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É freqüente entre pais e familiares as queixas sobre a rotina alimentar das crianças,
seu apetite e suas preferências. Muitas mães chegam ao consultório pedindo ajuda
para o filho que “não come nada” ou falando “meu filho come só isso”. Nessa fase é
essencial buscar informações e agir com calma, a fim de tornar a refeição um
momento natural e prazeroso.
A introdução de novos alimentos exige dedicação, para a criança não criar seus
próprios costumes incorretamente. Nos primeiros anos de vida da criança, é
importante formar bons hábitos alimentares para suprir suas necessidades nutricionais
e garantir um crescimento saudável.
Brigar ou forçar a criança a comer contribuirá para a recusa do alimento. Assim como
estratégias de chantagem ou oferecer recompensas, como por exemplo, “se comer
todos os legumes, ganha a sobremesa”, reforçando para a criança que os legumes
são “ruins” e gostoso mesmo é o “prêmio”, a sobremesa. Outro erro frequente é a
oferta de alimentos bem aceitos (como iogurtes, bolachas) quando a criança se recusa
a comer uma refeição completa, apenas para que a mesma não fique sem comer
nada. Essa tática é vantajosa para a criança, e com certeza, ela irá recusar outras
refeições para comer o que prefere.
É um processo natural a criança não aceitar certos alimentos nas primeiras ofertas.
Estudos afirmam que a criança precisa provar o alimento, se acostumar e se
condicionar a gostar, e essa aceitação pode ocorrer somente após experimentar 12
até 15 vezes o mesmo alimento. Ou seja, os pais não podem desistir nesse período
pensando que a criança não gosta do alimento, é a repetição que diminui o medo de
experimentar novos sabores.
As refeições devem ser atrativas, com alimentos variados, diversas cores, formatos,
texturas para chamar a atenção da criança. Quanto mais colorida, mais nutritiva e
atrativa.
Não forçar a criança a comer. Se ela recusar, não ofereça outro alimento em troca.
Espere a criança ter fome, e ofereça a mesma refeição;
Estabeleça horários fixos e tempo para a refeição. Não ofereça guloseimas entre as
refeições para não diminuir o apetite da criança na hora da alimentação;
Evite oferecer bebidas, como sucos, chás, leite ou iogurtes nos intervalos entre as
refeições, pois essas bebidas contêm açúcares e podem diminuir o apetite. Procure
oferecer água nesses intervalos.
A criança logo aprende que os pais ficam felizes quando ela “come tudo”. Porém,
“pratos cheios” desencorajam a criança a iniciar a refeição, pois ela já sabe que não
conseguirá comer tudo e que a reação dos pais será negativa. Então procure oferecer
porções pequenas, assim a criança ao ver o prato terá a expectativa de que
conseguirá “comer tudo” e se sentirá encorajada a fazer a refeição. Inicie com porções
equivalentes ao tamanho da mão fechada da criança e aumente o volume da refeição
somente se ela passar a aceitar tudo.
REFERÊNCIAS: