Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DO APARELHO LOCOMOTOR
REIMPLANTES E
REVASCULARIZAÇÕES
ILUSTRAÇÕES JOSÉ FALCETTI
PROF. DR. RAMES MATTAR JUNIOR
PROF. RONALDO J. AZZE
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
A
Ortopedia e Traumatologia é uma especialidade que cres-
ce numa velocidade muito grande, e acompanhar seus
INTRODUÇÃO
avanços tornou-se uma tarefa difícil. Ao médico cabe a
responsabilidade de tentar seguir todos os progressos, aplicando-
os aos seus pacientes e divulgando-os. Hoje, a ortopedia é a
especialidade mãe que gerou uma série de outras, que também
crescem de forma muito rápida. A importância de proporcionarmos
ao ser humano o melhor atendimento médico, torna fundamental a
atualização e a reciclagem dos profissionais.
Por esta razão, decidimos unir esforços e produzir fascículos
periódicos abordando assuntos que consideramos muito importan-
tes. O primeiro trata dos reimplantes dos membros. Seguramente
todo médico irá deparar-se com pacientes vítimas de amputações
traumáticas. É mister saber conduzir adequadamente o tratamen-
to, que tem por objetivo, o restabelecimento da anatomia e da fun-
ção. Os procedimentos adotados na fase aguda do trauma pode-
rão significar o retorno do paciente a uma vida produtiva, ou uma
seqüela definitiva. Para adotar condutas corretas é preciso reunir
conhecimentos básicos, que procuraremos enfatizar com texto e
ilustrações cuidadosamente produzidas para a classe médica. O
ideal é que cada profissional da saúde atue na educação da popu-
lação, prevenindo os acidentes, e orientando a conduta frente a
uma amputação traumática.
3
REIMPLANTE DE MEMBROS
REIMPLANTES E
REVASCULARIZAÇÕES
Prof. Dr. Rames Mattar Junior
Professor livre Docente da FMUSP
Chefe do Grupo de Mão do Departamento
de Ortopedia e Traumatologia FMUSP
DEFINIÇÃO
REIMPLANTE
Procedimento cirúrgico de re-
construção das artérias e veias, e das
demais estruturas, de um segmento
amputado, de forma completa. O
objetivo do reimplante não é apenas
restabelecer a perfusão sangüínea,
mas obter o retorno da função da
extremidade.
4
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
5
REIMPLANTE DE MEMBROS
6
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
TÉCNICA CIRÚRGICA
1. LIMPEZA DOS FERIMENTOS:
os cotos distal e proximal são lavados
exaustivamente com soro fisiológico,
utilizando solução antiséptica no tegu-
mento cutâneo íntegro . Para evitar
sangramento, no coto proximal utiliza-
mos um torniquete pneumático
2. DESBRIDAMENTO E DISSEC-
ÇÃO DAS ESTRUTURAS: as inci-
sões nos cotos proximal e distal são
planejadas de acordo com o tipo de
ferimento. Basicamente, procuramos
criar dois retalhos, um volar e outro
dorsal. Na grande maioria das vezes
realizamos incisões médio-laterais ou
em múltiplos "Z. Ao nível de antebra-
ço, punho, mão e dedos, através do
levantamento do retalho volar tere-
mos acesso à artéria, nervos e estru-
turas músculo-tendíneas flexoras. O
levantamento do retalho dorsal pro-
porciona acesso às veias e estruturas
músculo-tendíneas extensoras. Todo
tecido desvitalizado e contaminado
deve ser ressecado, tomando-se o
cuidado de utilizar lentes de magnifi-
cação. Devemos lembrar que o tecido
desvitalizado é a principal causa de
infecção.
Com o desbridamento procura-se
tornar uma amputação provocada por
mecanismo de esmagamento ou avul-
são em uma provocada por mecanis-
mo inciso tipo guilhotina.
3. SEQÜÊNCIA DA RECONS-
TRUÇÃO: se não houver tempo de
isquemia crítico, o cirurgião poderá
escolher a melhor estratégia para
reconstrução das estruturas. A
seqüência utilizada com maior fre-
qüência é a reconstrução óssea
(encurtamento ou regularização com
fixação), seguida de reconstrução
dos tendões extensores, anastomose
das veias dorsais, sutura da pele dor-
sal, tenorrafia dos flexores, anasto-
mose das artérias, neurorrafias e
sutura da pele volar. Em algumas
situações, fazer a anastomose arte-
rial antes da venosa é vantajoso pois
reduz o período de isquemia e permi- Desbriamento dos cotos proximal e distal tornando o ferimento com bordas e estruturas
regularizadas. Realiza-se incisões médio-latererais para permitir o levantamento de reta-
te localizar as veias com maior facili- lhos ventral e dorsal.
7
REIMPLANTE DE MEMBROS
8
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
4. ENCURTAMENTO ÓSSEO E
OSTEOSSÍNTESE: após o desbrida-
mento de todas estruturas, o osso
deve ser encurtado e fixado. O encur-
tamento é realizado para promover a
fixação entre extremidades regulares,
limpas e viáveis. Este procedimento
melhora o índice de sucesso quanto à
consolidação óssea e diminui a ten-
são das outras estruturas a serem
reconstruídas, como vasos, nervos e
tendões. O tipo de osteossíntese a
ser escolhido dependerá das condi-
ções do tecido ósseo e da localização
da lesão. Deve-se sempre escolher a
osteossíntese mais eficiente, com o
objetivo de proporcionar movimenta-
ção articular precoce, e a mais sim-
ples e rápida possível. Entre as
opções mais utilizadas estão as pla-
cas de impacção, fios de Kirschner,
fixadores externos, amarrilhas e ban-
das de tensão. As lesões que com-
prometem uma articulação podem ser
tratadas com uma artrodese primária.
9
REIMPLANTE DE MEMBROS
10
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
5. ANASTOMOSE VASCULAR:
normalmente as anastomoses vascula-
res são realizadas concomitantemente
após a reconstrução dos tendões flexo-
res e extensores. As microanastomo-
ses são realizadas com auxílio do
microscópio cirúrgico, instrumental e
fios de microcirurgia. A técnica de
microanastomose vascular deve ser
aprendida e treinada em laboratórios de
microcirurgia. Para procedimentos de
reimplantes normalmente utilizamos
anastomoses término-terminais de
artérias e veias. Freqüentemente, após
o desbridamento há necessidade de se
utilizar enxertos vasculares para
reconstrução da perda segmentar dos
vasos. Pode-se utilizar heparina tópica
para diminuir o índice de trombose e
xilocaina sem vasoconstrictor para evi-
tar o espasmo. Para evitar as trombo-
ses da microanastomoses o vaso deve
ser desbridado de forma que a sutura
deve ser realizada entre vasos normais.
Freqüentemente, após o desbridamen-
to há necessidade de se utilizar enxer-
tos vasculares para reconstrução da
perda segmentar dos vasos.
11
REIMPLANTE DE MEMBROS
12
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
6. ANASTOMOSE NERVOSA: os
nervos são, geralmente, as últimas
estruturas a serem reconstruídas. O
sucesso da função do reimplante esta
intimamente relacionada com a quali-
dade da reconstrução dos nervos
periféricos. A técnica de reconstrução
do nervo periférico dependerá do ner-
vo e do local envolvido. Usualmente
os nervos digitais, que são oligofasci-
culares e puramente sensitivos, são
reconstruídos por meio de sutura epi-
neural externa. Os nervos mediano e
ulnar, que possuem uma estrutura
fascicular organizada, podem ser
reconstruídos pela sutura epineural
interna. Muitas vezes, após o desbri-
damento, há uma perda segmentar do
nervo periférico que exige reparação
com enxertos de nervo.
13
REIMPLANTE DE MEMBROS
14
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
15
REIMPLANTE DE MEMBROS
16
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
17
REIMPLANTE DE MEMBROS
CASOS CLÍNICOS
18
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
19
REIMPLANTE DE MEMBROS
20
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
21
REIMPLANTE DE MEMBROS
22
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
6 Reimplante do polegar
nas amputações por avulsão.
23
REIMPLANTE DE MEMBROS
24
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
25
REIMPLANTE DE MEMBROS
1. Biemer, E.: Vein grafts in microvascular surgery. Br. J. cigarette smoking following digital replantation. J.
Plast. Surg., 30:197, 1977. Microsurg., 1:403, 1980.
2. Biemer, E., Duspiva, W., Herndl, E., Stock, W., and 39. Harrison, D. H., and Watson, J. S.: Use of the polypro-pyle-
Ramatschi, P.: Early experiences in organizing and running ne pegs for immediate stabilization in digital replantation. J.
a replantation service. Br. J. Plast. Surg., 31:9, 1978. Hand Surg. (Am.), 5:203, 1980.
REFERÊNCIAS
3. Black, E. B., 111.: Microsurgery and replantation of tis-sues 40. Heden, P. G., Hamilton, R., Arnander, C., and Jurell, G.:
BIBLIOGRÁFICAS in children. Pediatr. Ann., 11:918, 1982.
4. Buncke, H. J., Alpert, B. S., and Shah, K. G.: Microvas-
cular graffing. Clin. Plast. Surg., 5:185, 1978.
5. Buncke, H. J., Buncke, C. M., and Schulz, W. P.: Exper-
imental digital amputation and reimplantation. Plast.
Reconstr. Surg., 36:62, 1965.
41.
Laser Doppler survillance of the circulation of free flaps
and replanted digits. Microsurgery, 6:11, 1985.
Honda, T., Nomura, S., Yamauchi, S., Shimamura, K., and
Yoshimura, M.: The possible applications of a composite
skin and subcutaneous vein. graft in the replantation of
amputated digits. Br. J. Plast. Surg., 37:607, 1984.
6. Caffée’ H. H.: Improved exposure for arterial repair in 42. Ikuta, Y.: Method of bone fixation in reattachment of ampu-
thumb replantation. J. Hand Surg. (Am.), 10:416, 1985. tations in the upper extremities. Clin. Orthop., 133:169,
7. Caffee, H. H., and Hankins, T.: Controlled digital hypo-ther- 1978.
mia. Plast. Reconstr. Surg., 69:1013, 1982. 43. Irigaray, A.: New fixing screw for completely amputated fin-
8. Chen, Z.-W., Meyer, V. E., Kleinert, H. E., and Beasley, R. gers. J. Hand Surg., 5:381, 1980.
W.: Present indications and contraindications for replanta- 44. Jacobson, J. H.: Microsurgical technique in repair of the
tion as reflected by long-term functional re-sults. Orthop. traumatized extremity. Clin. Orthop., 19:132, 1963.
Clin. North Am., 12:849, 1981. 45. Jacobson, J. H., and Suzrez, E. L.: Microsurgery in the
9. Chen, Y. C., Chen, C. W., Lin, C. T., and Pao, Y. S.: Some anastomosis of small vessels. Surg. Forum, 9:243, 1960.
problems concerning small vessel anastomoses in the 46. Jaeger, S. H., Tsai, T. M., and Kleinert, H. E.: Upper extre-
reattachment of complete traumatic amputa-tions. Chin. mity replantation in children. Orthop. Clin. North Am.,
Med. J., 85:79, 1966. 12:897, 1981.
10. Chiu, H. Y., and Chen, M. T.: Revascularization of digits 47. Jones, J. M., Schenck, R. R., and Chesney, R. B.: Digital
after thirty-three hours; of warm ischemia time: a case replantation and amputation-comparison of function. J.
report. J. Hand Surg. (Am.), 9:63, 1984. Hand Surg. (Am.), 7:183, 1982.
11. Chow, J. A., Bilos, Z. J., and Chunprapaph, B.: Thirty 48. Kader, P. B.: Therapist’s management of the replanted
thumb replantations: indications and results. Plast. hand. Hand Clin., 2:179, 1986.
Reconstr. Surg., 64:626, 1979. 49. Kleinert, H. E., Jablon, M., and Tsai, T. M.: An overview of
12. Chow, J. A., Bilos, Z. J., Chunprapaph, B., and flui, P.: replantation and results of 347 replants in 245 patients. J.
Forearm replantation-long-term. functional results. Ann. Trauma, 20:390, 1980.
Plast. Surg., 10:15, 1983. 50. Kleinert, H. E., and Kasdan, M. L.: Restoration of blood
13. Chow, J. A., and Chunprapaph, B.: Replantation of por- flow in upper extremity injuries. J. Trauma, 3:461, 1963a.
tions of four fingers-long-term functional results. Ann. 51. Kleinert, H. E., and Kasdan, M. L.: Salvage of devascu-lari-
Plast. Surg., 7:407, 1981. zed upper extrernities including: studies on small vessel
14. Colen, S. R., Romita, M. C., Godfrey, N. Y., and Shaw, W. anastomosís. Clin. Orthop., 29:29, 1963b.
W.: Salvage replantation. Clín. Plast. Surg., 10:125, 1983. 52. Kleinert, H. E., and Kasdan, M. L.: Anastomosis of digital
15. Cooney, W. P.: Revascularization and replantation after vessels. J. Ky. Med. Assoe., 63:106, 1965.
upper extremity trauma: experience with interposition 53. Kleinert, H. E., Kasdan, M. L., and Romero, J. L.: Small
artery and vein grafts. Clin. Orthop., 137:227, 1978. blood vessel anastomosis for salvage of the severely inju-
16. Dell, P. C., Seaber, A. V., and Urbaniak, J. R.: The effect of red upper extremity. J. Bone Joint Surg., 45A:788, 1963.
systemic acidosis on perfusion of replanted parts. J. Hand 54. Komatsu, S., and Tamai, S.: Successful replantation of a
Surg., 5:433, 1980. completely cut off thumb: case report. Plast. Reconstr.
17. Doi, K.: Replantation of an avulsed thumb, with appli- Surg., 42:374, 1968.
cation of a neurovascular pedicle. Hand, 8:258, 1976. 55. Kotani, H., Kawai, S., Doi, K., and Kuwata, N.: Auto-matic
18. Earley, M. J., and Watson, J. S.: Twenty four thumb replan- milking apparatus for the insufficíent venous drainage of
tations. J. Hand Surg. (Br.), 9:98, 1984. the replanted digit. Microsurgery, 5:90, 1984.
19. Elsahy, N. I.: When to replant a fingertip after its complete 56. Kubo, T., lkita, Y., Watari, S., Okuhira, N., and Tsuge, K.:
amputation. Plast. Reconstr. Surg., 60:14, 1977b. The smallest digital replant, yet? Br. J. Plast. Surg.,
20. Eriksson, E., Anderson, W. A., and Replogle, R. L.: Effects 29:313, 1976.
of prolonged ischemia on muscle microcircula-tion in the 57. Kutz, J. E., Sinclair, S. W., Rao, V., and Carlier, A.: Cross-
cat. Surg. Forum, 25:254, 1974. and replantation-preliminary case report. J. Microsurg.,
21. Faibisoff, B., and Daniel, R. K.: Management of severe 3:251, 1982.
forearm injuries. Surg. Clin. North Am., 61:287, 1981. 58. Leung, P, C.: Hand replantation in an 83 year old woman-
22. Ferreira, M.C. et al.: reimplantes de mão. Ver. Assoc. Med. the oldest replantation? Plast. Reconstr. Surg., 64:416,
Bras. 21: 149-152, 1975. 1979a.
23. Fereira, M.C. et al.: limb reiplantation. Clin. Plast. Surg. 59. Leung, P. C.: The "throbbing sign"-an indication of early
5:211-221, 1978. venous congestion in replantation surgery. J. Hand Surg.
24. Flagg, S. V., Finseth, F. J., and Krizek, T. J.: Ring avulsion (Am.), 4:409,1979b.
injury. Plast. Reconstr. Surg., 59:241, 1977. 60. Leung, P. C.: Use of an intramedullary bone peg in digital
25. Fossati, E., and Irigaray, A.: Successful revascularization replantations, revascularization, and toe-trans-fers. J.
of an incompletely amputated finger with serious venous Hand Surg., 6:281, 1981a.
congestion-a case report. J. Hand Surg. (Arn.), 8:356, 61. Leung, P. C.: Analysis of complications in. digital replan-
1983. tations. Hand, 14:25, 1982.
26. Furnas, D. W., Salibian, A. H., and Achauer, B. M.: Genesis 62. Lister, G.: Intraosseous wiring of the digital skeleton. J.
of a replantation program. Am. J. Surg., 136:21, 1978. Hand Surg., 3:427, 1978.
27. Gelberman, R. H., Urbaniak, J. R., Bright, D. S., and Levin, 63. Lobay, G. W., and Moysa, G. L.: Primary neurovascular
L. S.: Digital sensibility following replantation. J. Hand bundle transfer in the management of avulsed thumbs. J.
Surg., 3:313, 1978. Hand Surg., 5:584, 1981.
28. Gingrass, R. P., Fehring, B., and Matloub, H.: Intraos- 64. Lu, S. Y., Chiu, H. Y., Lin, T. W., and Chen, M. T.:
seous wiring of complex hand fractures. Plast. Re-constr. Evaluation of survival in digital replantation with thermome-
Surg., 66:466, 1980. tric monitoring. J. Hand Surg. (Am.), 9:805, 1984.
29. Glas, K., Biemer, E., Duspiva, K. P., Werber, K., Stock, W., 65. Malt, R. A., and Harris, W. H.: Long terms results in replan-
and Herndl, E.: Long-term follow-up results of 97 finger ted arm. Br. J. Surg., 56:705, 1969.
replantations. Arch. Orthop. Trauma Surg., 100:95, 1982. 66. Malt, R. A., and McKhann, C. F.: Replantation of severed
30. Goldwyn, R. M., and Murray, J. E.: Letter: function of arms. J.A.M.A., 189:716,1964.
replanted fingers. N. Engl. J. Med., 291:1088, 1974. 67. Malt, R. A., Remensnyder, J. P., and Harris, W. H.: Long-
31. Gordon, L., Leitner, D. W., Buncke, H. J., and Alpert, B. S.: term utility of replanted arms. Ann. Surg., 176:334, 1972.
Partial nail plate removal after digital replantation as an 68. Manke, D. A., Suraner, D. S., Van Beek, A. L., and
alternative method of venous drainage. J. Hand Surg. Lambeth, A.: Hemodynamic studies of digital and extremity
(Am.), 10:360, 1985. replants and revascularizations. Surgery, 88:445, 1980.
32. Gould, J. S., Gould, S. H., and Caudill-Babkes, E. L.: 69. Marshall, K. A., Edgerton, M. T., Rodeheaver, G. T., Magee,
Interpositional microvascular vein graffing. Hand, 11:332, C. M., and Edlich, R. F.: Quantitative micro-biology: its
1979. application to hand. injuries. Am, J. Surg., 131:730, 1976.
33. Graham, B., Laulus, D. A., and Caffee, H. H.: Pulse oxi- 70. Mattar Júnior, R.; Azze, R.J.; De Paula, E.J.L.; Kimura,
metry for vascular monitoring in upper extremity replanta- L.K.; Okane, S.Y.; Resende, M.R.; Starck, R.; Canedo,
tion surgery. J. Hand Surg. (Am.), 11:687, 1986. A.C. Reimplantes de polegar nas amputações provocadas
34. Hales, P., and Pullen, D.: Hypotension and bleeding dia- por mecanismo de avulsão. Rev. Bras. Ortop., v.30, p.191-
thesis following attempted an replantation. Anesth. 6, 1995.
Intensive Care, 10:359, 1982. 71. Mattar Júnior, R.; Azze, R. J.; Kimura, L. K.; Starck, R.;
35. Hamilton, R. B., O’Brien, B. M., Morrison, W. A., and Paula, E. J. L. – Reimplante de membro inferior: relato de
MacLeod, A. M.: Replantation and revascularization of caso com sete anos e seis meses de evolução. Rev. Bras.
digits. Surg. Gynecol. Obstet., 151:508, 1980. Ortop., v. 29, p. 531-4, 1994.
36. Hamilton, R. B., O’Brien, B. M., Morrison, W. A., and 72. Mattar Júnior, R; Paula, E. J. L.; Kimura, L. K.; Starck, R.;
MacLeod, A. M.: Survival factors in replantation and revas- Canedo, A. C.; Azze. R. J. – Reimplante nas amputações
cularization of the amputated thumb-10 years’ experience. provocadas por mecanismo de avulsão. Rev. Bras. Ortop.,
Scand. J. Plast. Reconstr. Surg., 19:55, 1982. v. 28, p. 657-61, 1993.
37. Harman, J. W.: Histological study of skeletal muscle in acu- 73. Matsuda, M., Kato, N., and Hosoi, M.: The problems in
te ischemia. Am. J. Pathol., 23:551, 1947. replantation of limbs amputated through the upper arm
38. Harris, G. D., Finseth, F., and Buncke, H. J.: The hazard of region. J. Trauma, 21:403, 1981.
26
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
74. Matsuda, M., Kato, N., and Hosoi, M.: Continuous bra-chial microsurgical anastomoses: a successfúl replantation of a
plexus block for replantation in the upper extremity. Hand, finger on an infant-aged 12 months and 15 days-by micro-
14:129, 1982. surgical repair is reported. Hand, 11:64, 1979.
75. May, J. W., Jr.: Successful digital replantation after 28 108. Serafin, D., Kutz, J. E., and Kleinert, H. E.: Replantation of
hours of cold ischemia. Plast. Reconstr. Surg., 67:566, a completely amputated distal thumb without venous anas-
1981. tomosis. Plast. Reconstr. Surg., 52:579, 1973.
76. May, J. W., Jr., Chait, L. A., O’Brien, B. M., and Hurley, J. 109. Sloan, G. M., and Sasaki, G. H.: Noninvasive monitoring of
V.: The no-reflow phenomenon in experimental free flaps. tissue viability. Clin. Plast. Surg., 12:185, 1985.
Plast. Reconstr. Surg., 61:256, 1978.
110. Snyder, C. C., Knowles, R. P., Mayer, P. W., and Hobbs, J.
77. May, J. W., Jr., and Gallico, G. G., III: Upper extremity
C.: Extremity replantation. Plast. Reconstr. Surg., 26:251,
replantation. Curr. Probl. Surg., 17:12, 1980a.
78. May, J. W., Jr., and Gallico, G. G., III: Simultaneous struc- 1960.
ture repair in replantation surgery: ideas and innovations. 111. Stewart, D. E., and Lowrey, M. R.: Replantation surgery fol-
Plast. Reconstr. Surg., 66:466, 1980b. lowing self-inflicted amputation. Can. J. Psychiatry, 25:143,
79. May, J. W., Jr., Hergrueter, C. A., and Hansen, R. H.: 1980.
Seven-digit replantation: digit survival after 39 hours of 112. Stírrat, C., Seaber, A. V,, Urbaniak, J. R., and Bright, D, S.:
cold ischemia. Plast. Reconstr. Surg., 78:522, 1986. Temperature monitoring in digital replantation. J. Hand
80. May, J. W., Jn, Toth, B. A., and Gardner, M.: Digital replan- Surg., 3:342, 1978.
tation distal to the proximal interphalangeal joint. J. Hand 113. Strain, J. J., and DeMuth, G. W.: Care of the psychotic self-
Surg., 7:161, 1982. amputee undergoing replantation. Ann. Surg., 197:210,
81. Meuli, H. C, Meyer, V., and Segmuller, G.: Stabilization of 1983,
bone in replantation surgery of the upper limb. Clin. 114. Strauch, B., and Terzis, J. K.: Replantation of dígits. Clin.
Orthop., 133:179, 1978. Orthop., 133:35, 1978.
82. Mitchell, G. M., Morrison, W. A., Papadopoulos, A., and 115. Tamai, S.: Digit replantation: analysis of 163 replanta-tions
O’Brien, B. M.: A study of the extent and pathology of expe-
in an 11 year period. Clin. Plast. Surg., 5:105, 1979.
rimental avulsion injury in rabbit arteries and veins. Br. J.
Plast. Surg., 38:278, 1985. 116. Tamai, S.: Twenty years’ experience of limb replanta-tion-
83. Mitz, V., Staub, S., and Morel-Fatio, D.: Advantages of review of 293 upper extremity replants. J. Hand Surg.
interpositional long venous grafts in microvascular surgery. (Ara), 7:549,1982.
Ann. Plast. Surg., 2:16, 1979. 117. Tamai, S., Hori, Y., Fukui, A., and Shimizu, T.: Finger
84. Moneim, M. S., and Chacon, N. E.: Salvage of replanted replantation. Int. Surg., 66:9, 1981.
parts of the upper extremity. J. Bone Joint Surg., 67A:880, 118. Tamai, S., Hori, Y., Tatsumi, Y., et al.: Microvascular anas-
1985. tomosis and its applícatíon on the replantatíon of amputa-
85. Morrison, W. A., O’Brien, B. M., and MacLeod, A. M.: A ted digits and hands. Clin. Orthop., 133:106, 1978.
long term review of digital replantation. Aust. NX J. Surg., 119. Tsai, T.: A complex reimplantation of digits: a case report.
