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Apresentação

“Meu lho comia tudo, fez um ano e não come mais


nada”.
“Ele parou totalmente de comer, não está comendo nada,
estou desesperada”.
“Meu lho não quer mais comer, o que eu faço”?
“Meu bebê de 1 ano parou de comer”.
“Meu lho nunca aprendeu a comer direito. Já está com
um ano e não come nada”.

Se você é mãe e se identica com alguma dessas frases acima, está no lugar
certo!

Meu nome é Camila Garcia, sou nutricionista especialista em Saúde e Nutrição


Infantil e preparei este material especialmente para ajudar você.

As frases acima são reais. Muitas mães me procuram com essas queixas e cam
realmente desesperadas se o lho, que comia bem, deixam de comer.

Que mãe não caria preocupada?

Este e-book traz todas as informações que você precisa saber para compreender
o que acontece com o seu lho quando ele passa a comer menos ou então não
quer comer de jeito nenhum.

Você vai ver que, com informação correta e dicas importantes, vai conseguir
passar por essa fase, sim é apenas uma fase, da melhor maneira possível.

Realmente pode acontecer da criança parar de


comer ou comer menos por volta de 1 ano. Então,
conra todo material que preparei e siga minhas
dicas.

Garanto que você vai entender e poder ajudar


muito o seu lho a construir hábitos alimentares
saudáveis.

Vem comigo aprender!


Camila Garcia
O que você vai aprender
neste e-book:
4 Quando o bebê para de comer

5 As fases do desenvolvimento do bebê

7 Por que ele não come mais como antes

8 O que é preciso fazer

8 Como incentivá-lo a comer

12 O que NÃO fazer: os principais erros

13 Seletividade Alimentar

15 Conclusão
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Quando o bebê para de comer
Os bebês iniciam a introdução alimentar por volta dos 6 meses.

Nesta fase é tudo novo! Ele conhece os alimentos, aprende como comer e
como mastigar e assim descobre o mundo dos alimentos.

Se a introdução começa a ser feita do jeito certo, o bebê se alimenta bem,


comendo todos os nutrientes que precisa na quantidade certa.

Quando ele faz 1 ano, a situação pode começar a mudar e isso pode
acontecer.

Não são todas as crianças que passam por isso, mas geralmente é nessa
fase que elas passam a comer menos que comiam antes.

O bebê de 1 ano não é mais aquele que comia um “pratão” em termos de


quantidade. Pode ser que ele passe a comer metade do que comia ou até
menos.

Mesmo assim, que tranquila, e não precisa se desesperar porque ele não
vai car desnutrido.
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As fases do bebê
Quando o bebê completa 1 ano, ele entra nesta
fase que come menos e isso acontece com
frequência.

O desenvolvimento de um bebê passa por diversas


fases. Tem a fase do desenvolvimento das
habilidades motoras, das cólicas, a fase em que
ele leva tudo a boca, o engatinhar, o nascimento
dos dentinhos, da autonomia, a fase de aprender a
andar, falar, comer, etc.

No primeiro ano de vida do bebê, esses progressos são em ritmo


acelerado. Porém, esse é o único período em que ele multiplica seu peso e
seu tamanho e acumula tantas conquistas. Depois de 1 ano, esse ritmo é
mais lento.

Nessa fase de autonomia, ele come sozinho e aprende também a falar e


andar. Ele quer descobrir o mundo e tudo a sua volta e, geralmente, não
quer parar e sentar na cadeirinha para comer.

A alimentação da criança também passa por fases, mesmo assim temos


que car atentas e fazer a coisa certa. Dos 6 aos 12 meses ela pode
comer bem, mas depois de 1 ano essa quantidade
tende a diminuir.

Mesmo sendo uma fase, a preocupação com a


alimentação correta deve ser mantida e, se
necessário, intervir para que ela passe mais rápida
e desapercebida, sem deixar nenhum trauma.

Sim, existem crianças que tem trauma de comida


por causa da reação inadequada da família
durante esta fase.
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Quando isso acontece, ela se torna uma criança seletiva, que vai começar
desde cedo a escolher os alimentos (menos saudáveis) para comer.

Ela também pode desenvolver diculdade com a mastigação, pode vir a


ter doenças crônicas, entre outras consequências negativas para a saúde
do bebê. Tem criança que não pode ver um talher ou o cadeirão que já
começa a chorar.

Pense como o bebê: o que esse momento de fazer as refeições traz para
ela? É um momento agradável e feliz, em família, por exemplo, ou é
péssimo e ela não quer estar ali?

Se for a última opção, toda vez que ela for sentar para comer, ela vai
chorar, não vai querer comer e com isso a aceitação só vai piorar. Isso
gera um trauma, imagine todos os dias a criança passar por isso? Ela
chora, a mãe a obriga a comer e ela faz um escândalo. Dia após dia
assim, a criança vai criando pânico deste importante momento.

Não é isso que queremos para nosso lho. Então, se ele recusar os
alimentos, tenha paciência e calma.

