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Histologia

1. Tecido Epitelial

- Os tecidos são constituídos de células e matriz extracelular. A matriz (MEC) é composta


por inúmeros tipos de moléculas que formam estruturas com fibrilas de colágeno. É
produzida pelas próprias células e controlam sua composição. Por isso, as células e a MEC
são dependentes entre si.
- O Tec. Epitelial é caracterizado por células poliédricas justapostas que
revestem superfícies e que secretam outras moléculas, tendo pouca MEC.
- A associação de tecidos são encontrados formando órgãos
- As principais funções do tecido epitelial são revestimento e secreção,
desempenhando outras funções como proteção e absorção de íons e moléculas, percepção
de estímulos, etc.
- Tudo o que entra ou sai do corpo obrigatoriamente atravessa um folheto epitelial, já que
suas células revestem superfícies tanto externas como internas.

Principais características de células epiteliais:

- As células são poliédricas, ou seja, com muitas faces. São justapostas e há pouca matriz
entre elas. Isso permite que formem folhetos que servem como revestimento e que
também se organizem em unidades secretoras.

- lamina própria: camada de tecido conjuntivo associada a tecido epitelial que revestem a
cavidade de órgãos ocos
- porção basal: porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo
- porção apical: extremidade da célula voltada para uma cavidade/espaço
- superfície livre: é a superfície da porção apical (voltada para a cavidade)

- Entre a camada epitelial e a camada de tecido conjuntivo, nos órgãos, existe uma lamina
fina chamada de lamina basal, formada por uma rede de fibrilas e compostas
principalmente de colágeno tipo IV + glicoproteínas + proteoglicanos e se prendem
ao tecido conjuntivo por fibrilas constituídas de colágeno VII.
- A lamina basal tem função principal de controlar a troca de macromoléculas entre o
tecido que está justaposto ao tecido conjuntivo além de promover a adesão entre células
epiteliais e células do tec. Conjuntivo.

- Há uma camada fina encontrada abaixo dos epitélios, chamada de membrana basal,
que é a faixa mais espessa abaixo do tecido epitelial vista por microscópio de luz.
- A adesão entre células é em parte feita por proteínas de membrana chamadas caderina,
que perdem sua função adesiva quando falta Ca 2+. Alem disso, alguns tipos de epitélios
apresentam células em que suas membranas possuem algumas dobras que se fixam a
dobras de outras células, as chamadas interdigitações.

Junções Intercelulares:

- As junções podem ser classificadas como junções de adesão, junções impermeáveis (que
ocluem) e junções de comunicação (do tipo gap).

a) Junções de adesão
- Compreende a zônula de adesão que é encontrada na sequencia ápice → base da
célula epitelial. Essa junção circunda toda a célula e contribui para sua aderência com
células adjacentes.
- A junção das zonulas de adesão com as zonulas de oclusão forma o complexo unitivo.
- Outro tipo de junção intercelular recebe o nome de desmossomo, que apresenta
forma de disco presente na superfície de uma célula que se sobrepõe a outro
desmossomo presente na superfície da célula adjacente. Geralmente, nessa região,
as membranas são paralelas e planas, sem muitas dobras ou interdigitações.

obs: Desmossosmos nunca formam zonulas!!! (devido a sua forma esférica)

- Existem também os hemidesmossomos. Possuem a forma de metade de um


desmossomo e tem função de ligar as células à lamina basal. A proteína principal
que forma a placa de ancoragem que liga o hemidesmossomo à célula epitelial
pertence À família das integrinas (proteína transmembrana).

b) Junções Comunicantes
- Também chamadas de junções gap, estão presentes nas membranas laterais das
células e podem ser encontradas em outros tecidos, menos no muscular.
- São caracterizadas pela grande aproximação entre as membranas das células,
que se reúnem formando placas de adesão.

Especializações da superfície apical das células:

- As superfície voltada para a cavidade do órgão oco como no interstino apresenta


especializações que tem função de aumentar a superfície de contato e de auxiliar no
movimento de partículas, como no epitélio respiratório. São elas:

a) Microvilos
- São pequenas projeções do citoplasma, que apresentam formas de dedos. No
interior desses microvilos há filamentos de actina que se ligam a membrana plasmática
desses próprios microvilos. O conjunto de microvilos + glicocálice recebe o nome de
borda em escova e é facilmente visto pelo microscópio de luz.
b) Estereocílios
- Prolongamentos longos e imóveis, que não passam de microvilos longos e
ramificados. Eles aumentam a superfície de contato, facilitando o movimento de
moléculas para dentro e para fora. Encontrados no ducto deferente.

c) Cílios e Flagelos
- São móveis.
- São envolvidos pela membrana plasmática da célula epitelial, recheados de
microtúbulos (2 centrais e 9 pares periféricos unidos entre si)
- O movimento de vai e vém dos cílios possibilita o transporte de fluidos e partículas e
esse movimento é graças a energia do ATP.
- Os flagelos se assemelham aos cílios pela função e forma. A diferença é que flagelos
são limitados a um por célula.

Tipos de Epitélios:
- Os epitélios são divididos em 2 grandes grupos: de Revestimento e de Secreção (glandular). Há
algumas exceções como o epitélio que reveste a cavidade interna do estomago que apresenta
células secretoras. Os epitélios de revestimento são classificados de acordo com o numero de
camadas de células que constituem os folhetos, dividindo-os em simples (1 só camada) e
estratificado.
1. Epitélios de Revestimento
a) Epitélio Simples Pavimentoso
- Células achatadas com núcleos alongados, revestindo vasos sanguíneos e linfáticos
(endotélio) e cavidades serosas (mesotelio)
b) Epitélio Simples Cúbico
- Células cuboides e núcleos arredondados. Encontrado no ovário e em ductos excretores de
algumas glândulas
c) Epitélio Simples Prismático/Colunar/Cilindrico
- Células alongadas e perpendiculares à membrana basal, constituindo o lúmem intestinal e
o lúme da vesícula biliar. Alguns são ciliados, como na tuba uterina para auxiliar o transporte
de espermatozoides.
d) Epitélio Estratificado Pavimentoso
- Se distribui em várias camadas e o tipo de célula depende de onde se encontra.
Células basais (mais próximas do tecido conjuntivo) geralmente são cúbicas. Esse
epitélio reveste tanto superfícies úmidas como esôfago, bexiga, vagina (estratificado
pavimentoso não-queratinizado) como superfícies secas como a pele (estratificado
pavimentoso queratinizado), onde as células da superfície morrem e seu citoplasma é
ocupado por queratina, evitando a desidratação da pele.
e) Epitélio Estratificado de Transição
- Reveste a bexiga urinaria, ureter e uretra. A forma das células depende do estado de
distensão do órgão, por exemplo quando a bexiga está cheia ou vazia. Se está relaxada,
as células tomam formas mais globosas.
f) Epitélio Estratificado Cúbico/Colunar
- apresenta células cubicas e reveste glândulas sudoríparas e folículos ovarianos.
g) Epitélio Pseudoestratificado
- Apresenta apenas uma camada de célula mas seus núcleos são vistos em diferentes
alturas do epitélio, aparentando ter várias camadas, com células apoiadas na lamina
basal. Encontrado em passagens respiratórias como nariz, traqueia e brônquios, cujos
cílios empurram sujeiras e poeiras do pulmão e direção a faringe e para fora do corpo.

2.Epitélios Glandulares
- No corpo, existem glândulas unicelulares e multicelulares, mesmo que glândulas sejam
caracterizadas por serem unidades de várias células secretoras unidas.

- Glandulas Exócrinas: mantém contato com seu epitélio de origem, formando ductos
tubulares que eliminam secreções alcançando partes do corpo

- Glandulas Endócrinas: não mantém a conexão com o epitélio de origem, por isso não
possuem ductos; suas secreções são lançadas diretamente no
sangue e transportadas através da circulação. Existem glândulas
que formam cordões anastomosados circulados por vasos
sanguíneos (paratireoide) ou que formam vesículas (tireóide).

- Algumas células da unidade secretora são mioepiteliais, contendo filamentos de actina e


miosina capazes de contração, o que ajuda na expulsão da substancia produzida.

- As Glandulas são divididas em outras 3 formas de acordo com o modo que eliminam suas
secreções. São elas as merócrinas (sem perda de material celular), apócrinas (perda de
pequenas porções do citoplasma) e holócrinas (perda de todo o material junto com a secre
ção)

2. Tecido Conjuntivo
- Responsável pela manutenção da forma do corpo bem como sua sustentação a partir da
matriz extracelular
- Matriz extracelular: proteínas fibrosas + moléculas hidrofílicas
- As moléculas do tec. Conjuntivo também servem como reserva para muitos fatores de
crescimento e diferenciação celular
- Se originam do mesenquima (tec. Embrionário), que se origina da mesoderme

Células do Tecido Conjuntivo:


1. Fibroblastos
- sintetizam a proteína colágeno e glicosaminoglicanos que farão parte da matriz extracelular
- os fibroblastos (relacionados à síntese) tem núcleo ovoide e são mais ativas ao passo que
os fibrócitos (menores) encontram-se em repouso

2. Macrófagos
- Capacidade de Fagocitose
- possuem complexo de golgi bem desenvolvido e muitos lisossomos
- derivam da medula óssea e produzem monócitos (macrófagos → monócitos) que
circulam no sangue
- constituem o sistema fagocitário mononuclear
- são as micróglias do SN, células de langerhans da pele, etc.

3. Mastócito
- é uma célula globosa, com núcleo pequeno e esférico
- sua função é estocar mediadores químicos para a resposta inflamatória

4. Plasmócito
- grandes e ovoides
- rica em RER, produz anticorpos como a IgE.

5. Células Adiposas
- células especializadas na reserva de energia (triglicerídeos)

6. Fibras
- formadas por proteínas que se polimerizam e alongam.
- compreende fibras colágenas, reticulares (colágeno) e elásticas (elastina)

a) Fibras Colágenas
- capacidade de rigidez, elasticidade e força de tensão
- encontrada na pele, osso, cartilagem, musculo liso e lamina basal
- colágenos que formam rede são do tipo IV (aderência e filtração)
- formadas pela polimerização de unidades alongadas ligadas por pontes de hidrogênio
- tipo I e III – formam fibras; tipo II – forma fibrilas; tipo IV – laminas basais
- colágeno tipo I: mais abundante e tem cor branca (lembrar de tendões e aponeuroses)
- são acidófilas quanto à microscopia
b) Fibras Reticulares
- formadas por colágeno tipo III
- argifófilas: afinidade por sais de prata
- presentes em musculo liso, baço, nódulos linfáticos, medula óssea, etc.
- circundam órgãos parenquimatosos; por serem finas, as fibras permitem variação em
tamanho e forma de órgãos por patologias, por exemplo.
→ Sistema Elástico: composto por fibras oxitalanicas, elauninicas e elásticas, formadas a
partir de proteínas elastinas. Esse sistema varia de acordo com o
local onde se encontra, já que é composto de fibras elásticas e
fibras que não apresentam elasticidade (oxitalanicas)
- Mutação no cromossomo 15 (gene da fibrilina) gera na Síndrome de Marfan (falta de
resistência dos tecidos ricos em fibras elásticas, sendo o rompimento da aorta um dos
sintomas)

Substância Fundamental Amorfa (SIA):


- Mistura de moléculas (glicosaminoglicanos + proteoglicanos + glicoproteínas)
- Preenche os espaços entre células e fibras do tec. Conjuntivo
- lubrifica e serve como obstáculo contra microorganismos
- compõe o meio extracelular do tecido conjuntivo
- Glicosaminoglicanos servem como mediadores de diversas interações receptor-ligante

Tipos de tecidos conjuntivos


1. Tecido Conjuntivo propriamente dito
a) Frouxo
- suporta estruturas sujeitas a pequena pressão e atritos pequenos
- suporta células musculares, epiteliais
- comporta todas as estruturas com predomiancia de fibroblastos e macrófagos
- bem vascularizado, consistência delicada e flexível

b) Denso
- maior resistência e proteção aos tecidos
- contém menor numero de células e maior número de fibras colágenas
- Fibras organizadas em feixes sem organização definida: Denso Não Modelado, com
certa resistência; encontrado na derme profunda da pele
- Fibras organizadas em feixes paralelos e alinhados: Denso Modelado¸conferindo
maior resistência num único sentido; encontrado no tendão.

2. Tecido Adiposo
- tipo especial de tecido conjuntivo com predominância de células adiposas (adipócitos)
- maior deposito energético em forma de triglicerídeos
- muito influenciado por estímulos nervosos e hormonais
- modela a superfície da pele e serve como proteção mecânica

a) Tecido Adiposo unilocular


- células possuem uma única gota de gordura que ocupa todo o citoplasma
- panículo adiposo: camada adiposa sob a pele do recém nascido que desaparece
com o tempo; regulada por hormônios sexuais e adrenais
- possuem septos de conjuntivo com fibras reticulares que dão sustentação aos adipócitos
- sintetiza moléculas como leptina (hormônio), que regula a quantidade de tecido adiposo
no corpo. Atua no hipotálamo.
- o SNAS desempenha papel na mobilização de gorduras quando o organismo está sujeito
a atividades físicas intensas, frio ou jejuns prolongados POR ISSO NÃO PODE FICAR SEM
COMER SE NÃO ENGORDA!!!! KAKAKA
b) Tecido Adiposo multilocular
- células possuem numerosas gotas lipídicas e muitas mitocôndrias
- possui distribuição limitada (pescoço e região inferior do abdome)
- não cresce, portanto é reduzido no homem adulto
- especializado na produção de calor quando estimulado por norepinefrina (causa a
lipólise e oxidação de ácidos graxos, produzindo calor e não ATP); esse calor aquece
os vasos da rede capilar do tecido multilocular e distribuído pelo corpo
- no homem, esse tecido só desempenha função nos primeiros meses de vida pós-natal.

3. Tecido Cartilaginoso

- forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida


- suporte de tecidos moles, absorve choques e facilita deslizamento entre ossos
- consistência firma graças as ligações eletrostáticas entre glicosaminoglicanos e colágeno
- não contem vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nem nervos
- 3 tipos de cartilagem

1. Cartilagem Hialina
- mais frequente no corpo humano; forma o primeiro esqueleto do embrião
- constitui o disco epifisário em ossos longos, fossas nasais, traqueia, brônquios e
articulações com grande mobilidade

→ Matriz: - formada por fibrilas de colágeno tipo II


- possui condronectina (molécula com sítios de ligação para condrócitos)

→ Pericondrio: - camada de tecido conjuntivo que reveste as cartilagens elástica e


hialina
- fonte de novos condrócitos (fica na periferia da cartilagem)
- onde estão localizados vaoss sanguíneos e linfáticos que nutrem a
cartilagem
- rico em fibras colágeno tipo I

→ Condrócitos: - situados no centro da cartilagem hialina; forma alongada


- na periferia da cartilagem aparecem os condroblastos
- secretam colágeno tipo II

2. Cartilagem Elástica
- encontrada na orelha, tuba auditiva, epiglote e laringe
- se diferencia da hialina por conter fibras elásticas

3. Cartilagem Fibrosa
- também chamada de fibrocartilagem
- encontrada em discos vertebrais, ligamentos de ossos, meniscos do joelho
- associada a tec. Conjuntivo denso
- não existe pericôndrio
- pouca SIA

Obs: Cartilagens que sofrem lesões não se regeneram bem; geralmente de modo
incompleto e a regeneração ocorre pela atividade do pericondrio

4. Tecido Osseo
- Componente principal do esqueleto, servindo de suporte para tecidos moles e proteção para
órgãos vitais, como os da caixa craniana e torácica.
- Aloja e protege a medula óssea (formadora de células do sangue)
- depósito de cálcio
- revestidos por membranas conjuntivas (periósteo – externo e endósteo – interno, cuja
função é nutrição do tecido ósseo e fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e
recuperação do osso)

Células do Tecido Osseo


a) Osteócitos
- No interior da matriz óssea, encontrados no interior das lacunas (osteoclastos)
- são células achatadas com pequena quantidade de RER.
- função: manutenção da matriz óssea (matriz extracelular do tecido ósseo)

b) Osteoblastos
- Sintetizam a parte orgânica da matriz (colágeno e glicoproteínas)
- nas superfícies (periferia) osseas; são cuboides

c) Osteoclastos
- células gigantes, móveis, multinucleadas e ramificadas
- possuem citoplasma glanuloso
- desempenham as mesmas funções dos Macrófagos

Obs: a medula óssea vermelha, localizada na epífise e cavidade medular na diáfise de ossos
longos, é altamente ativa na produção de ceulas do sangue. Com a idade, é infiltrada por
tecido adiposo, recebendo o nome de medula óssea amarela.

Tipos de tecidos osseos:


a) Tecido Osseo primário
- pouco presente no adulto (alvéolos dentários, suturas do crânio)
- fibras colágenas dispostas irregularmente (facilita no exame de raio X) e maior
propagação de osteócitos
b) Tecido Osseo Secundário
- contem fibras colágenas organizadas
- a disposição paralelas das fibras se dispões em volta de canais com vasos (sistema de
Havers, encontrados em sua maioria na diáfise de ossos longos)

→ Sistema de Havers: Cilindro longo, paralelo à diáfise; no seu centro existe o canal
de Havers, que contém vasos e nervos. Os canais se comunicam
por meio dos canais de Volkmann (que não possuem lamelas
concêntricas)

Histogênese:
- o tecido é formado por dois processos: ossificação intramembranosa e endocondral

a) Ossificação Intramembranosa
- ocorre no interior da membrana conjuntiva e se inicia num local chamado centro de
ossificação primária.
- fontanelas nas crianças são membranas que ainda não sofreram calcificação
- na ossificação, os osteoblastos sintetizam fibras colágenas e SIA, dando sustentação aos
espaços intercelulares
- o surgimento de vários centros de ossificação originam as traves osseas, que dão ao osso
um aspecto esponjoso
b) Ossificação Endocondral
- inicia-se a parir da cartilagem hialina
- forma ossos curtos e longos
- consiste em 2 processos:

1. Cartilagem hialina sofre modificações, com hipertrofia dos condrócitos.


2. Cavidades antes ocupadas por condrócitos são ocupadas por capilares sanguíneos que
levam células osteoprogenitoras presentes no pericôndrio. Essas se diferenciam em
osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre a cartilagem calcificada; não ocorre
transformação da cartilagem e sim substituição por tecido ósseo

- Em ossos longos, primeiramente ocorre ossificação intramembranosa e hipertrofia da cartilagem.


Vasos sanguíneos atravessam essa cartilagem hiperatrofiada (colar ósseo), levando consigo
células progenitoras (futuros osteoblastos), que mineralizam a matriz óssea, formando o centro de
ossificação primário. Esse centro cresce e ocupa toda a diáfise, que também é seguido pelo
crescimento em espessura do colar ósseo, formando o canal medular. Posteriormente surgem
centros de ossificação secundários na epífise. Tais centros tem crescimento radial.
- Quando formado, o canal medular recebe células sanguíneas trazidas pelo sangue que darão
origem à medula óssea.

Hormonios que atuam no tecido ósseo:


- Paratormônio: aumenta o numero de osteoclastos e consequente reabsorção óssea; pega
cálcio do osso e joga pro sangue

- Calcitonina: inibe a reabsorção óssea; retira cálcio do sangue e joga pro tecido ósseo

5. Tecido Muscular

- Constituído por células alongadas que contém grande quantidade de filamentos citoplasmáticos
de proteínas contráteis
- células musculares tem origem mesodérmica
- Componentes das células recebem nomes diferentes:
- sarcolema: membrana celular
- sarcoplasma: Ergastoplasma
- retículo sarcoplasmático: R. endoplasmático liso

1. Musculo Esquelético
- possui contração rápida e voluntária
- possuem estriações transversais
- fibras organizadas em grupos de feixes.
- epimísio: que recobre o músculo inteiro
- perimísio: envolve os feixes de fibras musculares
- endomísio: envolve cada fibra muscular

obs: essas camadas de tecido conjuntivo auxiliam na junção das fibras e assim, na
propagação da força de contração, já que nem todas as fibras encontram-se juntas na
origem do musculo, por exemplo.

- As fibras dos MEE são transversais devido a alternância de faixas claras e escuras;
- Banda A: faixa escura
- Banda I: faixa clara
- No centro de cada Banda I (clara) observa-se uma linha transversal escura: a linha Z
- Cada Banda A apresenta uma zona mais clara e central: a Banda H
- Miofibrilas são estriadas graças a repetição de unidades iguais (sarcômeros – formado
pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z)

- Cada fibra possui muitos filamentos de miofibrilas com repetição dos sarcômeros. As
miofibrilas possuem filamentos de actina (finos e que partem na linha Z) e de miosina
(grossos e ocupam região central do sarcômero)
- Resumindo:
- Banda A (escuras) é formada por filamentos finos e grossos e Banda H só por grossos
- Banda I (clara) é formada por filamentos finos (actina) pois partem das linhas Z

- Ainda sobre Miofibrilas: possuem 4 proteínas, as actinas, miosinas, tropomiosinas


e troponinas, sendo só a miosina formada por filamentos grossos; A troponina é
formada por 3 subunidades: Tnt: interação com tropomiosina
TnC: afinidade por íons Calcio
TnI: cobre o sítio ativo da actina

- o Reticulo Sarcoplasmatico armazena e regula o fluxo de Calcio. Sua membrana é


despolarizada pelo estímulo nervoso, abrindo canais de Calcio. Estes difundem-se
passivamente, atuando na troponina (possibilita a formação de pontes entre miosina e
actina). No final da despolarização (processo ativo), os canais se fecham e o Calcio é
levado ao interior das membranas do reticulo sarcoplasmático, encerrando a contração.

- A despolarização inicia-se na placa motora (junção neuromuscular).


