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ESTOMATOLOGIA

Aula 1:
EXAMES LABORATORIAIS:
➢ HEMOGRAMA:
❖ Série vermelha (hemácias):
Eritrograma: quantidade de hemácias (eritrócitos)
Contagem:
Hematócrito: % eritrócitos no volume de sangue examinado;
Contagem de eritrócitos: número absoluto de eritrócitos/mm³;

❖ Descrição morfológica:
TAMANHO: Drepanocitose: “afoiçamento”
Normocítica: 8 micra (hemoglobina S)
Microcítica: <6,5 micra Poiquilocitose: Acentuada irregularidade de
Macrocítica: >8,5 micra forma;
Anisocitose: variação excessiva de
COLORAÇÃO: diâmetro
Normocrômica
Hipocrômica MATURAÇÃO:
Hipercrômica Reticulocitose: Presença de reticulócitos
(forma imatura da hemácia)
FORMA: - Se aumentado: medula tenta se
Esferocitose: Forma esférica, diâmetro adequar às variações de demanda;
diminuído; - Se diminuído: falha na produção
Ovalocitose: Forma oval, diâmetro (infecções, deficiências
diminuído; nutricionais);

➢ SÉRIE VERMELHA:
Volume Corpuscular Médio (VCM):
Estimativa do tamanho médio dos eritrócitos, expresso em mícrons cúbicos (µ³)
VCM= Hematócrito x 10
n° de eritrócitos
valores normais: 82-100 µ³ *hemácias microcíticas ou macrocíticas?

Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)


Estimativa do conteúdo médio de hemoglobina dos eritrócitos, expresso em picogramas (pg)
HCM= [Hemoglobina] x 10
n° de eritrócitos
valores normais: 26-34 pg *hemácias hipocrômicas e hipercrômicas?
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Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM):


Estimativa de concentração média de hemoglobina nos eritrócitos, expresso em porcentagem (%)
CHCM= [Hemoglobina] x 10
Hematócrito
valores normais: 31-37 % *hemácias hipocrômicas e hipercrômicas?

Red Cell Distribution Width (RDW)


Índice de que indica a percentagem de variações do diâmetro das hemácias
valores normais: 11,5% - 15,5% *indica anisocitose

ANEMIA:
Classificação laboratorial das anemias:
Normocítica Microcítica Macrocítica
normocrômica hipocrômica normocrômica

ERITRÓCITOS - - Normal + -

HEMATÓCRITO - - Normal + -

VCM Normal - +

HCM Normal - Normal

CHCM Normal - Normal

RDW + + +
A classificação laboratorial de anemias é, portanto, a forma mais comum na comunicação entre o laboratório e o
médico, entretanto há de se destacar que nem sempre a anemia normocítica/normocrômica é indicativo que os
eritrócitos estejam normais em seus tamanhos, formas e cromias.
Na realidade, a maioria das anemias normocíticas/normocrômicas tem diversidade morfológicas caracterizadas por
macrócitos, micrócitos e poiquilócitos, em que o valor médio do volume eritrocitário (VCM) resulta normal. Da mesma
forma, a diferença de cromia, por exemplo, micrócitos hipocrômicos e macrócitos normocrômicos resulta em valor
médio de hemoglobina intraeritrocitária (HCM) normal.

Classificação das anemias quanto a sua fisiopatologia:


Hemorrágicas Hemolíticas Hipoproliferativas Aplástica

Aguda: Hereditária: Déficit nutricional: Insuficiência


sangramento hemoglobinopatias vit b12, ácido fólico, medular:
volumoso, interno ou Fe, deficiência de destruição do tecido
externo transferrina medular por vírus,
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drogas mieloftise

Crônica: Adquirida: Defeitos de absorção:


sangramento malária, doenças deficiência de fator
contínuo, pequeno auto-imunes extrínseco vit b12
volume

SANGUE:
Hemácias:
● 0,007 mm de diâmetro
● Transporte O²
● Hemoglobina
● Forma bicôncava
● Tempo médio de vida:120 dias
● Quantidade média de hemácias (mm³):
- Homens: 5.200.000
- Mulheres: 4.700.000
Centro produtor do tecido sanguíneo:
❖ Medula óssea:
● Unidade “coringa”
● Células tronco hematopoiéticas pluripotenciais:
I. Unidades formadoras de eritrócitos;
II. Unidades formadoras megacariócitos:
III. Formadoras granulócitos e monócitos
IV. Células-tronco linfóides

* O paciente com problemas renais pode desenvolver anemia? SIM, pois se ele desenvolver um problema renal e isso
afetar a produção da eritropoetina, esse indivíduo não vai ter uma medula responsiva para a demanda de oxigênio
(anemia do tipo normocítica normocrômica)
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Eritropoetina (3,6 mU/ml):


● Rins (córtex)
● Gatilho- hipóxia;
● Diminuição: Insuficiência renal, drogas, quimio-radioterapia;
● Aumento: neoplasias, demanda +O²
Hematócrito:
Valor em %
● Homem: 40 a 54%
● Mulher: 37 a 47%

ABSORÇÃO DE NUTRIENTES E MINERAIS:


Intestino delgado:
Ferro + apotransferrina (transferrina)
Valores transferrina:
● Homens: 215- 365 mg/dl
● Mulheres: 230- 380 mg/dl
Fígado:
Ferro + apoferritina (ferritina)
Valores ferritina:
● Homens: 23 a 336 mg/ml
● Mulheres: 11 a 306 mg/ml
Ferro: 4,5 no adulto
● 70%: hemoglobina (13,5 g/dl), mioglobina e diversas enzimas celulares;
● 30 %: ferritina (fígado, hemossiderina);
DEFICIÊNCIA DE FERRO:
Fatores fisiológicos:
● Gravidez (aumento de demanda diária);
Fatores nutricionais:
● Dieta deficiente em ferro;
Sangramentos:
● Traumatismos, neoplasias, úlceras gastroduodenais, doenças intestinais crônicas, doenças
hemorroidárias, ,menorragia;
Parasitoses:
● Schistosoma mansoni;

Anemia Ferropriva: ANEMIA MICROCÍTICA HIPOCRÔMICA


Hemácias:
Tamanho: microcíticas
Coloração: hipocrômicas
VCM: alterado(-)
HCM: alterado(-)
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CHCM: alterado(-)
Hematócrito: alterado(-)
Contagem de eritrócitos: (-)

DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12:


● Cirurgias bariátricas;
● Doenças inflamatórias crônicas do intestino que provocam má absorção;
● Uso crônico de medicamentos para reduzir a concentração de ácido no suco gástrico
(omeprazol, ranitidina);
● Dietas vegetarianas ou pobres em alimentos de origem animal.
● Doenças autoimunes (destruição das células produtoras do fator extrínseco)

DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO:


● Ressecções do jejuno;
● Doenças inflamatórias crônicas do intestino que provocam má absorção;
● Uso crônico de medicamentos (anticonvulsivantes, quimioterápicos);

Anemias Megaloblásticas (MACROCÍTICA NORMOCRÔMICA)


Hemácias:
Tamanho: macrocíticas
Coloração: normocrômicas (muito embora possa ser hipocrômica se houver sobreposição de
deficiência de ferro);
VCM: alterado(+)
HCM: normal
CHCM: normal
Hematócrito: alterado(-)
Contagem de eritrócitos: (-)

Anemias por insuficiência renal (ANEMIA NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA)


Hemácias:
Tamanho: normocítica
Coloração: normocrômica
VCM: normal
HCM: normal
CHCM:normal
Hematócrito: alterado(-)
Contagem de eritrócitos: (-)

SINTOMATOLOGIA:
- “tonturas”
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- ocrodermia (palidez)
- erosões na língua, alterações de paladar, alterações de sensibilidade

➢ SÉRIE BRANCA:
● Leucócitos:
- Pouca variação em condições fisiológicas;
- Contagem absoluta ou relativa (%)

Aumento: leucocitose (infecções, neoplasias de origem leucocitária)


Diminuição: leucopenia (debilitação, quimioterapia, discrasias sanguíneas, infecção severa)

Fundamentação: resposta fisiopatológica e muitas doenças é representada por mudanças


numéricas em tipos específicos de leucócitos.