Com conhecimento, você vai saber o


que fazer para essa fase passar mais
rápido e de forma mais leve sem
deixar nenhuma marca.

“ Não podemos
deixar de lado
simplesmente
porque é fase.”
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Por que ele não come mais
Quando é recém-nascido, o bebê necessita de mais calorias, por isso ele
mama bastante. Depois do sexto mês, inicia a introdução dos novos
alimentos, ele aceita e tudo vai bem.

Quando ele completa 1 ano, essa necessidade de calorias diminui, por


isso ele não come mais como antes. O ritmo de crescimento do bebê ca
mais lento, com menor necessidade energética e, consequentemente,
menos apetite.

Ele não vai mais ganhar peso como ganhou até então. A natureza é
perfeita e o bebê sabe a necessidade que ele precisa, por isso apetite
diminui.

Por exemplo, a criança nasce


com um peso aproximado de 3
kgs e no nal de um ano ela vai
estar com quase 10 kgs, ou seja,
o peso praticamente triplica e o
crescimento também. Depois de
1 ano esse ritmo estaciona, ele
ca com menos peso, cresce
mais devagar e isso acontece
com todas as crianças.

Devido a diminuição de ritmo de


crescimento, a criança precisa de menos calorias e com isso ela come
menos. Mesmo assim ela continuará crescendo.

Assim, não precisa car desesperada se o seu lho parou de comer ou


está com menos apetite. Eu vou ensinar o que você deve fazer.
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O que você deve fazer
Como você viu até aqui, essa recusa alimentar pode sim acontecer.
Mesmo assim, você deve saber como reagir a essa fase para que não
piore a situação e ela se estenda por mais tempo, gerando traumas.

Eu sei que, com o cansaço e a correria do dia-a-dia, diante da recusa do


lho por algum alimento, a gente acaba tirando ele do prato porque é
mais fácil. Também é mais prático colocar algum alimento que a criança
aceita para ela não car chorando.

Mas tem algumas coisas que você pode e deve fazer para ajudar o seu
lho a manter a alimentação saudável de sempre. Incentive ele a comer e
não deixe de apresentar os alimentos.

Como incentivá-lo a comer


Continue oferecendo os alimentos, até mesmo
aqueles que o bebê rejeita e nem mexe.

Capriche na variedade dos alimentos mesmo que


ele não coma.

Mude o jeito de apresentar o alimento.

Seja exemplo: se alimente bem e desfrute das refeições com prazer


para que o bebê veja.

Seja consistente e persistente: o importante é não desistir.

Leve a criança para a cozinha e inclua ela no preparo dos alimentos.


É importante que ela conheça os alimentos, sinta o cheiro e a textura.

Durante as refeições em família, interaja com ela. As refeições devem


ser prazerosas, divertidas e leves.
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Mostre que a alimentação é uma hora gostosa na qual a família vai
estar toda sentada, todo mundo vai conversar, será divertido e ela
também poderá brincar com a comida.

Pode deixar a criança levar um brinquedo pequeno, como uma


bonequinha ou carrinho, para a cadeirinha e incentive que ela se
alimente brincando. Anal, comer não é só abrir e fechar a boca, ela
precisa interagir com a comida.

O que você NÃO deve fazer


Do mesmo modo que você pode ter atitudes positivas diante da recusa
alimentar do seu lho, é importante você saber também o que não deve
fazer.

Por exemplo, a mãe coloca berinjela no prato e a criança recusa. Amanhã


ela pensa assim: “Ontem eu coloquei e ele nem comeu, hoje nem vou
colocar”. Aí quando acabar a berinjela em casa, a mãe pensa: “eu não
vou comprar porque ele não come.”
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“ O caminho
mais fácil
nem sempre
é o melhor! ”
Não é assim que deve ser!

Mesmo que você tenha oferecido, deixado no prato e ele nem mexeu na
berinjela, você deve continuar oferecendo. Uma hora ele vai perceber
aquele alimento, vai ver os pais comendo e terá interesse em
experimentar. Só não pode parar de oferecer.

Um outro erro comum dos pais é deixar a criança comer em frente à TV,
celular ou tablet. Esta é uma forma desesperada de fazer o lho comer
quando ele não quer. Você distrai ele com algum desenho, por exemplo,
enquanto ele come. Porém, ele vai se alimentar sem perceber o que está
comendo e pode até resolver o problema de imediato, mas futuramente
você vai perceber que ele não aprendeu a comer corretamente.

Muitas mães usam a TV como “aliada” porque faz a criança comer mais.
Realmente, ela distrai e hipnotiza. Dessa forma, ela não sabe o que está
comendo, não vê a quantidade e, mesmo que na hora isso tenha um
efeito positivo, porque a criança vai comer (e é isso que a mãe quer), no
futuro, você vai ter diculdade para tirar essa televisão e mais ainda para
fazê-la comer sem a distração que estava acostumada.