- Sistema de Tubos Transversais ou Sistema T: responsável pela contração uniforme
de cada fibra muscular. É formado por invaginações do sarcolema da fibra, que envolvem
as bandas A e I de cada sarcômero. Cada túbulo T possui 2 pedaços do reticulo
sarcoplasmático, formando uma tríade, o que facilita a transmissão da despolarização
através dos retículos.

Contração de Músculo Esquelético:


- É o deslizamento dos filamentos das miofibrilas uns sobre os outros
- A contração se inicia na banda A (sobreposição de filamentos finos e grossos)
- a Miosina, para atacar ATP e liberar energia, necessita da Actina, porém essa ligação é
atrapalhada pelo complexo troponina-tropomiosina que estão sobre e Actina
- Quando há liberação de Calcio pelo reticulo sarcoplasmático (despolarização), o Calcio se liga à
TnC (subunidade da Troponina), empurrando a molécula de tropomiosina. Isso tornam-se
expostos os locais de ligaçãi da Actina com a Miosina, já que a tropomiosina não atrapalha
mais.
- Consequencias: - ponte Miosina-Actina faz ATP liberar ADP + Pi + Energia;
- Movimento da cabeça da Miosina empurra o filamento de actina, deslizando,
esta, sobre a miosina.
- pontes Miosina-Actina só se desfazem quando a miosina de liga a uma nova
molécula de ATP. Se não existir ATP, o músculo fica contraído e estável,
que é o que ocorre após a morte (rigor mortis)

- Uma única contração muscular é o resultado de milhares de formações de pontes Miosina-Actina


- A contração termina quando os ions Calcio são removidos e o complexo tropomiosina-troponina
cubra novamente os locais de ligação da Actina.
- No geral, todo esse processo gera encurtamento das banhas e linhas, o que encurta e contraí
miofibrilas que contraem fibras e que contraem o músculo

→ As placas motoras de neurônios liberam acetilcolina. Elas se difundem através do Sarcolema


(membrana plasmática) e consequentemente pelos túbulos T. Os túbulos T, ao transmitirem o
impulso nervoso, despolarizam o Reticulo Sarcoplasmatico (tríade), liberando Calcio e dando
inicio à contração muscular.

2. Musculo Cardíaco
- células alongadas e irregulares
- apresenta discos intercalares: complexos juncionais que ligam células adjacentes e são
importantes para a propagação do estimulo nervoso
- inervado por nervos do SNAS e SNAP
- por possuir contratibilidade própria, não existe placa motora na membrana muscular

3. Musculo Liso
- formado pela associação de células longas mais espessas no centro
- encontrados em tubo digestório, vasos sanguíneos, bexiga, etc
- revestidas por fibras reticulares (colágeno tipo III)
- também possuem junções comunicantes que permitem a melhor transmissão do impulso
nervoso
- não possui placas motoras; Inervados pelo SNAutonomo.
Histologia II
Tecido Nervoso
É dividido anatomicamente entre Sistema Nervoso Central (encéfalo + medula espinhal) e Sistema Nervoso
Periférico (nervos e gânglios nervosos). Nervos, por sua vez, são constituidos de prolongamentos de neurônios
que se originam no SNC ou em ganglios nervosos. Há uma segregação no SNC entre o corpo do neurônio e seu
prolongamento, formando o que chamamos de substancia cinzenta (corpos celulares de neuronios e
neuróglias) e substancia branca (prolongamentos de neuronios), e é branca devido a grande presença de
mielina que envolve prolongamentos de neurônios.

Neurônios:

- Apresentam mofologia ocmplexa, porém quase todos possuem:

a) Dendritos: diversos prolongamentos que recébem os estímulos do meio externo e outras células
b) Corpo celular: centro da célula onde ocorrem as principais reações celulares
c) Axonio: prolongamento único, conduz impulso para outras células

- Classificação conforme a morfologia:

1. Multipolares: mais de 2 prolongamentos celulares (varios dendritos); são a maioria


2. Bipolares: 1 dendrito e 1 axonio somente!!!
3. Pseudounipolares: prolongamento único proximo ao corpo celular que se divide em 2 ramos: um para o
SNC e outro para o SNP. Nesses neuronios, o impulso passa do ramo periférico ao ramo central sem passar pelo
pericário. São encontrados em ganglios espinais que estão nas raizes dorsais de nervos espinais.

• Corpo Celular: Parte do neurônio que contem o nucleo. No sexo feminio, proximo a membrana nuclear
observa-se um granulo esférico que corresponde à cromatina sexual, que é um cromossomo X condensado e
inativo. São ricos em ergastoplasma, e junto com os ribossomos livres, formam os Corpusculos de Nissl.
O Corpusculo podem se concentrar na periferia quando há lesão de neuronios, o que chamamos de Cromatólise
(degeneração do ergastoplasma por traumas)

• Dendritos: Tem função de aumentar a superficie de contato para receber estímulos trazidos por axonios de
outros neuronios. NÃO apresentam complexo de Golgi apesar de se originarem do pericário.

• Axônios: Cada neuronio apresenta apenas UM (1) axonio que variam de tamanho dependendo do neuronio.
Por ex, tem axonios que saem da medula e vão até o pé, com 1 m de comprimento mais ou menos. Se originia
do cone de implantação, que sai do pericário. Sua porção final é ramificada e chamada de telodendro.
Apresenta o fluxo anteródrago e o fluxo retrógado. O fluxo retrógado pode levar substancias prejudiciais ao
pericário que estavam no SNC, como o vírus da raiva, que após penetrar os nervos, vai até o pericario e provoca
encefalite muito grave.
Potenciais de Membrana

Células nervosas possuem na membrama canais/bombas que servem como entrada/saída de íons. A Membrana
do axonio bombeia Na+ para fora e mantém K+ para dentro, sendo o interior negativo. Isso caracteriza o
potencial de repouso da membrana. Quando estimulado, os canais de Na + voltagem dependentes se abrem,
entrando Na+ nas células, tornando o interior positivo, subindo a voltagem para 30 mV. Essa voltagem fecha os
canais de Na+ e eles param de entrar, determinando o potencial de ação. O potencial de ação se encerra
quando K+ sai da célula por difusão, voltando à voltagem normal (-65 mV). Quando o potencial é propagado
até o final do axonio, promove a liberação de neurotransmissores (produzidos e armazenados pelos proprios
neuronios) que estimulam outras células ou outros neuronios.

≥ Aplicação Clínica: Anestésicos Locais atuam sobre axônios. As moléculas do anestesico se ligam aos canais
de sódio, bloqueando a entrada desse íon e inibindo o potencial de ação que gera o
impulso. Dessa forma, não há transmissão de impulso que seria interpretado no cérebro
como dor.

Comunicação Sináptica

Ocorre transmissão unidirecional do impulso nervoso. Sinapse é um local de contato entre neurônios ou entre
neuronios e celulas excitaveis. Sua função é transformar um sinal elétrico em um sinal químico, liberando
neurotransmissores, que são primeiros mensageiros que abrem canais ionicos nas celulas que os recebem ou
que estimulam segundos mensageiros. Os neurotransmissores são produzidos no corpo celular e armazenados
em vesículas sinapticas no final do axonio e são liberados por exocitose. Uma vez usados, neurotransmissores
são removidos, ou por degradação enzimatica ou até por endocitose da membrana pré-sinaptica.

Neuróglias e Atividade Neuronal

Incluem as células encontradas no sistema nervoso que estão ao lado dos neurônios. Elas fornecem um
ambiente adequado para os neuronios desempenharem suas funções já que no tecido nervoso há pouquissimo
material extracelular. São elas:

a) Oligodendrócitos e células de Schwann:


- Produzem as bainhas de mielina no SNC (oligo) e no SNP (Schwann), que servem como isolantes
elétricos (por elas não passam impulso). Essas células possuem prolongamentos que se enrolam
através dos axonios, produzindo as bainhas.

b) Astrócitos:
- Células com forma estrelada que ligam os neuronios a capilares e à pia-mater. Levam compostos
oxigenados e energizados do sangue para neurônios através dos pés vasculares presentes em alguns
astrócitos que também transportam ións aos neuronios. Também regulam a atividade e sobrevivencia
de neuronios por regular constituintes do meio extracelular. Se comunicam uns com os outros através de
junções comunicantes.

c) Células Ependimárias:
- Células epiteliais colunares que revstem os ventrículos cerebrais e o canal central da medula. Estão
associadas à produção e circulacão de líquor.
d) Micróglia:
- Podem ser identificadas por HE porque seus núcleos são alongados e escuros, diferente das outras
células da glia. Tem função de fagocitar, e derivam de células da medula ossea levadas pelo sangue.
Também produzem citocinas reguladoras.

≥ Aplicação Clínica: Micróglias digerem restos de bainha de mielina que são misteriosamente destruídas
na esclerose mútipla, causando diversos distúrbios neurológicos.

Sistema Nervoso Central


Formado pelo encéfalo e medula espinhal. O cortex cerebral é dividido em regiões que recebem impulsos
aferentes (sensoriais) e regiões que geram impulsos eferentes (motores). Na medula espinhal, a substancia
cinzenta tem forma H (central), podendo ser dividida imaginariamente em colunas.

• Coluna Anterior: Saem neuronios motores. Seus axonios dão origem a raizes ventrais de nervos raquidianos
(espinhais/mistos)

• Coluna Posterior: recebem fibras de neuronios situados nas raizes dorsais de nervos espinhais e que são
sensoriais.

Meninges:

São membranas de tecido conjuntivo que contém e protegem o SNC. São 3 membranas, sendo elas, de dentro
pra fora: piá-mater, aracnoide e dura-mater. A dura-máter é revestida por um epitélio simples pavimentoso de
origem mesemquimatosa. O líquor circula entre a aracnoide e a pia mater, no espaço subaracnoideo, que
funciona como um colchão hidráulico que protege o SNC contra traumatismos. A aracnoide não possui vasos
sanguineos e formam, em alguns pontos, expansões que perfuram a dura-máter, que são as vilosidades da
aracnoide, que tem função de transferir líquor para o sangue.

Barreira Hematencefálica:

Barreira que dificulta a passagem de determinadas substâncias INCLUSIVE ALGUNS ANTIBIOTICOS do


sangue até o tecido nervoso. É formada pela proximidade (junções oclusivas) dos capilares do sistema nervoso
que não são frenestradas. Os astrocitos tb são responsaveis por aproximas os capilares e fazer uma rede de
proteção conjunta.

Líquor:

Produzido pelos plexos corioides formados por dobras da pia mater rica em capilares + células ependimárias que
formam o teto do 3º e 4º ventriculos e ventriculos laterais. A média é de 140 ml no adulto. É reabsorvido pelas
vilosidades aracnoides, já que no SNC NÃO HÁ VASOS LINFÁTICOS.
≥ Aplicação Clínica: qualquer obstrução da circulação do liquor resulta em hidrocefalia, caracterizada por um
aumento do volume dos ventrículos pelo acumulo de liquor produzido, que pressionarão
estruturas do encéfalo. A hidrocefalia antes do nascimento causa afastamento das suturas
do cranio, causando retardo mental e convulsões.

