicos Ausente Pode ocorre hipogranulação
e/ou hipossegmentação
(pseudo-Pelger)
Fosfatase alcalina Elevada atividade Baixa ou ausente atividade
nos neutrófilos
Eritroblastos Ausente, exceto nas hemorragias Presentes
e hemólises graves.
Outras Geralmente acompanhada com Eosinofilia e Basofilia (com
monocitose, eosinopenia e formas maduras e imaturas)
basopenia.
Clinica Com febre Sem febre
Resposta violenta a um processo Doença hematopoiética
infeccioso
Cariótipo Ausência do cromossomo Presença cromossomo
Philadelfia: t(9;22) Philadelfia: t(9;22)
Alterações leucocitárias
§ Quanto aos linfócitos:
§ Coloração do citoplasma (Basofilia)
§ Vacúolos nucleares e/ou
citoplasmático
§ Contorno citoplasmático e/ou nuclear
§ Relação núcleo/ citoplasma
§ Aspecto da cromatina

LINFÓCITOS ATÍPICOS

q Linfócitos ativados de modo reacional


q Cromatina frouxa
q Nucléolo perceptível
q Citoplasma amplo e basófilo
SÍNDROME DA MONONUCLEOSE

q Adolescentes ou adultos jovens


q Assintomática ou linfoadenopatia, febre, faringite,
esplenomegalia e hepatomegalia
q Achados laboratoriais
q Linfocitose
q Linfócitos atípicos (+ a ++++)

q Afinidade do vírus pelos linfócitos B – Epstein Barr vírus

q Virócitos ou linfócitos atípicos = são linfócitos T ativados de

modo reacional
PLAQUETOGRAMA
qAvaliação qualitativa e
quantitativa das plaquetas.

qAuxiliano diagnóstico das


trombocitopenias e plaquetoses.

Valor de referência:
150.000 a 400.000/uL
Plaquetograma
n Contagem de plaquetas
q Em hemocitômetro, tediosa e com erros
n Oxalato de amônia a 1%: dil 1:20
n Cautela: Amostras plaquetopênicas

q Estimativa do número: recomendável (não houver contagem)


n Estimativa 1: Nº PLQ (aumento 1000) x fator 20.000
n Estimativa 2 Plaquetas
Nº cels/ campo Nº estimado
< 1, 5 Plaquetopenia
Várias, com agregados Nº normal
> 25 Plaquetose

q Em contadores eletrônico, com restrições <20.000/μL


Plaquetograma
n TROMBOCITOPENIA < 150.000/uL
q Dificuldade na coleta ➮ microcoágulos
q Demora na mistura com o anticoagulante
q Sensibilidade das plaquetas ao EDTA
n Coleta com citrato de sódio

q Satelitismo, grumo de plaquetas ao redor no neutrófilos

n TROMBOCITOPENIA < 80.000/uL


q Apresenta manifestações hemorrágicas
q Retração do coágulo está alterada
Causas de falsa plaquetopenia
Plaquetograma
n TROMBOCITOPENIA < 50.000/uL
q Púrpuras trombocitopênicas
q Mieloaplasias
q Leucemias
q Grandes Hemorragias
q Viroses
q Esplenomegalia
q CIVD
q Septicemias
q Quimioterapia, Radioterapia
Plaquetograma

n TROMBOCITOSE > 600.000/uL


q Sindromes Mieloproliferativas
q Pós-Hemorragia, Pós-operartório
q Doenças Inflamatórias Crônicas
n Artrite reumatóide
q Pós-Esplenectomia
q Anemia Ferropriva
Plaquetograma
q Quanto ao número:
q Diminuído, normal ou aumentado

q Quanto ao tamanho:
q Plaquetas gigantes
§ Produção acelerada por consumo excessivo
§ PTI, tromboses
q Plaquetas dismórficas (bizarra) e restos de megacariócitos
§ Síndrome de Bernard-Soulier, SMD e SMP

q Quanto a distribuição:
q Se isolada ou em grumos
Critérios para revisão de lâminas
n Idade < 5 anos (desvio a esquerda por diarréias e
viroses e dificuldade de valores de referência para
esta faixa etária)
n Maiores 75 anos (grande prevalência de doenças
crônicas subclínicas)
n Procedência de clínicas onco-hematológicas,
internados, UTIs
n Pedidos médicos específicos (linfócitos atípicos,
esferócitos, monoteste)
n Flags emitidos pelo aparelho
n Alterações numéricas celulares
Exame microscópico

n 1opasso: Série vermelha (campos onde os


eritrócitos não estão sobrepostos) observando
forma e tamanho comparando com VCM e
Histograma. Observar coloração (policromasia)
e empilhamento. Observar se os dados
numéricos são compatíveis com o que se
observa.
qAnemia ⇨ ver exame anterior ⇨ revisão de lâmina ⇨ reticulócitos ⇨ ver se
há resultados de bilirrubinas indireta e creatinina ⇨ contactar o médico.
q Hematócrito com plasma ictérico ⇨ dosar bilirrubinas.
Exame microscópico
n 2o passo: Avaliar plaquetas e a compatibilidade do
número com o que se observa.
Plaquetopenia ⇨ conferir se há coagulo ⇨ ver exames anteriores ⇨ colher
nova amostra.

n 3o passo: Série branca comparar o número de


leucócitos com o observado. Contar 200 células se
houver leucocitose ou % elevada de células de
baixa frequência (basófilo) ou células anormais.
Atentar para atipias linfocitárias. Observar se a
fórmula leucocitária é compatível com a idade do
paciente.
Blastos, pancitopenia ⇨ sugerir avaliação hematológica.
Como
ser
diferente
entre
tantos
iguais ?

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