47:767, 1977a. J. Hand Surg., 4:145, 1979.
86. Morrison, W. A., O’Brien, B. M., and MacLeod, A. M.: 120. Tsai, T. M., Manstein, C., DuBou, R., Wolff, T. W., Kutz, J.
Evaluation of digital replantation-a review of 100 cases. E., and Kleinert, H. E.: Primary microsurgical. repair of ring
Orthop. Clin. North Am., 8:295, 1977b. avulsion amputation injuries. J. Hand Surg., 9A:68, 1984.
87. Morrison, W. A., O’Brien, B. M., and MacLeod, A. M.: 121. Tupper, J. W.: Techniques of bone fixation and clinical
Results of digital replantation and revascularization. Hand, experience in replanted extremities. Clin. Orthop.,
10:125, 19
133:165, 1978.
88. Nakayama, Y., and Soeda, S.: A simple method for cooling
fingers during replantation. surgery. Plast. Re-constr. 122. Urbaniak, J. R., Evans, J. P., and Bright, D. S.: Micro-vas-
Surg., 75:750, 1985. cular management of ring avulsion injuries. J. Hand Surg.,
89. Neimkin, R. J., May, J. W., Jr., Roberts, J., and Sunder, N.: 6:25, 1981.
Continuous axillary block through an indwelling Teflon 123. Urbaniak, J. R., Roth, J. H., Nunley, J. A., Goldner, R. D.,
catheter. J. Hand Surg. (Am.), 9:830, 1984. and Koman, L. A.: The results of replantation after amputa-
90. Nichter, L. S., Haines, P. C., and Edgerton, M. T.: tion of a single finger. J. Bone Joint Surg. (Am.), 67:611,
SuccessfuI replantation in the face of absent venous drai- 1985.
nage: an experimental study. Plast. Reconstr. Surg., 124. VanBeek, A. L., Kutz, J. E., and Zook, E. G.: Importance of
75:686, 1985. the ribbon sign, indicating unsuitability of the vessel, in
91. Nissenbaum, M.: A surgical approach for replantation of replanting a finger. Plast. Reconstr. Surg., 61:32, 1978.
complete digital amputations. J. Hand Surg. (Am.), 5:58, 125. VanBeek, A. L., Wavak, P. W., and Zook, E. G.: Micro-vas-
1980. cular surgery in young children. Plast. Reconstr. Surg.,
92. Nissenbaum, M.: Class IIA ring avulsion injuries: an abso-
63:457, 1979.
lute indication for microvascular repair. J. Hand Surg.
126. Yamano, Y.: Replantation of the amputated distal part of
(Am.), 9:810, 1984
93. Nylander, G., Vilkki, S., and Ostrup, L.: The need for the fingers. J. Hand Surg. (Am.), 10:211, 1985.
replantation surgery after traumatic amputations of the 127. Yamano, Y., Matsuda, H., Nakashima, K., and Shimazu, A.:
upper extremity-an estimate based upon the epidemiology Some methods for bone fixation for digital replantation.
of Sweden. J. Hand Surg. (Br.), 9:257, 1984. Hand, 14:135, 1982.
94. O’Brien, B. M.: Replantation surgery. Clin. Plast. Surg., 128. Yamano, Y., Namba, Y., Hino, Y., Hasegawa, T., Ugawa, A.,
1:405, 1974. and Ise, M.: Digital nerve grafts in replanted digits. Hand,
95. O’Brien, B. M., Franklin, J. D., Morrison, W. A., and 14:255, 1982.
MacLeod, A. M.: Replantation and revascularization sur- 129. Yamauchi, S., Nomura, S., Yoshimura, M., Veno, T., Iwai,
gery in children. Hand, 12:12, 1980. Y., and Shimamura, K.: Recovery of sensation in replanted
96. Phelps, D. B.: Should a torn off little finger ever be replan- digits-time of recovery and degree of two point discrimina-
ted? Plast. Reconstr. Surg., 61:592, 1978.
tion. J. Microsurg., 3:206, 1982.
97. Phelps, D. B., Rutherford, R. B., and Boswick, J. A.:
Control of vasospasm following trauma and microvas-cular 130. Yamauchi, S., Nomura, S., Yoshimura, M., Veno, T., Iwai,
surgery. J. Hand Surg., 4:109, 1979. Y., and Shimamura, K.: A clinical study of the order and
98. Pho, R. W.: Vessels and nerve transfer in reconstructive speed of sensory recovery after digital replantation. J.
microsurgery. Ann. Acad. Med. Singapore, 8:385, 1979. Hand Surg., 8:545, 1983.
99. Pho, R. W., Chacha, P. B., and Yeo, K. Q: Rerouting ves- 131. Wang, S. H., Young, K. F., and Wei, J. N.: Replantation of
sels and nerves from other digits in replanting an avulsed severed limbs-clinical analysis of 91 cases. J. Hand Surg.
and degloved thumb. Plast. Reconstr. Surg., 64:330, 1979. (Am.), 6:311, 1981.
100. Pho, R. W., Chacha, P. B., Yeo, K. Q, and Caruwalla, J. S.: 132. Weeks, P. M., and Young, V. L.: Revascularization of the
Replantation of digits using microvascular technique. Ann. skin envelope of a denuded finger. Plast. Reconstr. Surg.,
Acad. Med. Singapore, 8:398, 1979. 69:527, 1982.
101. Pho, R. W., and Satkunanantham, K.: Problems of a dou-
133. Wei, F. C., Chaung, C. C., Chen, H. C., Tsai, Y. C., and
ble level amputation-a case report. Ann. Acad. Med.
Singapore, 11:273, 1982. Noordhoff, M. S.: Ten digit replantation. Plast. Reconstr.
102. Pitzler, D., and Buck-Gramcko, D.: Secondary operations Surg., 74:826, 1984.
after replantation. Ann. Chir. Gynaecol., 71:19, 1982. 134. Weiland, A. J., Robinson, H., and Futrell, J.: External sta-
103. RusselI, R. C., O’Brien, B. M., Morrison, W. A., Pama-mull, bilization of a replanted upper extremity. J. Trauma,
G., and MacLeod, A.: The late functional results of upper 16:239, 1976.
limb revascularization and replantation. J. Hand Surg. 135. Weiland, A. J., Villarreal-Rios, A., Kleinert, H. E., Kutz, J.,
(Am.), 9:623, 1984. Atasoy, E., and Lister, G.: Replantation of digits and hands:
104. Schlenker, J. D., Kleinert, H. E., and Tsai, T. M.: Meth-ods analysis of surgical techniques and func-tional results in 71
and results of replantation following traumatic amputation patients with 86 replantations. J. Trauma, 2:1, 1977.
of the thumb in sixty-four patients. J. Hand Surg., 5:63, 136. Wood, M. B., and Cooney, W. P.: Above elbow limb replan-
1980. tation; functional results. J. Hand Surg. (Am.), 11:682,
105. Schweitzer, I., and Rosenbaum, M. B.: Psychiatric as-
pects of replantation surgery. Gen. Hosp. Psychiatry, 1986.
4:271, 1982. 137. Wray, R. C., Young, V. L., and Weeks, P. M.: Flexible
106. Scott, F. A., Howar, J. W., and Boswick, J. A.: Recovery of implant Arthroplasty and finger replantation. Plast.
function following replantation and revascularization of Reconstr. Surg., 74:97, 1984.
amputated hand parts. J. Trauma, 21:204, 1981. 138. Zumiotti, A.: Reimplante de membros. Rev. Bras. Ortop.
107. Sekiguchi, J., and Ohmori, K.: Youngest replantation with 19:137-142, 1984.
27
2 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA
DO APARELHO LOCOMOTOR
LESÕES TRAUMÁTICAS
DOS TENDÕES FLEXORES
DOS DEDOS E POLEGAR
LESÕES TRAUMÁTICAS
INTRODUÇÃO
DOS TENDÕES FLEXORES
DOS DEDOS E POLEGAR
3
REIMPLANTE DE MEMBROS
4
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
5
REIMPLANTE DE MEMBROS
ções, permitindo ampla liberdade de movi- distal e radial. Sua estrutura pode ser con-
mentos, e mais espesso e resistente ao siderada uma extensão das fibras do adu-
nível das falanges. Da mesma forma, ao tor do polegar. Como as polias “A2” e “A4”
nível das falanges, o túnel osteofibroso dos dedos é muito forte e igualmente indis-
relaciona-se mais estreitamente com os pensável para uma flexão eficiente. Por
tendões flexores, pois não há deforma- outro lado, as polias transversas “A1”e a
ções deste com os movimentos. Existem pequena “A2”, que se originam nas articu-
polias anulares mais fortes inseridas em lações MF e IF, podem ser seccionadas
grande extensão das falanges proximal e sem se observar perda funcional significa-
média, referidas, respectivamente, como tiva, como nos polegares em gatilho. A
“A2” e “A4” (as mais importantes). A ori- secção da polia “A1” deve ser realizada no
gem das polias é no periósteo destas bordo mais radial desta para evitar lesão
falanges, que forma a parede posterior do das fibras ulnares proximais da polia oblí-
túnel osteofibroso. Estas polias suportam qua.
forças que chegam a 500 a 700 mm de Hg Ao considerarmos que as polias mais
em flexão normal (Hunter; Cook, 1982) e resistentes suportam forças de 500 a 700
costumam sofrer lesões quando submeti- mm de Hg e protegem o sistema retinacu-
das à forças de 40 a 80 Kg (Manske; lar do túnel osteofibroso, é fácil com-
Lesker, 1983). Proximalmente à polia “A1”, preendermos que qualquer porção destas
a aponeurose palmar apoia e contém os deve ser preservada. Não há justificativa
tendões flexores, funcionando como uma para seccionar tais estruturas com o argu-
polia suplementar (Manske; Lesker, 1983). mento de melhorar a exposição dos ten-
Ao lado das polias anulares que se locali- dões flexores.
zam ao nível das articulações, existe um Fatos importantes na fisiologia e bio-
sistema de fibras cruzadas, dando um mecânica dos tendões flexores devem ser
aspecto retinacular e aparência transpa- ressaltados, pois seu conhecimento deve-
rente ao túnel. Esta porção que contém as rá interferir na filosofia atual do tratamen-
polias cruciformes é denominada porção to destas lesões:
retinacular ou cruciforme do túnel e permi- • os tendões cicatrizam através de
te movimentação das articulações. Ao uma combinação de atividade celular
nível das articulações as polias se origi- intrínseca e extrínseca;
nam da placa volar e dos ligamentos cola- • sem estresse mecânico o tendão
terais. Na IFP estas possuem ainda conti- cicatriza em cerca de 8 semanas e o ten-
nuidade com o ligamento retinacular trans- dão ainda terá pequena resistência pois
verso. Como este ligamento se insere no não há alinhamento das fibras colágenas;
parelho extensor e, ainda, passa superfi- • tendões submetidos a estresse
cialmente à este, dando a volta em toda mecânico cicatrizam mais rápido, com
articulação, aquela comunicação serve menor aderência e melhor excursão por
para estabilizar o aparelho flexor, ao nível haver alinhamento das fibras colágenas
desta articulação, durante a flexão força- de forma mais precoce;
da. • a força exercida em tendões nor-
O sistema de polias do polegar é simi- mais é cerca de 500 gm para movimenta-
lar em função, mas difere em desenho ção passiva, 1500 gm para preensão leve,
(Doyle; Blythe, 1977). A polia proximal é 5000 gm para preensão forçada e 9000
similar em todos aspectos à polia “A1” dos gm para pinça digital realizada para
dedos. Ela nasce na placa volar da articu- preensão de pequenos objetos.
lação metacarpofalangiana do polegar e é Por tais fatos a tendência atual é a
anular e forte em estrutura. Outra polia do realização de suturas mais resistentes
polegar passa diagonalmente através da com 4 passagens de fio 4 zeros que
falange proximal de ulnar e proximal para suportam tensões de 1800 gm ou mais.
6
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
7
REIMPLANTE DE MEMBROS
8
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
9
REIMPLANTE DE MEMBROS
Túnel osteofibroso contendo polias arciformes e crusciformes. Notar a penetração de ramos vasculares da
artéria digital ao nível das articulações.
motivo de controvérsia por muitos anos. similar ao que ocorre na pele ou no tecido
Inicialmente acreditava-se que os tendões ósseo (Manske; Lesker, 1985).
cicatrizassem através de fibroblastos da Tardiamente, fibroblastos e tenocitos inva-
bainha digital ou de tecidos vizinhos, e que dem o “calo” e produzem colágeno que irá
a nutrição seria proporcionada através de se organizar e alinhar produzindo um ten-
aderências nestas estruturas (Potenza, dão normal. Parece que o suporte dado
1962; Potenza; Herte, 1982). Esta foi a pela nutrição sinovial é suficiente para
base para a prática cirúrgica de excisão da manter todo este processo. As aderências
bainha digital na cirurgia e imobilização formadas na cicatrização extrínseca pare-
prolongada no pós-operatório de repara- cem não ser fundamentais para a cicatri-
ções primárias dos tendões flexores. zação ou nutrição do tendão.
Entretanto, demonstrou-se que os tendões
podem cicatrizar satisfatoriamente através
MANUTENÇÃO DA APOSIÇÃO DOS
da nutrição sinovial exclusivamente COTOS TENDINOSOS
(Matthews; Richards, 1974, 1975;
Matthews, 1976; Furlow, 1976; Lundborg, Para se obter a cicatrização do ten-
1978, 1980; Eiken; Hagberg; Lundborg, dão é óbvia a necessidade de se manter
1981; Chow; Hooper; Chan, 1983; os cotos coaptados. Várias técnicas de
Manske, 1984). O colágeno necessário sutura tem sido descritas e todas elas
para cicatrização pode ser produzido pelos induzem a formação de aderências entre
tenocitos (Becker, 1981). o tendão e os tecidos vizinhos. Os fios
Existem evidências que a cicatrização que não provocam reação de corpo estra-
intrínseca dos tendões inicia por prolifera- nho são os que devem ser utilizados para
ção de células do epitendão que crescem proporcionar melhores resultados e, da
ao longo do tendão e ao nível da lesão, mesma forma, deve-se evitar suturas
formando uma espécie de “calo” de forma isquemiantes. Por outro lado, existe uma
tendência atual em se realizar suturas
10
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
mais confiáveis e resistentes com o obje- Kessler, 1973). Urbaniak; Cahill; Morten-
tivo de se permitir uma movimentação son demonstraram que o 1º grupo tende a
mais precoce. A movimentação com algu- provocar estrangulamento no coto tendi-
ma tensão induz à cicatrização intrínseca noso provocando uma diminuição na
do tendão, impedindo aderências. Outros resistência principalmente no 5º dia de
autores defendem a movimentação ativa pós-operatório.
precoce para combater aderências. Em Atualmente temos dado preferência
nosso país a sutura mais frequentemente às suturas mais resistentes com 4 passa-
utilizada é a de Kessler (modificada ou gens de fio 4 zeros associada à sutura
não), utilizando fio inabsorvível 4 zeros e contínua do epitendão com fio 6 zeros que
associada à sutura contínua do epitendão permite uma movimentação ativa mais
com fio 6 zeros. O esquema a seguir precoce. A sutura com 4 passagens de fio
demonstra os vários tipos de sutura tendi- 4 zeros proporciona uma resistência
nosa. mecânica quase que o dobro da sutura
Podemos separar as suturas, em com 2 passagens tipo Kessler modificada.
casos agudos, em dois grande grupos: Outra sutura resistente é a de Savage (ori-
aquelas que cruzam diagonalmente atra- ginalmente com 6 passagens) que pode
vés do tendão (exemplo: Bunnell e modifi- ser modificada em 4 passagens.
cações) e aquelas que correm paralelas EXPOSIÇÃO CIRÚRGICA
ao tendão (exemplo: Mason, 1940; DOS TENDÕES E O SIGNIFICADO
C
Técnicas de tenorrafia
A – Técnica de Kessler com 2 passagens de fio 4 zeros.
B – Técnica de Tagima com 2 passagens de fio 4 zeros.
(Evita o estrangulamento do tendão ao nível da sutura transversa)
C – Técnica de Savage modificada com 4 passagens de fio 4
zeros.
11
REIMPLANTE DE MEMBROS
12
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
DA BAINHA DIGITAL
13
REIMPLANTE DE MEMBROS
AVULSÃO DO PROFUNDO
RECONSTRUÇÃO DAS
POLIAS E DA BAINHA DIGITAL Ocorre principalmente em atletas e,
em mais de 75%, no dedo anular, prova-
Nas reparações primárias e secundá- velmente pela fragilidade na inserção em
rias sempre há lesão da bainha digital, comparação com o dedo médio (Manske,
seja na região das polias cruciformes ou Lesker, 1978) e pelo maior risco de trau-
anulares. A reconstrução de pequenos ma quando comparado com o dedo míni-
defeitos da bainha digital, ainda é contro- mo. O Rx de perfil pode demonstrar um
versa. A decisão de reconstruir pequenos fragmento da base da falange distal avul-
14
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
AVULSÃO TIPO I
(Young; Harmon, 1960; Kleinert et al.,
1977; Lister et al, 1977)
A movimentação ativa precoce pode,
por outro lado, provocar um aumento da
tensão provocado pela contração muscu-
lar que piora a isquemia do tendão e
aumenta o espaço entre os cotos tendino-
sos. A posição de imobilização após
reconstrução do tendão flexor é a de fle-
xão do punho (cerca de 60°) e flexão de
AVULSÃO TIPO III
metacarpofalangiana (de 60° a 90°)
Várias publicações tem demonstrado o
efeito benéfico da movimentação passiva
do tendão reparado (sem tensão), que
induz à cicatrização intrínseca deste. A
15
REIMPLANTE DE MEMBROS
ENXÊRTOS DE TENDÃO
Outro método utilizado é o de Kleinert
que utiliza uma tração elástica para fletir o A indicação do uso de enxertos de
dedo operado, permitindo que o paciente tendão esta baseada no objetivo de se
realize uma extensão ativa do dedo (ten- restaurar a flexão ativa dos dedos quando
dões flexores relaxados – sem tensão) a sutura direta for impossível ou de muito
enquanto o elástico realiza a flexão. Este risco (tendões em mau estado, tendões
método tem por objetivo proporcionar retraídos, etc.). As vantagens do enxerto
movimentação e deslizamento do tendão se relacionam com a possibilidade de
reconstruído sem promover tensão na controlar a tensão e colocar as suturas
zona de sutura. O método esta esquema- fora do túnel osteofibroso. Este procedi-
tizado à seguir: mento tem sido realizado desde a publica-
ção de Biesalski (1910) e Lexer (1912) e,
mesmo atualmente, os resultados não
são uniformemente bons. Quando as con-
dições locais não são favoráveis (leito
ruim, lesões de várias polias, etc.) é mais
seguro proceder a reconstrução com
enxertos em 2 tempos.
Músculo Extensor
Os conceitos aceitos para a enxertia
Músculo Flexor
de tendões são:
1 – Enxertar apenas um tendão por
dedo (flexor profundo) para diminuir os
Músculo Extensor
riscos de aderências. Somente em casos
Músculo Flexor selecionados deve-se realizar a enxertia
Técnica de mobilização do flexor profundo com o flexor superficial
com uso de tração com
elástico de Kleinert. íntegro.
16
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
17
REIMPLANTE DE MEMBROS
MÉTODO DE AVALIAÇÃO
RECONSTRUÇÃO DE TENDÕES COM
USO DE IMPLANTES O método de avaliação mais aceito
atualmente é o TAM (Total ative motion)
O uso de implantes esta basicamente que pode ser expressado pela fórmula:
indicado quando as condições para a
reconstrução primária por enxerto não TAM
são adequadas. Um leito ruim ou a ausên-
cia de um túnel osteofibroso adequado = (total da flexão ativa da metacarpofalangiana
são fatores que proporcionam resultados + interfalangiana proximal + interfalangiana distal)
não favoráveis. – (perda da extensão da metacarpofalangiana
Carrol e Basset (1959) usaram um + interfalangiana proximal + interfalangiana distal).
espaçador de tendão de silicone com o
objetivo de formar uma pseudo bainha Strickland, considerando que rara-
sinovial. O princípio desta técnica baseia- mento a metacarpofalangiana esta envol-
se na formação de um leito melhor para o vida nas lesões dos tendões flexores,
futuro enxerto de tendão. modificou o método de avaliação para a
Há vários tipos de implantes: seguinte fórmula
1 – espaçador de silicone cilíndrico
2 – espaçador de silicone ovóide TAM modificado por Strickland
(Swanson-Hunter)
= (total da flexão ativa da interfalangiana proximal
3 – espaçador de Dacron com silicone
+ interfalangiana distal) – (perda da extensão da
ovóide com inserção distal (implante pas-
interfalangiana proximal + interfalangiana distal).
sivo de Hunter)
18
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
19
REIMPLANTE DE MEMBROS
20
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
21
REIMPLANTE DE MEMBROS
22
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
CASOS CLÍNICOS
1 Sutura dos tendões flexores na lesão aguda.
Lesão dos flexores superficial e profundo dos dedos medio, anular e míni-
mo. Lesão do flexor profundo do dedo indicador.
Reconstrução dos
flexores com a técnica
de 4 passagens de fio
4 zeros de Strickland.
Reconstrução dos
flexores com a técnica
de 4 passagens de fio
4 zeros de Strickland.
23
REIMPLANTE DE MEMBROS
24
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
25
REIMPLANTE DE MEMBROS
26
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
27
3 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA
DO APARELHO LOCOMOTOR
LESÃO DOS
NERVOS
PERIFÉRICOS
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
LESÕES
INTRODUÇÃO
DOS NERVOS
PERIFÉRICOS
3
REIMPLANTE DE MEMBROS
4
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
5
REIMPLANTE DE MEMBROS
6
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
7
REIMPLANTE DE MEMBROS
endoneuro
epineuro externo
epineuro interno
perineuro
perineuro endoneuro
polifascicular
oligofascicular
monofascicular
Esquema de corte transversal de nervos periféricos demonstrando o epineuro externo, epineuro interno,
perineuro e endoneuro. Na figura à esquerda observa-se um nervo polifascicular, na central oligofascicular
e na direita monofascicular.
8
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Desenho esquemático da anatomia topográfica interna do nervo periférico. À esquerda esquema plexiforme
descrito por Sundeland. À direita esquema de Jabaley demonstrando um padrão mais uniforme dos fascículos.
Próximo as articulações proximais (quadril, joelho, ombro e cotovelo) a distribuição é mais plexiforme e no
restante dos nervos periféricos o padrão é mais uniforme.
9
REIMPLANTE DE MEMBROS
Processo de degeneração e regenaração de uma fibra nervosa após uma lesão. Observar o processo de cro-
matólise no corpo celular, a divisão das células de Schwann e a progressão do cone de crescimento do axônio.
10
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
11
REIMPLANTE DE MEMBROS
12
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Processo de regeneração
nervosa. Observar a divisão das
células de Schwann formando as
bandas de Büngner, a fagocitose
por células do sistema retículo
endotilial (macrófagos),
brotamento axônico e os
cones de crescimento.
13
REIMPLANTE DE MEMBROS
14
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
segurá-lo. Sendo assim, a mão não esta- mento dos cotos de um nervo periférico
bilizada é pouco utilizada nas atividades lesado. Quando há solução de continuida-
pessoais. de completa, os cotos do nervo retraem
A sensibilidade promovida pelo nervo progressivamente, tornando sua recons-
radial corresponde a face dorsal do pole- trução mais complexa e, às vezes, depen-
gar, indicador, terceiro dedo e porção dente de enxertos.
radial do quarto dedo.
Sendo assim, é importante classificar
Como sabemos, as lesões dos nervos
as lesões em recentes ou tardias, depen-
periféricos, no aparelho locomotor, vão
dendo do tempo entre o trauma e o aten-
ser traduzidas por:
dimento prestado. Até três semanas são
consideradas recentes e, após este perío-
ALTERAÇÕES MOTORAS
do, tardias. O reparo primário, até cinco a
A paralisia é observada claramente sete dias da lesão, é indicado quando: a
logo após a lesão . A hipotrofia muscular lesão do nervo periférico é limpa, incisa,
é progressiva, sendo evidente após cer-
sem componentes de esmagamento, não
ca de 4 a 6 semanas. Os músculos tor-
há lesão associada, a cobertura cutânea é
nam-se degenerados e fibróticos caso a
adequada, a contaminação é mínima e a
reinervação não ocorra até cerca de dois
equipe e o instrumental cirúrgico são
anos.
apropriados.