Sistema Nervoso Periférico

Composto pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos, por sua vez, são feixes de fibras
envolvidos por tecidos conjuntivos, como o endomisio, etc.

Fibras Nervosas:

São constituidas por um axônio e suas bainhas envoltórias. Grupos de fibras formam feixes do SNC e os nervos do
SNP. No SNP, são envolvidas por células de Shwan e no SNC, por oligodendrócito, caracterizando-as como fibras
nervosas mielínicas.

1. Fibras Mielínicas
- no SNP, por ex, as células de Shwann se enrolam no axonio. A fusão da membrana da célula de Shwann
com o axonio forma a bainha de mielina (complexo lipoproteico), a qual é parcialmente removida por
métodos histologicos. A espessura da bainha é constante em todo o axonio

2. Fibras Amielínicas
- Alguns neuronios, tanto do SNC quanto do SNP não possuem bainha de mielina, mas mesmo assim ainda
são envolvidas por células de Shwann no SNP por ex. Nesse caso, uma única cel. De Shwann envolve toda
a fibra e não há interrupções (nodulos de Ranvier).

Nervos:

São feixes que agrupam diversas fibras nervosas sustentados por tecido conjuntivo denso. O conjunto de feixes de
fibras é revestido pelo epineuro, cada feixe pelo perineuro, e cada fibra + sua bainha é revestida pelo endoneuro.
Os nervos estabelecem conexões entre centros nervosos e orgãos efetores, contendo tanto fibras eferentes como
aferentes.

Gânglios:

São Acumulos de neuronios fora do SNC, geralmente com forma esférica e revestidos por cápsulas conjuntivas.
Podem ser classificados como:

a) Ganglios Sensoriais
- recebem fibras Aferentes que levam impulsos ao SNC. Alguns se localizam nas raizes dorsais de nervos
espinhais

b) Ganglios do Sistema Nervoso Autonomo


- São formações bulbosas ao longo de nervos do SNA, localizados no inteior de alguns orgãos, como os
ganglios intramurais localizados no tudo digestivo.
Sistema Nervoso Autônomo

Responsável pelo controle da musculatura lisa, ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Também
é responsável por manter a homeostase. As funções do sistema nervoso autonomo sofrem constantemente a
influencia da atividade consciente do SNC. É formado por aglomerados de células nervosas localizadas no SNC.
Consiste num afluxo constituído de dois neurônios, em que os axônios pré-ganglionares que surgem dos corpos
celulares no eixo cérebro-espinhal fazem sinapses com fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios
autônomos, fora do SNC.
É dividido em SNA Simpatico (se originando de porções toracicas e lombares da medula) e suas fibras
saem das raizes dorsais de nervos espinhais dessas regiões, e SNA Parassimpatico (se origina de porções
cervicais e sacrais) e suas fibras saem por alguns nervos cranianos.

Regeneração do tecido nervoso

Os neuronios não se dividem e, portanto, uma lesão num neurônio representa uma perda permanente. Diferente
do que ocorre com as fibras (nervos), que, embora com dificuldade, conseguem se regenerar DESDE QUE O
CORPO CELULAR NÃO SEJA LESIOADO. As células da glia, por sua vez, conseguem se regenerar. Os
espaços deixados por celulas e fibras nervosas do SNC destruidas são preenchidas por neuroglias num processo
chamado de gliose. Quando um nervo é lesionado, há uma porção ligada ao pericário e outra não. A porção
proximal se regenera enquanto a porção distal é reabsorvida por macrófagos. Se a porção distal for muito
distante da porção proximal, ou em casos de amputação, o axonio cresce desordenamente, dando origem a uma
estrutura muito sensivel a dor, chamada de neuroma de amputação.
Sistema Circulatório

Formado pelo sistema vascular sanguíneo + sistema vascular linfático. O Sist. Vascular sanguíneo abrange o
coração, artérias, veias e capilares. Os capilares são vasos muito delgados e através de suas paredes ocorre a
troca de sangue com os tecidos. Veias e Arterias são mais calibrosas quanto mais proximas ao coração.

O Sistema Vascular Linfático se inicia nos tecidos e orgãos. Seus tubos aumentam de diametro e quanto
mais proximo ao coração, desembocam em grandes veias. Levam o liquido (linfa) interticial para o sangue.

Vasos Sanguineos e Linfáticos são revestidos internamente por endotélio, de epitélio pavimentoso simples.
O Epitélio Pavimentoso Simples permite a passagem de nutrientes para tecidos adjacentes (como o mesotélio de
cavidades pleurais).

Tecidos das paredes dos vasos:

A parede dos vasos é formada por endotélio, musculo liso e tecido conjuntivo (fibras elásticas), que se
organizam em 3 túnicas, exceto em capilares que possuem somente endotélio + membrana basal.

a) Endotélio: forma uma barreira entre plasma e liquido intersticial; regula a troca de macromoleculas.
Células endoteliais possuem enzimas que quebram lipoproteinas em triglicerides e colesterol,
usados para formar hormonios esteroides e compor membranas plasmaticas.Também tem ação
antitrombogênica, pois impede o contato de plaquetas com tec. Conjuntivo subendotelial (que
forma trombos). As células endoteliais se ligam por zonas de oclusão (leteralmente)

b) Tecido Conjuntivo: Encontrado de acordo com a necessidade. Colágeno e fibras elásticas fornecem
resistencia na expansão de vasos pela passagem do sangue.

Os tecidos que compões as paredes dos vasos estão organizados em 3 túnicas:

1. Túnica Íntima: Células Endoteliais + Tec. Conjuntivo subendotelial. É a mais interna ao lúmem do vaso.
Artérias possuem MLEI (membrana limitante elastica interna) entre a túnica íntima
e a túnica média. É fenestrada e permite a passagem de nutrientes a celulas mais
profundas dos vasos. Apresenta forma ondulada quando a célula está morta devido
a falta da pressão saguinea. AUSENTE EM VEIAS. A MLEI é invisivel em artérias de
grande calibre pois é diferente de fibras lisas

2. Túnica Média: Camadas de células musculares interpostas com MEC (fibras elasticas, reticulares e
glicoproteinas) produzida pelas prorpias celulas musculares. É a camada mais
desenvolvida em artérias. Quando é uma artéria elastica (grande calibre) há mais
material elastico na túnica média do que fibras musculares.

3. Túnica Adventícia: É a mais externa. Tem colágeno tipo I e fibras elásticas que evitam o rompimento do
vaso.
• Vasa Vasorum: Vasos (artériolas, capilares e venulas) que se ramificam entre a túnica adventícia de vasos
grandes, principalmente veias. Tem função de levar nutrientes e O2 às camadas adventicia e
média, o que é insuficiente por difusão devido ao calibre do vaso. Vem do endotelio??

Inervação:

- Rede difusa de fibras amielinicas simpáticas que liberam norepinefrina (vasoconstrição). Artérias de musculos
esqueléticos também recebem terminações nervosas vasodilatadoras, liberando acetilcolina, que induz cels.
endoteliais a produzirem NO que tem ação de relaxar células musculares.

Função de vasos sanguíneos:

- Os vasos sanguineos desempenham diferentes funções baseadas em seus calibres. Vamos dividí-las como na
grande circulação: das grandes artérias até capilares e destes até grandes veias.

a) Grandes Artérias Elásticas


- estabilizam o fluxo sanguíneo
- artéria aorta e seus grandes ramos, como artérias pulmonares.
- MLEI não visivel por ser confundida com as células musculares lisas da túnica média.
- Tunica média com bastante presença de material elástico que aumenta com a idade, que tem função
de tornar o fluxo sanguíneo mais uniforme, mantendo a pressão arterial durante o relaxamento dos
ventrículos e, assim, a velocidade do sangue.

b) Artérias médias ou Musculares


- tunica média predominantemente feita de células musculares lisas e MUITO espessa
- fácil identificação da MLEI
- células musculares interpostas com proteoglicanos, fibras elasticas e reticulares sintetizados pela
propria célula muscular.
- controlam o fluxo de sangue para os orgãos ao contrair/relaxar as células de sua tunica média.

c) Arteríolas
- Diametro e Lumem estreitos
- nas menores, não existe MLEI e há apenas uma ou duas camadas de células musculares

d) Capilares
- são diferentes para que façam trocas metabólicas entre o sangue e tecidos adjacentes.
- possuem uma ÚNICA camada de células endoteliais que repousam sobre uma lâmina basal (externa),
com componentes produzidos pelas proprias células endoteliais.
- as zonas de oclusão permitem permeabilidade a macromoléculas, sendo importantes à fisiologia,
principalmente em processos inflamatórios
- capilares são uma rede de anastomose com vênulas pós capilares que ajudam a regular o fluxo
sanguíneo. Anastomoses arteriovenosas são presentes em m. esqueletico, pele da mão e do pé.
Quando os vasos se contraem de uma anastomose, força todo o sangue a irrigar os tecidos.
- o fluxo lento de sangue nos capilares propiciam as trocas com os tecidos.
e) Vênulas pós-capilares
- Parede formada por apenas um camada de células endoteliais
- apresentam as junções celulares mais frouxas, permitindo a troca de macromoléculas
- Histamina produzida por mastócitos do tec. Conjuntivo facilitam ainda mais a passagem de células
de defesa para os tecidos.

f) Veias
- A túnica adventícia é a mais desenvolvida
- Tunica médica pouco desenvolvida = poucas células de musculatura lisa
- A maioria possui valvulas em seu interior, que são dobras da túnica íntima no lumem do vaso,
revestidas por endotélio. Tem função de direcionar o sangue venoso para o coração.

Coração:

Orgão muscular que bombeia sangue para o corpo, formado por 3 túnicas: endocárdio, miocárdio e pericárdio.
Endocárdio contem endotélio e camada subendotelial de tecido frouxo. A camada subendotelial se liga ao
miocárdio por tecido conjuntivo ontem há vasos, nervos etc. Miocárdio é a camada mais espessa e tem celulas
musculares. Externamente, há o pericárdio que se divide em folheto visceral e um folheto parietal. O folheto
visceral corresponde ao epicárdio e é nele que se localiza a gordura que envolve o coração.

• Sistema Gerador de impulso: os nodos sinoatriais e atrioventriculares estão PRESENTES NO ATRIO. O


nodo atriventricular emite um ramo que atinge os ventriculos, chamado de
feixe atrioventricular (feixe de His). Os nodos são massas de células
especializadas As células se tornam maiores e recebem o nome de
fibras de Purkinje. O responsável por iniciar o impulso é o nodo sinoatrial.

≥ Aplicação Clínica: as fibras do miocárdio recebem fibras nervosas aferentes. Quando falta oxigenio ao
miocardio por obstrução de coronarias, o que causa dor, a mensagem é levada por essas
esses nervos, os mesmos que levam a dor do infarto.

Sistema Vascular Linfático

É o sistema de vasos revestidos de endotélio que captam liquido tecidual e o levam para o sangue.Ausentes no
SNC.