Diminuição: Aumento:

Neutrófilos (3000-6000 Mm³) Malária, mononucleose, Infecções por cocos


deficiências nutricionais, (abscessos, osteomielites,
doenças autoimunes, faringites), necrose tecidual,
agranulocitose; câncer;

Linfócitos (1500-3000 Mm3) Imunodeficiência (doença Infecções virais, algumas


genética, AIDS, corticóides); infecções bacterianas não
causadas por cocos, doenças
autoimunes, e vários tipos de
câncer, leucemia linfocítica;

Monócitos (300-500 Mm³) Geralmente associada a erro Doenças granulomatosas,


de contagem; sífilis, malária, hepatites,
câncer, leucemia monocítica;

Eosinófilos (50-250 Mm³) Geralmente associada a erro Infecções parasitárias,


de contagem; alergias, anemia perniciosa;

Basófilos (< 50 Mm³) Geralmente associada a erro Rara, mas geralmente


de contagem; associada a neoplasias;

➢ HEMOSTASIA:
Contagem de plaquetas no sangue em números absolutos/mm³

Valores normais:
200.000 - 400.000/mm³

Valores menores que 100.000/mm³ indicam dificuldade em conseguir hemostasia; menos de


50.000/mm 3 há risco de sangramento espontâneo.

DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS:
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● Tempo de sangramento [5-10 min]


- Perfuração da área vascularizada (lóbulo orelha)

● Tempo de Protrombina [10-15 s]


- Via extrínseca

● Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA)


- Via intrínseca
- Valores de referência: < 60s
*alterações nos valores são indicativo de problema hepático

➢ Exames sorológicos:
Mononucleose:
- Reação de Paul-Buñel;

Outros vírus (CMV, HSV)


- IgG e IgM

HIV:
- ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay):
- Exame de triagem preliminar (4a geração p24);
- Exame confirmatório Western-blot (proteínas virais gp41, 120 etc)

Sífilis:
- VDRL- 78% acurácia
- FTA-ABS- exame específico (fluorescência)

Hepatites:
Hepatite A: IgG e IgM
Hepatite B: marcadores virais com significado específico dependendo da evolução da
doença: HBC-> contato com o vírus, HBsAg-> portadores do vírus, com doença ativa
normalmente; Anti-HBe-> replicação viral; Anti-HBc-> replicação viral; Anti-HBs-> imunização;
Hepatite C: ELISA

DIABETES:
Glicemia jejum
>126 mg/dl
L não
Glicemia pós-prandial:
100 g glicose:
> 200 mg/dl 2 horas sobrecarga de glicose;

Glicemia randômica:
> 200 mg/dl (+sintomas e sinais)

Curva glicêmica:
adm 100 g glicose/3 horas:
> 200 mg/dl
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Controle: Hemoglobina Glicada (> 6,5 %)

BIOQUÍMICA DO SANGUE:
● SUBSTÂNCIAS NÃO ELETROLÍTICAS:
● Uréia (metabolismo proteico hepático)_________________20 a 40 mg/100ml
+ infecções urinárias
- insuficiência hepática;

● Creatina (metabolismo muscular creatina)____________ 1 a 2 mg/10 ml


+ problemas renais;
- envelhecimento, desnutrição

● Fosfatase alcalina ____________________________________ 21 a 85 UI


+ Doença de Paget, tumores ósseos, mielomas, hiperparatireoidismo, hepatopatias;
- Desnutrição;

● Cálcio sérico _________________________________________ 8,5 a 10,2 mg/dl


+ Doença de Paget, tumores ósseos, mielomas, intoxicação por vitamina D,
hiperparatireoidismo;

● Transaminases hepáticas
TGO (Glutamato - oxalacetato)________________________ 5 a 40 UK
TGP (Glutamato - piruvato) ___________________________ 5 a 35 UK
+ hepatites agudas, medicamentos;
- tumores hepáticos, cirrose;

● LIPIDOGRAMA:
● Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL): “mau colesterol”
+ risco de doença cardiovascular

● Lipoproteínas de Alta densidade (HDL): “bom colesterol”


- risco de doença cardiovascular;

● Colesterol total: LDL+HDL;

● Triglicerídeos: + risco de doença cardiovascular


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Aula 2:

LESÕES FUNDAMENTAIS:
MANCHA OU MÁCULA: eritematosas múltiplas e
- Alterações de cor no epitélio; confluentes (hiperplasia
- Sem elevação ou depressão tecidual; papilar inflamatória)
- Geralmente assintomáticas, alguns
➢ Candidoses eritematosas: pacientes poderão queixar-se de leve
- Micose superficial oportunista, sensação de ardor, boca amarga e
sempre associada a alterações locais halitose.
e/ou sistêmicas;
- Também conhecida como candidose - Queilite angular:
atrófica, é a forma clínica mais - Candidíase eritematosa que acomete
comum das candidoses da cavidade a comissura labial;
bucal - Não se restringe à formação de
manchas eritematosas, mostra
- Candidose atrófica aguda: frequentemente formação de fissuras
- Pode-se desenvolver após uso e placas queratóticas descamativas;
prolongado de antibióticos de amplo - Causas: perda da dimensão vertical
espectro; (idosos e edêntulos); estimulada pelo
- Geralmente acompanhadas de frio, hábito de lamber os lábios e
sensação de queimação; hipersalivação (crianças), deficiência
- Glossite acompanhada de atrofia de ferro (anemia ferropriva),
difusa ou irregular das papilas do riboflavina e quadros de
dorso da língua (“língua careca”) imunodeficiência;
- Pode estar acompanhado de úlceras
rasas e extensas e ainda estar - Glossite romboidal mediana:
associado a candidose - Área eritematosa na região mediana
pseudomembranosa aguda. do dorso lingual, provocada por
atrofia focal das papilas filiformes;
- Estomatite protética:
- Provocada pelo biofilme que se forma - Eritema gengival linear:
na base de uma prótese dentária - Apresenta um padrão de inflamação
insatisfatória e/ou mal utilizada; gengival e não uma doença
- Uso contínuo da prótese (noturno), específica;
má higienização, falta de adaptação - Coloração eritematosa da gengiva
da prótese, condições do acrílico marginal e elementos dentários
protético favorecem a formação contíguos;
desse biofilme; - Em alguns casos a candidose
- Pode se manifestar de três formas: justificará o quadro, em outros, pode
1. áreas eritematosas na forma estar associado a uma baixa
de petéquias resistência do hospedeiro à bactérias
2. Manchas eritematosas do biofilme subgengival;
difusas; - Pode estar associado à uma resposta
3. Não se limita a manchas, imunomediada, podendo assim, ser
formando nodulações um espectro do líquen plano oral;
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- A infecção pelo HIV deve ser sempre


investigada.