ALTERAÇÕES SENSITIVAS As vantagens quando a sutura do ner-
vo é realizada no tempo correto implicam
Todas as modalidades de sensações numa menor manipulação e desbrida-
(dor, tato, temperatura, estereognosia e
mento do coto nervoso, pouco tecido cica-
discriminação de dois pontos) podem ser
tricial formado, sutura sem tensão, redu-
perdidas, exceto a propriocepção do
ção do tempo de desnervação. Nas repa-
movimento articular e a sensação cinéti-
rações secundárias deve-se buscar um
co-postural.
leito vascular adequado na area da repa-
ALTERAÇÕES VASOMOTORAS racão.
15
REIMPLANTE DE MEMBROS
Neurólise interna em nervo com neuroma em continuidade. Notar a abertura do epineuro externo e a integri-
dade dos grupo fasciculares.
16
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
fatores que interfere no retorno de sua possível utilizar enxertos de nervo inter-
função, devendo ser um item a ser rela- fasciculares. O enxerto de nervo utilizado
cionado ao coletarmos dados sobre a his- com maior freqüência é o do nervo sural.
tória do paciente e a lesão. As reconstru- A sutura epineural externa: é utilizada
ções podem ser realizadas através de para nervos mono ou oligofasciculares
suturas perineurais, epiperineurais e epi- puramente sensitivos ou motores.
neurais internas e externas. Além disso, é A sutura epineural interna (grupos
17
REIMPLANTE DE MEMBROS
Esquema da sutura
epineural interna.
18
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
À esquerda suturas dos nervos mediano e ulnar realizadas de forma inadequada. À direita sutura epineural interna e externa para promover o
afrontamento fascicular e maior resistência mecânica.
Esquema da
sutura perineural
19
REIMPLANTE DE MEMBROS
Sutura perineural
em lesão parcial de nervo.
perineuro é espesso.
Os enxertos nervosos são realizados obedecendo a distribuição dos grupos fasciculares
(enxertos interfasciculares).
Existem outras técnicas para tratar as perdas segmentares, algumas antigas como a
Esquema de
reconstrução com
enxertos de nervo
interfasciculares
20
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
À esquerda lesão do nervo mediano no punho em grande extensão. À direita, ressecção da lesão e reconstru-
ção do nervo mediano com enxerto de nervo sural.
Lesão do nervo ulnar ao nível do cotovelo. Notar os neuromas na figura à esquerda. Após a ressecção dos
21
REIMPLANTE DE MEMBROS
Nervo periférico reconstruído com adesivo de fibrina humana. À esquerda observar o bisel da agulha adicionan-
do uma gota de fibrinogênio no local da reconstrução. À direita observar a rede de fibrina estável mantendo o
afrontamento do nervo.
22
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
assim que houver condições adequadas volar – dedo mínimo e metade ulnar
de cobertura cutânea. As órteses devem do dedo anular;
ser leves, não provocar áreas de hiper- dorsal – dedo mínimo e nular.
pressão e estar associadas aos outros
recursos de reabilitação e um bom progra- Deformidades
ma de exercícios. Deformidade em garra não é tão nítida.
Após reinervação, a deformidade em garra
torna-se cada vez mais intensa e o uso de
órtese, nesta situação, é obrigatório.
1. Lesão distal do nervo ulnar
Paralisias Objetivo da órtese
Todos músculos da eminência hipote- Semelhante ao da lesão distal. A
nar (flexor, abdutor e oponente do dedo manutenção da flexão passiva total dos
mínimo), interósseos dorsais, interósseos dedos anular e mínimo é fundamental.
palmares, lumbricais para os dedos míni-
mo e anular, adutor polegar, porção pro- 3. Lesão distal
funda do flexor curto do polegar. do nervo mediano
Perda sensitiva Paralisias
volar – dedo mínimo e metade ulnar Músculos oponente, abdutor e porção
do dedo anular; superficial do flexor do polegar, e múscu-
dorsal – dedo mínimo e anular. los lumbricais para dedos indicador e
médio.
Deformidades
Deformidade em garra dos dedos Perda sensitiva
mínimo e anular, perda do arco transverso volar – polegar, dedo indicador, médio
da mão. e metade radial do dedo anular;
dorsal – polegar, dedo indicador e
Principal perda funcional médio.
Incapacidade de abrir a mão para
preensão de objetos Deformidades
Adução do polegar
Objetivo da órtese
Evitar a distensão dos músculos Objetivos da órtese
intrínsecos paralisados dos dedos anular Impedir a contratura da primeira
e mínimo através do bloqueio da hiperex- comissura e evitar o estiramento dos mús-
tensão da metacarpofalangeana. Ao man- culos oponente e abdutor do polegar.
ter a articulação metacarpofalangeana
destes dedos em flexão os extensores
extrínsecos serão capazes de estender as 4. Lesão proximal
interfalangeanas. A órtese deve deixar a do nervo mediano
maior parte da região palmar livre e não Paralisias
impedir a flexão dos dedos e a movimen- Todos músculos da lesão distal em
tação do punho. associação com o pronador redondo, pro-
nador quadrado, flexor superficial dos
dedos, flexor profundo dos dedos indica-
2. Lesão proximal dor e médio, flexor longo do polegar, fle-
do nervo ulnar xor radial do carpo e palmar longo
23
REIMPLANTE DE MEMBROS
24
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
25
REIMPLANTE DE MEMBROS
paciente a interpretar com maior eficiência como regra absoluta e devem ser modifi-
as mensagens sensórias enviadas ao cados de acordo com a necessidade e até
cérebro. Os melhores candidatos são com a filosofia de tratamento do serviço. O
aqueles que apresentam sensibilidade objetivo de apresentar um modelo básico
protetora e sensibilidade tátil na polpa de reabilitação é o de orientar as necessi-
digital medida pelos monofilamentos de dades básicas, no tratamento das lesões
Semmes-Weinstein menor que 4,0 gm. dos nervos periféricos, podendo, ou
devendo, ser modificado de acordo com
as necessidades de cada paciente.
AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE Nas reconstruções do nervo ulnar, ou
mediano, isolados, ou em conjunto, à nível
Após a lesão de um nervo periférico o de punho, a reabilitação segue, basica-
quadro motor caracteriza-se por paralisia mente, o protocolo abaixo descrito:
completa dos músculos por ele inervado. • Até o SEXTO DIA após o reparo do
Com a regeneração nervosa, há retorno nervo, o membro é mantido em repouso
gradativo da capacidade motora que pode com curativo e goteira gessada mantendo
ser avaliado pelo desaparecimento das o punho em até 30 de flexão.
deformidades, recuperação dos movimen- • Após o SÉTIMO DIA, pode ser con-
tos e da força. A força pode ser medida feccionada uma órtese estática, em subs-
graduando os movimentos de acordo com tituição a tala gessada, com bloqueio dor-
a sensibilidade do examinador ou através sal do punho, sem causar estresse na
de instrumentos (dinamômetros de pinça região do reparo. Quando a lesão é na
ou de preensão). Com relação ao exami- região proximal do antebraço, a órtese
nador, normalmente é dada uma nota ao deve manter o cotovelo também em fle-
músculo: xão. Nas lesões do nervo mediano, pode-
0 – músculo paralisado se incluir uma barra em “C” na órtese,
1 – músculo com contração mas incapaz com o objetivo de proteger e prevenir uma
de realizar movimentos contratura em adução do polegar.
2 – músculo capaz de realizar movimen- • Com DUAS SEMANAS de reparo,
tos sem ação da gravidade após a retirada dos pontos, iniciar o tra-
tamento da cicatriz, já descrito anterior-
3 – músculos capazes de vencer a força
mente, e intensificar a movimentação de
da gravidade
flexão e extensão ativa e passiva das
4 – músculos capazes de vencer uma articulações interfalangeanas e metacar-
resistência pofalangeanas, mantendo o punho em
5 – músculo normal flexão.
Com os instrumentos, normalmente • Após a TERCEIRA SEMANA, o
são realizadas, no mínimo, 3 medidas punho gradativamente atinge a posição
com dinamômetros para pinça digital late- neutra e o massageamento cicatricial,
ral, pinça digital polpa-polpa, preensão além de combater a formação de aderên-
com JAMAR e outros tipos de dinamôme- cias, auxilia no processo de dessensibili-
tros. zação da região da sutura.
• Na QUARTA SEMANA, iniciar a
mobilização ativa do punho. A órtese é
PROTOCOLO DE REABILITACÃO mantida, para repouso e uso noturno, e
retirada para a realização de exercícios
Descreveremos um protocolo básico de punho e dedos.
de reabilitação das lesões nervosas que • Na QUINTA SEMANA a órtese é
deve ser modificado caso ocorram inter- mantida apenas durante a noite. No caso
corrências no intra-operatório, durante o de crianças, optar por uso constante da
pós-operatório imediato ou, ainda, outros órtese por mais uma semana. Nesta fase,
fatores complicadores como a idade do avaliar a função motora da mão e indicar
paciente, patologias associadas, etc. Tais o uso de órteses específicas para cada
protocolos não podem ser considerados tipo de lesão. A órtese irá suprir e com-
26
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
27
REIMPLANTE DE MEMBROS
New York, Churchill Livingstone, 1993, 1 ed., Cap.7, p.55- Mattar Jr., R.: Reparação microcirúrgica de nervos
72. periféricos – Estudo comparativo entre a sutura epineural e
Anthony, M.S.: “Sensory re-education”; in Clark, G.L. o adesivo de fibrina. Dissertação de Mestrado apresentada
& Shaw Wilgis, E.F. & Aiello, B. & Eckhaus,D. & Eddington, à FMUSP, 1989.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
L.V.: Hand rehabilitation-approach guide, New York, Mattar Júnior, R.; Azze, R.J.; Ferreira, M. C.; Zumiotti,
Churchill Livingstone, 1993, 1 ed., Cap.9, p.81-88. A. V. Fibrin Glue Versus Conventional Epineural Suture for
Azze, R. J.; Mattar Júnior, R.; Ferreira, M.C.; Peripheral Nerve Repair. – Rev. Soc. Bras. Cir. Plast., v.5,
Starck,R.; Canedo, A.C. Extraplexual neurotization of bra- p.34-9, 1990.
chial plexus. Microsurgery, v.15, p. 28-32, 1994. Mattar Júnior, R.; Starck, R.; Guarnieri, M. V.; Azze, R.
Boscheinen-Morrin, J.; Davey, V.; Conolly, W.B.: J.; Mitteldorf, C. S.; Ferreira, M. C. – Utilização de enxerto
”Peripheral nerve injuries”, in The hand: Fundamentals of de membrana basal de fibra muscular estriada para repa-
therapy, Sydney, Butterworth & Co Lted, 1985, 1º ed., ração de lesões de nervos periféricos. Rev. Bras. Ortop., v.
Cap.4, p.53-78. 25, p.287-92, 1990.
Burkhalter, W.E.: Median nerve palsy. In Green, D.P., Mattar Júnior, R.; Azze,R. J.; Starck, R.; Ribak, S.;
2nd ed., Operative Hand Surgery, New York, Churchill Rezende,M. R. – Enxerto de nervo vascularizado – Estudo
Livingstone, pp 1499, 1988. Anatômico em Cadáveres . Rev. Bras. Ortop., v. 27, p. 80l-
Burton, R.I.: The hand: examination and diagnosis, 5, 1992.
American Society for Surgery of the hand, 3 ed, 1990.. Mattar Júnior, R.; Azze, R. J.; Starck, R.; Paula, E.
Cannon, N.M.: ”Nerve involvement/repairs”, in The J.L.; Ferreira, M. C. – Enxerto de nervo vascularizado –
diagnosis and treatment manual for physicians and thera- Estudo Experimental em Ratos. Rev. Bras. Ortop., v. 27, p.
pists, Indiana, 1994, 3 ed.,p.150-157. 806-10, 1992.
Clark, G.L.; Shaw Wilgis, E.F.; Aiello, B.; Eckhaus,D.; Mattar Júnior, R.; Azze, R.J. – Tratamento Cirúrgico
Eddington, L.V.: ”Nerve repair”; in Hand rehabilitation – das Lesões dos Nervos Periféricos. In: Goffi, F.S. Técnica
approach guide, New York, Churchill Livingstone, 1993, 1º Cirúrgica – Bases Anatômicas, Fisiopatológicas e Técnicas
ed., Cap. 6, p.47-54. de Cirurgia. 4º edição, São Paulo, Editora Atheneu ,p. 253
Dellon, .V.: Evaluation of sensibility and re-education – 257, 1997.
of sensation of the Hand. Baltimore, Willians and Willians, Millesi, H.: Nerve grafting. Clin. Plast. Surg., 11:105,
1981, p. 169.
1984
Dellon, A.V.: The moving two point discrimination test:
Moneim, M.S.: Interfascicular narve grafting. Clin.
clinical evaluation of the quicckly adapting fiber receptor
Orthop, 163: 65, 1982.
system. Hand Surgery, V.3: 474, 1978.
Omer, G.E.Jr.: Ulnar nerve palsy. In Green, D.P., 2nd
Fess, E.E. & Philips, C.A.: “Exercise and splinting for
ed., Operative Hand Surgery, New York, Churchill
specific problems “; in Hand splinting principles and
Livingstone, pp 1535, 1988.
methods, Missouri, The C.V. Mosby company, 1987, 2º ed.,
Omer, G.E. Jr.: Combined nerve palsies. In Green,
Cap.14, p.325-369.
D.P., 2nd ed., Operative Hand Surgery, New York, Churchill
Green, D.P.: Radial nerve palsy. In Green, D.P., 2nd
Livingstone, pp 1555, 1988.
ed., Operative Hand Surgery, New York, Churchill
Omer, G.E.Jr.; Spinner, M.: Management of peripheral
Livingstone, pp 1479, 1988.
nerve problems, Philadelphia, W.B. Saunders, 1980.
Hunter, J.M.; Schneider, L.H.; Mackin, E.J. Callahan,
Omer, G.E.: ”Nerve response to injury and repair”; in
A.D.: “Sensibility testing: clinical methods”; in Rehabilitation
Hunter, J.M. & Schneider, L.H. & Mackin, E.J. & Callahan,
of the hand: surgery and therapy, Missouri, The C.V. Mosby
A.D.: Rehabilitation of the hand: surgery and therapy,
company ,1990, 3º ed., Cap.44, p.594-610.
Missouri, The C.V. Mosby company, 1990, 3ed., Cap. 37,
Jabaley, M.E.: Peripheral nerve injuries. In, Evarts,
p.515-522.
C.M., ed., Surgery of the Musculoskeletal System,
Edimburg, Churchill Livongstone, 1: 107 – 1: 144, 1983. Orgel, M.G.: Epineural versus perineurial repair of
Jewett, D.L., McCaroll, H.D.: Nerve repair and regene- peripheral nerves. Clin. Plast. Surg., 11:101, 1984.
ration, Its Clinical and Experimental Basis. St. Louis, C.V. Seddon, H.J.: Surgical Disorders of the peripheral
Mosby, 1980. nerves. Baltimore, Williams and Wilkins, 1972.
Kimura, L.K.; Rodrigues, C.J.; Rodrigues junior, A.J.; Selzer, M.E.: Regeneration of peripheral nerve. In,
Mattar Junior, R.; Paula, E.J.L.; Okane, S.Y.; Rezende, Sumner: The Physiology of peripheral nerve disease. W.B.
M.R.; Azze, R.J. Mapeamento fascicular de nervos perifé- Saunders Company, Philadelphia, 1980.
ricos por método histoquímico da acetil-colinesterase. Rev. Spinner, M.: Injuries to the major branches of periphe-
Bras. Ortop., v. 31 (3), 1996. ral nerves of the forearm, 2nd ed., Philadelphia, W.B.
Kutz, J.E.; Shealy, G.; Lubbers, L.: Interfascicular ner- Saunders, 1978.
ve repair. Orthop. Clin. North Am., 12: 277, 1981. Spinner, M.: “Nerve lesions in continuity”; in Hunter,
Malick, M.H.; Kasch, M.C.: “Nerve injuries in the upper J.M.; Schneider, L.H.; Mackin, E.J.; Callahan, A.D.:
extremity”; Callahan, A.D.; in Manual on management of Rehabilitation of the hand: surgery and therapy, Missouri,
specific hand problems, Pittsburgh, Aren publications, The C.V. Mosby company, 1990, 3ed, Cap. 38, p.523-529.
1984, 1º ed. Cap. 1, p.2-30. Sunderland, S.: Nerves and nerve injuries. 2nd ed.,
Matras, H.; Dinges, H.P.; Lassmann, H.; Mamoli, B.: New York, Churchill Livingstone, 1978.
Non-sutured nerve transplantation. J. Max. Fac. Surg. 1: Urbaniak, J.R.: Fascicular nerve suture. Clin. Orthop.,
37-40, 1973. 163:57, 1982.
Matras, H.; Vbraun, F.; Lassmann, H.; Ammerer, H.P.; Wilgis, E.F.S.: Nerve repair and grafting. In Green,
Mamoli, B.: Plasma clot welding of nerves (experimental D.P., 2nd ed., Operative Hand Surgery, New York, Churchill
report). J. Max. Fac. Surg. 1: 236-247, 1973. Livingstone, pp 1373, 1988.
28
4 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA
DO APARELHO LOCOMOTOR
ILUSTRAÇÕES:
JOSÉ FALCETTI
REDAÇÃO:
PROF. RAMES MATTAR JUNIOR
PROF. RONALDO J. AZZE
LESÃO DO
APARELHO
EXTENSOR
REIMPLANTE DE MEMBROS
LESÃO DO
APARELHO EXTENSOR
Prof. Rames Mattar Junior
Prof. Ronaldo Azze
ANATOMIA
Dois grupos de músculos são responsáveis
pela extensão dos dedos: os intrínsecos e os
extrínsecos. Estes músculos, com seus respecti-
vos tendões, formam um mecanismo extensor
que pode ser dividido anatomicamente em zonas,
conforme a figura:
O polegar possui todas as mesmas zonas dos dedos com exceção das
zonas 2 e 3 por possuir duas falanges ( T1, T4, T5, T6, T7, T8, T9 e T10).
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS
Extensor carpi radialis longus Côndilo lateral do úmero Base do 2º metacárpico radial
Extensor carpi radialis brevis Côndilo lateral do úmero Base do 3º metacárpico radial
Extensor digitorum comunis Côndilo lateral do úmero Aparelho extensor dos dedos radial
Extensor digiti minimi Côndilo lateral do úmero Aparelho extensor do dedo mínimo radial
Extensor carpi ulnaris Côndilo lateral do úmero Base do 5º metacárpico radial
2
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Extensor longo
do polegar
Extensor radial
longo do carpo
1
2
3
Extensor radial
curto do carpo 4
5
6
Extensor próprio
do dedo mínimo
3
REIMPLANTE DE MEMBROS
B
C
DEDOS
4
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
d
a
b
Anatomia do aparelho extensor:
c a) tendão extensor terminal
e
c b) tendões extensores laterais
c) tendão extensor central
f b
d) ligamento triangular
e) ligamento retinacular transverso
i f) ligamento retinacular oblíquo
g
h g) lumbrical
g h) interósseo
i) banda sagital
h i j) tendão extensor extrínseco
h
j h
j
5
REIMPLANTE DE MEMBROS
a j
h g f
i
d
a) Tendão extensor terminal Não existe um consenso para as lados do dedo, as bandas intrínsecas,
b) Tendão extensor central denominações das estruturas que com- dividindo-se cada uma em banda intrín-
c) Tendão extensor extrínseco põem o aparelho extensor. Optamos por seca lateral (BIL) e medial (BIM). 0 ten-
d) Tendão intrínseco (Lumbrical) aquela encontrada nos trabalhos de dão do músculo extensor comum dos
Tubiana, com pequena variação ditada dedos (TEC) divide-se em duas bandas
e) Tendão intrínseco (Interósseo)
pela etimologia e pela “Nômina Ana- extrínsecas laterais (BEL) e uma banda
f) Ligamento retináculo oblíquo
tõmica”, que não fala em tiras, lâminas ou extrínseca média (BEM). Esta última jun-
g) Ligamento retináculo transverso fascículos. ta-se às bandas intrínsecas médias, para
h) Ligamento de Cleland A tradução de “band” nos leva a faixa, formar o tendão extensor médio (TEM),
i) Ligamento intermetacarpiano cinta ou fita que não temos visto ou ouvi- que se insere na base da falange média,
transverso do, e que não nos parecem convenientes sendo seu elemento extensor. As bandas
j) Banda sagital pelos seus significados (Aulete/Aurélio). extrínsecas laterais se unem às bandas
Juntando à tradução, o uso e a didática, intrínsecas laterais formando, dos dois
optamos pelo uso de banda no lugar de “- lados da falange média, os tendões
band”. extensores; laterais (TEL) que se unem,
• Aurélio: banda = lado, faixa ou fita formando o tendão extensor terminal
(TET), inserindo-se na base da falange
• Aulete: banda = lado, parte ou fita distal.
Há confusões também quanto ao uso A inter-relação entre os músculos
dos termo lateral e medial. Não há como intrínsecos e extrínsecos pode ser simpli-
aplicá-lo em relação à linha média da mão ficada com o esquema que demonstra a
.Tornar-se-ia muito confuso por causa do formação da figura de dois “X”, dorsal-
número de dedos. Eles são, pois, usados, mente à IFP. Pela ação dos músculos
em relação à linha média do dedo. intrínsecos o “X” têm sua altura aumenta-
Distalmente à banda sagital, expan- da ou diminuída (concentrando toda a for-
dem-se as fibras obliquas e transversas ça extensora na FD, na FM, ou dividin-
do capuz extensor. A terminação dos do-a). Funcionam, pois, como verdadeiros
músculos intrínsecos forma, dos dois reguladores da extensão digital.
6
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
FD
TET FD
TEL TEL
FM
TEM
FM
BEL
BIL BIM
BIL
BEM
FP
BIM
I E I
FP
I E I
Extensão da IFD Flexão da IFD Extensão da IFP Flexão da IFP Extensão da MF Flexão da MF
Intrínsecos * Intrínsecos *
ECD ECD ECD
LRO
Flexão
Extensão
A função de flexão e extensão dos dedos depende da ação sinérgica das diversas
estruturas envolvidas e descritas. Somente os dedos indicador, mínimo e polegar apre-
sentam uma extensão mais individualizada porque são os únicos que possuem tendões
extensores próprios.
7
REIMPLANTE DE MEMBROS
A lesão do tendão extensor terminal ou dos tendões extensores laterais causa uma
incapacidade de extensão da articulação IFD e uma deformidade em flexão desta articu-
lação que é conhecida como “dedo em martelo”. A causa mais comum do mecanismo de
trauma é uma força em flexão da IFD com o dedo extendido.
O dedo em martelo é uma lesão comum e freqüentemente associada a trauma espor-
tivos ou relacionados a atividades da vida diária. Os dedos mais acometidos são o médio,
anular e mínimo. Caracteristicamente ocorre nos pacientes masculinos jovens ou de meia
idade e nas pacientes idosas. Alguns autores referem algumas condições e doenças
associadas como artropatia, doença vascular, doença reumática, corticoterapia, herança
genética, síndrome do túnel do carpo e dedo em gatilho.
Warren et al. (1988) descreveu uma IFP e flexão da IFD é denominada defor-
zona avascular denominada “zona crítica” midade em pescoço de cisne (“swan
localizada cerca de 11 a 16 milímetros da neck”). Na deformidade em pescoço de
junção osteotendinosa dos tendões exten- cisne secundária ao dedo em martelo, a
sores laterais, onde a cabeça da falange reconstrução da anatomia do tendão
média tensiona o aparelho extensor duran- extensor terminal corrige a disfunção.
te a flexão da IFD. As rupturas nos pacien- O dedo em martelo pode também ser
tes idosos parece ocorrer predominante- provocado por uma fratura avulsão da
mente neste local. Tais conhecimentos são base da falange distal ou um descolamen-
importantes e enfatizam a necessidade de to epifisário desta falange em crianças.
se evitar compressão com talas, órteses ou
fitas adesivas nesta região “crítica”.
Havendo uma ruptura completa do
tendão extensor terminal, o paciente
pode desenvolver uma deformidade
secundária em hiperextensão da IFP.
Esta deformidade ocorre porque os ten-
dões extensores laterais retraem e a for-
ca de extensão passa a se concentrar na Deformidade em pescoço de cisne secundária a
IFP, forçando sua extensão. A deformida- lesão do tendão extensor terminal que deu origem
de caracterizada por hiperextensão da ao dedo em martelo. (Dedo anular)
8
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
9
REIMPLANTE DE MEMBROS
TRATAMENTO
É praticamente consensual que o dedo em martelo (Tipo I) deve ser tratado de forma
não cirúrgica, com algum tipo de imobilização mantendo a IFD em extensão: tala metálica
ou órtese. Um dos problemas das imobilizações é o desconforto e a possibilidade de hiper-
pressão gerando isquemia tecidual que pode, inclusive, causar necrose. Por esta razão,
Pratt, Bunnell e Howard (1957) propuseram o tratamento do dedo em martelo com uma
fixação da IFD em extensão com fio de Kirschner passado percutaneamente.
