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MEDICINA
APG 10
Objetivo 01) Revisar a anatomia dos vasos dos elásticas com número variável de aberturas
semelhantes a janelas (fenestrações) que lhe
membros inferiores.
conferem o aspecto de um queijo suíço. Estas
ESTRUTURA BÁSICA DE UM VASO SANGUÍNEO:
fenestrações facilitam a difusão de materiais
A parede de um vaso sanguíneo é composta por três
através da túnica íntima para a túnica média
túnicas, de tecidos diferentes:
mais espessa.
Um revestimento epitelial interno (túnica
íntima);
TÚNICA MÉDIA:
Uma túnica média formada por músculo liso e,
A túnica média é uma camada de tecidos muscular e
tecido conjuntivo elástico (túnica média);
conjuntivo que apresenta a maior variação entre os
Um revestimento externo de tecido conjuntivo
diferentes tipos de vasos.
(túnica externa).
Na maioria dos vasos, é uma camada relativamente
As variações estruturais entre os diferentes tipos de
espessa que compreende células de músculo liso e,
vasos se correlacionam com as diferenças na função
principalmente, quantidades substanciais de fibras
que ocorrem em todo o sistema circulatório.
elásticas.
A principal função das células musculares lisas, que se
estendem circularmente em torno do lúmen como um
anel circunda o dedo, é regular o diâmetro do lúmen
(vasoconstrição e vasodilatação).
TÚNICA EXTERNA:
É composta por fibras elásticas e colágenas. A túnica
externa contém diversos nervos e, especialmente nos
grandes vasos, minúsculos vasos sanguíneos que
irrigam o tecido da parede do vaso.
VASCULARIZAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES |
IRRIGAÇÃO ARTERIAL:
A irrigação arterial dos membros inferiores é derivada
TÚNICA ÍNTIMA: principalmente das artérias ilíacas. Assim, a região
A túnica íntima forma o revestimento interno de um glútea é suprida pelas artérias glútea superior, glútea
vaso sanguíneo e está em contato direto com o sangue inferior e artéria pudenda interna, que são derivadas
que flui pelo lúmen do vaso. das artérias ilíacas internas. A artéria glútea inferior
Formada por: também participa da nutrição arterial do
Uma camada mais interna chamada endotélio, compartimento posterior da coxa, porém esse
que é contínuo com o endocárdio. compartimento é suprido principalmente pela artéria
Uma membrana basal profunda ao endotélio. perfurante. O compartimento anterior e medial da coxa
Ela fornece uma base de apoio físico para a recebe sangue principalmente da artéria femoral, que é
camada epitelial. Sua estrutura de fibras a continuação da artéria ilíaca externa. A artéria
colágenas confere à membrana basal femoral origina a artéria femoral profunda, que é a
substancial resistência à tração, além de principal artéria da coxa e dela são emitidas artérias
resiliência ao estiramento e distensão. perfurantes, que suprem os músculos adutor magno,
Lâmina elástica interna: parte mais externa da vasto lateral e os isquiotibiais. A artéria femoral
túnica íntima, que forma a fronteira entre a profunda também dá origem às artérias circunflexas
túnica íntima e a túnica média. A lâmina elástica femorais medial e lateral, que suprem a cabeça e colo
interna é uma lâmina fina de fibras do fêmur (artérias posteriores do retináculo) e
músculos da face lateral da coxa, respectivamente. A
Renata Boa Sorte
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coxa conta ainda com a artéria obturatória, que ajuda a sangue do pé. Ao contrário da perna e da coxa, a
femoral profunda a suprir os músculos adutores. A drenagem venosa do pé é feita principalmente por
artéria femoral continua com a artéria poplítea, que se artérias superficiais. Há ainda veias perfurantes, que
bifurca nas artérias tibiais anterior e posterior. A artéria penetram a fáscia muscular próximo ao local onde se
tibial anterior supre os músculos anteriores da perna, e originam as veias superficiais e possui válvulas que
na articulação talocrural este vaso se torna a artéria permitem o fluxo sanguíneo apenas das veias