Algumas Diferenças Arteriovenosas

-Quanto à luz: regular nas artérias e irregular nas veias


-Quanto à espessura total da parede: mais espessa nas artérias e menos espessa nas veias
-Quanto a T.I. e presença de Mlei: T.I. completa com mlei nas artérias e completa sem mlei nas veias.
-Quanto a T.M. : muito desenvolvida nas artérias e pouco nas veias
-Quanto a T.A : pouco desenvolvida nas artérias e muito nas veias.
Tecidos e Orgãos Linfóides
O Sistema Imune é capaz e diferenciar células do proprio corpo (self) das moléculas estranhas (non-self) que
fazem parte de antigenos como vírus e bactérias, bem como células cancerosas que passam a apresentar
proteínas novas. Um componente importante são as celuas que apresentam antígenos a orgãos linfoides,
encontradas na pele, por exemplo. Algumas características do Sistema Imune são:

• Orgãos Linfáticos: timo, baço, linfonodos. São agregados de tecido linfático e estão na mucosa do aparelho
respiratório, digestório e urinário.

≥ Os linfócitos se originam na MEDULA OSSEA. Linfócitos T saem imaturos e se amadurecem no timo.


Linfócitos B saem prontos da medula. Os lifócitos migram para outros orgãos linfáticos pleo sangue e
pela linfa.

• Tipos de resposta imune:

a) Imunidade celular: células do sist. Imune matam células que fagocitaram antígenos através de proteínas
como as perforinas

b) Imunidade Humoral: Envolve anticorpos, que neutralizam moléculas estranhas. Linfócitos B se


diferenciam em plasmócitos, que secretam anticorpos.

• Imunógenos e Antígenos: Imunógeno são moléculas estranhas que provocam resposta imune, presentes
em bactérias, células cancerosas, etc. Antigenos são moleculas que reagem com
anticorpos mesmo que não provoque resposta imune.

• Anticorpos: Glicoproteinas circulantes, também chamados de imunoglobulinas. São específicos para


cada tipo de antígeno. Linfócitos B se diferenciam em plasmócitos que secretam anticorpos.
Se ligam a antígenos e apresentam sinais que há invasores no organismo. Neutrófilos e
macrófagos tem receptores para o complexo antígeno-IgG (bactérias opsonizadas), que
facilita a fagocitose. IgG são os anticorpos mais presentes no plasma e as únicas que
atravessam a placenta e passam para o feto.

obs: IgM e IgG ativam o SISTEMA COMPLEMENTO, que é um grupo de proteinas/enzimas plasmaticas que
podem lisar diretamente os microorganismos

• Linfócitos: Linf. B possuem como receptores anticorpos. Linf T possuem como receptores proteinas
chamadas de TCR. As células que dão origem aos linfócitos são produzidas na medula e
se proliferam durante toda a vida. Linf. T são maturados no Timo após sairem da medula ossea.
quando não se diferenciam em plasmocitos, Linfócitos B formam células B de memória.
≥ Aplicação Clinica: vírus HIV matam Linfócitos T auxiliares, prejudicando todo o sistema imune e deixando o
o organismo susceptível a inumeras doenças.

• Células apresentadoras de antígenos: chamadas de APC, presentes nos orgãos do corpo. Derivam da
medula óssea. Elas digerem proteínas de antígenos em peptídeos,
ligando-os a moleculas de MHC na membrana celular para que
possam ser reconhecidos por linfócitos T.

• Células Dendríticas: É um tipo de APC. São encontradas em muitos orgãos. Alem de apresentarem
antígenos a linfocitos T, estimulam linfócitos T virgens.
São da classe dos fagócitos (glóbulos brancos).

• Complexo de Histocompatibilidade: MHC-I são encontrados em todas as células do corpo. MHC-II não,
e são encontradas em células apresentadoras de antígenos como
macrófagos e celulas dendríticas. MHC na realidade é um
complexo intracelular. Quando fagocitado, proteinas do antigeno
são digeridas e MHC se ligam aos peptideos. O conjunto
peptideo-MHC são levados a superficie celular e só assim
antígenos são reconhecidos por linfócitos T. MHC tem uma
estrutura unica para cada pessoa. POR ISSO TRANSPLANTES
SÃO TÃO REJEITADOS. (exceto quando feitos entre univitelinos)

Transplante de Orgãos

Os enxertos podem ser autólogos (da mesma pessoa), isólogos (gemeos univitelinos) e homólogos (de outra
pessoa). Autólogos e Isólogos são bem sucedidos (mesma composição de MHC). Quando transplantes
apresentam outra composição de MHC I, as células mais recrutadas são as NK que destruirão as células do
orgão transplantado. (MHC I é assim chamado pq só tem uma perninha que fica pra dentro da célula, enquanto o
MHC II tem duas kk foda se)

Citocinas

São glicoproteínas que atuam sobre células do sistema imune e outras células que atuam na resposta
inflamatoria, por exemplo. Existem diferentes tipos de citocinas:

• interleucinas: mediadoras entre os proprios leucócitos


• linfocinas: produzidas por linfócitos
• quimiotaxinas: atraem leucócitos para regiãos de inflamação
• interferons: produzidas por qq celula infectada por vírus, estimulando fibroblastos, macrófagos e linfocitos a
produzirem substancias antivirais.
• TNF: exercem muitas atividades, como estimular moléculas de aderencia e secreção de outras citocinas.
TNF-a é produzida por macrofagos e TNF-b por linfócito T auxiliar.
Timo

- Situado no mediastino, atrás do esterno. É separado em 2 lobos.


- NÃO APRESENTA NÓDULOS LINFÁTICOS
- parte periferica é mais facil de corar por HE pois contem mais linfócitos
- linfócitos T em amadurecimento são as celulas mais encontradas, junto com cels. Reticulares epiteliais
unidas por desmossomos
- os linfocitos T são transportados para outros orgãos através do sangue
- as artérias penetram na camada periférica (cortical) e atingem a medular, onde emitem capilares, se
anastomosam, captando linfócitos.
- barreira hematotímica: cels. Reticulares que envolvem os capilares (sem poros), junto com a lamina basal
dos capilares, etc. Impede que antígenos atinjam a area medular onde estão
se maturando os linfocitos. NÃO EXISTE NA MEDULAR, só na cortical
- não contem linfáticos Aferentes.
- atinge seu tamanho maximo no feto e dura até a puberdade, MAS NÃO DESAPARECE, só involui.
- recebem celulas tronco que se diferenciam em linfócitos.

Linfonodos

- Orgãos encapsulados e recheados de tecido linfoide. Aparecem espalhados no corpo ao longo de vasos
linfáticos
- mt presentes em virilha, axila, pescoço, mesentério.
- possui um hilo onde entram artérias e saem veias.
- seu parenquima é sustentado por cels. reticulares e fibras reticulares produzida por essas celulas, assim como
em todo o tecido linfatico
- a linfa circula unidirecionalmente
- tb possui area cortical e medular (central). Na area cortical superior predominam Linfócitos B
- Região cortical profunda NÃO apresenta nodulos linfaticos e predominam linfocitos T.
- são considerados filtros da linfa, que removem particulas estranhas antes dela retornar ao sangue.
- linfocitos saem dos linfonodos pot LINFATICOS EFERENTES que junto com outros linfaticoss desembocam em
grandes veias. Concluimos que linfocitos sempre recirculam por linfonodos. A recirculacao de linfocitos informa
outros orgãos linfaticos, para que o organismo monte uma resposta mais eficiente, avisando o corpo sobre
antigenos localizados.

Baço

- maior acumulo de tecido linfoide do corpo e tem intimo contato com a circulação sanguinea
- principal destruidor de eritrocitos em desuso
- rapida resposta a antigenos por se localizar na corrente sanguinea
- contem inumeras celulas fagocitarias
- função de formar linfocitos, destruir eritrocitoss, defesa contra invasores e armazenamento de sangue
- Em leucemia, pode produzir granulocitos e hemacias, sofrendo metaplasia mieloide ( aparecimento de tecido
mieloide fora da medula ossea)
- Atua como um filtro para o sangue por conter mts macrofagos, linfocitos B e T e APC's.
Destruição de hemacias

Hemacias tem vida média de 120 dias e são principalmente recicladas no baço (hemocaterese). Hemacias
desgastadas perdem flexibilidade e sofrem modificações na membrana, dando sinais a macrófagos do baço que as
fagocitam. A hemoglobina é desdobrada e origina a bilirrubina, um pigmento desprovido de ferro. O ferro livre se junta
a proteinas plasmaticas e esse complexo é endocitado por eritroblastos para a formação de novas hemacias.

Tonsilas

- orgãos constituidos por aglomerados de tecido linfatico e em contato com o epitelio de porções iniciais do trato
digestivo
- posição estrategica para defender o organismo contra antigenos do ar e alimentos
- produzem linfocitos.
- Tonsilas Palatinas podem conter criptas, que são invaginções epiteliais no interior das tonsilas. Elas acumulam
residuos como restos de comida, celulas mortas, muco etc, podendo apresentar pontos com pus.
Células do sangue
O Sangue é composto de células (globulos e plaquetas) e material extracelular, contido num compartiento
fechado, circulando em sentido unidirecional. Para obsrvar a heterogeneidade do sangue, trata-se o mesmo
com anticoagulante e o centrifuga, provocando sendimentação (hematócrito). As hemacias ficam mais
embaixo, seguido de leucócitos e o menos denso é o plasma

• Funções do Sangue:
- transporte de substancias e gases
- transporte de nutrientes
- transporte de hormonios
- manutenção da homeostase (distribuição do calor e equilibrio acidobásico)
- diapedese (saída ativa de leucocitos do sistema circulatório)

≥ Composição do Plasma:

É composto em 90 % de água e 10 % de substancias dissolvidas, sendo 7% desses 10% correspondentes a


proteínas plasmáticas. As principais proteínas são a Albumina, protrombina, fibrinogenio, etc.

• Albumina: é sintetizada no fígado e desempenha papel na regulação osmótica. Sua ausencia gera edema
generalizado

Como o sangue é corado?

• Esfregaço misturado com eosinaa, azul de metileno e azures. Basicos ficam rosa, Acidos ficam azul e as
que fixam azures, se tornam púrpuras.

Células Propriamente Ditas:

1. Eritrócitos/Hemácias

- São anucleadas (perdem-no na propria medula); possuem muita hemoglobina (proteina transportadora)
- Não saem dos vasos em condições normais
- A concenteação normal no sangue é de 4 a 5,4 milhoes/mm³ na mulher e 4,6 a 6 milhoes no homem
- HBF (fetal) tem muita afinidade por O2, pois o feto só capta oxigenio que vem pela placenta

Aplicação Clínica: Anemia é caracterizada por baixa concentração de hemoglobina no sangue (menos O2
para os tecidos, ou hemoglobinas não funcionais. Alterações na forma da hemoglobina
podem causar também a Anemia Falciforme, que é genética. Essa hemoglobina
deformada tem vida curta, é inflexivel. Em esferocitose, vale recorrer à retirada do baço
pois este apresenta muitos macrófagos e nele as hemacias passam diretamente
2. Leucócitos

- São incolores e de forma esférica; assumem função de proteção contra infecções.


- Produzidos na meduça óssea e em tecidos linfóides; permanecem temporariamente no sangue
- Tem como destino os tecidos infectados
- Divididos em Granulócitos (núcleo irregular e possuem granulos específicos que armazenam certas
substancias, como histamina e outras proteinas. São os neutrófilo, eosinófilo e basófilos) e
Agranulócitos (forma regular e sem granulações. São os Linfócitos e Monócitos)
- São de 4.500 a 11.500 por mm³

a) Neutrófilos
- São polinucleares (3 núcleos cada um aproximadamente), sendo separados em lóbulos (a célula
jovem não é dividida, tendo o nucleo em forma de bastonete)
- Seu citoplasma apresrnta granulos especificos (armazenam enzimas importantes na destruição de
microorganismos e ajudam a celula contra subst oxidantes)
- Granulos atípicos ou vacúolos em seu citoplasma podem indicar infecções bacterianas

b) Eosinófilos
- Menos numerosos do que neutrófilos porem são do mesmo tamanho. Apresentam núcleo bilobulado
- Organelas pouco desenvolvidas. É facilmente identificado por apresentar granulações que se coram
por Eosina (básicas)
- Apresenta um cristal chamado internum, que contem a principal proteinas que dá basicidade á cel.
O internum possui uma camada menos densa aos eletrons, o externum, rica em proteína catiônica,
que promove poros na célula alvo, tendo uma ação citotóxica.
- Também são celulas apresentadoras de aantígenos aos linfócitos.
- Corticoides e homonios adrenais diminuem a concentração de eosinofilos no sangue
- não fagocitam microorganismos. Liberam o conteudo de seus granulos e destruição do
complexo antígeno-anticorpo.

C) Basófilos
- tem núcleo volumoso, com forma irregular e retorcida (letra S).
- apresenta granulos grandes, que deixam o núcleo escuro
- 2% dos leucócitos do sangue, sendo dificilmente encontrados em esfregaços
- Possuem histamina (nos granulos)
- Liberam seus granulos para o meio extracelular assim como suas citocinas e leucotrienos
(mediadores inflamatórios)

D) Linfócitos
- Responsáveis pela defesa imunológica do organismo, reconhecendo moleculas estranhas
em outras células do Sistema Imune, como nas APC.
- seu citoplasma é fino e escasso, apresentando-se como um anel delgado em volta do nucleo
- diferenciam-se em Linfócitos B e T, dependendo das moléculas localizadas em suas superficies
- são os unicos leucócitos que retornam ao sangue após sairem deste, recirculando
continuamente
E) Monócitos
- São os maiores leucócitos circulantes, com núcleo ovóide em forma de ferradura. Seu nucleo é
mais claro do que dos linfócitos devido a sua cromatina ser pouco densa
- Seu citoplasma é ácido e contem granulos azurófilos finíssimos
- superfície celular contendo muitas microvilosidades e vesículas de pinocitose
- se transformam em macrófagos ao saírem do sangue
- faz parte do sistema mononuclear fagocitário

3. Plaquetas

- São cospusculos anucleados e derivados de células gigantes da medula óssea (chamados


megacariócitos)
- Promovem a Coagulação Sanguínea e reparam a parede dos vasos lesados, evitando a perda de
sangue
- 150 a 450 mil/mm³ e permanecem no sangue durante 10 dias aproximadamente
- Em esfregaços, se apresentam aglutinadas (em grupos)
- O interior dos plaquetas se comunica com a membrana, pelo sistema canalicular aberto, o que facilita
a expulsão das substancias

Aplicação Clínica: Quando um vaso é lesionado, inicia-se a hemostasia (visa impedir a perda de sangue),
envolvendo a musculatura lisa do vaso, plaquetas e outros fatores. Como ocorre?

passo 1: colágeno proximo da lesão absorvem proteinas plasmaticas e plaquetas


passo 2: essas plaquetas liberam ADP, o que aumenta o numero de plaquetas
passo 3: sequencia em cascata de 16 proteinas, dando origem a fibrina (polimero)
formando uma rede que prende hemacias, leucocitos e plaquetas, formando
o coaglo sanguineo. (hemofilia: defeito na formação de uma proteina
plasmatica – fator VIII)
passo 4: a parede do vaso se regenera enquanto está proteina pelo coaglo. O coaglo
então é removido por enzimas (plasmina)
Sistema Digestório

- Compreende cavidade oral, esôfago, estomago, intestinos e glândulas anexas


- A principal função é absorver moléculas necessárias para manutenção e crescimento
- As moléculas grandes são quebrada em menores e absorvidas pelo revestimento do trato digestório,
principalmente no intestino delgado
- Os componentes do sist. Digestório apresentam um tubo oco, circundado por uma parede formada por
quatro camadas: Mucosa, submucosa, muscular e serosa, podendo alguma mudar de nome ao longo
do trato.

1. Mucosa: apresenta uma camada de tec. Conjuntivo e uma camada muscular da mucosa, que separa a
mucosa da submucosa. A muscular da mucosa possui fibras lisas, cujo movimento é independente do
movimento do resto do trato digestivo, aumentando o contato da mucosa com o alimento.

2. Submucosa: apresenta muitos vasos sanguíneos e nervos, formando o plexo de Meissner.


composta também por tex conjuntivo frouxo.

3. Muscular: Fibras Lisas (circulares mais internas e longitudinais mais externas). Entre a camada interna
e externa, há o plexo nervoso mioentérico ou de Auerbach e tec conjuntivo. O plexo é formado por
fibras do SNA, formando pequenos gânglios parassimpáticos

4. Serosa: tec conjuntivo frouxo, revestida por mesotélio. Em locais em que o órgão digestivo está unido
a outros órgãos ou estruturas, a camada serosa é substituída por uma camada adventícia, com tec
conjuntivo adiposo e tec conjuntivo denso, como na junção do esôfago com a traquéia.

- Na musoca encontramos IgA, ao longo do trato respiratório, digestório e urinário, responsável pela
proteção contra invasores nestes locais

1. Cavidade Oral
- Revestida por epitélio pavimentoso, queratinizado ou não, dependendo da região. A queratinizada protege -
a Lamina própria apresenta papilas que são glândulas salivares bem pequenas

a) Lingua

- é uma massa de musculatura esquelética + mucosa, unidas por tecido conjuntivo da lamina própria
- a parte superior apresenta papilas, e no final do terço posterior há tonsilas linguais (órgãos linfoides)
- As papilas são elevações do epitélio lingual, e existem 4 tipos:

1. Filiformes: formato cônico, apresenta função de fricção e são queratiniz adas


2. Fungiformes: parecem cogumelos, com poucos botões gustativos e espalhadas irregularmente
(não queratinizadas)
3. Foliadas: pouco desenvolvidas no homem
4. Circunvaladas: 7 a 12 estrutruas grandes, mais presentes na parte posterior da língua. A lamina
própria apresenta glândulas serosas, as glândulas de Von Ebner, que secretam
um liquido ao redor de cada circunvalada, responsável por limpar seus botões
gustativos.
b) Faringe

- é uma região de transição entre a cavidade oral, trato digestivo e respiratório


- revestida por epitélio pavimentoso estratificado NÃO queratinizado (onde se junta com o esôfago)
e epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado próximo a cavidade nasal

2. Esofago

- tubo muscular que transporta alimento da boca ao estomago


- a mucosa apresenta epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado
- a Lamina própria apresenta glândulas esofágicas que secretam muco
- mais próximo a boca, a camada muscular apresenta fibras esqueléticas. Mais próximo do estomago,
apresenta musculatura lisa

3. Estomago
- Assume função endócrina e exócrina e transforma o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo)
- adiciona-se HCl ao conteúdo, ocorre digestão parcial de proteínas, de triglicerídeos, além de produzir
hormônios
- a mucosa gástrica é formada por epitélio grandular, (as glândulas mucosas são encontradas na
submusoca), onde a secreção termina numa aera chamada
fosseta gástrica (suas aberturas são invaginações do epitélio gástrico)
- todo o epitélio gástrico está em contato com tecido conjuntivo frouxo (lamina própria), com células
musculares lisas e linfoides.
- O epitélio que recobre a superfície do estomago é colunar simples. As células do epitélio secretam
muco alcalino e HCO3. O próprio muco do estomago o protege contra a ação do acido clorídrico
- A rede de vasos da lamina própria e na submucosa possibilita nutrição e remoção de metabolitos
da mucosa superficial (fator de proteção)

Regiões do Estomago:

1. Cardia
- na transição entre o esôfago e o estomago, que apresenta glândulas tubulares na mucosa, das
quais muitas produzem muco e lizosimas para atuar contra bactérias
- são encontradas poucas células que produzem HCl

2. Fundo/Corpo
- a mucosa apresenta glândulas tubulares, que apresentam istmo, colo e base

1. Istmo: apresenta células tronco, células da mucosa em diferenciação e parietais


2. Colo: cels tronco, cels da mucosa (diferente das do istmo) e parietais
3. Base: parietais e principais

- cels parietais: vermelhas, cobertas por microvilosidiades; produzem HCL e apresentam muitas m
mitocôndrias. Sua ação é estimulada pelo parassimpático, histamina e por gastrina
( gastrina e histamina estimulam a produção de acido clorídrico, secretado pela mucosa
gástrica ). Produze também uma glicoproteína (fator intrínseco) que tem afinidade por
vitamina B12. Sua deficiência causa uma falta de vitamina B12, causando anemia
perniciosa. Esta deficiência do fator intrínseco é relacionado com gastrite atrófica

- cels principais: são azuis e estão na base das glândulas; são produtoras de enzimas (pepsina). É
basófila devido a grande qtde de reticulo granuloso, cujos grânulos tem uma
proenzima (pepsinogenio) que se transforma em pepsina ao ser secretado
- cels argentafins: sao cels endócrinas do sist. Digestório, que produzem hormônios como glucagon e
gastrina; são encontradas na base das glândulas gástricas

3. Piloto
- contem fossetas gástricas que recebem conteúdo das glândulas pilóricas. As fossetas são mais longas
e as glândulas mais curtas do que na Cardia. Secretam muco.
- possuem muitas células G (produtoras de gastrina), que são estimuladas por parassimpático,
aminoácidos do lumem e tb pela distencao da parede do estomago

- Na submucosa do estomago encontramos tecido conjuntivo denso, com vasos, células linfoides e
macrófagos
- Na Muscular, encontramos musculatura lisa dispostas em três direções principais (externa longitudinal,
média circular e interna obliqua)

obs: no piloro, a camada média (circular) é muito espessa, formando o esfíncter pilórico

Aplicação Clínica: a gastrite consiste na irritação da camada epitelial do estoomago, causada por fatores
como estresse, algumas substancias ingeridas, como antiinflamatorios, cigarro, etc.
ou também causado por MO (H. Pylori). Tudo isso resume-se a um desequilíbrio na
produção de HCl, como quando cels da musoca morrem pela presença dessas bacterias

4. Intestino Delgado

- ocorre transporte lento do alimento para maior absorção, se estendendo da junção pilórica até junção
ileocecal
- ocorre maior absorção de nutrientes pelas células do epitélio, em direto contato com o lumem

- Mucosa: apresenta uma série de pregas, que são invaginações das membranas das células da
mucosa para o lumem, formadas de epitélio + tecido conjuntivo, chamados vilos.
Os vilos apresentam epitélio cilíndrico simples, apresentando muitas céls caliciformes,
cels absortivas, enteroendocrinas e cels de Paneth.