- Candidose multifocal crônica:


- Representa casos de candidose
eritematosa difusa, envolvendo
múltiplas regiões bucais
concomitantemente;
- Frequente presença de doença
sistêmica de base, antibioticoterapia C.H: Epitélio estratificado queratinizado com
crônica, imunossupressão, a presença de melanócitos em grande
radioterapia, xerostomia e causas quantidade na região basal (melanócitos com
idiopáticas; projeções dendríticas) e grande concentração
de grânulos de melanina (cor acastanhada)

➢ Mácula melanótica
➢ Tatuagem de amálgama
hereditária:

- Mancha de coloração enegrecida,


- Etiopatogenia: Presença em maior
acinzentada, de margem definida
número de melanócitos na região;
- Necessidade de exame
- Pigmentação melânica: Racial
histopatológico, rx: radiopaco.
(genética), presença de melanócitos;
- Se trata de uma iatrogenia
- É uma condição benigna, não tem
- Tratamento: Desnecessário, ou
conotação de doença
limita-se à própria biópsia.
- Não existe alteração de sensibilidade
nem progressão rápida por se tratar
de uma alteração de normalidade
* Sítios de maior frequência: gengiva
marginal livre, inserida e vestíbulo região
anterior tanto inferior quanto superior
Tratamento: Nenhum tratamento é
necessário, mas as lesões intrabucais devem
ser removidas e encaminhadas para exame a
fim de descartar a possibilidade de
melanoma inicial.

C.H: Partículas exógenas enegrecidas


dispersas no colágeno ou pulverizadas
circundando pequenos vasos.
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➢ Melanoma oral provenientes da crista neural que


migraram durante o desenvolvimento
para a região da epiderme;
- Uniformidade de cor, uniformidade de
tamanho e de margens (não tem
morfologia irregular.
- Não existe sintomatologia associada,
não tem crescimento rápido.
- Distúrbio de desenvolvimento,
condição benigna
- Tratamento: Remoção da lesão

- Mancha com caráter irregular, *Nevo congênito:


coloração enegrecida, acastanhada, - Diferenciado do adquirido por serem
com zonas de despigmentação maiores, percebidos mais facilmente
- Presença de parestesia, desde a infância, e frequentemente
adormecimento do local apresentam hipertricose;
- Crescimento rápido, lesões progridem - nevos congênitos grandes
em poucos meses para levar o apresentam riscos de transformação
paciente a óbito maligna de até 15%;

C.H: Epitélio estratificado, melanócitos C.H: Células névicas, frequentemente


pleomórficos- perda de proporção do ovóides com melanina no seu citoplasma
citoplasma, núcleo vesiculados- próximos ao
tecido conjuntivo (predileção por invadir ● Trauma oral por práticas sexuais:
vasos) Hemorragia secundária à felação:
- Eritemas, petéquias, púrpura ou
➢ Nevo melanocítico: equimoses no palato mole;
- Costumam ser assintomáticas
regredir sem tratamento dentro de 7 a
10 dias, recidivas são possíveis com a
repetição do evento incitante;
Tratamento: Não há necessidade de
tratamento, prognóstico bom.

C.H.: Acúmulos subepiteliais de hemácias


- Má formação de desenvolvimento que podem ser extensas o suficiente para
resultante de hiperplasia de células
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separar o epitélio do tecido conjuntivo pode ocorrer em qualquer região da


subjacente. mucosa bucal;

PLACA: - Linha alba:


- Elevação em relação à mucosa - Placa filiforme que se “encaixa” na
normal (até 2mm) linha de oclusão dos dentes;
- Extensão e contornos irregulares; - Geralmente associada a pressão,
- Lisa, rugosa; irritação por fricção ou trauma de
- Consistência à palpação; sucção das superfícies vestibulares
dos dentes;
➢ Candidose pseudomembranosa - Frequentemente observada em
aguda: mucosa jugal e bordo lateral da
língua;
Tratamento: Não há necessidade de
tratamento, pode acontecer regressão
espontânea;
C.H.: Hiperortoceratose recobrindo a mucosa
oral normal.

- Morsicatio buccarum:
- Áreas brancas brancas, espessadas e
fragmentadas que podem estar
entremeadas a zonas eritematosas,
com erosão ou ulceração traumática
focal;
- Áreas brancas de superfície
- Formação de placas esbranquiçadas
dilacerada e irregular
sobre a mucosa bucal, removíveis por
- Injúria física
raspagem com espátula ou gaze;
- Em região de lábio: queilite factícia
- Placas de aspecto leitoso que
Tratamento: Não há necessidade de
lembram queijo cottage;
tratamento
- Preferencialmente em mucosa jugal,
C.H.: Hiperparaceratose extensa, geralmente
palato, fundo de vestíbulo, dorso de
resulta em uma superfície extremamente
língua e orofaringe
dilacerada, com várias projeções de ceratina.
- Representa uma doença oportunista,
mais frequente na primeira infância
(“sapinho”). Quando acomete adultos,
o quadro de AIDS deve ser ➢ Líquen plano:
considerado, além de outras causas
graves de imunossupressão;
Tratamento: Orientação de higiene bucal e
uso de antifúngicos tópicos e/ou sistêmicos.
Em caso de “sapinho”: higiene e aplicação de
violeta genciana (1% sem álcool)

➢ Queratose friccional:
- Alteração adaptativa dos tecidos a
uma irritação mecânica crônica que
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- Lesões que podem preceder


carcinoma espinocelular (lesão
- Elevações reticulares de epitélio com cancerizável);- perda de adesividade
alteração de cor associada das células que adquirem
- Na mucosa jugal: bilateral, placas pleomorfismo
reticulares brancas que lembram o Tratamento: Diagnóstico histopatológico
aspecto de redes (estrias de definitivo, biópsia, remoção completa:
wickham), pode se estender para a excisão cirúrgica, eletrocauterização,
língua, rebordo alveolar, e outras criocirurgia…
mucosas C.H.: Camada espessada de ceratina no
- Etiologia obscura (competente epitélio de superfície (hiperceratose), com ou
linfocitário, processo imunomediado sem espessamento da camada espinhosa
que agride queratinócitos) (acantose). Frequentemente, números
- Maior frequência em mulheres com variáveis de células da inflamação crônica
idade superior a 30 anos, maioria das são observados no interior do tecido
vezes assintomático; conjuntivo subjacente
- Lesão precursora de carcinoma de
células escamosas; *Eritroleucoplasias:
* Alterações semelhantes ao líquen plano podem - Mesclagem de áreas leucoplásicas e
ocorrer em resposta ao contato da mucosa com
eritroplásicas “leucoplasia salpicada”,
amálgama e com uso de medicamentos diversos, o
que varia de paciente para paciente. Nesses casos, a são geralmente bem delimitadas;
remoção do agente suspeito provoca resolução das - Tabagismo maior fator de risco;
lesões, e o diagnóstico da condição é então de reação - Lesão macia, não endurecida ( a não
liquenoide ao invés de líquen plano
ser que já tenha surgido um
Tratamento: Uso de corticóides tópicos na
carcinoma);
forma de bochechos ou de creme, bochecho
dexametasona 0,1 mg/ml 3 a 4 vezes por dia
Queilite actínica:
(apenas nos casos assintomáticos)