dorsal do pé, que supre a parte anterior do pé. A artéria superficiais para as veias profundas, o que é importante
tibial posterior supre os músculos posteriores da perna. para o bom retorno venoso dos membros inferiores. As
O compartimento lateral da perna é suprido por ramos veias profundas acompanham as grandes artérias, e
perfurantes da artéria tibial anterior e da artéria fibular. essas veias acompanhantes normalmente são pares. As
A artéria tibial posterior também dá origem às artérias veias perfurantes drenam para a veia tibial anterior do
plantar medial e plantar lateral, que irrigam a planta compartimento anterior da perna. As veias plantares
dos pés, seguindo os nervos de mesmo nome. medial e lateral formam as veias tibiais posteriores e as
fibulares e todas essas três (tibiais anterior e posterior e
fibular) drenam para a veia poplítea, que se torna a veia
femoral. A veia femoral também recebe sangue da veia
femoral profunda, formada por quatro veias
perfurantes, e se torna a veia ilíaca externa. As veias
glúteas drenam o sangue da região glútea e são
tributárias das veias ilíacas internas. As veias glúteas
superiores e inferiores acompanham as artérias
correspondentes e se comunicam com tributárias da
veia femoral, possibilitando o retorno venoso se a veia
femoral estiver obstruída. As veias pudendas internas
acompanham as artérias pudendas internas e se unem
formando uma veia que entra na ilíaca interna. Há
ainda as veias perfurantes que drenam o sangue do
compartimento posterior da coxa para a veia femoral
profunda. As veias ilíacas drenam para as veias ilíacas
comuns e daí para a veia cava inferior.
decorrência de embolia proveniente de vasos mais macrófagos, com liberação de citocinas inflamatórias,
proximais ou trombose de uma artéria que foi recrutamento de células musculares lisas devido aos
progressivamente estreitada. Os sintomas isquêmicos fatores liberados pela ativação de plaquetas,
ocorrem quando há um desequilíbrio entre a oferta e a macrófagos e células da parede vascular e proliferação
demanda de fluxo sanguíneo. As manifestações clínicas de células musculares lisas para formação do ateroma
da DAOP dependem da localização e gravidade da maduro.
estenose arterial ou oclusão, e variam de dor moderada A distribuição anatômica da aterosclerose é geralmente
nos membros com atividade (isto é, claudicação) a constante, com uma concentração das placas nas
isquemia que ameaça os membros. A maioria dos bifurcações e angulações dos vasos, onde sabidamente
pacientes com DAOP assintomática tem um curso ocorrem alterações locais devidas ao esforço, à
benigno, no entanto, as manifestações clínicas podem separação do fluxo, turbulência e estase. A aorta
se desenvolver ou progredir rápida e imprevisivelmente infrarrenal, artérias coronárias proximais, artérias
naqueles que continuam fumando ou naqueles com iliofemorais (especialmente a artéria femoral
diabetes ou insuficiência renal. A prevalência mundial superficial), bifurcação carotídea e as artérias poplíteas
da Doença Arterial Obstrutiva Periférica dos membros são comumente envolvidas.
inferiores está entre 3 e 12%. A maioria (70%) dos
ATEROSCLEROSE:
acometidos vive em países de baixa ou média renda É
mais prevalente em indivíduos mais velhos e afro-
americanos. LESÃO ENDOTELIAL
FISIOPATOLOGIA| ATEROSCLEROSE:
A aterosclerose é caracterizada por lesões na íntima
ADESÃO DE MONÓCITOS AO ENDOTÉLIO
chamadas ateromas, ou placas ateromatosas. Estas são
lesões elevadas compostas por centro mole e grumoso
de lipídeos (principalmente colesterol e ésteres de DIFERENCIAÇÃO EM MACRÓFAGOS E CÉLULAS
colesterol, com restos necróticos), recobertas por uma ESPUMOSAS
cápsula fibrosa. As placas ateromatosas podem obstruir
mecanicamente o lúmen vascular e se romper, ACÚMULO DE LIPÍDIOS NO INTERIOR DOS MACRÓFAGOS
evoluindo para trombose dos vasos. Elas também
enfraquecem a camada média subjacente e levam à
LIBERAÇÃO DE CITOCINAS INFLAMATÓRIAS
formação de aneurismas.