10
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Sutura do aparelho extensor nos dedos em martelo tipo II de Doyle: é possível realizar
sutura contínua ou com pontos separados.
11
REIMPLANTE DE MEMBROS
12
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
DEFORMIDADE EM BOTOEIRA
13
REIMPLANTE DE MEMBROS
14
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
15
REIMPLANTE DE MEMBROS
16
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
17
REIMPLANTE DE MEMBROS
Nas lesões crônicas com rigidez arti- Quando há uma deformidade em fle-
cular o primeiro objetivo é restabelecer a xão da IFP aceitável e uma extensão da
mobilidade articular. Sempre iniciamos o IFD inaceitável pode-se realizar a teno-
tratamento com órteses dinâmicas ou tomia do tendão extensor lateral (Fowler,
estáticas progressivas. Se obtivermos 1959; Dolphin, 1965; Nalebuff, 1975). A
sucesso com o restabelecimento da força dos tendões extensores laterais irá
amplitude articular podemos seguir na concentrar-se na IFP e não ocorrerá
conduta como de uma botoeira crônica uma deformidade em martelo grave pela
sem rigidez articular. Se após 4 a 6 sema- presença dos ligamentos retinaculares
nas de uso de órteses não houver melho- oblíquos.
ra da amplitude articular haverá indicação Nas deformidades em botoeira com
para cirurgia de liberação: corrigir a retra- rigidez e com comprometimento articular
ção dos ligamentos retinacular transver- (quadro degenerativo) é preciso avaliar o
so, oblíquo, colaterais e placa volar. grau de comprometimento do aparelho
Após a correção da rigidez todos os extensor. Se houver boa possibilidade de
procedimentos de reconstrução do tendão reconstrução pode-se considerar a reali-
extensor central podem ser utilizados. zação de um artroplastia da IFP concomi-
Portanto, nas botoeiras crônicas com rigi- tante à reconstrução do aparelho exten-
dez a reconstrução é realizada em 2 está- sor. Caso contrário haverá indicação para
gios: liberação articular e reconstrução. artrodese.
Articulação Articulação
Abertas Fechadas
flexível rígida
Redução
aberta Cirurgia:
+ fixação liberação
18
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Articulação
Articulação flexível Articulação rígida
com degeneração
Reconstrução do
Órteses corretivas Avaliar aparelho extensor
tendão extensor
Artroplastia Artrodese
Tenotomia do tendão
extensor terminal
19
REIMPLANTE DE MEMBROS
20
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
21
REIMPLANTE DE MEMBROS
A B
C D
E F
A) Caso clínico: deformidade em pescoço de cisne em todos os dedos. B) A tira fibrosa formada pela banda intrínseca e tendão extensor
lateral é mostrada. C) Ligamento de Cleland dissecado. D) Por uma abertura na bainha osteofibrosa dos tendões dos flexores apreende-se
a lingüeta ipsolateral do tendão do músculo flexor superficial. E) A tira, é passada por trás do ligamento de Cleland e após envolver a lin-
güeta, é testada na extensão da articulação interfalângica distal e flexão da interfalângica proximal. 0 dedo apresenta posição em botoei-
ra. F) Procedimento concluído no dedo indicador. Deformidades presentes nos outros dedos. G) término da cirurgia – todos os dedos cor-
rigidos
22
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
A B
C D
E
Caso clínico: deformidade em pescoço
de cisne em todos os dedos da mão
A) pré-operatório
B) pré-operatório
C) pós-operatório – extensão
D) pós-operatório – flexão
E) pós-operatório – flexão
23
REIMPLANTE DE MEMBROS
24
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
25
REIMPLANTE DE MEMBROS
26
Publicação Oficial do Instituto PRODUÇÃO GRÁFICA:
de Ortopedia e Traumatologia
Dr. F. E. de Godoy Moreira Coordenação Editorial:
da Faculdade de Medicina Ábaco Planejamento Visual
da Universidade de São Paulo.
R. Dr. Ovidio Pires de Campos, 333 Colaboradores:
Tel/Fax: (011) 3069-6888
CEP 05403-010 – São Paulo – SP Carmen T. Bornacina, Rodrigo R. Tonan
Marize Zanotto, Adalberto Tojero
REDAÇÃO: Ilustrações Médicas:
José Falcetti (Artista Médico do Serviço
Prof. Dr. Rames Mattar Junior
Professor livre Docente da FMUSP de Neurocirurgia Funcional IPQ-FMUSP)
Chefe do Grupo de Mão do Departamento de Ortopedia Diagramação e Editoração Eletrônica:
e Traumatologia FMUSP Alexandre Lugó Ayres Neto
Fotolito: Bureau Digital Bandeirante
Professor Ronaldo J. Azze Impressão: Nova Página
Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Tiragem: 10.000 exemplares
Traumatologia da FMUSP
CARTAS PARA REDAÇÃO:
Apoio: Atualização em Traumatologia do Aparelho Locomotor
Rua Batataes, 174 – 01423-010
São Paulo – SP – Tel/Fax.: (011) 885-4277
27
5 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA
DO APARELHO LOCOMOTOR
ILUSTRAÇÕES:
JOSÉ FALCETTI
REDAÇÃO:
PROF. RAMES MATTAR JUNIOR
PROF. RONALDO J. AZZE
AMPUTAÇÕES
NA MÃO
AMPUTAÇÕES NA MÃO
Prof. Rames Mattar Júnior
Prof. Ronaldo J. Azze
2
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
3
ser identificados e ligados adequadamen- • Hematoma;
te para evitar sangramento e formação de • Infecção;
pseudoaneurismas. • Necrose;
• Neurológicas: os pacientes devem
ser avisados a respeito da ocorrência da
COMPLICAÇÕES dor fantasma e as diversas formas de sua
As complicações podem ocorrer nas apresentação. Após período variável do
diversas fases que envolvem o procedi- pós-operatório, a maioria dos pacientes
mento de amputação: para de se queixar deste sintoma. Outras
complicações neurológicas nesta fase
Pré-operatório: relacionam-se com a presença de neuro-
• Choque hipovolêmico: na grande mas e distrofia simpática reflexa.
maioria das vezes, nas amputações trau- • Músculo-esqueléticas: o paciente
máticas, a compressão do ferimento e a deve ser orientado para manter a mobili-
elevação do membro controla o sangra- dade articular para evitar deformidades.
mento. Quando isto não é conseguido, Aderências tendinosas e retração cápsu-
deve-se indicar o uso de um torniquete que lo-ligamentar são as principais causas de
deve ser liberado a cada hora para propor- restrição da mobilidade. Os problemas
cionar perfusão aos tecidos viáveis; ósseos são causados geralmente por
• Infecção: a lavagem exaustiva e o crescimento e perda da cobertura cutânea
desbridamento criterioso do ferimento são adequada do coto.
as grandes armas do ortopedista para • Vasculares: apesar de raros, os
prevenir infecções. Da mesma forma, a pseudo-aneurismas são complicações
antibioticoterapia deve ser iniciada preco- possíveis e que requerem tratamento
cemente, com culturas e antibiogramas, cirúrgico.
que podem orientar a mudança da droga • Cutâneas: cobertura cutânea inade-
utilizada. quada, pele instável, dermatite, úlceras de
pressão e infeção são as complicações
Intra-operatório: mais freqüentes.
• Choque hipovolêmico: esta compli- • Psicológicas: alterações da persona-
cação deve ser evitada através da ligadu- lidade, depressão, ansiedade, agressivida-
ra criteriosa de todos os vasos; de, frustração e negação são as alterações
• Cobertura cutânea: o planejamento mais encontradas relacionadas aos trauma
da reparação do revestimento cutâneo é graves da mão. A perda real ou simbólica
fundamental para o sucesso do procedi- de qualquer parte da mão deve ser bem
mento de amputação. Não devemos acei- detectada pelo cirurgião antes de iniciar
tar exposição de osso, nervo, tendões e qualquer tratamento, que é influenciado
vasos. Da mesma forma, revestimento diretamente pelo que se convencionou
cutâneo instável, que não suporta pres- chamar seqüência de recuperação picoló-
são e atrito, e a presença de retrações gica, dividida em 3 estágios:
cicatriciais, causando deformidades, – Negação: pode durar horas ou dias.
podem comprometer a função; O paciente ainda não acredita no ocorri-
• Desequilíbrio hidro-eletrolítico e a do, nem prestando atenção às explica-
presença de mioglobulinemia são compli- ções e orientações;
cações de traumas graves e esmagamen- – Pesar (“luto”): também pode durar
tos, podendo causar, inclusive, a morte. horas ou dias, dependendo da personali-
Pós operatório dade do paciente. É uma fase de lamenta-
4
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
ções, ira e acusações a si ou a outros; esclarecido que esta deve retornar gradati-
desespero; agitação. Nesta fase é impor- vamente. Quando a parte amputada não
tante o cirurgião entender o paciente, criar pode ser aproveitada, é possível utilizar
uma empatia necessária para passar a enxerto de pele convencional para fechar
fase seguinte. um ferimento.
– Reação: o paciente começa a 2. Amputações com exposição óssea
entender que há ainda esperança de fun- Nesta situação a decisão mais impor-
ção, e começa a aceitar a perda como tante é determinar qual comprimento do
passado inevitável. Nasce um período de dedo é possível manter, lembrando sempre
pensamento positivo, que o médico deve do princípio de conservar o máximo de fun-
aproveitar para criar um ambiente de oti- ção. O tratamento deve basear-se na
mismo e entusiasmo pelo tratamento rea- transformação de um ferimento com osso
lizado ou a se realizar. exposto para outro fechado e, para isso,
Quanto mais cedo o médico entrar em regulariza-se a borda óssea com saca-
sintonia psicológica com o paciente, bocados delicados, utilizando-se de proce-
melhor. dimentos de revestimento cutâneo (reta-
lhos). Os retalhos realizados para este fim
podem ser locais, de vizinhança ou a dis-
AMPUTAÇÕES DA
tância. Os retalhos locais mais utilizados
EXTREMIDADE DISTAL
são o avanço tipo “V-Y” volar de Atasoy
DOS DEDOS
(1970), ou o “V-Y” lateral de Kutler (1947).
(PONTA DOS DEDOS)
5
Incisão em “V” para
retalho volar Tipo “V-Y”
de Atasoy-Kleinert em
amputação da extremidade
distal do dedo
Sutura do retalho
Avanço e sutura (observar figura em “Y”)
Caso clínico: retalho volar “V-Y” de Atasoy-Kleinert. Utilizado prótese de silicone para ocupar o local da unha, mantendo o leito ungueal plano
e evitando sinéquia.
6
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
KUTLER
Indicado principalmente
quando há preservação
das porções laterais A B
dos dedos, como
em algumas ampu-
tações oblíquas. Um
ou dois retalhos triangu-
lares são desenhados na
porção lateral dos dedos. O
ápice do “V” deve situar-se na
linha médio-lateral do dedo, próxi-
mo à articulação interfalangiana dis-
tal. Os retalhos são dissecados de tal
forma a preservar os vasos sangüíneos
e nervos digitais e avançados distalmente
para serem suturados no leito ungueal ou
unha. A porção proximal é suturada de tal for-
ma que o “V” transforma-se em um “Y”. Após a
sutura deve-se testar a perfusão do retalho e
do dedo. Uma das críticas deste retalho
é a presença de uma cicatriz hiper-
sensível na região mediana da
polpa digital.
RETALHO DE
AVANÇO VOLAR C D
Caso clínico:
retalho lateral tipo “V-Y” Kutler
7
DE MOBERG
8
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
9
As indicações para este retalho são e, normalmente, a cicatriz resultante não
similares ao do retalho cruzado entre é de boa qualidade. Os dedos que podem
dedos (“cross-finger”). Baseia-se na utili- ser tratados com este retalho são o indica-
zação de um retalho cutâneo da região dor e médio pois, normalmente, os dedos
tenar com base proximal, distal ou em for- anular e mínimo não fazem oposição, de
ma de “H”. O dedo com lesão em sua forma natural, com a eminência tenar. O
extremidade é fletido de tal forma a possi- retalho é fixado na região receptora de
bilitar a sutura do retalho. A maior crítica a forma similar. Qualquer condição clínica
este retalho é a manutenção desta posi- que favoreça o desenvolvimento de rigi-
ção em flexão por período longo (cerca de dez articular deve ser considerada uma
duas semanas) que pode causar rigidez contra-inidcação: artrite reumatóide,
articular, principalmente limitação da moléstia de Dupuytren, osteoartrose (ida-
extensão. Outro problema é a cicatriz na de avançada), etc.
região tenar – normalmente esta área é RETALHO NEURO-VASCULAR
tratada com enxerto de pele convencional EM ILHA (LITTLER)
10
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Sutura
Caso clínico:
Retalho tenar para cobertura cutânea em amputação
da extremidade distal do dedo
11
Este retalho é indicado principalmente para perdas
cutâneas maiores ao nível da extremidade distal dos
dedos. Sua principal indicação é o tratamento das lesões
da extremidade do polegar. Baseia-se na dissecção de um
retalho cutâneo na região lateral de um dedo, incluindo seu
pedículo vásculo-nervoso. Os dedos mais utilizados como
doadores são o médio e o anular e o receptor o polegar.
Para poder dissecar e liberar o retalho para sua transferên-
cia, é necessário ligar e seccionar a artéria digital do dedo
distalmente, seccionar o nervo digital distalmente e ligar a
artéria digital para o dedo vizinho (ao nível da comissura),
até ter acesso a artéria digital comum. Para transferir o
retalho para a região receptora realiza-se um túnel subcu-
tâneo na região palmar, suficiente para passagem do teci-
do cutâneo e seu pedículo. É preciso tomar cuidado para
evitar tensão e torção do pedículo. O retalho é suturado na
região receptora de forma convencional e a região doado-
ra é tratada com enxerto de pele convencional e curativo de
Braun. Os problemas relacionados com este retalho são,
principalmente, a possibilidade de haver necrose, normal-
mente devida a problemas técnicos na dissecção e manu-
seio do pedículo, sensibilidade cruzada (ao tocar no retalho
posicionado, por exemplo, no polegar, o paciente refere
sensação tátil no dedo doador - médio ou anular) e aneste-
sia no dedo doador devido a secção do nervo digital.
Existem várias variações deste retalho:
• utilização do tecido cutâneo apenas com o pedículo
vascular, preservando o nervo digital do dedo – o retalho
não inervado proporcionará cobertura cutânea sem sensi-
bilidade;
• utilização do retalho de forma convencional mas o
nervo digital do retalho é suturado ao nervo digital do pole-
gar (para evitar a sensibilidade cruzada);
• utilização do retalho de forma reversa – como exis-
tem anastomoses vasculares entre os dois sistemas de
artérias digitais, principalmente localizadas ao nível das
articulações interfalangianas proximal e distal, é possível
dissecar o retalho, ligar seu pedículo proximalmente, e
manter sua nutrição através de circulação sanguínea
retrógrada, mantendo seu pedículo distal íntegro (circula-
ção arterial de distal para proximal). Este retalho é parti-
cularmente útil para promover a cobertura cutânea em
lesões distais (ponta do dedo).
AMPUTAÇÕES AO NÍVEL DA INTERFALAN-
12
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
AMPUTAÇÕES AO NÍVEL
DA FALANGE MÉDIA, INTERFA-
LANGIANA
PROXIMAL E
FALANGE PROXIMAL
A – Amputação do dedo:
Incisão para proporcionar boa
Na maioria das vezes o procedimento C qualidade de cobertura cutâ-
realizado é a regularização do tecido nea. O retalho volar deve ser
ósseo e a cobertura cutânea com a pele maior que o dorsal para permi-
local viável. Retalhos só são utilizados em tir que a maior parte do coto
seja revestido pela pele palmar,
situações de lesão de múltiplos dedos, mais resistente e com sensibili-
quando a manutenção do máximo compri- dade mais diferenciada.
mento dos dedos remanescentes é muito B – Incisão
importante para preservar a função. C – Surtura
13
• Após a ressecção de um raio, há
A ressecção das falanges e do meta- diminuição da força da mão para preen-
carpiano (amputação de um raio) é um são e pinça, segundo alguns estudos bio-
procedimento utilizado no tratamento de mecânicos.
traumas, infecções, deformidades congê- A amputação de um raio é realizada
nitas e tumores. Apesar de reduzir a largu- mais freqüentemente como um procedimen-
ra da região palmar, a ressecção de um to eletivo e, sempre que possível, a ressec-
raio evita a formação de um espaço entre ção do raio deve ser evitada na emergência.
dedos remanescentes e proporciona um Portanto, na maioria das vezes, há possibili-
aspecto estético melhor para a mão do dade de refletir e discutir com o paciente
paciente. Do ponto de vista funcional, qual o melhor procedimento.
vários fatores interferem com a decisão
de se indicar ou não a ressecção de um AMPUTAÇÃO DO RAIO
raio. São argumentos favoráveis à ampu- DO INDICADOR
tação de um raio:
• O espaço entre dedos remanescen- De acordo com a etiologia da patolo-
tes pode provocar um prejuízo funcional gia que levou a indicação de amputação
pois objetos podem cair da mão por este pode-se ou não utilizar a exsanguinação
espaço; com faixa de Esmarch. Nas lesões tumo-
• A preservação de um dedo com rais e em infecções este procedimento
comprometimento funcional importante e deve ser evitado e o torniquete pode ser
rígido pode causar prejuízo para os aplicado após a manutenção do membro
demais; superior elevado por cerca de 10 minutos.
• Nas amputações ao nível da articu- Realiza-se uma incisão ao nível da meta-
lação metacarpofalangiana dos dedos carpofalangiana do dedo indicador, for-
indicador e mínimo, a cabeça do metacar- mando a figura de “V”, volar e dorsal, com
piano ou seu colo ficam proeminentes. A ápice proximal, e estendendo-a longitudi-
cabeça do segundo metacarpiano proemi- nalmente na região dorsal no eixo do
nente ocupa a nova primeira comissura. A metacarpiano. As veias dorsais são liga-
ressecção da metade distal destes meta- das e os tendões extensor comum dos
carpianos proporciona um contorno dedos para o indicador e o extensor pró-
melhor para a mão. prio do dedo indicador são seccionados
São argumentos favoráveis para a ao nível da base do metacarpiano. O
preservação do raio: metacarpiano é exposto e seccionado
• Em algumas atividades, a preserva- com uma serra de Gigli, serra elétrica ou
ção da largura da palma da mão é muito osteótomo ao nível do 1/3 médio. Esta
importante. A ressecção do raio está con- osteotomia pode ser oblíqua, deixando a
tra-indicada em paciente que manuseiam extremidade medial mais longa que a
e necessitam realizar a preensão de obje- radial, dando assim um contorno melhor
tos grandes em sua atividade profissional; para a primeira comissura. O tendão do
• O paciente pode optar por utilizar primeiro interósseo dorsal é identificado e
uma prótese estética para propocionar seccionado. O músculo lumbrical, situado
melhor aspecto estético e fechar o espaço redialmente ao segundo metacarpiano, é
indesejável na mão; seccionado na sua inserção tendinosa no
14
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
15
Amputação do
dedo médio
(vista dorsal)
16
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Amputação do
dedo médio
(vista central)
17
Amputação transmetacarpiana,
incisão dorsal e tenotomia
do tendão extensor,
individualização do metacarpiano
e musculatura intrínseca
18
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
19
Amputação transmetacarpiana:
aspecto final – sutura dos
intrínsecos
20
Amputação transmetacarpiana:
fechamento do espaço graças
a sutura do ligamento
intermetacarpiano transverso
Caso clínico:
21
DEDO ANULAR
Caso clínico:
Amputação transmetacarpiana
do dedo anular
22
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
23
AMPUTAÇÃO DE MÚLTIPLOS DEDOS
A amputação de múltiplos dedos pode ser indicada em seqüela de trauma, lesões tér-
micas, elétricas, vasculites, etc. Todo esforço deve ser realizado para preservar o máxi-
mo de comprimento e uma cobertura cutânea adequada. Para este fim pode ser neces-
sário utilizar retalhos, pediculados ou livres. Da mesma forma, para promover o máximo
retorno de função, freqüentemente indicamos procedimentos para criar ou aumentar a pri-
meira comissura (comissuroplastias): zetaplastias, retalhos, etc.
24
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Abu-jamra, F. N., and Khuri, S.: The treatment of finger tip injuries. Bunnell, S.: The management of the non-functional hand-recons-
J. Trauma, 11: 749-757,1971. truction vs. prosthesis. Artif. Linibs, 4:76-102, Spring 1957.
Adamson, J. E., Horton, C. E., and Crawfôrd, H. H.: Sensory reha- Burkhalter, W. E., Butler, B., Metz, W., and Omer, G. E.:
bilitation of the injured thumb. Plast. Reconstr. Surg., 40. 53-57, 1967. Experiences with delayed primary closure of war wounds of the hand
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Adeymo, 0., and Wyburn, C. M.: Innervation of skin grafts. in Viet Nam. J. Bone Joint Surg., 5OA: 945-954, 1968.
Transplant. Buli., 4: 152-156, 1957. Butler, B.: Ring finger pollicization with transplantation of nail bed
Aitken, C. T.: Management of severe bilateral upper linib deficien- and matrix: on a volar flap. J. 184. Bone Joiht Surg., 46A: 1069, 1964.
cies. Clin. Orthop., 37. 53-60, 1964. Byrne, H., and Clarkson, P.: Traumatic amputations of the finger
Alldredge, R. H., and Murphy, E. F.: Prostheties research and the tips. p. 543. In Flynn, J. E “ ed.: Hand Surgery. Baltimore, Willíams &
amputation surgeon. Artif. Limbs, 1: 4-46, 1954. Wilkins, 1966.
Alldredge, R. H.: Major amputations. Surg. Gynecol. Obstet., 84: Caplan, H. S., flunter, J. M., and Merklin, R. J.: Intrinsic vasculari-
759-764, 1974. zation of flexor tendons. p. 48.
Armenta, E., and Lehrman, A.: The vincula to the flexor tendons of Carroil, R. E.: The levei of amputation of the third finger. Am. J.
the hand. J. Hand Surg., 5: 127 133, 1980. Surg., 97. 477-483, 1959.
Atasoy, E., Ioakimidis, E., Kasdan, M. L., Kutz, J. E., and Kleinert, Carroil, R. E.: Transposition of the index finger to replace the mid-
H. E.: Reconstruction of the amputated finger tip with a triangular volar die finger. Clin. Orthop., 15. 27-34,1950.
flap. A new surgical procedure. J. Bone Joint Surg., 52A: 921-926, Caul, J. S.: Radial-innervated cross finger flap from index to pro-
vide sensory pulp to injured thumb. J. Bone Joint Surg., 51A:
1970.
1257-1268, 1969.
Azze,R.J.; Ferreira, M.C.; Zumiotti, ªV.: Amputação transmetacar-
Chase, R. A.: Atlas of Hand Surgery. Philadelphia, p. 149. W. B.
piana de dedo médio ou anular sem transposição do dedo adjacente.
Saunders, 1973.
Rev. Bras. Ortop., 15 (3): 100-102, 1980.
Chase, R. A.: Conservation of usable structures miinjured hands.
Baker, T. J.: The versatile finger flap. Buil. Uni.Miami Sch. Med.,
p. 1579. In Converse, J. M., ed.: Reconstructive Plastic Surgery.
15:50,1961.
Philadelphia, 218. W. B. Saunders, 1964.
Barber, C. C.: Inunediate and eventual features of healing in
Chase, R. A.: Functional levels of amputation in the hand. Surg.
amputated bones. Ann. Surg., 90. 985-992,1929.
Clin. North Am., 40. 415-423, 1960.
Barelay, T. L: The late results of finger tip injuries. Br. J. Plast.
Chase, R. A.: The damaged index digit, a source of components
Surg., 8. 38-43, 1955.
to restore the crippied hand. J. 219.
Barnes, I. E.: Techniques for the replication of skin surfáces. Br. J.
Chase, R. A.: The severely injured upper limb - To amputate or
Dermatol., 89: 277-283, 1973. reconstruct? That is the question. Arch. Surg., 100.- 382-390, 1970.
Barron, J. N.: The structure and fúnction of the skin of the hand. Clarkson, P.: The care of open injuries of the hand and fingers with
Hand, 2: 93-96, 1970. special reférence to the treatment of traumatic amputations. J. Bone
Barsky, A. J., Kahn, S., and Simon, B. E.: Principies and Practice Joint Surg., 37A: 521-526,1955.
of Plastic Surgery, 2nd Ed. pp. 1-2. New York, McGraw-Hili, 1964. Clifford, R. H.: Evaluation of three methods for finger tip injuries.