➢ Leucoplasia

- Não associada a nenhum agente


traumático, caracterizada por placas - Alteração que ocorre quase sempre
brancas de limites bem definidos em lábio inferior como consequência
(diferente da queratose friccional) de exposição ao sol;
- Pacientes adultos e idosos, - Precursora ao surgimento de
comumente restrita a um sítio, ou carcinoma de células escamosas;
multifocal (associada ao tabagismo);
- Não sai com raspagem;
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- Adultos, idosos, frequentemente ➢ Aftas:


leucodermas que trabalham ou vivem - Ulcerações dolorosas recorrentes e
em maiores graus de exposição solar; autolimitantes da cavidade bucal;
- Epitélio do lábio inferior alterado: - Patogênese: resposta imunomediada,
descamante, atrófico, brilhante, aumento da proporção de linfócitos T
aparentemente frágil, e CD8+, produção de TNF-a e agressão
frequentemente com manchas e a células epiteliais;
áreas avermelhadas; - Pode ser divida em três padrões:
- Podem ocorrer sangramentos, mas a 1. Úlceras aftosas menores
dor não é comum (úlceras de Mikulicz):
Tratamento: Remoção cirúrgica, remoção do 3-10mm, mais frequente em
vermelhão (semimucosa) labial. mucosa jugal, mucosa de
lábios, assoalho bucal, ventre
e lateral da língua;
2. Úlceras aftosas maiores
(periadenite mucosa necrótica
recorrente, aftas de Sutton):
Maiores que 1 cm, mais
frequentes em palato mole e
parede faríngea ou pilares
amigdalinos;
3. Úlceras herpetiformes: Forma
menos comum (entre 5 a 10 %
dos pacientes), apresentam
múltiplas lesões pequenas
C. H.: Elastose solar: degeneração basofílica entre 1 e 2 mm.
de colágeno associada ao aumento de fibras
elásticas, infiltrado inflamatório quase ➢ Glossite migratória (língua
sempre presente; geográfica)

EROSÃO:
- Perda parcial do epitélio;
- Sem exposição do tecido conjuntivo;

ÚLCERA:
- Rompimento do epitélio, exposição de
tecido conjuntivo;
- Perda de continuidade epitelial

Observar:
➢ Origem [primária ou secundária]
➢ Duração [tempo de surgimento]
➢ Aparência [bordas elevadas ou não] - Doença imunomediada (onde ocorre
➢ Consistência; perda de reconhecimento de algum
➢ Número de presença de dor; componente do epitélio e o sistema
➢ Fenômenos associados imune passa a atacá-lo);
[linfoadenopatia periférica]; - Erosões periódicas, despapilação
“móvel” [migratória]
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- Benigna; ➢ Pênfigo vulgar:


- Alterações de sensibilidade, ardência,
coceira, prurido, aumenta com a
ingestão de comidas com tempero e
bebida alcoólica;
- Tratamento: Remoção dos hábitos
alimentares, uso de medicações
imunomoduladoras;

Úlcera traumática:
- São comuns no dia-a-dia e
representam a ruptura do tecido
epitelial e parte do conjuntivo como
consequência de uma agressão de - Aspecto irregular das margens,
intensidade suficiente; grande extensão, dor associada,
- São sintomáticas e usualmente de lesões múltiplas
fácil diagnóstico ao exame clínico - Doença autoimune;
Tratamento: Remoção do trauma (caso a - Cemento intercelular, desmossomos
lesão não desapareça em 10 dias, [antígeno], perda de adesividade
recomenda-se uma biópsia incisional) intercelular;
- Fragilidade epitelial, bolha
intraepitelial;
➢ Carcinoma espinocelular:
VESÍCULAS:
- Elevação do epitélio;
- Conteúdo líquido;
- < 3mm;

BOLHAS:
- Elevação do epitélio;
- Conteúdo líquido;
- > 3mm;

- Úlcera com bordas elevadas, ➢ Herpes:


endurecidas, indolor;
- Associada a linfoadenopatia
periférica, linfonodos palpáveis
endurecidos;
- Predominantemente em adultos
usuários de tabaco e álcool que estão
na 5ª e 6ª década de vida;
C.H.: Invasão de lençóis e ilhotas de células
epiteliais neoplásicas no tecido conjuntivo,
células pleomórficas, núcleo hipercromático,
figuras mitóticas frequentes
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- Doença viral, manifestação clínica Tratamento: Remoção da glândula e/ou


inicial é o surgimento vesículas e marsupialização
bolhas;
- Tropismo por tecido nervoso, nervo
trigêmeo; PÁPULA:
- Lesão autolimitante; - Elevação sólida e circunscrita (limites
- Estado latente- reativação: definidos 3mm);
imunossupressão; - Pode ser tanto superficial
- Destruição de células epiteliais na (crescimento do próprio epitélio) ou
porção mais superficial, destruição e de tecidos mais profundos
acúmulo de líquido no seu interior; (conjuntivo e estruturas associadas)
- <3 mm= vesícula
- 3mm= bolhas
- rompimento= úlceras ➢ Grânulos de Fordyce

C.H.: Alterações virais citopáticas nas células


epiteliais- multinucleação (aspecto sincicial)
de células epiteliais, inchaço nuclear com
marginação da cromatina, formação de
células de Tzanck
- Tratamento: antirretrovirais, dieta fria,
remédio pra dor

➢ Mucocele:
- Extravasamento de muco ou saliva no
interior do tecido conjuntivo devido à
ruptura do ducto de uma glândula
salivar menor;
- Causa: trauma por mordida,
ocorrendo quase sempre em lábio - Glândulas ectópicas, não tem
inferior conotação patológica;
- Bolha de conteúdo translúcido, macia - Maior frequência na mucosa jugal,
à palpação, são quase sempre quase sempre bilateral e na porção
assintomáticas; lateral do vermelhão do lábio inferior;
Tratamento: Biópsia excisional com remoção - Variação de normalidade
de todas as glândulas salivares menores C.H.: Presença das estruturas sebáceas
periféricas abaixo do conjuntivo;