- cels absortivas: são colunares e apresenta microvilosidades (ep colunar simples) na


superfície, formando uma borda em escova.
Cada cel possui cerca de 3 mil microvilosidades (expansões
da sua membrana). Tambem produzem enzimas que quebram nutrientes para
serem internalizados por transporte ativo.

- cels caliciformes: distribuídas entre as cels absortivas; mais presentes no íleo. Produzem
glicoproteínas acidas, que formam o muco, o qual reveste e lubrifica
o epitélio intestinal.

- cels de Paneth: estão na porção basal do epitélio. São exócrinas, liberando lizosimas, ajudando
a controlar a microbiota intestinal e agindo contra microorganismos externos.
- A mucosa do intestino apresenta muito IgA, formando a primeira linha de defesa. Outro mecanismo são as
junções intercelulares, formando uma barreira contra microorganismos. O trato gastrointestinal também
apresenta muitos macrófagos e linfócitos, na mucosa e na submucosa, formando o tecido linfoide (GALT –
tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal)

- Lamina própria: tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e musculares
lisas, preenchendo o centro das vilosidades intestinais, onde as células musculares, ao
se movimentarem, auxiliam na absorção de nutrientes

- Submucosa: contem glândulas tubulares na porção inicial do duodeno, que se abrem nas glândulas
intestinais. Essas glândulas, chamadas de duodenais, produzem muco alcalino, produzindo
a mucosa duodenal contra o suco gástrico, deixando o pH ótimo para enzimas pancreáticas
que chegam ao duodeno pela papila maior.

- No íleo, o GALT é conhecido como Placas de Peyer, apresentando muitos nódulos linfáticos
( na submucosa e na lamina própria ) e são formadas por células M, que apresentam muitos
linfócitos e APC, que captam antígenos por endocitose e apresentam a cels linfoides s ubjascentes,
e não por células absortivas;

- No intestino, a camada muscular apresenta musculatura lisa dispostas em 2 direções (circular interna
e longitudinal externa)

Vasos e Nervos: penetram a camada muscular, atingindo a submucosa, formando um plexo. Atravessam
a muscular da mucosa, a lamina própria, chegando na mucosa e pentrando as vilosidades.
Junto com os sanguíneos, há os linfáticos, mais presentes na lamina própria, circundando
nódulos linfáticos, se anasttomosando com os sanguíneos. A inervação é dividida em
extrínseca e intrínseca.

- Intrínseca: neurônios que formam o plexo de Auerbach (entre as fibras musculares


internas e externas da camada muscular) e o plexo de Meissner
(na submucosa). São responsáveis pelo movimento independetemente
da inervação extrínseca

- Extrinseca: SNA, formadas por fibras colinérgicas (aumenta atividade da musculatura


lisa) e adrenérgicas (diminuem a atividade muscular)

5. Intestino Grosso

- NÃO APRESENTA VILOSIDADES NA MUCOSA !!!


- As cels absortivas apresentam apenas MICROvilosidades (ep colunar simples)
- Possui camada muscular bem desenvolvida com 3 feixes chamados Tenias do Colo
- desempenha funções como absorção de agua (transporte passivo), fermentação e produção de muco
- Lamina própria (tec conjuntivo frouxo) rico em tec linfoide (GALT) responsável pelo controle da
microbiota intestinal.
- Na região anal, encontra-se epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, o que garante
maior proteção a essa região

Renovação celular do trato digestivo: Cels são repostas por células tronco (porção basal do epitélio
esofágico, istmo e colo de glândulas gástricas e porção inferior
de criptas intestinais)
Aplicação Clínica: muito dos tumores são derivados de células gástricas ou intestinais. Há maior presença
de câncer de estomago em homens e de cólon e reto em mulheres;

Glandulas Anexas

- incluem as glândulas salivares, o pâncreas, fígado e vesícula biliar

1. Glandulas Salivares:

- Glandulas exócrinas que produzem saliva, que tem funções digestivas, lubrificantes e protetoras (IgA)
- Os três pares maiores compreendem a parótida, submandibular e sublingual, sendo as salivares
responsáveis por 70% do muco produzido
- são revestidas por tecido conjuntivo rico em colágeno
- apresentam células serosas (piramidal, secretoras de proteínas que juntas formam um ácino) e mucosas
(cuboide, secretoras de muco, com glicoproteínas lubrificadoras; se arranjam em túbulos)
- na base das porções secretoras das glândulas há células mioepiteliais, que ao se contraírem, acelera
a secreção da saliva e evita a distenção excessiva da terminação secretora da glândul a.
- No final das glândulas, há o ducto intercalar que desembocam em ductos maiores, os interlobulares ou
excretores, formados por epitélio cuboide estratificado, desembocando na cavidade oral.
- Estimulos parassimpáticos, provocados pelo sabor ou aroma, estimulam uma maior produção de saliva
aquosa, enquanto estímulos simpáticos produzem uma saliva viscosa (sensação de boca seca)

a) Glandula Parótida
- Porção secretora com células serosas, produtoras de enzimas que catalisam carboidratos
- tecido conjuntivo delas apresenta muitos plasmócitos (produtores de Iga) e linfócitos

b) Glandula Submandibular
- Porção secretora com células serosas E mucosas . As serosas produzem muita lisozima, principalmente
na porção dos ductos intercalares, responsável pela hidrolise de bactérias

c) Glandula Sublingual
- Tubulo acinosa composta, formada por células serosas E mucosas, com predomínio das mucosas,
sendo que as serosas também produzem lisozimas

2. Pancreas:

- Glandula Mista, produtora de enzimas (porção exócrina) e hormônios (porção endócrina, cels
conhecidas como ilhotas de Langerhans)
- a porção exócrina é composta por células serosas semelhantes à da parotida, sendo os ductos
intercalares formados por células centroacinosas e tributários dos interlobulars maiores
- o pâncreas é revestido por uma camada de tecido conjuntivo que o separa em lobos
- o pâncreas exócrino secreta diversas proteinases, como tripsinogênio, etc, armazenadas nos
grânulos de secreção das cels acinosas na forma de pré-enzimas, importante para a proteção do
órgão contra a ação das mesmas
- A secreção exócrina é controlada por secretina e colecistoquina, produzidos por cels da mucosa
intestinal. A secretina promove um fluido rico em bicarbonato, produzida pelas cels centroacinosas
que neutraliza acidez do quimo, já que as enzimas pancreáticas funcionam em pH neutro. A
colecistoquina é estimulada por ácidos graxos e aminoácidos que estão no lumem intestinal,
que promove uma secreção rica em enzimas e atua na liberação dos grânulos de zimogênio
das cels serosas

3. Fígado:
- É o segundo maior órgão do corpo, situado abaixo do diafragma.
- armazena nutrientes absorvidos no intestino e os processa, para serem utilizados por outros órgãos,
chegando no fígado pela veia porta
- Produz bile e muitas proteínas plasmáticas, como a albumina
- é revestido por uma capsula fina de tecido conjuntivo, que também reveste os vasos que entram e saem
desta glândula
- é composto principalmente por hepatócitos, que produzem a bile
- espaço porta: regiões dos lobos onde há ductos, vasos e nervos revestidos por tecido conjuntivo,
contendo um ramo da a. hepática, um ducto e linfáticos . Esttão na periferia de lobos
- entre os hepatócitos, há capilares sinusoides (com dilatações irregulares; endotélio fenestrado)
- O endotélio fenestrado facilita trocas com os hepatócitos, oq é muito importante, pois fígado capta e
cataboliza moléculas muito grandes
- nos capilares sinusoides há muitos macrófagos, conhecidos como células de Kupffer, que metabolizam
hemácias, digerem hemoglobinas e destroem bactérias
- o Figado recebe sangue da veia porta (venoso) e da artéria hepática (20% apenas)

Sistema portal venoso:


- a veia porta emite ramos chamados de veluas interlubolares, que se ramificam em vênulas
distribuidoras, na periferia dos lobos. Dessas, saem vênulas que desembocam e se anastomosam
com os sinusoides, que convergem para o centro do lobo, formando a veia centrolobular, sustentado por
fibras reticulares (colágeno tipo 3)
- as veias centrolobulares, na base dos lobos, se funde com a sublobular, que convergem e se fundem entre
si, formando as veias hepáticas, que desembocam na cava inferior.

Sistema arterial:
- a artéria hepática emite ramos, as arteríolas interlobulares, localizadas nos espaços porta. O sangue flui
da periferia para o centro do lóbulo hepático

Obs: lobo hepático é formado por cordões de hepatócitos, com sinusoides em sua periferia, que
desembocam na veia centrolobular. Na periferia também á tecido conjuntivo com estruturas,
os chamados espaço porta, que contem a tríade portal (a. hepática, vênula e ducto biliar)
Geralmente é hexagonal.

- Como o sangue flui da periferia para o centro, as células que primeiro respondem são as da periferia, tipo
quando se ingere glicose, as primeiras a armazena-la em forma de glicogênio são as da periferia dos lobos
hepáticos. Quando há falta de glicose, elas também são as primeiras a quebrar o glicogênio nela
armazenado. As cels do centro so vao quebrar seu glicogênio quando toda a reserva das cels da periferia
acabarem.

Hepatócitos: são células poliédricas. Ao se comunicarem entre si, formam uma estrutura tubular fina,
chamada de canalículo biliar, que constituem a primeira porção do sistema de dutos
biliares, delimitados pela membrana plasmática de 2 hepatocitos vizinhos. Esses canalículos
terminam na região do espaço porta, ou seja, a bile flui do centro para a periferia do lobo.
No reticulo liso dos hepatócitos, ocorre a conjugação da bilirrubina tóxica, gerada pela quebra
da hemoglobina. Quando não excretados, podem gerar icterícia. Reticulos lisos
subdesenvolvidos são causa da icterícia em recens nascidos. A bilirrubina não é solúvel,
precisando se transofmrar para que seja solúvel e, então, excretada pelos rins.
Lesões em hepatócitos ou jejum prolongado diminuem a quantidade de p roteínas
plasmáticas, que são sintetizadas pelos ribossomos dos hepatócitos, o que é grave, pois
são importantes para a regulação da pressão os motica sanguínea e para a coagulação.
O hepatócito também converge aminoácidos em glicose (gliconeogênese) e desamina
aminoácidos, sendo a ureia como produto. Por isso dietas ricas em proteínas promovem
grande quantidade de ureia produzida. (mt oferta de aminoácidos para desaminar)

Regeneração Hepatica: tem um ritmo lento, porem o fígado possui uma capacidade mt boa de se regenerar.
Quando os hepatócitos são lesionados por mt tempo, ao se regenerarem, ocorre
formação de nódulos compostos por massas centrais de hepatócitos. Essa desorga
nização chama-se cirrose, um processo progressivo e irreversível. É uma fibrose
que afeta todo o fígado. Pode ser causada por álcool e também por esquistosso-
mose, uma vez que os ovos do parasita de alojam nos sinusoides que nutrem os
hepatócitos.

