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434-68 - HP05716436
CAPÍTULO 1
ERITROGRAMA
Microcitose e Hipocromia
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Macrocitose
É o aumento do tamanho dos eritrócitos. Essa alteração pode ser observada na distensão sanguínea pelo aumento do
diâmetro celular superior a 9 µm. Estes eritrócitos são chamados de macrócitos e podem ser arredondados ou ovais
(macro-ovalócitos) com significados clínicos diferentes.
Assim como ocorre na microcitose, a macrocitose poderá ser geral e o VCM aparecerá elevado ou poderá afetar apenas
uma parte da população de hemácias. A presença de macrocitose poderá ser decorrente de reticulocitose, uma vez que
os reticulócitos são células mais imaturas, normalmente maiores que as hemácias maduras.
Poiquilocitose discreta.
Poiquilocitose.
Poiquilocitose moderada.
Poiquilocitose acentuada.
Ovalócitos Eliptócitos
Esquizócitos.
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Drepanócitos
São hemácias em forma de foice ou banana, com extremidades agudas como resultado da polimerização da Hb S. A
presença desta alteração é patognomônico para doença falciforme.
Drepanócitos.
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Esferócitos
São hemácias compactas que apresentam o diâmetro pequeno e têm forma esférica. Podem ser formados como
consequência de alterações no citoesqueleto ou na membrana da célula, hemólise imunológica ou microangiopática,
ou dano físico a membrana. Na distensão sanguínea, os esferócitos destacam-se pela coloração intensa.
Esferócitos.
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Hemácias em alvo
Os eritrócitos em alvo ou codócitos têm uma área de coloração mais densa no meio da área de palidez central. São
formados como consequência de um excesso de membrana, que se torna redundante em relação ao volume do
citoplasma.
Hemácias em alvo
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Queratócitos
São células com alterações de forma semicircular da membrana (mordida), com um ou mais pares de espículas. Se
originam pela retirada de Corpos de Heinz por macrófagos, sendo uma característica da hemólise oxidativa. A anemia
microangiopática ou o dano mecânico podem causar alterações idênticas
Queratócitos
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Estomatócitos
São hemácias que, na distensão sanguínea, apresentam uma fenda linear ou estoma central. Ocasionalmente podem
ser vistos em distensões de sangue normal.
Estomatócitos
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Equinócitos
São células com pequenas projeções de membrana com forma e distribuição regular. A quantidade das projeções que
aparecem nas hemácias podem variar de 10 a 30.
Equinócitos
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Acantócitos
São hemácias que apresentam projeções citoplasmáticas, as espículas. Estas, são distribuídas irregularmente ao redor
da célula. Os acantócitos têm espículas de tamanho variável, umas maiores do que outras, e em menor quantidade
do que as dos equinócitos.
Acantócitos
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Picnócitos
Picnócito ou dagmácito, é uma forma de hemácia, geralmente alongada, e que tem a hemoglobina retraída para as
laterais da célula, ficando a região central da célula vazia e sem hemoglobina.
Picnócitos
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Hemácias em rouleaux
É um termo que se refere ao empilhamento das hemácias. No interior dos eritrócitos, a carga elétrica é positiva por
causa da concentração de íons K+ (potássio) que é maior do que de íons Na (sódio). Desta forma, a carga elétrica ao
redor do eritrócito é negativa e, por isso, todas os eritrócitos se repelem uns dos outras e não se empilham,
mantendo-se afastados.
Esse efeito entre os eritrócitos é conhecido como fator zeta – ou potencial zeta – e, quando anulado, forma-se o
rouleaux eritrocitário. Ocorre aumento na formação de rouleaux quando a concentração plasmática de
proteínas de alto peso molecular aumenta. Isso pode ocorrer em processos inflamatórios; na gravidez, na
qual aumenta o fibrinogênio, mieloma múltiplo, entre outros.
A presença de crioaglutinina ou anticorpos frios promove a aglutinação das hemácias em temperatura mais baixa do
que a corporal. Na distensão sanguínea, as hemácias aglutinadas formam aglomerados irregulares de células. Na
maior parte dos casos, a aglutinação ocorre na coleta, no momento em que o sangue entra em contato com o tubo
não aquecido.
São inclusões basofílicas, geralmente únicas e perfeitamente redondas formadas por material nuclear (DNA).
São células nas quais a hemoglobina parece estar restrita a uma das metades da célula, deixando o restante como
uma área vazia.
Hemácia em bolha(+).
Hemácia em bolha (++).
Hemácia em bolha (+++). Hemácia em bolha
Raros Hemácia em bolha .
Alguns Hemácia em bolha.
Numerosos Hemácia em bolha.
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Cristais de hemoglobina
Os cristais de hemoglobina podem ser observados nas hemoglobinopatias CC ou SC. Os cristais são densamente
corados, variam em tamanho, com bordas retas e extremidades bem definidas.
Policromasia é um termo utilizado para se referir às hemácias com aparência mais roséa-azulada ou azulada. Essa
variação na coloração é decorrente da captação simultânea de eosina pela hemoglobina e de corantes básicos
pelo RNA ribossômico. Normalmente são maiores que as hemácias normais.
Policromatofilia discreta.
Policromatofilia moderada.
Policromatofilia acentuada.
Policromatofilia.
Presença de policromatofilia.
Presença de raras hemácias com policromatofilia.
Presença de algumas hemácias com policromatofilia.
Presença de numerosas hemácias com policromatofilia.
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Eritroblastos
São precursores eritrocitários, e quando presentes em sangue periférico, devem ser quantificados, e a quantidade
encontrada, reportada na nota do laudo.
São eritroblastos que apresentam sinais de displasia celular. A displasia celular ocorre devido a um processo de
maturação anormal das células, de modo que as células produzidas destoam das suas características morfológicas
normais.
Nessas situações, a avaliação do histograma, assim como a análise morfológica, são essenciais para a confirmação de
dupla população e liberação do resultado. Como o RDW é um parâmetro fornecido apenas por automação, o laudo é
liberado sem o valor dele e com uma nota de laudo.
Um exagero na granulação dos neutrófilos, com grânulos que parecem maiores e mais basófilos do que os normais,
denomina-se granulação tóxica.
Nos neutrófilos, as vacuolizações citoplasmáticas ocorrem da fusão entre os grânulos com os vacúolos fagocíticos,
com perda do conteúdo do lisossomo secundário, sendo como causa principal a infecção bacteriana. A vacuolização
citoplasmática também aparece de forma artefatual em amostras envelhecidas, e que estão em contato prolongado
com o EDTA.
Os neutrófilos normais, geralmente, apresentam de 3 a 4 lóbulos (mais raramente de 2 a 5 lóbulos), enquanto que, os
neutrófilos hipersegmentados, exibem 5 ou mais lóbulos. A hipersegmentação é definida quando qualquer neutrófilo
exibe mais de 6 lóbulos ou mais de 3% dos neutrófilos apresentam mais de 5 lóbulos.
Os neutrófilos hipogranulares são células que têm as granulações reduzidas ou ausentes. Esta alteração causa uma
coloração azul clara ou cinza no citoplasma, diferente das células que apresentam o seu conteúdo de granulação
normal. A presença de neutrófilos hipogranulares é comum na síndrome mielodisplásica.
As células imaturas da linhagem eosinofílica (bastão, metamielócito), quando presentes na distensão sanguínea,
devem ser quantificadas e a sua porcentagem informada. Se o laudo não tiver um campo específico para esse tipo
celular, as células imaturas podem ser incluídas na contagem de eosinófilos e na observação reportar qual foi a célula
encontrada e a sua quantidade.
São inclusões azul-esverdeadas presentes em neutrófilos, mas, que também podem ser vistos em monócitos. Com
maior frequência, essas inclusões são encontradas em pacientes debilitados com doenças hepáticas e injúria
tecidual grave, sendo vistos, também, em câncer metastático e sepse.
São fungos que podem ser observados em distensão de sangue periférico, principalmente em pacientes
neutropênicos ou imunocomprometidos, com cateteres venosos implantados. Quando presentes, são vistos livres
ou nos neutrófilos – ou monócitos.
As manchas ou sombras nucleares, quando formadas por linfócitos da leucemia linfoide crônica, são denominadas de
manchas de Gumprecht. Essas manchas são formadas devido a fragilidade dos linfócitos leucêmicos, que se rompem
no momento da confecção da distensão sanguínea.
Cálculo de correção.
Presença de % de plasmócitos.
Bain, Barbara J. Células sanguíneas : um guia prático [recurso eletrônico] / Barbara J. Bain ; [tradução: Renato
Failace]. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2016
Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas / Márcio Antônio Wanderley de Melo / Cristina Magalhães da
Silveira – 1. ed. – Rio de janeiro: Rubio, 2015. 288p.: il.; 28 cm.
Tratado de hematologia / editores Marco Antonio Zago, Roberto Passetto Falcão, Ricardo Pasquini; editores
associados Nelson Spector, Dimas Tadeu Covas, Eduardo Magalhães Rego. -- São Paulo : Editora Atheneu, 2013.