A criança vai olhar para aquele alimento e dizer: “O que é isso? Eu nunca
comi isso”. Na verdade, ela comia sem ver o que era, sem se atentar para
os alimentos.
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Isso sem falar na quantidade, que pode torná-la um adulto com
compulsão alimentar que não tem controle sobre a sua saciedade, não
sabe comer o quanto é suciente e pode vir a ser um adulto obeso, que
come sem parar compulsivamente.

De imediato essas telas podem resolver o problema, mas não é isso que
queremos.

Outro ponto muito importante é não substituir os alimentos. Mesmo que


você tenha oferecido o prato completo com a refeição e ela tenha
recusado, não ofereça a mamadeira, o peito ou uma fruta. É claro que a
criança vai preferir o leite, que não precisa mastigar e dá menos trabalho.

Se você zer isso, a criança vai entender que basta ela recusar o prato,
que nem sempre é tão atrativo e gostoso como ela gostaria, para você
oferecer algo que ela goste mais.

A criança é esperta o suciente para entender isso. Ela vai trocar e aceitar
cada vez menos os alimentos necessários para formação dos hábitos
alimentares saudáveis.

“ O ideal é ensinar
a criança a comer
corretamente
e não a comer a
qualquer custo.”
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Principais erros:

Não que ansiosa e tenha paciência. Isso fará diferença.

Não deixe de oferecer os alimentos mesmo que o bebê diga que não
quer ou não gosta.

Não ofereça alternativas e seja rme: ele deve comer o que está no
prato.

Não pressione: relaxe e respeite à vontade dele. Uma refeição sem


comer não quer dizer nada. Avalie uma semana inteira, por exemplo.

Não force: isso pode causar brigas, choros e traumas.

Não substitua os alimentos: evite a todo custo fazer isso,


principalmente os alimentos de verdade, como frutas legumes e
verduras, por aqueles mais fáceis e práticos, porém ricos em
gorduras e açúcares.

Não troque também pelos alimentos preferidos da criança, como leite


e derivados ou frutas.

Não use telas: TVS, tablets ou celular estão proibidos.

Não ofereça bolachas ou sucos entre as refeições.


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Seletividade Alimentar
Como você deve ter percebido, mesmo sem querer, muitas vezes é a mãe
a responsável pela seletividade alimentar da criança.

É nesta fase, em que a criança começa a comer menos e tem autonomia


para falar não, que ela vai começar a selecionar o que quer ou não
comer. E vai continuar fazendo isso cada vez mais se não agirmos da
maneira certa.

Seletividade alimentar é quando a criança recusa alguns ou muitos


alimentos ou quando têm preferências alimentares muito restritas.

Com isso, ela não se motiva a comer determinados alimentos, tem pouco
apetite e baixo interesse pelas comidas.

Sabe quando alguém diz sobre o lho: “Ela é chata para comer”. Então,
provavelmente essa criança tem seletividade alimentar. A criança quer
escolher o cardápio e pode não ser receptiva a novos alimentos.

Ela é mais comum em crianças a partir de 2 anos e em idade pré-escolar.


Pode até acompanhar a pessoa até a adolescência e idade adulta.
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Isso geralmente acontece porque a criança não desenvolveu o


processamento sensorial para aceitar determinados alimentos e ele é o
responsável por organizar o signicado das sensações, seja um toque, um
sabor, um cheiro etc.

Muitas vezes a resistência da criança com determinado alimento é


resultado da insuciência de contato com o alimento em questão,
impossibilitando a criação de uma boa relação com a comida.

Por isso falamos tanto na importância da introdução alimentar.

Essa fase faz toda a diferença nos hábitos alimentares da criança não só
na infância, como pela vida toda.

Se você zer essa introdução da forma correta, vai garantir hábitos


saudáveis para seu lho não ter problemas com a seletividade alimentar.
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Finalizando
Para uma criança aprender e crescer com uma alimentação saudável, o
papel dos pais é fundamental. Todos nós queremos que nosso lho tenha
bons hábitos e uma saúde de ferro.

Não podemos então, de forma alguma, desanimar ou desistir nos


momentos de diculdades. Como você viu aqui, pode acontecer com
algumas crianças de o apetite dela diminuir após completar 1 ano.

Mesmo assim, ela deve ter contato com os alimentos e sua atitude como
mãe diante dessa recusa vai ser fundamental para que essa fase passe
rapidamente de modo mais tranquilo e, principalmente, sem deixar
trauma nenhum no seu lho.

Não esqueça que o mais prático nem sempre é o melhor. Então não se
deixe levar pela praticidade dos industrializados.

Do mesmo modo, não utilize as telas para fazer o seu lho comer a
qualquer custo. Isso a longo prazo é
muito prejudicial.

A introdução alimentar vai até os 2


anos e nessa fase você deve concentrar
seus esforços em ensinar seu lho a ter
uma alimentação saudável, do início
ao m. Depois, tudo cará mais difícil.

E para nalizar, caso o problema da


recusa persista, não deixe de procurar
ajuda prossional. Informação certa é
o que importa.

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