➢ Rânula: ➢ Papiloma:
- É uma forma de mucocele que - Mais comum em jovens e adultos,
envolve a ruptura do ducto de uma mas também ocorre em crianças;
glândula sublingual e submandibular; - Pápula assintomática esbranquiçada
- São vistas mais frequentemente em ou rósea, na maioria das vezes
crianças e adultos jovens pediculada, composta por
- As lesões surgem em um dos lados microprojeções filiformes
do assoalho, não cruzando a linha - Tratamento: Remoção da lesão;
média
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* O condiloma é comumente mais róseo, de base larga - Ocorre com frequência sobre a base
e séssil, relativamente maior- Nesse caso, é uma
de uma prótese insatisfatória
doença sexualmente transmissível.
H.C: Projeções papilomatosas digitiformes, possivelmente por pressão negativa
alteração do epitélio, hiperparaqueratose, sobre a mucosa;
convergência do epitélio para um único - Também associada ao uso sem
ponto, presença de coilócitos. intervalos da prótese e má higiene;
- Múltiplas pápulas ou nódulos
NÓDULOS: formados por tecido fibroso
- Elevação sólida e circunscrita (>3mm) hiperplásico, “aparência pedregosa”
da mucosa;
Tratamento: Remoção cirúrgica, confecção
➢ Lipoma: de nova prótese e orientação sobre a
- Neoplasia benigna que se origina necessidade de intervalos noturnos
de adipócitos; C.H.: Tecido epitelial hiperplásico, às vezes
- Coloração normal, palpável firme, não com hiperplasia pseudoepiteliomatosa,
fixo e nem duro; tecido conjuntivo abundante (edemaciado ou
- Lesão geralmente nodular, a denso), infiltrado crônico com predominância
consistência é mole e o local mais de linfócitos
prevalente é a mucosa jugal, língua e
assoalho da boca ➢ Hiperplasia fibrosa focal:
- Confirmação diagnóstica: células de - Causada por trauma crônico de baixa
adipócitos; intensidade e composta por
- Após remoção da lesão, para proliferação de fibroblastos com
formulação do diagnóstico clínico: a exuberância de colágeno
lesão boia no frasco de biópsia - Clinicamente é uma pápula ou um
nódulo único sem dobras
➢ Hiperplasia fibrosa induzida por intercaladas, consistência fibrosa ou
prótese: borrachosa, coloração rósea, base
- Representa uma reação de séssil ou pediculada;
- proliferação fibroblástica e aumento - Agente causal: Trauma oclusal,
da deposição de colágeno trauma por contato com
provocados por irritação crônica de restaurações de bordos excessivos,
baixa intensidade (prótese mal grampos de próteses, dentes
adaptada) fraturados etc
- Ocorre mais em adultos e idosos, C.H.: Aumento exuberante de tecido
lesão de formato irregular: “forma de conjuntivo denso não modelado (tecido
rolete” ou de “nódulos em forma de fibroso), o colágeno geralmente arranja-se
pregas teciduais” em feixes curtos e aleatórios pela lesão, pode
- Mais frequentes na mandíbula, na ser encontrado infiltrado inflamatório
região vestibular ou lingual; Tratamento: Remoção cirúrgica, eliminação
Tratamento: Remoção cirúrgica do agente causador.
C.H.: Lesão que exibe alterações epiteliais,
hiperplasia de fibroblastos e colágeno, ➢ Granuloma piogênico:
(abundância de colágeno em forma de feixes - Lesão se caracteriza por pápula ou
de espessura variável);infiltrado inflamatório nódulo, eritematoso, frequentemente
de células mononucleares apresentando superfície ulcerada
geralmente sangrante ao toque e que

➢ Hiperplasia papilar inflamatória:


18

pode ocorrer em qualquer local da língua e lábio inferior são outros


cavidade bucal; locais comuns;
- Possui os mesmos agentes C.H.: Proliferação vascular benigna, aspecto
etiológicos potenciais da hiperplasia histopatológico semelhante ao de um tecido
fibrosa focal e fatores hormonais de granulação, infiltrado inflamatório crônico
podem estar associados, sendo a presente em quantidades variáveis.
lesão mais comum em gestantes Tratamento: Remoção cirúrgica da lesão e do
dentre as lesões hiperplásicas da agente irritante identificado
cavidade bucal;
- Mais frequente na gengiva na região
abrangente entre incisivos e caninos,
19

*Doenças bucais de maior frequência na prática clínica:

Pacientes < 17 anos de idade Pacientes > 17 anos de idade


1. Traumas por mordida 1. Candidose
2. Aftas 2. Tatuagem por amálgama
3. Nevo melanocítico 3. Traumas por mordida
4. Herpes labial 4. Queratose friccional
5. Língua geográfica 5. Nevo melanocítico
6. Outros traumas 6. Língua geográfica
7. Candidose 7. Herpes labial
8. Queratose friccional 8. Hiperplasia fibrosa induzida por
9. Queilite angular prótese
10. Hiperplasias, mucocele e papiloma 9. Tumores
10. Aftas

NEOPLASIAS BENIGNAS DE TECIDOS MOLES:


Malformações vasculares e Hemangiomas:
- São lesões benignas de origem vascular que se apresentam na clínica como lesões
volumosas, arroxeadas, macias ao toque, com risco de sangramento caso sejam
traumatizadas.
- Histopatologicamente, os hemangiomas da infância se caracterizam por inúmeras
células endoteliais volumosas e por lúmens vasculares geralmente indistintos. Com
o envelhecimento da lesão, os capilares ficam bem definidos e com células menos
volumosas.
- O tratamento depende da localização e da dimensão das lesões, podendo ser
clínico, com a aplicação de agentes esclerosantes como o Ethamolin, ou cirúrgico,
com auxílio de ligaduras ou embolização arterial seletiva.

● Angiomatose encefalotrigeminal (Síndrome de Sturge-Weber):


- Condição de desenvolvimento não hereditária rara, manchas em “vinho do porto”
- Manifestações extra e intrabucais resultam da hipervascularização local, a gengiva
pode apresentar uma discreta hiperplasia vascular ou uma grande proliferação
hemangiomatosa, semelhante ao granuloma piogênico
*As lesões intrabucais geralmente apresentam aumento de volume e podem ocorrer em várias dimensões e localizar-se
em várias regiões da cavidade oral, principalmente em língua, lábios e mucosa jugal. A diascopia, ou vitro-pressão,
realizada com uma lâmina de vidro, frequentemente é útil para identificar as malformações vasculares. Nos casos de
lesões intraósseas, a única forma de confirmar a suspeita de diagnóstico é por meio da punção diagnóstica.

LESÕES ÓSSEAS:
TUMORES CÍSTICOS:
● Tumor odontogênico queratocístico:
- Geralmente acomete pacientes jovens com lesões sendo mais comuns em
mandíbula, uni ou multiloculares, podendo atingir dimensões que ocupam todo o
corpo e/ou ramo mandibulares.
20

- A punção diagnóstica é muito útil na prática clínica para a suspeita do tumor


odontogênico queratocístico, pois é aspirado um conteúdo pastoso ora
esbranquiçado ora amarelado, de consistência semelhante à de mousse.
- A cirurgia de enucleação da lesão deve incluir método adicional de tratamento das
margens como a aplicação de solução de Carnoy ou de crioterapia.