Trato Biliar: flui através de canalículos biliares, ductulos e ductos biliares, que convergem para formar
os ductos hepáticos direito e esquerdo, que se fundem e formam o ducto hepático.
Os ductos hepáticos, cístico e biliar são revestidos de epitélio colunar simples

Vesícula Biliar: é um órgão oco, aderido ao fígado, seu epitélio é colunar simples, e apresenta
mucosa com lamina própria, muscular (liso), e uma membrana serosa.
As cels epiteliais produzem muco, principalmente próximo ao ducto cístico
(glândulas acinomucosas). Ela armazena a bile e a secreta no duodeno
Aparelho Respiratório

- É dividido em porção condutora (fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia e brônquios) e porção
respiratória (alvéolos)
- Alveolos possuem parede muito delgada, o que facilita as trocas gasosas
- A parede da porção condutora é constituída de cartilagem + tec conj. + mm. Liso e a mucosa apresenta
Epitélio respiratório

Obs: Epitélio respiratório = Epitelio Pseudoestratificado Colunar Ciliado !!!!!!!! (possui mts cels
caliciformes que produzem muco)

- As cels ciliadas do epitélio são responsáveis pelo transporte;


- As cels calicifomres produzem muco]
- As cels em escova apresentam receptores sensoriais
- Cels basais, apoiadas na lamina basal, são células tronco

- O muco da porção condutora é rica em linfócitos, nódulos linfáticos e macrófagos e também há


Celulas M (apresentadoras de antígenos aos linfócitos)

- Porções em direto contato com o fluxo de ar (OROFARINGE, EPIGLOTE, CORDAS VOCAIS) possuem
Epitelio Estratificado Pavimentoso, que oferece uma proteção maior no atrito com o ar.

- Todas as células do epitélio respiratório se apoiam na lamina basal

1. Fossas Nasais
- Diferencia-se em vestíbulo, área respiratória e área olfatória

a) Vestibulo e área respiratória


- Vestibulo é a porção mais anterior e dilatada das fossas, com ep pavimentoso estratificado,
- Apresenta vibrissas servem para proteção mecânica contra invasores
- A área respiratória é a maior parte das fossas nasais e apresents ep respiratório,
- A superfície da parede é irregular devido a presença das conchas nasais.
- As fossas nasais aquecem o ar e o umidecem graças ao plexo venoso das conchas media e inferior

b) Area Olfatoria
- na parte superior das fossas, é responsável pela sensibilidade olfatória, também com epitélio colunar
- apresenta cels de sustentação, que possuem microvilos que penetram o muco sobre o epitélio
- as cels olfatórias propriamente ditas são neurônios bipolares
- A mucosa da área olfatória apresentam na lamina própria células que produzem uma secreção
liberada na superfície epitelial, criando uma corrente liquida, que limpa os cílios. São as
células de Bowman

2. Seios Paranasais
- são cavidades dos ossos do crânio, revestidas por epitélio respiratório com poucas cels caliciformes
- o muco produzido é drenado para as fossas nasais pela atividade ciliar

3. Nasofaringe
- é a primeira parte da faringe e se separa parcialmente da orofaringe pelo palato mole
- revestida por epitélio respiratório, com células mucosas (caliciformes)

4. Orofaringe
- apresenta epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado
5. Laringe
- une a faringe à traqueia; suas paredes apresentam peças cartilaginosas unidas por tecido fibroelastico
- essas cartilagens deixam o lumem sempre aberto
- Na laringe, a mucosa forma duas pregas com saliência no lumem da laringe. As vestibulares são falsas
e as vocais são verdadeiras, apresentando um tecido conjuntivo muito elástico.
- Ao passar pela laringe, modifica a abertura dessas pregas, condicionando à produção do som
- A prega vocal é mais protusa, tendo maior contato com o ar, necessitando de uma maior proteção,
portanto apresenta epitélio pav estratificado não queratinizado. A prega vocal tem ep respiratório
- Ao redor da corda vocal há presença de fibras musculares (mm. Constritor da laringe)

6. Traquéia
- é um tubo móvel e fibro elástico, que termina na remificação dos brônquios, revestida internamente
por epitélio respiratório (pseudoestratificado colunar ciliado)
- Apresenta mucosa, submucosa e adventícia. A adventícia substitui a serosa, unindo a traqueia ao
esôfago, que apresenta tecido conjuntivo moderadamente denso

7. Arvore Bronquica
- A traqueia da origem a 2 bronquios, chamados de principais, que entram no pulmão através do
hilo pulmonar, juntamente com vasos e nervos. Cada brônquio da origem a 3 bronquios dentro do
pulmão direito e a 2 no pulmão esquerdo (bronquios lobares)
- Os lobares se ramificam, dando origem aos bronquíolos terminais, que dão origem a bronquíolos
respiratórios, que marcam a transição para a porção respiratória (ductos alveolares, sacos e alvéolos)
- Nos ramos menores dos brônquios, o epitélio passa a ser epitélio cilíndrico ciliado
- Os bronquíolos são segmentos interlobulares e NÃO APRESENTAM CARTILAGEM,NEM GLANDULAS
E NEM NODULOS LINFATICOS. O epitélio passa de cilíndrico ciliado para cilíndrico não ciliado na
direção aos alvéolos.
- Crises asmáticas são causadas principalmente pela contração da musculatura bronquiolar, sendo usados
fármacos que relaxam a musculatura lisa, facilitando a passagem de ar.
- A arvore brônquica termina nos bronquíolos terminais, com parede mais delgada do que a dos
bronquíolos, revestida por ep colunar
- bronquíolos terminais apresentam células de Clara, que possuem grânulos secretores, liberando
proteínas que protegem o revestimento bronquiolar
- Os bronquíolos terminais dão origem aos bronquíolos respiratórios, que são tubos curtos, com
expansões saculares, constituídas pelos alvéolos.
- quanto mais dentro do pulmão, maior o numero de alvéolos dentro dos bronquíolos respiratórios
- O ducto alveolar termina em um único alvéolo ou em sacos alveolares. Os alvéolos, por sua vez, são
encontrados nos ductos, nos sacos e nos bronquíolos respiratórios, sendo responsáveis pela estrutura
espojosa do parênquima. O alvéolo possui uma parte abeta, que se comunica com outro, formando uma
parede denominada septo interalveolar.

Pneumocito I: chamada de célula alveolar, apresenta citoplasma muito delgado. Tem função de formar
uma barreira que impede a passagem de liquido, permitindo as trocas gasosas

Pneumocito II: estão distribuídas entre os do tipo I, apresentam ergastoplasma bem deselvolvido. Possui
fosfolipideos, proteínas, glicosamingoglicanos, etc, que recobrem a superfície dos alvéolos
(surfactante pulmonar), reduzindo a tensão superficial dos alvéolos, facilitando a respiração

- nas porções terminais da arvore brônquica e nos alvéolos não existe vasos linfáticos!!
- as artérias e as veias brônquicas nutrem e drenam o parênquima pulmonar. Ramos da brônquica
acompanham a arvore brônquica e se anastomosam com ramos da a. pulmonar na região dos
bronquíolos respiratórios
- na circulação funcional, as a. pulmonares se ramificam dentro do pulmão, acompanhando a arvore
brônquica. Esses ramos arteriais são envolvidos pela camada adventícia dos brônquios e bronquíolos.
- na altura dos ductos alveolares, esses ramos emitem os capilares dos septos interlalveolares, que entra
em contato direto com o epitélio alveolar
Reprodutor Masculino

- É composto pelos testículos (onde ocorre a espermatogense), ductos genitais, glândulas acessórias e
pênis (gosto, rs)
- os ductos genitais e as glândulas produzem secreções que, impussionadas pela contração do msculo liso,
transportam os espermatozoides. O semem é composto por espermatozoides + secreções das glândulas

1. Testiculos
- os testículos são envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo denso, denominada túnica albugínea
que emitem septos, separando o testículo em lóbulos testiculares.
- Cada lóbulo possui 4 tubulos seminíferos, que estão enovelados em tec conjuntivo frouxo, que
apresenta vasos e células de leydig, produtoras de hormônios como o andrógeno testicular
- Por serem originados na cavidade abdominal, ao migrarem para a bolsa escrotal, levam um folheto do
peritoneo, denominado túnica vaginal, que recobre a túnica albugínea anteriormente e lateralmente ao
testículo. (túbulos seminíferos → túbulos retos → rede testicular → ductos eferentes
→ ducto ependimario – epidídimo → ducto deferente → ampola → ducto ejaculatório
→ uretra membranosa → uretra peniana → meio externo)

Tubulos seminíferos: onde são produzidos os espermatozoides. São enovelados e suas terminações
continuam nos túbulos retos. Os túbulos retos conectam os seminíferos a um
labiritinto revestido por epitélio simples, chamado rede testicular. A rede continua
dando origem aos ductos eferentes, que conectam a rede ao ducto ependimario.
O epitélio dos seminíferos apresenta células de Sertoli e células de linhagem
espermatogenica. As espermatogenicas produzem os espermatozoides e se
diferenciam a partir do 5º mês de vida fetal.

Espermatogênese: O processo se inicia com as espermatogonias, situadas próximas a lamina basal


do epitélio germinativo. Na puberdade, iniciam divisões mitóticas, produzindo inúmeras
cels filhas, as espermatogonias do tipo A ou do tipo B (indiferenciaveis no microscópio).
As do tipo B originam espermatocitos primário, que, ao se dividirem, originam
espermatocitos secundários (23 duplicados) que originam as espermátides (23
cromossomos simples)

Espermiogenese: É a etapa final, onde as espermátides se diferenciam em espermatozoides. Nessa fase


NÃO OCORRE DIVISÃO CELULAR, e ocorre processos como formação do acrossomo,
condensação e alongamento do núcleo e desenvolvimento do flagelo. O espermatozoide
maduro é lançado no lumem dos túbulos seminíferos. O acrossomo possui inúmeras
enzimas digestivas que destroem a zona pelúcida que envolve o ovócito.

- Os espermatozoides são transportados ao epidídimo pelo fluido testicular, produzido pelas células de
Sertoli no epitélio dos túbulos seminíferos e por células da rede testicular. Este fluido contem esteroides,
proteínas, ions, etc.

Células de Sertoli: apoiadas na lamina basal dos seminíferos e a outra extremidade está no lumem do
túbulo. São células piramidais, e apresentam recessos em suas superfícies, onde
se alojam as células de linhagem espermatogenica, onde se diferenciam em esper
matozoides. Por serem isoladas do plasma pela barreira hematotesticular, formada
pelas junções de oclusão das células de Sertoli, os espermatozoides dependem
destas para trocas de nutrientes.

As células de sertoli também fagocitam resíduos do excesso do citoplasma de


espermátides durante a espermiogenese.

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