Bartley, S. P.: Kinetic amputations and plastic reconstructions of Arch. Surg., 65. 464-466, 1952.
fingers: Operative tecimic and fúnctional results. Am. J. Surg., Cochran, J. R.: Early treatment of hand injuries. South. Med. J.,
67.181-183, 1945. 55. 1150-1152, 1962.
Bate, J. T.: Second and third intention healing of finger tip ampu- Coleman, S. -S., and Anson, B. J.: Arterial pattems in the hand,
tations: A salvage procedure. Clin. Orthop., 47. 151-155, 1966. based on a study of 650 specimens. Surg. Gynecol. Obstet., 113: 409,
Beasley, R. W.: Local flaps for surgery of the hand. Orthop. Clin. 1961.
North Am., 1: 219-225, 1970. Constant, E.: Finger tip injuries. R. Med. Trial Tech. Q. B.,
Beasley, R. W.: Principies and techniques of resurfácing opera- 17.273,1971.
tions for hand surgery. Surg. Clin. North Am., 4 7. 389-413, 1967. Cottlieb, 0.: Metacarpal amputation-a problem of the four-fingered
Beasley, R. W.: Reconstruction of amputated finger tips. Plast. hand. Acta Chir. Scand., suppl. 343:132,1965.
Reconstr. Surg., 44:349-352, 1969. Craig, R. L.: Primary skin graffing of finger injuries. Q. Buli.
Bennett, J. E.: Finger tip avulsions. J. Trauma, 6.249-261,1966. Northwestern Univ. Med. Sch., 29. 111,1955.
Bertelsen, A., and Capener, N.: Fingers, compensations and King Cronin, T. D.: The cross finger flap: A new method of repair. Am.
Canute. J. Bone Joint Surg., 42B.390-392,1960. Surg., 17. 419-425, 1951
Bevin, A. G., and Chase, R. A.: Management of ring avulsion inju- Davis, J. T.: Closure of traumatic wounds of the hand. J. Miss.
ries and associated conditions of the hand. Plast. Reconstr. Surg., State Med. Assoc., 3. 105-108, 1962.
32:391-400, 1963. Davis, J. T.: Primary care of injuries of the hand. South. Med. J.,
Blair, H. C., and Morris, H. D.: Conservation of short amputation 60. 526-532, 1967.
stumps by tendon section. J. Bone Joint Surg., 28: 427-433, 1946. DeMere, M.: The controversial palmar flap in the 149. reconstruc-
Bojsen-Moller, J., Pers, M., and Schmidt, A.: Finger tip injuries: tion of finger tips. J. Int. Coll. Surg., 33: 463, 1960.
Late results. Acta Chir. Scand., 122. 177-183, 1961. DeMuth, R. J., and Tooze, F. M.: Management of finger tip injuries.
Boldrey, E.: Amputation neuroma in nerves implanted in. bone. Penn. Med., 74. 54-66, Oct. 1971.
Ann. Surg., 118:1052-1057,1943. Douglas, B. S.: Conservative management of guillotine amputa-
Bone Joint: Surg., 5OA: 1152-1160, 1968. tion of the finger in children. Aust. Paediatr. J., 8. 86, 1972.
Bossley, C. J.: Conservative treatment of digit amputations. NZ Douglas, B.: Successfúl replacement of completely avulsed por-
Med. J., 82: 379~380, 1975. tions; of fingers; by composite grafts. Plast. Reconstr. Surg., 23.
Boyes, J. H.: Bunnell’s Surgery of the Hand, 5th Ed. p. 566. 213-225; 1959.
Philadelphia, J. B. Lippincott, 1970. Eaton, R. G.: The digital neurovascular bundie. Clin. Orthop., 61:
Boyes, J. H.: Burmell’s Surgery of the Hand, 5th Ed. p. 502. 176-184, 1968.
Philadelphia, J. B. Lippincott, 1970. Elsahy, N. L When to replant a finger tip after its complete ampu-
Bralliar, F., and Horner, R. L.- Sensory cross-finger pedicle graft. tation. Plast. Reconstr. Surg., 60. 14-21, 1977.
J. Bone Joint Surg., 5]A: 1264-1268, Entin, M. A.: Crushing and avulsing injuries of the hand. Surg.
Braver, S. D.: Finger tip injuries. Ohio Med. J., 60.39, 1964. Clin. North Am., 44: 1009-1018, 1964.
Brody, G. S., Cloutier, A. M., and Woolhouse, F. M.: The finger tip Entin, M. A.: Roller and wringer injuries of the hand. Plast.
injury-an assessment of management. Plast. Reconstr. Surg., 26. Reconstr. Surg., 15. 290, 1955.
80-90, 1960. Entin, M. A.: Salvaging the basic hand. Surg. Clin. North Am., 48.
Brown, H. C., Williams, H. B., and Woolhouse, F. M.: Principies of 1063, 1068.
salvage in mutilating hand injuries. J. Trauma, 8: 319-332, 1968. Esser, J. F. S.: Island flaps. NY Med. J., 106. 264, 1917.
Brown, J. B.: The repair of surfáce defects of the hand. Ann. Surg., Eversman, W. W., Burkhalter, W. E., and Dunn, C.: Transfer of the
107. 952-971, 1938. long flexor tendon of the index finger to the proximal phalanx of the
Brown, P. W.: A review of digital injuries. Br. J. Plast. Surg., 20. long finger during index ray amputation. J. Bone Joint Surg., 53A:
387-391, 1967. 769-773, 1971.
Bunnefi, S.: Physiologic reconstruction of the thumb after total Fisher, E. G., and Coldrier, J. L.: Index ray deletion—-complica-
loss. Surg. Gynecol. Obstet., 52. 245-248,1931. tions and sequei. J. Bone Joint Surg., 54A: 898, 1972.
Bunnell, S.: Plastic problenis in the hand. Plast. Reconstr. Surg., Fisher, R. H.: The Kutler method of repair of finger tip amputations.
1: 265-270, 1946. J. Bone Joint Surg., 49A: 317-152. 321 1967.
25
Fitzgerald, M. J. T., Martin, F., and Paletta, F. X.: Innervation of 45-58, 1949.
skin grafts. Surg. Cynecol. Obstet., 124: 808-812, 1967. Illingworth, C. M.: Trapped fingers and amputated finger tips in
Flatt, A. E.: The Care of Minor Hand Injuries, 3rà Ed. p. 137. St. children. J. Pediatr. Surg., 9. 853,1974.
Louis, C. V. Mosby, 1972. Innis, C. 0.: Treatment of skin avulsion injuries of the extremities.
Flatt, A. E.: The thenar flap. J. Bone Joint Surg., 153. 39B.- 80-85, Br. J. Plast. Surg., 10. 122-140, 1957.
1957. J. M., Scimeider, L. H., Makin, E. J., and BeR, J. A., eds.:
Flint, M. H., and Harrison, S. H.: A local neurovascular flap to Rehabilitation of the Hand. St. Louis, C. V. Mosby, 1978.
repair loss of digital pulp. Br. J. Plast. Surg., 18: 156-163, 1965. James, S. L., and Slocum, D. B.: Upper extremity amputation. p.
Folkerts, J. F., Sneep, A. J., and MeijUng, H. A.: A comparative 348. In 0~, J. E., ed.: Hand Surgery, 2nd ed. Baltimore, Williams &
investigation on the return, of sensation to skin grafts, a clinical and Wilkins, 1975. 27. Jentschura, C., Marquardt, E., and Rudel, E.
histological study. p. 54. In Biemond, A., van der Horst, L., deVries, E., M.:Malformations and Amputations of the Upper Extremity-Treatment
den Hartug Jager, W. A., and Scholten, J., eds.: Recent Neurological and Prosthetic Replacement. New York, Grune & Stratton, 1967.
Research. London, Elsevier, 1959. Johnson, R. K., and Iverson, R. E.: Cross finger pedicle flaps in
Frackelton, W. H., and Teasley, J. L.: Neurovascular island pedi- the hand. J. Bone Joint Surg., 53A: 913-919,1971.
cle-extension in usage. J. Bone Joint Surg., 44A: 1069-1072, 1962. Jones, K. C.: Lesser hand problems-finger tip injuries. J. Arkansas
Frandsen, P. A.: V-Y plasty as treatment: of finger tip amputations. Med. Soe., 58. 420-423, 1962.
Acta Orthop. Scand., 49.255-259, 1978. Jones, R. A.: A method of closing a traumatic deféct of a finger tip.
Freiberg, A., and Manktelow, R.: The Kutler repair of finger tip Am. J. Surg., 55. 326-338, 1942.
amputations. Plast. Reconstr. Surg., 50. 371-375, 1972. Jones, R. F.: The rehabilitation of surgical patients with particular
Fry, R. M.: The importance of skin. cover in the injured hand. J. reference to traumatic upper limb disability. Aust. NZ J. Surg., 47.
Fia. Med. Assoc., 50.- 142, 1963. 21. Craham, W. P.: Incisions, ampu- 402-407, 1977. 29. Kaplan, E Functional levels of amputation of fin-
tations and skin graffing in. the hand. Orthop. Clin. North Am., 1: gers. S. Afr. Med. J., 43.- 1113-1115, 1969.
213-218, 1970 ‘ Joshi, B. B.: One stage repair for distal amputation of the thumb.
Fusco, E. M.: Finger tip reconstruction with palmar skin flaps. Am. Plast. Reconstr. Surg., 45. 613-615, 1970.
J. Surg., 87. 608-611, 1954. Keim, H. A., and Grantham, S. A.: Volar flap advancement for
Gatewood, A.: A plastic repair of finger defécts; without hospitali- thumb and finger tip injuries. Clin. Orthop., 66.- 109-112, 1969.
zation. JAMA; 87.1479, 1926. Kislov, R., and Kelly, A. P.: Cross; finger flaps and digital injuries
Gilcreest, E. L: Plastic operation for repair of traumatic amputation with notes on Kirschner wire fixation. Plast. Reconstr. Surg., 25.
of end of finger. Surg. Clin. North Am., 6.- 555-556, 1926. 312-322, 1960.
Gonazales, R. L, and Bunke, H. J.: Repair of injuries to soft tis- Kleinert, H. E., MeAlister, C. G., McDonald, C. J., and Kutz, J. E.:
sues of fingers. Primary and secondary reconstruction. Calif. Med., 96. A critical evaluation. of cross; finger flaps. J. Trauma, 14: 756-766,
347-349, 1962. 1974.
Gottlieb, 0., and Mathiesen, F. R.: Thenar flaps and cross-finger Kleinert, H. E.: Finger tip injuries and their management. Am.
flaps: A preliminary analysis of 28 cases. Acta Chir. Scand., 122. Surg., 25. 41-51, 1959.
166-176, 1961. Kutler, W.: A method for repair of finger amputation. Ohio Med. J.,
Grabb, W. C., and Dingman, R. 0.: The common finger tip injury. 40. 126, 1944.
Mich. Med., 63: 555-557, 1964. Kutler, W.: A new method for finger tip amputation. JAMA, 133: 29,
Graham, W. P., Kilgore, E. S., and Whitaker, L. A.: Transarticular 1947.
digital joint amputations: Preservation of the articular cartilage. Hand, Lassar, C. N.: Traumatic amputation of fingers. Mo. Med., 51:
5. 58-62, 1973. 275-279, 1954.
Graham, W. P., Pataky, P. E., VAútaker, L. A., Kilgore, E. S., Riser, Láttler, J. W.: The neurovascular pedicie method of digital transpo-
W. A., Buda, M., and Lerner, E.: Transarticular joint amputations: The sition for reconstruction of the thumb. Plast. Reconstr. Surg., 12.
value of preserving articular cartilage. J. Surg. Res., 14: 524-537, 303-319, 1953.Pringle, R. C.: Amputations; of the thumb, a study 187.
1973. of techniques of repair and residual disability. In-jury, 3: 211-217, 1972.
Graham, W. P.: Amputations. p. 261. In Kilgore, E. S., and Leffért, R. D., Weiss, C., and Athanasoulis, C. A.: The vincula-with
Graham, W. P., eds.: The Hand, Surgical and Nonsurgical particular reference to their 196. vesseis and nerves. J. Bone Joint
Management. Philadelphia, Lea & Febiger, 1977. Surg., 56A: 119 1.-1198,1974.
Gurdin, M., and Pangman, W. J.: The repair of surfáce deficits~ of Leriche, R.: Usable and unusable stumps; comparative value of
fingers by trarisdigital flaps. Plast. Reconstr. Surg., -5. 368-371, 1950. various amputations and disarticulations; of upper extremity. Presse
Haddad, R. J.: The Kutler repair of finger tip amputation. South Med.,. 47.- 135, 1939.
Med. J., 61: 1264-1267, 1968. Lewin, M. L.: Digital flaps in reconstructive and traumatic surgery.
Hall, C. B., and Bechtol, C. 0.: Modern amputation technique in. Clin. Orthop., 15. 74-85, 1959.
the upper extremity. J. Bone Joint Surg., 45A: 1717-1722, 1963. Lie, K. K., and Posch, J. L.: Island flap innervated by radial nerve
Harkins, P. D., and Rafférty, J. E.: Digital transposition in the inju- for restoration of sensation in an index stump, a case report. Plast.
red hand. J. Bone Joint Surg., 54A: 1064-1067, 1972. Reconstr. Surg., 47. 386-388, 1971.
Harrison, R.: Injuries to the finger tip. Practitioner, 183: 606-612, Lie, K. K., Magargle, R. K., and Posch, J. L.: Free full thickness
1959. skin grafts from the palm to cover defects of the fingers. J. Bone Joint
Harty, M.: The dermal papillae in. the finger tip. Plast. Reconstr. Surg., 52A: 559-561,1970.
Surg., 45. 141-145, 1970. Littler, J. W.: Principies of reconstructive surgery of the hand. Am.
Harvey, F. J., and Harvey, P. M.: A critiá1 review of the results of J. Surg., 92. 88-93, 1956. 32. Littler, J. W.: Principies of reconstructive
primary finger and thumb amputations. Hand, 6.- 157, 1974. surgery of the hand. p. 1612. Converse, J. M., ed.: In Recon-structive
Heuston, J.: Local flap repair of finger injuries. Plast. Reconstr. Plastic Surgery, vol. IV. Philadelphia, W. B. Saunders, 1964.
Surg., 37. 349-350, 1966. Louis, D. S., Hunter, L. Y., and Keating, T. M.: Painful neuromas in
Holevich, J.: Critical evaluation of the results of conservative ope- long below-elbow amputees. Arch. Surg., 115. 742-744, 1980.
rations following amputations of the fingers and wrist. Sci. Works Inst. Louis, D. S. Amputations. In Green, D. P. Operation Hand Sugery.
Reconstr. Surg., 2. 19, 1960. vol. 1, 3ª ed., 53-75, 1993.
Holm, A., and Zachariae, L.: Finger tip lesions: An evaluation of Louis, D., Palmer, A., and Burney, R.: Open treatment of digital tip
conservative treatment versus free skin graffing. Acta Orthop. Scand., injuries. JAMA, 244: 7, 1980.
45. 382, 1974. Maguire, C., Buxton, J. T., and Otherson, H. B.: Finger tip injuries.
Horn, J. S.: The use of fuR thickness hand skin flaps in the recons- J. SC Med. Assoe., 57. 312-314, 1961.
truction of injured. fingers. Plast. Reconstr. Surg., 7. 463-481, 1951. Mahoney, J. H., Phalen, C. S., and Frackelton, W. H.: Amputation
Hoskins, H. D.: The versatile cross finger flap. A report on 26 of the index ray. Surgery, 21: 911-918, 1947.
Cases, J. Bone Joint: Surg., 42A: 261277,1960. Mandal, A. C.: Thiersch graffs for lesions of the finger tip. Acta
Huber, C. C., and Lewis, D.: Amputation neuromas, their developr- Chir. Scand., 129.- 325-332, 1965.
nent and prevention. Arch. Surg., 1: 85-113, 1920. Markee, J. E., and Wray, J. B.: Circulation of the hand, injection
Hutchinson, J., Tough, J. S., Wyburn, C. M.: Regeneration of sen- corrosion studies. J. Bone Joint Surg., 4]A: 673-680, 1959.
sation in grafted skin. Br. J. Plast. Surg., 2. 82-94, 1949. McCash, C. R.: Toe pulp free grafts in finger tip repair. Br. J. Plast.
Hyroop, G. L.: Transfer of a metacarpal with or without its digit for Surg., 11: 322-328, 1958.
improving the function of the crippled hand. Plast. Reconstr. Surg., 4: McKeever, F. M.: Upper extremity amputations and prostheses. J.
26
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Bone Joint Surg., 26. 660-671, 1944. finger. Br. J. Surg., 41: 515-519, 1954.
McLaurin, C. A., and Sammons, F.: Independent control harnes- Robinson, D. W., and Masters, F. W.: Severe avulsion injuries of
sing in. the upper extrenúty prosthetics. Artif Limbs, 7: 11, 1963. the extremities including the degloving type. Surg. Clin. North Am.,
Metcalf, W., and Whalen, W. P.: Salvage of the injured distal pha- 47.379-388, 1967.
lanx: Plan of care and analysis of 369 cases. Clin. Orthop., 13. Salaman, J. R.: Partial thickness skin graffing of finger tip injuries.
114-123, 1959. Lancet, 1: 705-710, 1967.
Metcalf, W., and Whalen, W.: The surgical, social and economic Sandzen, S. C., and Oakey, R. S.: Crushing injury of the finger tip.
aspects of a unit hand injury. J. Bone Joint Surg., 39A: 317-324, 1957. Hand, 4:253-256, 1972.
Micks, J. E., and Wilson, J. N.: Full thickness of sole-skin grafts for Sandzen, S. C.: Management of the acute finger tip injury in the
resurfácing the hand. J. Bone Joint Surg., 49A: 1128-1134, 1967.
child. Hand, 6. 190-197, 1974.
Milford, L.: The Hand. p. 231. In Edmonson, A. S., and Crenshaw,
Santoni-Rugiu, P.: An experimental study on the reinnervation of
A. H., eds.: Campbell’s Operative Orthopaedics, 6th Ed. St. Louis, C.
free skin grafts and pedícle flaps. Plast. Reconstr. Surg., 38: 98-104,
V. Mosby, 1980.
1966.
Miller, A. J.: Single finger tip injuries treated by the thenar flap.
Scott, J. E.: Amputation of the finger. Br. J. Surg., 61:574-576,
Hand, 6.- 311-314, 1974.
1974.
Moberg, E.: Evaluation of sensibility in. the hand. Surg. Clin. North
Siocum, D. B.: Upper extremity amputation. p. 348. In Flynn, J. E.,
Am., 40. 357-362, 1960.
ed.: Hand Surgery, 2nd Ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1975.
Moberg, E.: Objective methods; for determining the fúnctional
value of sensibility in. the hand. J. Bone Joint Surg., 40B. 454~476, Slocum, D. B., and Pratt, D. R.: The principies of amputations; of
1958. the fingers and hand. J. Bone Joint Surg., 26. 535-546, 1944.
Moynihan, F. J.: Long term results of split-skin graffing in finger tip Smith J. R., and Bom, A. F.: An evaluation of finger tip reconstruc-
injuries. Br. Med. J., 2.- 1: 802-805, 1961. tion by cross finger and palmar pedicle flap. Plast. Reconstr. Surg.,
Murray, J. F., Carman, W., and MacKenzie, J. K.: Transmetacarpal 35.- 409-418, 1965.
amputation of the index finger: A clinical assessment of hand strength Smith, R. J., and Aibin, R.: Thenar “H-flap” for finger tip injuries. J.
and complications. J. Hand Surg., 2: 471-481, 1977. Trauma, 16.- 778, 1976.
Napier, J. R.: The return of pain sensibility in full thickness skin Snow, J. W.: The use of a volar flap for repair of finger tip ampu-
graffs. Brain, 75. 147-166, 1952. tations: A preliminary report. Plast. Reconstr. Surg., 40.- 163-168,
Netter, F. H. The Ciba Collection of Medical Illustrations. Tomo VIII 1967.
13. p.181-191, 1994. Sokol, A. B., and Berggren, R. B.: Finger tip amputations. Calif.
Netter, F. H. The Ciba Collection of Medical Illustrations. vol. 8, Med., 119. 22-28, Aug. 1973.
Parte I, Parte II, 1987. Stack, H. C.: Amputations. p. 353. In Rob, C., Smith, R., and
Newmeyer, W. L., and Kilgore, E. S.: Finger tip injuries: A simple, Pulvertaft, C., eds.: Operative Surgery: The Hand, 3rd Ed. London,
effective method of treatment. 110.J. Trauma, 14: 58-64, 1974. Butterworths, 1977.
O’Brien, B.: Neurovascular island pedicle flaps for terminal ampu- Strickland, J. W., and Dirigman, D. L.: Avulsions of the tactile fin-
tations; and digital scars. Br. J. Plast. Surg., 21: 258-261, 1968. ger pad: An evaluation. of treatment. Am. Surg., 35. 756-761, 1969.
O’Malley, T. S.: Full thickness skin grafts in finger 111. amputa-
Sturman, M. J., and Duran, R. J.: The late results of finger tip inju-
tions. Wis. Med. J., 33: 337-340, 1934.
ries. J. Bone Joint Surg., 45A: 289 -298, 1963.
Omer, C. E.: Amputation. p. 541. In Hunter,
Suzuki, K., et al.: A follow-up study of finger tip injuries. J. Jpn.
Parkes, A.: The “lumbrical-pius” finger. Hand, 2:164-167, 1970.
Orthop. Assoe., 38: 1127, 1965.
Patton, H. S.- Split-skin grafts from hypothenar area for finger tip
Tempest, M. N.: Cross finger flaps in the treatment: of injuries to
avulsions. Plast. Reconstr. Surg., 11 43. 426-429, 1969.
the finger tip. Plast. Reconstr. Surg., 9: 205-222, 1952.
Peacock, E. E.: Metacarpal transfer followíng amputation of a cen-
Tempest, M. N.: The emergeney treatment of digital injuries. Br. J.
tral digit. Plast. Reconstr. Surg., 29: 345-355, 1962.
Plast. Surg., 7.- 153-161, 1954.
Peizer, E., and Pirrello, T.: Principies and practice in. upper extre-
mity prostheses. Orthop. Clin. North Am., 3. 397~417, 1972. Terhune, S. R., and Champ, M. N.: Traumatic amputation of finger
Pelzer, R. H.: Definitive plastic surgical repairs of finger tip injuries. tips. South. Surg., 11: 646-651, 1942.
J. Int. Colí. Surg., 33: 741-113, 750,1960. Thomas, A.: Amputations of the upper extremity above the elbow.
Ponten, B.: Grafted skin, observations on innerva- 114. tion and Surgical and prosthetic considerations. p. 242. AAOS Instructional
other qualities. Acta Chir. Scand., suppl. 257.- 1, 1960. Course Lectures, vol. 8. Ann Arbor, J. W. Edwards, 1951
Porter, R. W.: Functional assessment of transplanted skin in volar Thompson, R. V.: Essential details; in the technique of finger
defects of the digits. A comparison between free grafts and flaps. J. amputations. Med. J. Aust., 2. 14, 1963.
Bone Joint 116. Surg., 5OA: 955-963, 1968. Tooms, R. E.: Amputation surgery in. the upper extremity. Orthop.
Quilliam, T. A., and Ridley, A.: The receptor com- 117. munity in Clin. North Am., 3. 383-395, 1972.
the finger tip. Proc. Physiol. Soe., 6: 15,1971. Read, F. L., and Haslam, Tooms, R. E.: Amputations through upper extremity. In Edmonson,
E. T.: Inunediate skin 118. grafts on finger amputations. US Navy Med. A. S., and Crenshaw, A. H., eds.: Campbell’s Operative Orthopaedics.
Bull,, 42:183-186, 1944. 6th ed. pp. 857-867. St. Louis, C. V. Mosby, 1980.
Rank, 13. K., Wakefield, A. R., and Hueston, J. T.: Surgery of Tubiana, R., Traumatic amputations of phalanges and digits. p.
Repair as Applied to Hand Injury, 3rd ed. p. 106. Baltimore, Williams & 360. In Flynn, J. E., Ed.: Hand Surgery, 2nd Ed. Baltimore, Williams &
Wilkins, 1968. 44. Slocum, D. B.: Atlas of Amputations. p. 118. St. Wilkins, 1975.
Louis, C. V. Mosby, 1949. Vecchione, T. R.: A new donor site for finger tip avulsion injuries.
Rank, 13. K.: Unique opportunities in. the primary repair of hand J. Trauma, 18: 285-287, 1978.
injuries. p. 995. In Transactions of the Third International. Congress of
Vilain, R., and Michon, J.: Plastic Surgery of the Hand and Pulp.
Plastic Surgery. International Congress Series #66, Excerpta Medica
2nd Ed. p. 83. New York, Mason, 1979.
Foundation. Amsterdam, Mouton, 1964. 43.
Wakefield, A. R.: Hand injuires in children. J. Bone Joint Surg.,
Ratliff, A. H. C.: Amputations of the distal part: of the thumb. Handi
46A: 1226-1234, 1964.
4: 190-193, 1972.
Weiner, D. L., Silver, L., and Aiache, A.: Preservation of traumati-
Recht, P.: Esthetic viewpoints in surgery of the Flap Procedures
cally amputated finger tips. Plast. Reconstr. Surg., 49: 609-615, 1972.
for Digital Tip Injuries ends of the fingers. Arch Min. Chir., 299. 105,
Weston, P. A. M., and Wallace, W. A.: The use of localy based
1961.
triangular flaps for the repair of finger tip injuries. Hand, 8: 54, 1976.
Reed, J. V., and Harcourt, A. K.: Inunediate full thickness grafts to
finger tips. Surg. Gynecol. Obstet., 68: 925-929, 1939. Whitaker, L. A., Graham, W. P., Riser, W. H., and Kilgore, E.:
Reeves, M. M., and Quattlebaum, F. W.: The lateral flap technique Retaining the articular cartilage in finger joint amputations. Plast.
in supracondylar amputations. Surg. Gynecol. Obstet., 102: 751-756, Reconstr. Surg., 49. 542-547, 1972.
1956. Willems, J. D.: Arnputation of the fingers. Surg. Gynecol. Obstet.,
Ridley, A.: A biopsy study of the innervation of forearm skin graf- 62: 892-894, 1936. Ray Amputations
ted to the finger tip. Brain, 93: 547-553,1970. Wood, R. W.: Multiple cross finger flaps-“piggy back” techniques.
Robins, R. H. C.: Finger tip injuries. Hand, 2:119125,1970. Plast. Reconstr. Surg., 41: 5457,1968.
Robins, R. H. C.: The use of post-auricular skin grafts in the treat- Zadik, F. R.: Inumediate skin graffing for traumatic amputation of
ment of traumatic amputation through the terminal compartment of the finger tips. Lancet, 1: 335, 1943.
27
6 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA
DO APARELHO LOCOMOTOR
ILUSTRAÇÕES:
JOSÉ FALCETTI
REDAÇÃO:
PROF. RAMES MATTAR JUNIOR
PROF. RONALDO J. AZZE
SEMIOLOGIA
DA MÃO
SEMIOLOGIA DA MÃO
Prof. Rames Mattar Júnior
Prof. Ronaldo J. Azze
Articulação Movimento
2
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
TUNEIS E BAINHAS
SINOVIAIS DOS TENDÕES FLE-
XORES DA MÃO
Os tendões flexores, ao chegarem no
punho, se introduzem por baixo do ligamen-
to anular anterior do carpo. Este ligamento
se constitui numa cinta fibrosa, de forma
quadrilátera, que se extende transversal-
mente de um a outro lado do carpo e mede
Aspecto normal da região palmar da mão. Notar as
pregas cutâneas e a figura do “M” com a base volta- de 4 a 5 cm de largura por 2 a 3 cm de com-
da para o lado ulnar. primento. Junto com o assoalho, formado
pelos ossos, cápsula e ligamentos do car-
po, o ligamento anular anterior do carpo for-
PELE ma um túnel por onde passam tendões fle-
xores superficiais e profundos dos dedos,
A pele da região ventral, sem pêlos e flexor longo do polegar e nervo mediano.
sem glândulas sebáceas, mas com mui- Nesta região, os tendões flexores são
tas glândulas sudoríparas, é muito ade- envolvidos por membranas sinoviais, sendo
rente aos planos profundos, sendo prati- o líquido sinovial de grande importância
camente imóvel em quase toda sua exten- para a sua nutrição e lubrificação.
são. Sua espessura é geralmente maior O nervo ulnar passa por um túnel
que em outras regiões do corpo e tende a separado na região do carpo, denomina-
aumentar, com a formação de calosida- do canal de Guyon, cujos limites são o
des, em indivíduos que a submetem a pisiforme e o hâmulo do hamato.
pressão e esforços exagerados. Os tendões extensores são envolvi-
dos por membrana sinovial ao nível do
punho. Nessa região encontramos seis
APONEUROSE PALMAR compartimentos, tendo a cápsula articular
dorsal do punho como o assoalho, e o
A aponeurose superficial pode ser ligamento transverso, ou retináculo dos
dividida em três porções: extensores, como o teto.
3
Compartimentos Tendões
4
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Arco palmar
superficial
Artéria
policis princeps
Artéria ulnar
Nervo mediano
Nervo ulnar
Artéria radial
5
ciais.
ESQUELETO
6
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
flexão e extensão.
MUSCULATURA INTRÍNSECA
7
Músculos intrínsecos da mão
(vista dorsal)
8
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
9
até hoje e um modelo anatômico aceito é res. Esses são denominados vínculos.
mostrado a seguir:
O Túnel Osteo Fibroso é revestido por
uma membrana sinovial que produz líqui-
do sinovial. Este é importante não apenas
para a lubrificação dos tendões como
também para a nutrição dos mesmos.
Pelo Túnel osteofibroso penetram vasos,
ramos da artéria digital, que formam ver-
dadeiros “mesos” para atingir a face dor-
10
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
b
c
a j
a) Tendão extensor terminal
e b) Tendão extensor central
j) Banda sagital
11
areolar ricamente vascularizado
Zona IV – túnel do carpo
Zon V – proximal ao túnel do carpo
REGIÃO DORSAL
Braquisindoctilia.
12
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
13
Cistos sinoviais ao vivel de punho.
1 2
1 – Encondroma no
3º metacarpeâno.
2 – Tumor de células gigantes
(partes moles).
oferecendo informações do estado hemodinâmico local ou sistêmico. A unha também é
sede freqüente de patologias infecciosas, bacterianas e fúngicas. Por outro lado, pode
haver alterações ungueais causadas por patologias sistêmicas. Ex.: unha em baqueta de
tambor em patologias cardio-pulmonares crônicas.
Depressões
cutâneas, nódulos
e cordões na
moléstia de
Dupuytrem.
14
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
15
Na região ventral do punho podemos
também palpar as estruturas tendinosas:
16
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
17
polia arciforme (A 1) pode se tornar estreita nervo ulnar. Deve-se observar hipotrofia e
para a passagem de tendões flexores dos hipertrofia dessa região.
dedos. Nessa situação ocorrerá um trave-
Eminência Hipotenar – Localiza-se
mento do dedo na posição de flexão, deno-
imediata e proximalmente ao dedo mínimo
minado dedo em gatilho (trigger finger). Pela
indo até o punho. É formada por três mús-
dificuldade em penetrar no túnel osteofibro-
culos que são inervados pelo nervo ulnar.
so, forma-se um pseudo nódulo ao nível do
Deve-se observar o trofismo desses mús-
tendão flexor. Dessa forma, ao realizar a fle-
culos. A hipotrofia muscular pode aparecer
xão, o pseudo nódulo dirige-se proximal-
como síndrome de compressão do nervo
mente até sair do túnel osteofibroso. Ao rea-
ulnar ao nível do Canal de Guyon ou canal
lizar a extensão o pseudo nódulo trava o
cubital no cotovelo.
movimento devido a dificuldade em penetrar
na primeira polia arciforme. Com algum Superficialmente aos tendões flexo-
esforço, o pseudo nódulo consegue passar res existe a aponeurose palmar, que deve
pela polia estenosada, e aí, correr rapida- ser examinada procurando-se nódulo e
mente pelo túnel, como se fosse um gatilho aderências, que podem ser as caracterís-
que dispara repentinamente. ticas da Moléstia de Dupuytren.
Ocasionalmente, pode-se até ouvir um esta- O aumento de volume de uma articu-
lido. lação interfalangiana poderá traduzir uma
18
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
so estilóide
Palpação do rádio.
do escafóide A palpação
ao nível dessas
da tabaqueira ana-
tômica.
estruturas, como pontos de referência,
são particularmente importantes nas fra-
turas da extremidade distal do rádio e da
ulna. Essas fraturas são muito freqüentes
e podemos citar a fratura de Colles, onde
ocorre um encurtamento do rádio pelo
desvio característico, sendo a palpação
das apófises estilóides do rádio e da ulna Palpação do semilunar na região dorsal do punho
em flexão.
19
saliente ao nível da base da eminência como o semilunar, tornam-se mais dorsais
tenar. e preenchem a cavidade ou depressão
dorsal. A articulação entre o capitato e a
base do terceiro metacarpiano também
• Trapézio: O trapézio também pode pode ser palpada facilmente na região
ser palpado ao nível da tabaqueira anatô- dorsal.
mica. É possível palpar e perceber que
logo após o escafóide, que possui uma
superfície convexa, aparece um sulco que • Semilunar: Com o punho fletido,
corresponde à articulação entre o escafói- pode-se palpar o semilunar, que se proje-
de e o trapézio. Após o sulco, palpamos o ta distalmente, na superfície articular dor-
trapézio, que possui uma superfície mais sal do punho. Sua face dorsal é convexa
e é seguida, distalmente, pela superfície
côncava do capitato.
• Complexo Ulno Carpal: Distalmente
ao processo estilóide da ulna pode-se pal-
par a presença um tecido de consistência
cartilaginosa na face medial do punho.
Sabemos que, nos humanos, a ulna não
se articula verdadeiramente com o carpo
e, nessa região entre a extremidade distal
da ulna e o carpo, encontramos uma série
Palpação do complexo ulno-carpal (fibrocartilagem
de estruturas que formam o complexo
triangular) entre a apófise estilóide da ulna e o ulno carpal: fibrocartilagem triangular, e
piramidal. ligamentos ulno carpais (ulno-semilunar e
plana. Um pouco mais distalmente, palpa- ulno piramidal).
mos outro sulco que corresponde a articu-
lação trapézio-metacarpiana, que é do • Piramidal: distalmente ao complexo
tipo selar. ulno carpal, podemos palpar na face
medial do carpo o piramidal que possui
uma superfície convexa nessa região.
20
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Punho Metacarpofalangianas
Flexão: 80 graus Extensão: 30 graus
Extensão: 80 graus Flexão: 100 graus
Desvio Ulnar: 30 graus Adução: 20 graus
Desvio Radial: 20 graus Abdução: 30 graus
DEFORMIDADES TÍPICAS
• Dedo em Martelo: Ocorre por lesão do tendão extensor terminal em sua inserção na
Carpo-Metacarpiana
2º dedo – praticamente imóvel
3º dedo – praticamente imóvel
4º dedo – 5 graus de flexão
– 5 graus de extensão
5º dedo – 10 graus de flexão
– 10 graus de extensão
21
falange distal. A incapacidade de extensão da IFD promove a deformidade em flexão dessa
articulação. O dedo em martelo pode ser conseqüência tanto de uma lesão tendinosa como
de uma fratura-avulsão do dorso da base da falange distal.
Polegar
22
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
23
resistência do examinador ao dorso da {porção superficial- mediano C6, C7}
falange proximal. {porção profunda- ulnar C8}
Extensor do Polegar:
Extensor curto do polegar {radial C7}
Extensor longo do polegar {radial C7}
FLEXÃO DO POLEGAR
Teste de Bunnell-Littler para avaliar a musculatura
Flexor Curto do Polegar intrínseca.
24
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
bro superior quanto a distribuição meta- inerva a metade ulnar da superfície volar
mérica das raízes: do dedo anular, a superfície dorsal do
anular e o dedo mínimo
Face Lateral ombro e braço = C5
Face Lateral ante braço, polegar e
indicador = C6
Dedo Médio e região palmar da mão TESTES ESPECIAIS
= C7
Dedos anular e mínimo + face medial 1 – Teste para flexor superficial dos
do ante braço = C8 dedos.
2 – Teste para flexor profundo dos
dedos
3 – Teste de Bunnell- Littler- para
avaliar os músculos intrínsecos da mão.
Deve-se manter a articulação MF em
extensão e tentar fletir a articulação
interfalangiana proximal. A flexão desta
articulação indica ausência de hipertonia
dos músculos intrínsecos e mede o tono
Teste dos ligamentos retinaculares oblíquos. desta musculatura. Para que este teste
possa ser realizado há necessidade de
Face Medial do braço = T1 que as articulações MF e IFP estejam
Em relação aos nervos periféricos, livres.
sabemos que a mão é suprida por três 4 – Teste dos ligamentos retinaculares:
nervos: mede o tono dos ligamentos retinaculares.
• Nervo Radial: inerva uma pequena Mantém-se a articulação interfalangiana
área correspondente a tabaqueira anatô- proximal em extensão e realiza-se a flexão
mica e região dorsal da extremidade pro- da articulação interfalangiana distal. A
ximal do polegar. resistência ao movimento é proporcionada
pelos ligamentos retinaculares oblíquos.
• Nervo Mediano: inerva o restante do Com a articulação IFP em flexão, os liga-
polegar, dedo indicador e médio e a meta- mentos retinaculares se relaxam e permi-
de radial da superfície volar do dedo anu- tem a flexão da IFP com maior facilidade.
lar.
5 – Teste de Allen: o objetivo deste tes-
te é avaliar a permeabilidade das artérias
radial e ulnar. Deve-se pedir para o pacien-
te abrir e fechar a mão várias vezes, com
vigor e rapidez, enquanto o examinador
comprime as artérias radial e ulnar ao nível
do punho. Com os vasos comprimidos,
pede-se para o paciente abrir a mão e,
então, libera-se uma das artérias manten-
do a outra pressionada. O exame da perfu-
são da mão indicará se artéria examinada
• está ocluida ou permeável. À seguir, proce-
Nervo
de-se o exame para a outra artéria.
Ulnar:
Teste de Allen
para avaliar a
permeabilidade
da artéria
radial.
25
6 – Variante do Teste de Bunnell Bellinghausen HW, Gilula LA, Yóung LV, Weeks PM.
Posttraumatic palmar carpal subluxation. J. Bone Joint Surg
Littler: várias são as situações onde há 1983; 65A:998-1006.
apenas alteração do tono da musculatura
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Berger RA, Kauer JMG, Landsmeer JMF.
Radioscapholunate ligament: A gross anatornic and histolo-
intrínseca radial ou ulnar isoladamente. gic study of fetal and adult wrists. J Hand Surg.,
Nestas situações pode-se examinar sepa- 1992;16:350-355.
mente, pressiona-se o polo distal ou a Brand PW, Thompson DE, Micks JE. The biomecha-
nics of the interphalangeal joints. ln: Bowers WH, ed. The
tuberosidade do escafóide. A seguir, o interphalangealjoints. Edinburgh: Churchill Livingstone,
1987:21.
punho é lentamente desviado radialmen-
Brand PW. Clinical mechanics of the hand. St. Louis:
te, enquanto a pressão no polo distal é CV Mosby, 1985:1.
mantida, tentando impedir a sua flexão Cozzi EP. The proximal interphalangeal joints-A study
palmar. Quando o escafóide está instável of the para-articular fibrous structures. ln: Tubiana R, ed.
The hand, Vol. 2. Philadelphia: WB Saunders 1985:869.
o polo proximal subluxa dorsalmente e a
Cyriax EF. On the rotary movements of the wrist. J.
manobra torna-se dolorosa. Anat 1926;60:199-201.
Doyle JR, Blythe WF. Anatonry of the flexor tendon
8 – Teste de Phalen – flexão dos sheath and pulleys of the thumb. J Hand Surg., 1977;2:149.
punhos causa uma diminuição do túnel do Dubousset JE Finger rotation during prchension. ln:
Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB
carpo e compressão do nervo mediano. Saunders, 1981:202.
Dubousset P. The digital joints. In: Tubiana R, ed. The
9 – Teste de Tinel – a percussão na hand, Vol. 1. Philadelphia: Saunders, 1981:191.
região volar do punho na topografia de Eaton RG, Dray GJ. Dislocations and ligament injuries
in the digits. In: Green DP, ed. Operative hand surgery, Vol.
nervo mediano com neuropatia compres- 1. New York: Churchill Livingstone, 1982:637.
siva (síndrome do túnel do carpo) causa Eaton RG. Joint injuries of the hand. Springfield:
uma hiperestsia (choque) no território Charles C. Thomas, 1971:1.
inervado por este nervo. El-Bacha A. The carpornetacarpal joints (excluding the
trapeziometacarpal). In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1.
Philadelphia: WB Saunders, 1981:158.
10 – Teste de Filkenstein: utilizado Eyler DL, Markee JE. The anatomy and function of the
intrinsic musculature of the hand. J Bone Joint Surg
para as tenosinovites estenosantes do 1º 1954;36A: 1.
compartimento dorsal (abdutor longo e Fahrer M. Interdependent and independent actions of
extensor curto do polegar). Realiza-se um the fingers. In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia:
WB Saunders, 1981:399.
desvio ulnar do punho passivo e forçado
Fahrer M. The hypothenar eminence. In: Tubiana R,
e, se o teste for positivo, o paciente refere ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: “ Saunders, 1981:259.
uma dor intensa ao nível do 1º comparti- Fahrer M. The thenar eminence: An introduction. In:
mento dorsal. Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB
Arnerican Orthopaedic Association. Manual of Saunders, 1981:255.
Orthopaedic surgery. Chicago: The American Qrthopaeclic Finkelstein H. Stenosing tendovaginitis at the radial
Association, 1979. styloid process. J Bone Joint Surg 1930; 12:509 - 540.
Arnerican Society for Surgery of the Hand. The hand: Fisk GR. An overview of injuries of the wrist. Clin
Examination and diagnosis. New York: Churchill Livingstone, Orthop 1980;149:137-144.
1983.
Flatt AE. Biomechanics of the hand and wrist. In:
Aubriot JH. The metacarpophalangeal joint of the
Evarts CMcC, ed. Surgery of the musculoskeletal system.
thumb. In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB
Saunders, 1981:184. 2nd ed. New York: Churchill Livingstone, 1990:311.
Azze R. J; Mattar Jr., R.: Propedeutica de la mano. Frank WE, Dobyns J. Surgical pathology of the colla-
In. Las Manos – Luz D. R. Castañeda. Livraria Santos, teral ligamentous injuries of the thumb. Clin (Mhop
1977, p. 49 a 66. 1972;83:102.
Backhouse KM, Catton VÇT. An experimental study of Gad P. The anatomy of the palmar parts of the capsu-
the functions of the lumbrical muscles in the hunan hand. J les of the finger joints. J Bone Joint Surg 1967;4911:362.
Anat 1954;88:133.
Gilbert A, Busy F. The contribution of arthrography to
Barton NJ. Fractures and joint injuries of the hand. ln: the diagnosis of lesions of the digital ligamerus. ln: Tubiana
Wilson JN, ed. Fractures and joint injuries. 6th ed. New York: R, ed. The hand, Vol. 2. Philadelphia: WB Saunders,
Churchill Livingstone, 1982:739. 1985:904.
26
ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Gilbert A, Fachinelli A, Kahlil G, Poitevin L. Lesions of Litder JW. The finger extensor mechanism. Surg Clin,
the palmar plates. In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 2. North Am 1967;47:415.
Philadelphia: WB Saunders, 1985:909.
MacConaill MA. The mechanical anatomy of the car-
Gilford WW, Bolton RH, Lambrinudi C. The mecha- pus and its bearing on some surgical problems. J Anat.,
nism of the wrist joint with special reference to fractures of 1941;75:166175.
the scaphoid. Guys Hosp Rep 1943;92:52-59.
Magee Dj. Forearm, wrist, and hand: Orthopaedic
Gilula LA- Carpal injuries: Analytic approach and case Physical assessment. Philadelphia: WB Saunders, 1987.
exercises. AmJRoentgenol 1979;133:503-517.
Mayfield JK, Johnsort RP, Kilcoyne RG. The ligaments
Gilula LA, Weeks PM. Posttraumatíc ligamentous ins- of the human wrist and their functional significance. Anat.
tability of the wrist. Radiology 1978;129:641-651. Rec. 1976;186:417-428.
Green DP, Rowland SA. Fractures and dislocations in Mikic Z. Age changes in the triangular fibrocartilage of
the hand. In: Rockwood CA, Green DP, eds. Fractures in the wrist joint. J. Anat., 1978;126:367-384.
adults. 3rd ed. Philadelphia: JB Lippincott, 1991:313.
Mikic Z. Detailed anatomy of the articular disc of the
Haines RW. The extensor apparatus of the finger. J distal radioulnar joint. Clin Orthop 1989;245:123-132.
Anat 1951;85:251.
Milford LW. Retaining ligaments of the digits of the
Haines RW. The mechanism of rotation at the first, car- hand: Gross and microscopic anatomic study. Philadelphia:
pornetacarpal joint. J Anat 1944;78:44. “ Saunders, 1968:1.
Hoppenfeld. S. Physical examination of the spine and Milford LW. The retaining ligaments of the digits of the
extremities. New York: Apple Crofts, 1976.
hand. In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB
Kapandji AI. Biomechanics of the interphalangeal joint Saunders, 1981:232.
of the thumb. In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1,
Moldaver J. Tincl’s sign: Its characteritics and signifi-
Philadelphia: WB Saunders, 1981;188.
cance. J Bone Joint Surg 1978;6OA:412-414.
Kapandji AI. Selective radiology of the first carporneta-
carpal (or trapeziornetacarpal) joint. In: Tubiana R, ed. The Nance EP, Kaye JJ, Milek MA. Palmar plate fractures.
hand, Vol. 2. Philadelphia: WB Saunders, 1985:635. Radiology 1979;133:61.
Kaplan EB. Anatomical variations of the forearm and Napier JR. The form and fúnction of the carpometacar-
hand. In Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB pal joint of the thumb. J Anat 1955;89:362.
Saunders, 1981:361. Navarro A. Luxaciones del carpo. (Cited by Taleisnik J.
Kaplan EB. Anatomy and kinesiology of the hand. In: The bones of the wrist.) ln: Taleisnik J, ed. The wrist. New
Flynn JE, ed. Hand surgery. 3rd ed. Baltimore: Williams and York: Churchill Livingstone, 1921:1-12.
Wilkins, 1982:33.
Nowak MD, Logan, SE. Distinguishing biornechanical
Kaplan EB. Functional and surgical anatomy of the properties of intrinsic and extrinsic human wrist ligaments. J
hand. 2nd ed. Philadelphia: JB Lippincott, 1965:1. Biomech Eng 199 1; 113:85 - 93.
Kauer JMG, Lange A de, Savelberg HHCM, Kooloos O’Brien ET. Fractures of the metacarpals and phalan-
JGM. The wrist joint: Functional analysis and experimental ges. In: Green DP, ed. Operative hand surgery. New York:
approach. ln: Nakarnura R, Linscheid RL, Miura T, eds. Whst Churchill Livingstone, 1982:583.
disorders. Tokyo: Springer, 1992:3-12.
Paley D, McMurtry RY, Murray JF. Dorsal dislocation of
Kauer JMG, Lange A de. The carpal joint: Anatomy and the uInar stiloid and extensor carpi uInaris tendon into the
function. Hand Clin., 1987;3(1):23-29. distal radioulnar joint: The empty sulcus sign. J Hand Surg
Kauer JMG. Functional anatomy of the wrist. Clin 1987; 12A:1029-1032.
Orthop 1980;149:9-20. Palmer AK, Werner FW. The triangular fibrocartilage
Kauer JMG. The articular disc of the hand. Acta Anat complex of the wrist: Anatomy and fufiction. J Hand Surg
1975;93:590-605. 1981;6:153-162.
Kauer JMG. The distal radioulnar joint: Anatomic and Pick TP, Howden R, eds. Grays anatomy, descriptive
functional considerations. Clin Orthop 1992;275:37-45. and surgical. New York: Crown Publishers, 1978:1.
Kauer JMG. The interdependence of carpal articulation Pieron AP. The first carpometacarpal joint. In: Tubiana
chains. Acta Anat, 1974;88:481-501. R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB Saunders,
1981:169.
Kuczynski & Carpornetacarpal joint of the human
thumb. J. Anat 1974;118:119. Pieron AP. The mechanism of the first, carpometacar-
pal (CMC) joint: An anatornical and mechanical analysis.
Kuczynski & The proximal interphalangeal joint: Acta Orthop Scand Supp1 1973;148:1.
Anatomy and causes of stiffness in the fingers. J Bone Joint
Surg 1968;5OB:656. Poznanski A& The hand in radiologic diagnosis.
Philadelphia: WB Saunders, 1984:1.