● Ameloblastoma cístico:
- A região de corpo de mandíbula é comumente envolvida, e assim como pode ser
visto para cisto dentígero e tumor odontogênico queratocístico, está comumente
associado a um dente impactado, comum ocorrer expansão do osso envolvido, ou
seja, um aumento ósseo que é clinicamente visível
- Pode haver reabsorção óssea em forma de baioneta (forma de faca) de dentes
contiguos. A punção nesse caso revela líquido aquoso, de aspecto citrino.
- O tratamento do ameloblastoma inclui curetagem vigorosa e tratamento
complementar com solução de Carnoy ou crioterapia.

LESÕES RADIOLÚCIDAS SÓLIDAS:


● Ameloblastoma:
- Possui variantes císticas e sólidas. Sendo a variante sólida geralmente mais
agressiva e associada a maiores casos de recidiva;
- O aspecto radiográfico é tipicamente de uma lesão multilocular (“bolhas de sabão”),
a reabsorção de dentes contíguos em forma de baioneta, deslocamento dentário e
expansão cortical são comuns;
- Crescimento lento e assintomático, com predileção por corpo e ramo da mandíbula
(podendo envolver dente impactado)
- Tratamento invasivo, ressecção em bloco ou amputação óssea

● Mixoma odontogênico:
- Ocorre tanto em mandíbula como em maxila, acometendo pacientes por volta dos
30 anos, mas com ampla variação;
- Podem ser radiolúcidas, mas o aspecto mais chamativo é o multilocular (aspecto
de “favos de mel”), as margens da lesão podem ser mal definidas e o crescimento
acelerado (comportamento localmente invasivo e recidivante)
- Na biópsia é típico observar que o tecido encontrado é gelatinoso. O tratamento é a
recessão em bloco.

● Lesão central de células gigantes:


- Lesão de comportamento indolente ou agressivo, com tendência para região
anterior atravessando a linha média, as lesões menores são uniloculares e as
maiores multiloculares;
- Histologicamente encontram-se células gigantes multinucleadas tipo corpo
estranho, células epitelióides, hemorragia e hemossiderina;
- Tratamento: Remoção cirúrgica por curetagem ou injeção intralesional de
corticóides
21

LESÕES RADIOPACAS OU RADIOMISTAS SÓLIDAS:


● Osteíte condensante:
- Representa uma reação óssea de esclerose frente ao estímulo inflamatório que se
desenvolve em um dente com necrose pulpar, ou ainda, que esteja submetido à
forças traumáticas;
- Área radiopaca circunscrita de interface pouco nítida com o osso normal, fazendo
contato com a região apical do dente comprometido;
- Tratamento: Tratamento endodôntico ou remoção do trauma

*Osteoblastoma:
- É uma lesão que pode envolver pacientes jovens e provoca o aspecto de uma lesão
nodular radiopaca, podendo estar confinado à medula do osso e ser visto apenas
no exame radiográfico, podendo envolver o periósteo e provocar aumento
clinicamente visível;
- Comumente provoca dor óssea intensa devido às prostaglandinas que são geradas
na lesão. O aspecto histológico é de osteoblastos pleomórficos e volumosos e de
formação de material ósseo irregular, tratamento é a remoção cirúrgica

*Osteossarcoma:
- É um tumor ósseo de origem óssea mais comum. A idade dos pacientes
acometidos é em média 30 anos de idade, sendo maxila e mandíbula afetados com
frequência similar. O sintoma mais comum é dor e aumento de volume.
- E em cerca de 25% dos casos é possível observar a formação de linhas
incrementais radiopacas no interior da lesão, gerando o aspecto de “raios de sol”.
Histologicamente as células pleomórficas e hipercromáticas podem estar
associadas a material osteóide, condróide ou fibroso. O tratamento consta de
ressecção cirúrgica com margens de segurança
aula 3:

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

* Quais são as três dimensões de um exame de tomografia?


R= Largura, profundidade e altura

Cortes tomográficos:
- axial (inferior p/ superior) LARGU E PROF
- coronal (anterior p/ posterior) ALTURA E LARG
- sagital/ cefalométrica (direito e esquerdo) PROFUN E ALT
- transversal (segue a arcada em cada região do dente) o
22

Não invasivo, rápido, fidedigno e de alta precisão diagnóstica- estruturas ósseas.

- Tomografia computadorizada helicoidal ou médica;


- Tomografia computadorizada volumétrica, cônica ou odontológica

DIFERENÇAS:
- custo dos exames;
- local onde podem ser realizadas;
- forma de tomada radiográfica e;
- quantidade de radiação que o paciente é exposto.

Aspectos tomográficos das lesões do complexo bucomaxilofacial

Utilização da TC:
- Identificar e delinear processos patológicos (tumores benignos e malignos, cistos
odontogênicos e corpos estranhos);
- Visualizar dentes retidos;
- Valiar os seios paranasais (maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal)
- Diagnosticar trauma (plano axial, sagital e coronal)
- Mostrar os componentes ósseos da articulação temporomandibular (anomalia
congênita, trauma, doenças do desenvolvimento, neoplasias, infecções, cistos
subarticulares e osteófitos)
- Mostrar os leitos para implantes dentários (forma, altura e largura do rebordo
alveolar, localização do canal mandibular, canal incisivo, assoalho da cavidade
nasal e do seio maxilar)

Aspectos radiográficos observados:


- Localização;
- Formato;
- Limites e densidade da lesão;
- Expansão e destruição de corticais;
- Rechaçamento e reabsorção dentária;
- Presença de septos ósseos e de calcificação intralesionais.

NEOPLASIAS
23

Crescimento novo:

➢ Neoplasias benignas
Mesenquimal- sufixo OMA à célula de origem
Epitelial- PAPILOMAS
Glandular- ADENOMAS

➢ Neoplasias malignas
Mesenquimal- SARCOMA (sarco= carne)
Fibroblastos- FIBROSARCOMAS
Epitelial- CARCINOMAS
Glandular- ADENOSARCOMAS

IMAGINOLOGICAMENTE:
Tumores benignos:
Costumam ter limites bem delimitados;
Respeitam processos anatômicos- sem destruí-los- deslocando-os.

Tumores malignos:
Têm limites difusos, dando o aspecto de “roído por traça”;
Destroem reparos anatômicos circunjacentes
*Atenção: O aspecto radiográfico “roído por traça” também é comum em determinadas osteomielites.

➢ LESÕES BENIGNAS:
- crescimento lento indolor;
- expansivo com rechaçamento de dentes e manutenção da integridade da mucosa
jugal;
- são bem tolerados pelo organismo.

Padrões de apresentações de lesões benignas em TC:


A- unilocular
B- lobulado
C- multilocular

TUMORES BENIGNOS:
- aspecto radiolúcido- HIPODENSO- líticos
- lesões bem delimitadas por halo radiopaco/hiperdenso
- destruição óssea lenta
- halo- reação de defesa do organismo- conter o crescimento da lesão (esclerose
óssea reacional)
Alguns tumores provocam lise óssea, de tal forma, que septos/ tabiques ósseos podem
ser observados em seu interior, formando lojas ósseas, as quais dão aspecto conhecido
como “multilocular”

Cistos maxilomandibulares- possuem crescimento lento e por essa razão apresentam


limites envoltos por um halo
24

TUMORES BENIGNOS
- radiopaco/ HIPERDENSO
- densidade similar ao osso cortical ou medular
- ex: osteoma- crescimento lento e assintomático, de contornos bem definidos-
expansão de tecidos moles- assimetria facial
Valores de atenuação:
Escala Hounsfield (HO)
CÍSTICA- HIPODENSA
SÓLIDA- HIPERDENSA

LESÕES MALIGNAS
- detecção, caracterização de invasividade
- definição de ressecabilidade
- melhor abordagem cirúrgica
- volume tumoral- radioterapia
- avaliação de respostas de tratamento não cirúrgico
- monitoração pós cirurgia- recidiva
* avaliação inicial
* proservação do caso

MANDÍBULA:
- destruição óssea permeativa- roído de traça
- crescimento rápido
- infiltrativo
Se presença de reação periostal e esclerose óssea
Processo infeccioso com envolvimento ósseo

Diferença processos neoplásicos x infecciosos


- padrão de destruição óssea
- expansão da cortical
- alteração osteoescleróticas difusas
- reação periosteal

EDEMA FACIAL, DOR E TRISMO- INFECCIOSO


Aumento de volume e atenuação dos músculos craniofaciais= observar

Aula 4:

BIÓPSIAS: PRINCÍPIOS E TÉCNICAS


Por que biopsiar?
- Diagnóstico preciso (somado ao exame microscópico)
- Importante frente terapêutica
- Valorização do paciente
- Pode constituir o tratamento em si da lesão ou nortear terapias complementares
25

Indicações:
- Lesões inflamatórias que não responderam ao tratamento local
- Alterações hiperqueratóticas persistentes;
- Tumefações, palpáveis visíveis ou sobrepostas por tecido normal;
- Lesões que interferem na função local;
- Lesões ósseas sem identificação e persistentes;
- Qualquer lesão com característica de malignidade: eritroplasia, sangramento,
endurecimento, crescimento rápido, ulceração e fixação aos tecidos periféricos.
- *qualquer atendimento odontológico que gere tecido removido do paciente

Contraindicações:
- Doenças sistêmicas crônicas não controladas como hipertensão arterial e diabetes
mellitus
- Processos inflamatórios agudos, problemas de coagulação e tumores vasculares.
- Doenças com aspectos clínicos patognomônicos

Modalidades:
- Incisionais
- Excisionais
- Punções/ aspirações
- Esfregaços

BIÓPSIA EXCISIONAL X INCISIONAL


- Excisional: Remoção completa da lesão através de procedimento cirúrgico;
- Incisional: Remoção de apenas fragmento(s) da lesão;

* Qual a técnica anestésica? A técnica anestésica preferível para realização do procedimento envolve bloqueio regional,
pois o líquido anestésico injetado diretamente na lesão pode gerar artefatos de hemorragia e formação de fendas nos
tecidos conjuntivos, além da vacuolização.

*Forma e tamanho: No caso da biópsia incisional: Formato de corte em forma elíptica (no sentido horizontal e em
forma de cunha (sentido vertical)
- O fragmento não deve ser menor que 5mm em profundidade ou extensão;
- Quanto maior for a amostra removida do sítio cirúrgico, maior a chance de diagnóstico acurado pelo
patologista
* Quando não fazer biópsia excisional: Lesão em lugar de risco cirúrgico elevado que compromete muitas estruturas,
intervenções de maiores complexidades, risco de gerar sequela cirúrgica

● Tecido mole :
- Superficiais (região de pele e mucosa, atingindo no máximo o plano submucoso)
- Profundas (precisa chegar até ela, rompendo planos teciduais)

● Tecido duro: (Lesões sólidas/ císticas)


- Exostoses
- Displásicas
- Tumorais
- Císticas

Princípios cirúrgicos
26

- Antissepsia= Clorexidina 2%, povidine, álcool iodado…


- Anestesia= Respeito à técnica, tipo de anestésico e tipo de lesão
- Incisão= Bisturi, eletrocautério, punch, sacabocado, tesoura cirúrgica
- Divulsão= Tesoura romba, molt, espátula 7, etc
- Exérese= Depende de tipo de biópsia
- Síntese= Respeito aos planos teciduais

PUNÇÃO ASPIRATIVA:
- Além de serem, método de coleta de tecido, também fazem parte de uma
investigação semiotécnica, que gera material passível de exames patológicos.
- Pode-se explorar lesões intra ósseas para investigar o conteúdo de seu interior
(sólido ou líquido/pastoso)

Podem ser:
Punção aspirativa de agulha fina(PAAF)- colhe células, fazer o esfregaço
- Diagnóstico de lesões sólidas e císticas
- Manobra semiotécnica
- Identificação da origem tecidual da lesão
- Obtenção significativa de material
Punção aspirativa de agulha grossa (PAAG)- colhe tecido (material de biópsia)
* Lesões com conteúdo líquido e vermelho: denotam a possibilidade de conteúdo vascular;
* Lesões com centrais com conteúdo amarelo citrino: denotam a possibilidade de uma entidade patológica de origem
cística;
* Lesões de conteúdo amarelado com aparência de queijo cottage: é sugestivo de queratocisto odontogênico;

CITOPATOLOGIA (CITOLOGIA ESFOLIATIVA)


- Tipo de biópsia, onde se coleta células do tecido, que vão dar informações a nível
microscópico capaz de um diagnóstico sugestivo (não tem a mesma precisão de
um diagnóstico histopatológico)
- Procedimento simples, pouco invasivo, coleta superficial
- Diagnóstico de lesões de mucosa
- Identificação de agentes infecciosos
- Identificação de atipias celulares

Como fornecer um bom material de citopatologia:


- Material homogêneo na lâmina
- Fixação adequada
- Acondicionamento
- Entregas rápida do material
- Boa descrição da lesão

ASPECTOS FUNDAMENTAIS DAS LESÕES ÓSSEAS:


1- Número de ossos afetados:
- Apenas um osso (monostóticas)?
- Afeta mais de um osso (poliostóticas)?
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2- Aspecto da tábua (cortical) óssea;


- Ocorre expansão da tábua óssea?
- Ocorre ruptura da tábua óssea?

3- Relação com elementos dentários:


- Envolve todo o elemento, somente coroa ou somente raiz?
- Ocorre reabsorção radicular, deslocamento dentário ou ambos?

4- Relação com outras estruturas:


- Altera o seio maxilar?
- Descola o canal de nervo alveolar inferior?
- Outras alterações de estruturas?