Kuczynski, K Less-known aspeas of the proximal inter-
phalangeal joints of the human hand. Hand 1975;7:31. Reicher MA, Kellerhouse LE. Carpal instability. ln:
Reicher MA, Kellerhouse LE, eds. MRI of the wrist and hand.
Landsmeer JMF. Anatornical and functional investiga-
New York: Raven, 1990:69-85.
tions of the human finger and its functional significance. Acta
Anat (suffi. 24) 1955;25:1. Sandzen SC Jr. Atlas of wrist and hand fractures.
Landsmeer JMF. Atlas of anatomy of the hand. Littleton, MA: PSG Publishing, 1986:1.
Edinburgh:Churchill Livingstone, 1976:1. Schulter-Ellis FP, Lazar GT. Internal morphology of
Landsmeer JMF. The anatomy of the dorsal aponeuro- human phtalanges. J Hand Surg., 1984;9A.490.
sis of the human finger and its functional significance. Anat Schultz RJ, Furlong J 11, Storace A. Detailed anatomy
Rec 1941;104:31. of the extensor rnechanisrn at the proximal aspect of the fin-
Landsmeer JMF. The coordination of finger-joint rno- ger. J Hand Surg., 1981;6:493.
tions. J. Bone Joint Surg., 1963;45A:1654.
Shrewsberry MM, Johnson RK A systematic study of
Lazar G, Schulter-Ellis FP. Intramedullary structure of the oblique retinacular ligament of the human finger: Its
human metacarpals. J Hand Surg., 1980;5:477. structure and fúnction. J Hand Surg 1977;2:194.
Linscheid RL, Dobyns JH, Beabout JW, Bryan RS. Shrewsbury MM, Johnson R& Ligaments of the distal
Traumatic instability of the wrist. J. Bone Joint Surg. interphalangeal joint and the mallet position. J Hand Surg
1972;54A:1612-1632. 1980;5(3):214.
27
Sinunons BP, de Ia Caffiniere JY. Physiology of flexion Valentin P. Extrinsic muscles of the hand and wrist: An
of the fingers. In: Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. introduction. In Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1.
Philadelphia: WB Saunders, 1981:377. Philadelphia: WB Saunders, 1981:237.
Sledge CIS, eds. Orthopedic radiology. Philadelphia: Valentin P. Physiology of extension of the fingers. In:
WB Saunders, 1986:71. Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB
Saunders, 1981:389.
Smith RJ, Peimer CA- Injuries to the metacarpal bones
and joints. Adv Surg 1977;2:341. Valentin. P. The interossei and the lumbricals. In:
Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB
Smith SA, Kuczynski L Observations of the joints of the Saunders, 1981:244.
hand. Hand 1978;10:226.
Vicar AJ. Proximal interphalangeal joint dislocations
Sprague BL. Proximal interphalangeal joint injuries without fracture. Hand Clín 1988;4:5,
and their initial treatment. J Trauma 1975; 15:380.
Viegas SF, Wagner K, Patterson RM, Peterson P. The
Stack G. Muscle function in the fingers. J Bone joint medial (hamate) facet of the lunate. J Hand Surg., 1990;
Surg., 1962;4411:899. 15A:564- 571.
Strauch B, de Moura W. Digital flexor tendon sheath: Watson HK, Ashmead D, Makhlouf M-V. Examination
An anatomic study. J Hand Surg., 1985; 1 OA: 785. of the scaphoid. J Hand Surg 1988;13A(5):657-660.
Taleisnik J. The ligaments of the wrist. J Hand Surg Watson HK, Ryu J, Akelman E. Limited triscaphoid
1976; lA:110-118. intercarpal arthrodesis for rotatory subluxation of the sca-
Taleisnik J. The wrist. New York: Churchill Livingstone, phoid. J. Bone joint Surg., 1986;68A:345-349.
1985:229-239. Weeks PM. Acute bone and joint injuries of the hand
Tubiana R, Valentin P. The anatomy of the extensor and wrist: A clinical guide to management. St. Louis: CV
apparatus of the fingers. Surg Clin North Am 1964;44:897. Mosby, 198.
Tubiana R. Architecture and function of the hand. ln: Weissman BNW, Sledge CB. The hand. In: Weissman
Tubiana R, ed. The hand, Vol. 1. Philadelphia: WB BNW, Anatomy and Function of the Wrist and Hand.
Saunders, 1981:19. Zancolli R. Structural and dynamic basis of hand sur-
gery. Philadelphia: JB Lippincott, 1968.
28
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA
E TRAUMATOLOGIA
ILUSTRAÇÕES:
JOSÉ FALCETTI
REDAÇÃO:
PROF. RAMES MATTAR JUNIOR
PROF. RONALDO J. AZZE
DOENÇA
REUMATÓIDE
VISÃO DO ORTOPEDISTA
CIRURGIÃO DA MÃO
DOENÇA REUMATÓIDE
VISÃO DO ORTOPEDISTA CIRURGIÃO DA MÃO
Prof. Rames Mattar Júnior
Prof. Ronaldo J. Azze
DEFINIÇÃO
Doença difusa do tecido conectivo que afe-
ta principalmente a sinovial das articulações e
dos tendões (Cruickshank, 1957)
HISTÓRICO
• múmias egípcias (2750 a.c.) portadoras
de doença reumatóide;
• pinturas de Flemish (1400) e Rubens
(séc. XVII) retrataram pacientes portado-
res de doença reumatóide;
• Beauvais (1800): diferencia a artrite da
gôta;
• Garrot (1859) introduziu o termo artrite
reumatóide;
• Cruikshank (1957) e Cossermelli (1962)
introduziram o termo doença reumatóide.
"Altar Panels with Donors"
ETIOLOGIA
Ainda desconhecida. Discute-se várias teo-
rias.
Multifatorial:
• fatores ambientais: vírus (Epstein-Barr),
bactérias, micoplasmas)
þ através de mímicas moleculares;
• fatores psicossomáticos
þ personalidade artrítica;
• patrimônio genético;
• desequilíbrio imunológico Visão do artista - "Mão Reumatóide" M. Van
• alterações neuro-endócrinas Heemskerck
2
DOENÇA REUMATÓIDE
3
O exame radiográfico pode evidenciar o
comprometimento simétrico das articulações,
rarefação óssea periarticular, aumento das
partes moles, redução do espaço articular, ero-
sões ósseas, cistos subcondrais, deformida-
des articulares e anquilose.
São critérios para diagnóstico:
• American College of Rheumatology: pelo
menos 4 dos 7 sinais ou sintomas:
– rigidez matinal;
– artrite de mais de 3 articulações ;
– artrite de punhos, metacarpofalângicas e
interfalângicas;
– artrite simétrica;
– nódulos reumáticos;
– fator reumatóide positivo;
– alterações radiográficas.
TRATAMENTO CLÍNICO
Deverá incluir apoio psicológico, controle
da doença inflamatória, repouso articular e
prevenção de deformidades.
Os medicamentos mais utilizados são os
anti-inflamatórios não hormonais (indometaci- Órteses de controle e apoio das articulações metacarpofa-
lângicas, prevenindo o desvio ulnar em repouso e em ativi-
na, diclofenaco, naproxem, cetoprofeno, piro- dades manuais.
xican, aspirina, inibidores específicos da ciclo-
oxigenase 2 e outros), anti-inflamatórios hor-
monais (cortocosteróides sistêmicos ou intra-
articulares), drogas remissivas (antimaláricos, TRATAMENTO CIRÚRGICO
sais de ouro, sulfasalazina, D penicilamida) e
O tratamento cirúrgico inclui procedimentos
agentes imunossupressores (methotrexate,
de tenossinovectomias, sinovectomias, cirur-
ciclofosfamida, azatioprina, clorambucil e
gias em tendões, artroplastias com ou sem
outros). próteses e artrodeses.
A utilização de órteses deve ser iniciada A tenosinovite caracteriza-se por aumento
logo após o diagnóstico e visa, principalmente, de volume, sinais inflamatórios, disfunção,
prevenir deformidades. As órteses podem ser podendo evoluir para ruptura tendinosa. O trata-
de manutenção (utilizadas em atividades mento da tenossinovite pode ser clínico ou
manuais), de repouso (utilizadas principalmen- cirúrgico. Cabe aos profissionais que assistem
te durante a noite) e de correção de deformida- o paciente indicar o tratamento cirúrgico. Há
des (tração elástica). As figuras ilustram a indi- necessidade de um perfeito entrosamento entre
cação da utilização das órteses na doença reu- o reumatologista, o terapêuta e o cirurgião de
matóide. mão para determinar o tempo ideal desta indi-
4
DOENÇA REUMATÓIDE
TENOSSINOVECTOMIA
DORSAL DO PUNHO
Na face dorsal do punho temos os 6 compar-
timentos revestidos por tecido sinovial e que
podem ser sede de uma tenossinovite na doen-
ça reumatóide. Estes compartimentos incluem:
1º compartimento – abdutor longo e exten-
sor curto do polegar
2º compartimento – extensores radiais longo
e curto do carpo
3º compartimento – extensor longo do polegar
4º compartimento – extensor comum dos de-
dos e extensor próprio
do indicador
5º compartimento – extensor próprio do
dedo mínimo
6º compartimento – extensor ulnar do carpo
O tecido sinovial hiperplasiado pode conter
pequenos corpos à semelhança de grãos de
arroz ("rice bodies"). Podem aparecer nódulos
inflamatórios intratendinosos. Os tendões
apresentam-se isquêmicos, friáveis e sujeitos
a rupturas.
A via de acesso para a tenossinovectomia
dorsal do punho consta de incisão em "S" ou
oblíqua dorsal, interessando pele e tecido celu-
lar subcutâneo, e abertura do retináculo exten- Esquema da técnica cirúrgi-
ca para tenosinovectomia no
sor envolvido. A sinovectomia deve ser ampla. retináculo dos extensores.
Para evitar o efeito de corda, o retináculo deve (veja a seqüência das ilus-
ser reconstruído. Se houver grave comprometi- trações)
mento do leito, parte do retináculo pode ser uti-
lizado como assoalho dos tendões. A hemosta-
sia deve ser rigorosa, assim como deve ser uti-
lizado um dreno por período de 1 a 2 dias.
5
6
DOENÇA REUMATÓIDE
7
8
DOENÇA REUMATÓIDE
9
10
DOENÇA REUMATÓIDE
TENOSSINOVECTOMIA
VENTRAL DO PUNHO
A tenossinovite volar no punho não é tão
evidente quanto a dorsal, pois o ligamento
transverso do carpo não permite a palpação
do tecido sinovial hiperplasiado e, pela mes-
ma razão, o aumento de volume não é tão
notado. A sinovite no canal do carpo causa
uma síndrome de compressão do nervo
Tenosinovite dos flexores do dedo mínimo, desde o canal de Guyon até o túnel osteofibroso. O
mediano, caracterizada clinicamente por paciente apresentava sintomas de compressão do nervo ulnar no canal de Guyon.
hipoestesia na região ventral do polegar,
dedos indicador, médio e metade radial do
anular, associada a algum grau de paresia
dos músculos abdutor curto, oponente e fle-
xor curto do polegar. No exame clínico, os
testes de Phalen e Tinel são positivos. O
diagnóstico da sinovite volar do punho deve
ser precoce e, a ausência de resposta clíni-
ca com o tratamento medicamentoso, asso-
ciada a sinais clínicos de compressão do
nervo mediano, deve ser uma indicação
para tenossinovectomia cirúrgica precoce. Tenosinovite hemorrágica dos flexores ao nível do punho.
A via de acesso inclui uma incisão retilínea
entre as eminências tenar e hipotenar, cru-
zando oblíquamente a prega de flexão do
punho, e progredindo proximalmente de for-
ma curvilínea. O retináculo dos flexores deve
ser seccionado próximo à sua inserção ulnar.
A sinovectomia deve ser ampla, a hemostasia
rigorosa e a drenagem utilizada por cerca de
1 a 2 dias.
11
12
DOENÇA REUMATÓIDE
13
14
DOENÇA REUMATÓIDE
Sinovite exuberante na região do túnel osteofibroso (zona II) destruindo as polias e vinculas dos tendões flexores. Após a tenosinovectomia resta o gran-
de problema de reconstruir o túnel osteofibroso em um leito vascular inadequado.
15
"jaquetão") para prevenir a luxação ulnar des- material termoplástico, mantendo a articulação
tes tendões. A cápsula é aberta através de inci- metacarpofalângica em extensão, protegendo
são transversa ou longitudinal e todo tecido a cicatrização do aparelho extensor. Esta órte-
sinovial hiperplasiado deve ser removido. se pode ser utilizada de forma intermitente, por
Deve-se tomar cuidado para remover todo período de 6 a 8 semamas, permitindo a reabi-
tecido sinovial patológico, especialmente litação articular e, ao mesmo tempo, protegen-
aquele aderido nas porções capsulares que do o aparelho extensor. Por outro lado, a mobi-
incluem os ligamentos colaterais. A cápsula e a lização precoce é muito importante para evitar
banda sagital são suturadas, realinhando o rigidez.
aparelho extensor. O fio utilizado pode ser Os procedimentos para sinovectomia da
absorvível ou não mas resistente para suportar metacarpofalângica do polegar são os mesmos.
as tensões da movimentação precoce A utilização de uma órtese mantendo a articula-
(4 ou 5 zeros). Normalmente utiliza-se uma ção metacarpofalângica em extensão é funda-
imobilização, preferencialmente com órtese de mental para prevenir deformidades em flexão.
16
DOENÇA REUMATÓIDE
17
RUPTURAS
Rupturas TENDINOSAS
tendinosas dos tendões extensores dos dedos.
18
DOENÇA REUMATÓIDE
19
Outra implicação grave da doença reuma-
tóide é a ruptura patológica dos tendões. As
rupturas ocorrem com maior freqüência nos
tendões extensores e ao nível dos retináculos.
As rupturas podem ocorrer com ou sem trau-
ma. Como o tendão é patológico, as suturas
não proporcionam bons resultados, pois a
cicatrização não se processa de forma ade-
quada (comprometimento da vascularização).
Da mesma forma, os enxertos tendinosos não
são utilizados pois o leito receptor está com-
prometido e as aderências, em geral, são fre-
qüentes e de grande magnitude, impedindo o
retorno funcional adequado.
20
DOENÇA REUMATÓIDE
21
No punho as artrodeses podem ser parcial cirurgias em partes moles com o objetivo de
ou total. As artrodeses parciais são indicadas melhorar a função articular e os sintomas dolo-
quando a doença comprometeu apenas um rosos.
segmento do punho, causando quadro dege- Na articulação trapézio-metacarpeana, as
nerativo ou instabilidade localizada. Nesta cirurgias de ressecção do trapézio, associadas
situação, a artrodese pode restabelecer a à reconstrução ligamentar (ligamentoplastia),
estabilidade e eliminar a dor, preservando utilizando o flexor radial do carpo ou o abdutor
alguma função. longo do polegar, podem proporcionar alívio
Caso clínico – deformidade ca-
racterística com desvio ulnar e dos sintomas dolorosos e melhorar a amplitu-
grave comprometimento carti- de de movimentação do polegar, mantendo
laginoso das metacarpofalan- ARTROPLASTIAS SEM PRÓTESE sua estabilidade. A escolha da técnica deve
gianas que apresentam-se pra-
ticamente luxadas. Em algumas situações, é possível realizar basear-se na preferência do cirurgião e nas
22
DOENÇA REUMATÓIDE
23
Técnica cirúrgica para artroplastia metacarpofalangiana.
24
DOENÇA REUMATÓIDE
condições dos tendões que podem ser utiliza- e melhora da função da mão.
dos na estabilização do polegar. DEFORMIDADE EM BOTOEIRA DOS
Da mesma forma, é possível realizar artro- DEDOS
plastias nas articulações metacarpofalângicas
sem utilização de próteses. A cirurgia baseia- A deformidade em flexão da interfalângica
se no desbridamento articular, reposiciona- proximal é conseqüência da lesão do tendão
mento do aparelho extensor, redução da arti- extensor central (banda central), ao nível de
culação e tenotomia ou transferência dos mús- sua inserção na base da falange média, que
culos intrínsecos. provoca uma incapacidade de extensão desta
O desvio ulnar dos dedos é uma das defor- articulação. Há uma retração secundária dos
midades características da doença reumatói- músculos intrínsecos que provocam uma hipe-
de. A fisiopatologia do desvio ulnar é discutível, rextensão da interfalângica distal. Na doença
sendo que vários fatores podem contribuir con- reumatóide, normalmente encontramos um
comitantemente: alongamento, e não uma ruptura do tendão
extensor central, de tal forma que muitas
1. frouxidão cápsulo-ligamentar radial;
vezes não há uma hiperextensão da interfalân-
2. colápso do punho e desvio radial dos gica distal. De qualquer forma, a porção dorsal
metacarpeanos (Shapiro, 1968) dos ligamentos retinaculares transversos (-
3. desvio ulnar dos extensores dos dedos fibras entre o tendão extensor central e lateral)
por froxidão da banda sagital do lado e o ligamento triangular, do dedo envolvido,
radial (Vaughan-Jackson, 1962) encontram-se estirados. O ligamento retinacu-
4. ação dos músculos intrínsecos (Adamson, lar transverso, que se insere na banda lateral,
1968) vai retraindo, progressivamente, trazendo a
5. forças aplicadas durante a pinça digital banda lateral para uma posição cada vez mais
ou preensão de objetos provocando o ventral. As bandas laterais do aparelho exten-
desvio ulnar dos dedos. sor podem ultrapassar o eixo de movimenta-
ção da interfalângica proximal e se transforma-
Vários procedimento, isolados ou combina-
rem em agentes flexores, e não mais extenso-
dos, foram propostos por diversos autores,
res.
entre os quais destacamos:
Do ponto de vista terapêutico, quando a arti-
• Secção dos intrínsecos (Littler, 1954); culação encontra-se viável e a deformidade em
• Transferência dos intrínsecos (Straub, flexão da interfalângica é progressiva, a sino-
1959) vectomia articular, associada ou não à recons-
• Sinovectomia e reposicionamento do trução ou avanço do tendão extensor central,
extensor (Millender e Nalebuff, 1968); são os procedimentos de escolha. Quando hou-
• artroplastias sem prótese (Vanio, 1967) - ver comprometimento articular e a deformidade
incluindo o desbridamento articular, sino- em flexão for fixa deve-se considerar a estabili-
vectomia, reposicionamento articular, zação com artrodese como a cirurgia de esco-
secção e transferência dos intrínsecos. lha. Em casos excepcionais, onde houver com-
ARTROPLASTIAS COM PRÓTESE prometimento exclusivo de uma articulação e
As artroplastias com próteses foram descri- articulações vizinhas preservadas, a artroplastia
tas por Swanson em 1968. Sua indicação com próteses de silicone para a interfalângica
baseia-se na presença de articulação metacar- proximal pode ser considerada. Novamente
pofalângica com sinais degenerativos, luxada, Nalebuff classifica as deformidade em botoeira
instável e com desvio ulnar resultando em gra- com o objetivo de simplificar as indicações de
ve comprometimento da função da mão. As tratamento cirúrgico:
próteses de metacarpofalângica são de silico- Estágio I - alongamento da banda central
ne, algumas com componentes metálicos com discretas alterações na interfalângica dis-
associados. A incisão adotada por nós é a lon- tal. O tratamento pode ser suficiente com o uso
gitudinal, sendo que 2 incisões, entre o 2º e 3º de órteses estáticas e controle da sinovite.
e entre o 4º e 5º dedos, são capazes de pro- Dolphin descreve a tenotomia da banda lateral,
porcionar acesso para todas metacarpofalân- imediatamente distal ao ligamento triangular
gicas dos dedos. O procedimento consta de (desenvolvida por Fowler), para melhorar a
capsulotomia, ressecção do tecido sinovial ação extensora na interfalângica proximal.
patológico, ressecção da superfície articular Estágio II - progressão da deformidade para
distal do metacarpo e proximal da falange com 40º de flexão. As técnicas de reconstrução da
auxílio de uma serra ou saca-bocado (corrigin- banda central podem ser utilizadas quando
do o desvio ulnar), fresagem e curetagem do houver integridade, e função preservada, da
canal medular destes ossos, introdução da metacarpofalângica e interfalângica distal.
prótese, capsulorrafia e reposicionamento do Existem muitas técnicas descritas, todas com
aparelho extensor. A utilização da prótese a filosofia de reconstruir a banda central e
pode proporcionar correção das deformidades recuperar o equilíbrio entre as forças flexoras
25
e extensoras. as lesões do tendão extensor terminal.
Estágio III - deformidade em flexão fixa, com Nalebuff descreve 4 tipos de deformidade
alterações articulares no exame radiográfico em pescoço de cisne:
caracterizada pela presença de erosões (dege- I. Mobilidade da interfalângica proximal nor-
neração). Os procedimentos possíveis são a mal. Estes pacientes apresentam dificuldade
artrodese ou a artroplastia com implante. em iniciar o movimento de flexão da interfalân-
gica proximal, referindo, ocasionalmente, tra-
DEFORMIDADE EM PESCOÇO vamento dos dedos. O tratamento pode ser
DE CISNE conservador através do uso de órteses estáti-
A deformidade em pescoço de cisne caracte- cas. O tratamento cirúrgico inclui:
riza-se por uma flexão da interfalângica distal • a artrodese da interfalângica distal - se a
associada a uma hiperextensão da interfalângi- causa primária for um dedo em martelo;
ca proximal. A causa da deformidade pode resi- • tenodese do flexor superficial (Swanson
dir em uma das 3 articulações: metacarpofalân- ou Curtis) - ténica estática para limitar a
gica, interfalângica proximal ou distal. hiperextensão da interfalângica proximal;
Os elementos que restringem a extensão da
• reconstrução do ligamento retinacular
interfalângica proximal são estáticos (placa
oblíquo e criação de um ligamento retina-
volar) e dinâmicos (flexor superficial). Por lesão
cular oblíquo espiral (Littler) - técnica
da placa volar, ligamentos colaterais e do flexor
superficial, causada pela sinovite, a força de estática que corrige, concomitantemente,
extensão, sem contenção volar, pode provocar as deformidades em flexão da interfalân-
uma hiperextensão da interfalângica proximal. gica distal e flexão da proximal;
Com o tempo, as bandas laterais deslocam-se • reconstrução do ligamento retinocular
para dorsal, alongando os ligamentos retinacu- oblíquo com a técnica dinâmica de Azze
lares transverso e oblíquo. À medida que a (ver fascículo sobre tendões extensores).
hiperextensão progride, ocorre uma flexão da II. A movimentação da interfalângica proxi-
interfalângica distal provocada pelo desequilí- mal esta limitada e sofrendo influência da posi-
brio de forças entre o flexor profundo e o apare- ção da metacarpofalângica. O teste de Bunnel
lho extensor, e pela contratura dos intrínsecos. para contratura dos intrínsecos demonstra que,
A postura do dedo em pescoço de cisne é des- com a extensão e desvio radial da metacarpo-
crita como atitude em "intrinseco plus". falângica, a mobilidade da interfalângica proxi-
A deformidade em pescoço de cisne tam- mal diminui. A flexão da metacarpofalângica
bém pode iniciar-se como uma deformidade relaxa os músculos intrínsecos e permite maior
em martelo, por lesão do tendão extensor ter- movimentação da interfalângica proximal.
minal. A força de extensão, concentrada na
Normalmente, nestes pacientes a deformidade
interfalângica proximal, causará uma deformi-
em pescoço de cisne inicia-se na metacarpofa-
dade em hiperextensão desta. Os elementos
lângica. O tratamento destes pacientes deve
contensores ventrais são progressivamente
incluir a tenotomia dos intrínsecos e/ou a corre-
atenuados pela ação extensora.