Aula 5:

DTM- POSSIBILIDADES E RELAÇÕES


CONSIDERAÇÕES..
- Conjunto de condições musculoesqueléticas e neuromusculares envolvendo as
ATMs, mm. mastigatórios e estruturas associadas;
- Muito comum em mulheres
- Adultos jovens (20/50 anos), porém, crianças e adolescentes podem ser afetados.
- Dor muscular/articular, limitações funcionais e sons articulares
- Diagnóstico clínico
- Alterações articulares: RX, tomografia, RM.
- RDC/TMD: Ferramenta para uso em pesquisa/ avaliação sistematizada: exame
clínico e questionários
- Modelo biopsicossocial de avaliação e classificação da DTM
- 2014: DC/TMD substitui o RDC/TMD- clínico e pesquisa

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA A DTM:


● DC/TMD
● Sistema de duplo eixo

1. Diagnóstico físico:
- Grupo I: distúrbios musculares;
- Grupo II: Deslocamento de disco
- Grupo III: Artralgia/ osteoartroses

2. Avaliação psicossocial

➢ GRUPO I
DISTÚRBIOS MUSCULARES
● Dor miofascial (mialgia):
28

1. Co- contração protetora: (é uma resposta do SNC a injúrias ou


ameaças de injúria, a sequência normal de atividade muscular é
alterada para proteger a parte ameaçada)
2. Dor muscular local
3. Miosite
4. Mioespasmo

● Dor miofascial referida:


- Dor miofascial é uma condição de dor miogênica regional caracterizada por áreas
locais firmes hipersensíveis de tecidos musculares conhecidos como pontos de
gatilho.
- A dor referida é desencadeada espontaneamente ou sob estímulo mecânico por
pontos-gatilho miofasciais (PGM), que são pequenas áreas hipersensíveis
localizadas em bandas musculares tensas palpáveis no músculo esquelético.
- São considerados ativos quando, ao serem estimulados, geram dor referida
reproduzindo a queixa dolorosa preexistente do paciente. Já os latentes,
localizam-se em áreas assintomáticas e só provocam dor local e referida quando
estimulados, sendo menos dolorosos à palpação.

*Teoria da dor heterotópica:


- A primeira teoria é que existem vários neurônios primários do gânglio de gasser
que fazem sinapse com um único neurônio secundário do sistema de núcleos
trigeminais;
- A outra é que o estímulo é tão intenso que eventualmente um interneurônio vizinho
pode recebê-lo, podendo levar a sensibilidade em outra região

➢ GRUPO II
DESLOCAMENTO DE DISCO
● IIA: Deslocamento de disco com redução (recaptura do disco)

● IIB: Deslocamento de disco sem redução com abertura limitada (não há recaptura)
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● IIC: Deslocamento de disco sem redução e sem abertura limitada (processo


adaptativo da ATM)

➢ GRUPO III
ARTRALGIAS E OSTEOARTROSES
● Desordem degenerativa não inflamatória (não ativa) da ATM;
● Afeta tecidos articulares e osso subcondral
● Carga excessiva…
● Mudanças morfológicas (osteófitos) e alterações do movimento
● Indolor*/ crepitação
● Quando dor presente: sinovite (osteoartrite)
30

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS

* A adrenalina é que dá a reação de luta e fuga, que leva a hiperventilação (respiração curta), em situações
de estresse crônico o músculo recebe pouco oxigênio devido a hiperventilação, o aumento do débito
cardíaco e uma vasoconstrição- que restringe a chegada de oxigênio. Nesse processo, o músculo também é
ativado, mas não tem condições de utilizar o oxigênio pro trabalho aeróbico

* A mitocôndria (local de atuação do laser de fotobiomodulação), nesta situação, não recebendo oxigênio
para produzir gás carbônico na respiração e 32 ATPs de energia, vai ser obrigado a trabalhar com o gás
carbônico e vai fermentar, produzindo 2 ATPs e ácido lático.
31

PONTOS GATILHOS

- áreas localizadas nos tecidos musculares, nas suas inserções tendinosas, ou em


ambos, são geralmente sentidas como áreas de tensão quando palpadas, as quais
provocam dor.

CAUSAS DE DTM:

- Hábitos parafuncionais;
- Problemas esqueléticos/ alterações posturais;
- Hiperatividade muscular;
- Fatores psicológicos;
- Lesões degenerativas na ATM;
- Interferência oclusal.
32

Masseter :

- Camada superficial:
- Parte superior: dentes posteriores superiores;
- Parte inferior: dentes posteriores inferiores; ângulo da mandíbula: corpo da
mandíbula e dor em trajeto de arco passando pelo temporal e extremidade externa
da sobrancelha.
- Camada profunda: ATM e orelha.

Temporal :
33

- Feixe anterior: acima do rebordo supra-orbital e dentes incisivos e caninos


superiores;
- Feixe médio: pré-molares e primeiro molar, temporal e, com menos frequência,
ATM;
- Feixes posteriores: molares superiores (inclusive o primeiro) e occipital.

Pterigóideo Medial:

- Estruturas da boca, língua, palato duro posterior e ATM.


- Dor molares superiores e último molar inferior
- Sensação de plenitude auricular- relação estreita com os músculos que abrem e
fecham a tuba auditiva: tensor do véu palatino e tensor do tímpano

Pterigóideo lateral:
34

- Dor profunda dentro das regiões maxilares e temporomandibulares. Principal fonte


de dor miofascial de dor referida na ATM.
- Região do zigomático e próximo da órbita

Trapézio:

- Ângulo da mandíbula, aspecto posterolateral do pescoço, região atrás da orelha,


parte posterior da órbita, molares inferiores, occipital, produz rigidez muscular no
pescoço e dor de cabeça na região temporal.

Esternocleidomastoideo :
35

- Testa, rebordo supraorbital, ângulo interno do olho, orelha média e região auricular
posterior, mento, faringe, dor difusa na face e raramente nos dentes molares.
- A divisão esternal- dor periorbital, algumas pessoas podem relatar dor na ponta do
queixo, garganta e dor no meio da cabeça.
- também reproduz dor referida para baixo do esterno (sensação de aperto no peito),
visão turva, lacrimação e coriza;
- Já a divisão clavicular- pode levar tanto a dor retroauricular, quanto a dor de ouvido,
causa sudorese homolateral da testa, tontura postural e desequilíbrio.
- Quando acometido em associação com o músculo masseter, pode levar a uma
vestibulopatia de origem muscular, sensação de vertigem postural (simulando uma
labirintite)

Digástrico

- Ventre anterior: dentes anteriores inferiores (principalmente pacientes


desdentados posteriroes);
- Ventre posterior: região mastoidea.

- sintomas otológicos

Osso e ligamentos que se unem na articulação temporomandibular e ao ligamento


esfenomandibular na língula da mandíbula: (Zumbido somático sensorial associado à
estrutura mastigatória)

- MARTELO, LIGAMENTO MALÉOLO-DISCAL, LIGAMENTO MALEOLAR ANTERIOR


36

Vestibulopatia de origem muscular:

- COMPROMETIMENTO DE MÚSCULOS ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO E MASSETER


- prevalência dos sintomas otológicos nos pacientes portadores de DTM,
relacionando sua presença com a dor muscular, a dor referida na orelha, plenitude
auricular e tontura foram significantes na correlação da dor com a palpação
positiva de PGM dos músculos masseter e esternocleidomastoideo.
- Os espasmos dos músculos mastigatórios podem se dissipar para o músculo
tensor do véu palatino dificultando a sua atuação na abertura da tuba auditiva,
podendo ocorrer disfunção da mesma.

● Presença de deflexão e sensação de plenitude auricular está relacionado ao


músculo pterigóideo medial.

Músculo inserido no martelo, concorre para a sensação de plenitude auricular:

- MÚSCULO TENSOR DO TÍMPANO

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