ção da deformidade na metacarpofalângica
A deformidade em flexão da metacarpofa-
lângica pode ser outra causa de desequilíbrio. (artroplastias com ou sem prótese). Se houver
Pode iniciar-se por lesão do aparelho extensor uma deformidade importante da interfalângica
(banda sagital), subluxação e contratura dos distal, realiza-se uma artrodese desta, conco-
intrínsecos. As causas da deformidade em fle- mitantemente.
xão da metacarpofalângica sobrepõem-se às III. Há uma limitação importante da movi-
do desvio ulnar da mesma articulação. Esta mentação articular do dedo envolvido, mas
deformidade em flexão provoca uma hiperativi- com sinais radiográficos de articulaçoes viá-
dade do aparelho extensor ao nível da interfa- veis. A causa da rigidez reside na contratura
lângica proximal. secundária de partes moles (aparelho exten-
Shapiro (1960) chegou a relacionar as sor, ligamentos colaterais e pele). A conduta
deformidades ao nível do punho como causas terapêutica baseia-se na transformação de um
de desequilíbrios que poderiam gerar deformi- articulação rígida em móvel, através de capsu-
dades ao nível dos dedos. lotomia, tenólise e manipulações. Após a recu-
A correção da deformidade deve, teorica- peração da mobilidade articular o dedo deverá
mente, agir no fator causal inicial. Podemos
ser tratado como nos tipo I ou II
inferir que não devemos corrigir a deformidade
em pescoço de cisne quando houver uma IV. Apresenta uma rigidez articular associada
deformidade em flexão da metacarpofalângica. a alterações radiográficas. A decisão reside em
É preciso corrigir, inicialmente, as deformida- escolher uma artrodese (mais usual) ou uma
des ao nível da metacarpofalângica, para artroplastia para corrigir a deformidade e melho-
depois agir na deformidade em pescoço de rar a função. A preservação da anatomia do apa-
cisne. Da mesma forma, é preciso diagnosticar relho extensor é fundamental para obtenção de
26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
30. Ferlic, D. C., Clayton, M. L., and Holloway, M.: Compli-cations of silico- 66. Millender, L. H., Nalebuff, E. A., and Feldon, P. G.: Combined wrist arth-
ne implant surgery in the MP joint. J. Bone Joint Surg. 57A:991, 1975. rodesis and metacarpal phalan-geal joint arthroplasty operative techni-
31. Fernandez-Palazzi, F., and Vainio, K.: Synovectomy of the carpal joints que. In Green, D. P. (Ed.): Operative Hand Surgery. Vol. 11. New York,
in rheumatoid arthritis. A report of 47 cases. AIR Arch. Interam. Rheum. Churchill Livingstone, 1982.
(Rio de Janeiro) 8:249,1965. 67. Millroy, P.: Surgery of the rheumatoid hand. In Proceed-ings of the
32. Flatt, A. E.: The prosthetic replacement of rheumatoid fingerjoints. Australian Orthop. Assoc, J. Bone Joint Surg. 48B:593, 1966.
Rheumatism 16:90, 1960. 68. Myerdierks, E. M., Mosher, J. F., and Werner, F. W.: Limited wrist arthro-
33. Flatt, A. E.: Restoration of rheumatoid finger-joint functions; interim desis. J. Hand. Surg. 12A:526, 1987.
report on trial of prosthetic replacement. J. Bone Joint Surg. 43A:753, 69. Nalebuff, E. A.: Diagnosis, classification and manage-ment of rheuma-
1961. toid thumb deformities. Bull. Hosp. Joint Dis. 29:119, 1968.
34. Flatt, A. E.: The Care of the Rheumatoid Hand. St. Louis, C. V. Mosby 70. Nalebuff, E. A.: Restoration of balance in the rheumatoid thumb. In
27
Tubiana, R. (Ed.): The Rheumatoid Hand. Paris, GEM Publication, 87. Spinner, M., and Kaplan, E. B.: Extensor carpi ul-naris-its relationship to
1969a. stability of the distal radio-u1nar joint. Clin. Orthop. 68:124, 1970.
71. Nalebuff, E. A.: Surgical treatment of finger deformities in the rheumatoid 88. Straub, L. R., and Wilson, E. H., Jr.: Spontaneous rup-ture of extensor
hand. Surg. Clin. North Am. 49:833, 1969b. tendons in the hand associated with rheumatoid arthritis. J. Bone Joint
Surg. 38A:1208, 1956.
72. Nalebuff, E. A.: Surgical treatment of rheumatoid teno-synovitis in the
hand. Surg. Clin. North Am. 49:799, 1969c. 89. Swanson, A. B.: Pathomechanics of the swan-neck defor-mity. J. Bone
Joint Surg. 47A:636, 1965.
73. Nalebuff, E. A.: Rheumatoid hand surgery. J. Hand Surg. 8:678, 1983.
90. Swanson, A. B.: Silicone rubber implants for replacement of arthritic or
74. Nalebuff, E. A., and Millender, L. H.: Surgical treatment of the swan neck
destroyed joints of the hand. Surg Clin. North Am. 48:1113, 1968.
deformity in rheumatoid arthritis. Orthop. Clin. North Am. 6:733, 1975.
91. Swanson, A. B.: Silicone rubber implants in trapezio-metacarpal joint
75. Nalebuff, E. A., and Potter, T. A.: Rheumatoid involve-ment of tendons
arthritis. J. Bone Joint Surg. 51A:799, 1969.
and tendon sheaths in the hand. Clin. Orthop. 59:147, 1968.
92. Swanson, A. B.: The results of silicone rubber implant arthroplasty in the
76. Nalebuff, E. A., Potter, T. A., and Tomaselli, R.: Surgery of the swan neck
digits. J. Bone Joint Surg. 53A:807, 1971.
deformity in the rheumatoid hand. A new approach. Arthritis Rheum.
6:289, 1963. 93. Swanson, A. B.: Treatment of the stiff hand and flexible implant arthro-
plasty in the fingers. The AAOS In-structional Course Lectures, Vol. 21.
77. Niebauer, J. J., and Landry, R. M.: Dacron-silicone prosthesis for the
St. Louis, C. V. Mosby Company, 1972.
metacarpophalangeal and interpha-langeal joints. Hand 3:55, 1971,
94. Swanson, A. B.: The u1nar head syndrome and its treat-ment by implant
78. Palmer, A. K., Dobyns, J. H., and Linscheid, R. L.: Management of post-
resection arthroplasty. J. Bone Joint Surg. 54A:906, 1972.
traumatic instability of the wrist secondary to ligament rupture. J. Hand
Surg. 3:507, 1978. 95. Swanson, A. B.: Flexible Implant Resection Arthroplasty in the Hand and
Extremities. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1973a.
79. Peimer, C. A., Medige, J., Eckert, B. S., Wright, J. R., and Howard, C. S.:
Reactive synovitis after silicone arthroplasty. J. Hand Surg. 11A:624, 96. Swanson, A. B.: Flexible implant resection arthroplasty of radiocarpal
1986. joint. In Swanson, A. B. (Ed.): Flexible Implant Resection Arthroplasty in
the Hand and Ex-tremities. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1973b.
80. Savill, D. L., and Duthie, J. J. R.: Synovectomy of the wrist. In Early
Synovectomy in Rheumatoid Arthritis Symposium. Amsterdam, 97. Swanson, A. B.: Implant arthroplasty for disabilities of the distal radioul-
Excerpta. Medica Founda-tion, 1967. nar joint. Orthop. Clin. North Am. 4:373, 1973c.
81. Shapiro, J. S., Heijna, W. M., Nasatir, S., and Ray, R. S.: The relations- 98. Swanson, A. B.: Implant resection arthroplasty of the proximal interpha-
hip of wrist motion to u1nar phalan-geal drift in the rheumatoid patient. langeal joint. Orthop. Clin. North Am. 4:1007, 1973d.
Hand 3:68, 1971. 99. Swanson, A. B.: Proximal interphalangeal and metacar-pophalangeal
82. Short, C. L., Bauer, W., and Reynolds, W. E.: Rheumatoid Arthritis. A joint flexible implant arthroplasty re-sults. In Swanson, A. B. (Ed.):
Definition of the Disease and a Clinical Description Based on a Flexible Implant Resec-tion Arthroplasty in the Hand and Extremities. St.
Numerical Study of 293 Pa-tients and Controls. Cambridge, MA, Harvard Louis, C. V. Mosby Company, 1973e.
Univer-sity Press, 1957. 100. Testut, L., and Latarjet, R. A.: In Tratado de Anatomia ~1,Jumana. Ed. 9.
83. Smith, R. J., and Kaplan, E. B.: Rheumatoid deformities of the metacar- Vol. 1. 1951. Salvat Editores SA, Buenos Aires.
pal phalangeal joints of the finger. A correlative study of anatomy and 101. Urbaniak, J. R., McCollum, D. E., and Goldner, J. L.: Metacarpal phalan-
pathology. J. Bone Joint Surg. 49A:31, 1967. geal and interphalangeal joint re-construction. Use of silicone rubber-
84. Smith, R. J., Atkinson, R. E., and Jupiter, J. B.: Silicone synovitis of the Dacron prosthesis for replacement of irreparable joints of the hand.
wrist. J. Hand Surg. 10AA7, 1985. South. Med. J. 63:1281, 1970.
85. Smith, E. M., Juvinall, R. C., Bender, L. F., and Pearson, J. R.: Flexor for- 102. Vaughn-Jackson, 0. J.: Attrition ruptures of tendons as a factor in the pro-
ces and rheumatoid metacarpophalan-geal deformity. J.A.M.A. 198:150, duction of deformities of the rheu-matoid hand. Proc. Roy. Soc. Med.
1966. 52:132, 1959.
86. Social Security Administration: Social Security Disabil-ity Applicant 103. Vemireddi, N. K., Reford, J. B., and Pombejar, C. N.: Serial nerve con-
Statistics, 1973. duction studies in carpal tunnel syn-drome secondary to rheumatoid
arthritis. Arch. Phys. Med. Rehabil. 60:393, 1979.
28
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA
E TRAUMATOLOGIA
ILUSTRAÇÕES:
JOSÉ FALCETTI
REDAÇÃO:
PROF. RAMES MATTAR JUNIOR
DR. MARCELO ROSA DE REZENDE
PROF. RONALDO J. AZZE
COBERTURA
CUTÂNEA
DO MEMBRO SUPERIOR
COBERTURA CUTÂNEA
DO MEMBRO SUPERIOR
Prof. Rames Mattar Júnior
Dr. Marcelo Rosa de Rezende
Prof. Ronaldo J. Azze
A perda da cobertura cutânea no mem- estudo e descrição de novos retalhos nos anos
bro superior exige uma abordagem específica, que se seguiram.
já que necessitará de tratamento especializa- Apesar das bases anatômicas já estarem
do. A lógica que deve ser obedecida é a de se estabelecidas, somente a partir da segunda
procurar tentar resolver o problema a partir de metade dos anos 50 é que houve um grande
procedimentos mais simples, que possam número de publicações sobre estudos anatômi-
garantir um bom resultado funcional e estético, cos e aplicações clínicas de diferentes tipos de
associado a uma menor morbidade. Contudo, retalho. O desenvolvimento dos métodos de
em especial na mão, a exposição de estruturas magnificação e instrumental microcirúrgico
nobres como nervos, vasos, articulações, ten- foram também fatores determinantes, que pos-
dões e ossos irão determinar a necessidade sibilitaram o apuramento da técnica cirúrgica,
de se fazer uma cobertura de boa qualidade, permitindo a manipulação e reconstrução de
que possa garantir a nutrição dos tecidos sub- vasos de calibre menores que 1 mm.
jacentes, evitando a sua aderência junto ao De forma geral, frente a um problema de
retalho. Nestes casos, a opção de tratamento perda de cobertura cutânea, devemos consi-
recai sobre o uso de retalhos, que são seg- derar, quanto a indicação do tratamento, as
mentos de tecido que apresentam nutrição técnicas mais simples e, somente na impossi-
própria, e que podem ser obtidos de diferentes bilidade destas, as mais complexa. Assim,
podemos considerar a seguinte seqüência
formas.
terapêutica:
Apesar de haverem relatos históricos do
uso de retalhos que datam do século VI e VII, 1 - Fechamento primário (sutura do feri-
somente neste século, e mais especificamente mento);
após a Segunda Guerra Mundial, é que foi 2 - Cicatrização por segunda intenção;
dado importância ao estudo da utilização de 3 - Enxerto de pele;
retalhos. As bases anatômicas que alavanca- 4 - Rotação de retalho local ao acaso;
ram estes estudos foram dadas, já no início do 5 - Retalho pediculado localmente;
século, com o trabalho de Carl Manchot (1889) 6 - Retalhos livres (microcirúrgicos)
que descreve a vascularização cutânea e mus- O fechamento primário da área cruenta
cular. Este trabalho não teve a devida reper- deve sempre ser considerado, sendo que, na
cussão, sendo que, somente em 1936, com o impossibilidade deste, temos como opção
trabalho de Michel Salmon, estes conceitos seguinte a utilização de enxertos de pele.
foram retomados de uma forma ainda mais Neste caso, o leito receptor deverá ser bem
detalhada, servindo como referência para o vascularizado, já que dele vai depender a
2
COBERTURA CUTÂNEA
sobrevivência do enxerto. Deve-se levar em Lin et al., em 1984, foi constatado a possibili-
consideração o fato de que sua utilização leva dade de utilizarmos alguns retalhos em sua
a um tipo de cobertura instável, que irá aderir forma retrógrada, ou seja, fazermos a inversão
aos planos profundos, não permitindo o desli- do fluxo, tanto ao nível da artéria como da
zamento das estruturas localizadas mais pro- veia. A grande preocupação neste tipo de reta-
fundamente, o que, em algumas situações, lho seria em relação ao sistema de válvulas do
inviabiliza a sua utilização. sistema venoso, que impediria o fluxo retrógra-
Conceito de retalho: Entenda-se como do nas veias. A constatação clínica e experi-
retalho um segmento de tecido corpóreo que mental demonstrou existir vias alternativas do
pode ser destacado de seu leito original e fluxo venoso capazes de garantir o retorno
transposto para outra região sem que haja pre- venoso.
juízo de sua vascularização. Para que isto O retalho do tipo fascial só foi reconheci-
ocorra, é fundamental que hajam vasos que do como eficaz a partir de estudos de Potén em
possam garantir a nutrição do retalho. A inde- 1981, que demonstraram a possibilidade de
pendência da nutrição do retalho garante não nutrição da fáscia, mantendo as propriedades
só sua autonomia, mas também a possibilida- de um retalho, quanto a cobertura cutânea e a
de de levar irrigação à área receptora. não aderência às estruturas subjacentes.
O padrão vascular de cada retalho é Indicação: Decorrente de suas próprias
dado pelo trajeto do vaso principal e seus
características, os retalhos representam uma
ramos junto ao retalho. Os retalhos podem ser
evolução no tratamento das perdas cutâneas. O
classificados segundo a sua constituição e
uso de enxerto de pele, seja parcial ou total, tem
padrão vascular.
indicações mais restritas, já que para a sua
Constituição: sobrevivência, haverá necessidade de um leito
• Cutâneo bem vascularizado As aderências do enxerto de
• Fascial pele a outros tecidos e ao leito receptor é inevi-
• Muscular tável e, em alguns casos, levaria a conseqüên-
• Ósseo cias desfavoráveis. O próprio princípio de inte-
Combinação (Compostos): gração do enxerto implica em sua retração que,
• Fáscio-cutâneo para algumas regiões, levaria a limitações da
• Osteo-fáscio-cutâneo amplitude de movimento. Assim, em casos em
• Miocutâneo que o uso do enxerto de pele não está indicado,
devemos considerar a utilização dos retalhos,
Padrão Vascular:
conforme as seguintes situações
• Ao Acaso - não apresenta um feixe vas-
cular principal, sendo a nutrição do retalho 1 – Necessidade de cobertura estável –
dada por vasos subdermais. A nutrição do reta- em especial nos casos em que já se prevê
lho vai depender de sua base e, desta forma, novas intervenções no local do leito receptor
devem ser usados através de sua rotação para 2 – Necessidade de coxim protetor – em
atingir a área receptora. A base não deve ser áreas de apoio
menor que sua altura. 3 – Exposição de estruturas nobres –
• Pediculado vasos, nervos e tendões que perderam o seu
– em ilha – mantendo-se o segmento epitendão
cutâneo preso apenas a seu pedículo, o que 4 – Exposição ósteo-articular
permite um amplo arco de rotação, para atingir 5 – Leito receptor pouco vascularizado
áreas distantes
6 – Áreas com infecção crônica
– Peninsular – mantém-se o retalho pre-
so a um segmento cutâneo (base) ao longo do Contraindicação: São poucas, valen-
qual passa um feixe vascular bem definido, e do mais para os casos em que utilizamos os
que irá garantir a nutrição. Neste caso, é pos- retalhos livres que, por serem procedimentos
sível a retirada de um comprimento maior em mais complexos, estão relacionados a uma
relação ao retalho ao acaso, já que sua nutri- maior morbidade para o paciente. Devemos
ção independe da relação entre a base e o considerar as condições clínicas do paciente,
comprimento. bem como sua condição vascular. Em alguns
• Livres – são retalhos que podem ser casos, havendo dúvida sobre a integridade
transpostos para áreas distantes já que apre- dos vasos na área receptora, devemos solici-
sentam pedículo vascular próprio, que devem tar um exame arteriográfico que irá, inclusive,
ser devidamente anastomosados junto a área ajudar no planejamento cirúrgico. Pacientes
receptora (técnica microcirúrgica), garantindo portadores de doenças vasculares diretas ou
assim a sua nutrição. Esta característica con- indiretas (hipertensão, diabetes) deverão ser
fere ao retalho grande versatilidade e uma avaliados de forma mais cuidadosa quanto as
maior opção de escolha indicações microcirúrgicas, pois o risco de
Os retalhos, em geral, apresentam fluxo insucesso das microanastomoses é maior.
anterógrado. Contudo, a partir de estudos de Momento Cirúrgico: Havendo indica-
3
ção para utilização de um retalho, este deverá tivermos grandes perdas cutâneas com expo-
ser realizado o mais breve possível, desde que sição óssea ou de estruturas nobres, pode-
as condições clínicas sigam favoráveis. A dis- mos optar pela utilização do retalho pedicula-
cussão sobre a realização dos retalhos já no do do grande dorsal , que pode ser rodado,
primeiro atendimento deve relaciona-se às preservando seu pedículo vascular (vasos
condições básicas fundamentais como a pre- tóraco-dorsais), garantindo a cobertura até o
sença de uma equipe treinada disponível, e segmento distal do braço. Outra opção seria a
que este procedimento não venha a agravar as própria utilização deste retalho em sua forma
condições gerais do paciente. O grau de con- livre, ou do retalho cutâneo escapular (basea-
taminação da ferida deve ser considerado na do nos vasos circunflexos escapulares).
decisão final de fazer ou não a cobertura na Região do Cotovelo e Antebraço: Nesta
urgência. Acreditamos que ferimentos com região, a cobertura se faz necessária nos casos
baixo grau de contaminação, e que tenham mais complexos, que precisam de retalhos de
sido submetido a uma limpeza e desbridamen- grandes dimensões como os que podemos
to cuidadosos, poderão ser cobertos com reta- obter do segmento posterior da cintura escapu-
lhos já na urgência, o que proporcionará uma lar (retalho do músculo grande dorsal e escapu-
reabilitação mais precoce, fundamental para lar). Em especial, na porção distal do antebraço
recuperação funcional, particularmente da ( dorsal ou volar ), podemos recorrer ao retalho
mão. inguinal (pediculado e baseado nos vasos cir-
cunflexos ilíacos superficiais).
ESCOLHA DO RETALHO
Deverá ser feita baseado no tamanho,
localização e fatores estéticos. Algumas carac-
terísticas individuais como o sexo, idade, tipo
físico (obesidade, tendência para quelóides)
poderão ser fatores que vão nos auxiliar na
escolha do melhor tipo de retalho. Quando
possível, utilizamos retalhos ao acaso ou pedi-
culados, porém para tratamento de grandes
áreas cruentas, ou em casos mais complexos,
com perda concomitante de vários tecidos, os
retalhos livres (microcirúrgicos) devem ser
considerados como uma boa opção de trata- Área cruenta em região do cotovelo com exposição óssea e
mento. A região do dorso da mão apresenta articular após mordedura por leão.
características próprias que devem ser consi-
deradas, pois havendo pouco subcutâneo,
qualquer tipo de retalho cutâneo colocado nes-
ta região irá ser muito volumoso, especialmen-
te em pacientes obesos. Às vezes, o excesso
de volume do retalho implica na necessidade
de várias cirurgias de emagrecimento. Uma
das opções, para esta região, são os retalhos
fasciais, que enxertados posteriormente, con-
ferem um aspecto estético e funcional bastan-
te satisfatório. Os retalhos musculares tem
indicações bastante restritas no membro supe-
rior, estando reservados para perdas cutâneas Região
Pós-operatório do com
imediato dorso
retalhoda mão: grande
do músculo Nestadorsal.
re-
extensas, especialmente no antebraço e coto- gião é muito comum a ocorrência de perda da
velo.
CARACTERÍSTICA DA COBERTURA
CUTÂNEA SEGUNDO A ÁREA
RECEPTORA
Região do Braço: São poucos os casos
que necessitam de uma cobertura cutãnea
nesta região, pois a pele é bastante elástica e
há tecido muscular revestindo todo o contorno
do braço. Tais característica garantem a
opção de fechamento primário das lesões ou
mesmo a simples utilização de enxertos de Três meses de pós-operatório, após enxertia de pele do reta-
pele. No entanto, nos poucos casos em que cobertura cutânea associada a lesões seg-
lho. Aspecto final.
4
COBERTURA CUTÂNEA
Intra-operatório com
abertura da primeira
comissura.
Pós-operatório de
retalho lateral do braço.
Notar a abertura da
primeira comissura.
5
sibilidade e ao coxim gorduroso. Quando que a simples utilização de retalhos cutâneos
necessária, devemos optar por retalhos do tipo garante um retorno funcional e estético satisfa-
cutâneo, de preferência com potencial de tório. Em situações em que temos a preserva-
retorno de sensibilidade. ção do epitendão, e que não corresponda a
Região volar dos dedos: Nesta região região de articulação, poderemos considerar o
é imprescindível que o tipo de cobertura cutâ- uso de enxerto de pele com bons resultados.
nea tenha o potencial de retorno da sensibili- Relação de Retalhos mais comumente
dade, em especial na face radial dos dedos e utilizados:
ulnar do polegar, onde é efetivamente realiza- Retalhos ao Acaso:
do o movimento de pinça .
1 – Cross- finger
2 – V-H – Atasoy-Kleinert
3 – Kutler
Região do dorso dos dedos: Aqui, dife-
Retalhos Pediculados:
1 – Peninsulares
1a – Moberg
1b – Ingúinal
2 – Em ilha
2a – Metacárpica dorsal
2b – Artéria radial (Chinês)
2c – Interóssea posterior
2e – Littler
2f – Reverso do dedo
Retalhos Livres:
rentemente
Área cruenta em face volarda
do região
polegar. volar, o retorno da sensi- 1 – Lateral do Braço
2 – Escapular /Paraescapular
3 – Primeira Comissura do Pé
4 – Músculo Grande Dorsal
5 – Músculo Serrátil
Opções Terapêuticas
para Cobertura Cutânea
do Membro Superior
6
COBERTURA CUTÂNEA
Área cruenta em região dorso ulnar do 1/3 distal do antebraço, com Aspecto clínico final do retalho escapular.
exposição óssea.
7
nuição quando de sua utilização a distância
devido ao processo de denervação muscu-
lar.
2 – Retalhos do Braço
a) Retalho Lateral do Braço
• Localização: Porção lateral do braço
• Tipo: Apesar de ser utilizado mais freqüen-
temente em sua forma fáscio-cutânea,
poderá ser retirado com segmento distal do
úmero e porção lateral do tríceps (osteo-
fáscio-cutâneo). A presença de inervação
sensitiva (nervo cutâneo lateral do braço)
garante potencial de retorno de sensibilida-
de local
• Artéria nutriente: Artéria colateral radial
posterior
• Pedículo: Uma artéria para duas veias
• Extensão: Podemos retirar uma extensa
área que vai de cerca de 3 cm distais da
inserção do músculo deltóide até cerca de 3
cm distais ao epicôndilo lateral. A largura
máxima que permite o fechamento primário
da área doadora é de 5 a 6 cm.
• Características: é um retalho bastante ver-
sátil, especialmente se considerarmos o
fato de podermos restringir o trauma cirúrgi-
co ao mesmo membro lesado, quando de
lesões mais distais. A possibilidade de
fazer-se a sutura do nervo sensitivo junto a
área receptora garante o retorno da sensi-
bilidade do retalho.
3 – Retalhos do antebraço
a) Retalho da artéria radial (Chinês)
• Localização: toda a face anterior do ante-
braço
• Tipo: A forma mais utilizada é a fáscio-cutâ-
nea, contudo poderá ser associada a retira-
da de um segmento do rádio, além do
potencial de retorno da sensibilidade se
retirado com ramo cutâneo lateral do ante-
braço
• Artéria nutriente: Artéria radial
• Pedículo: Uma artéria para duas veias
• Extensão: Apesar de teoricamente poder-
mos retirar todo a extensão da face anterior
do antebraço, devemos considerar o aspec-
to da morbidade associada quando da reti-
rada do segmento cutâneo local
• Características: Em geral este retalho é reti-
Representação esquemática do retalho rado em sua forma de fluxo reverso, em que
lateral do braço dissecado com seu se realiza a ligadura da artéria radial proxi-
pedículo proximal baseado na artéria
colateral radial e veias comitantes. malmente, seguido da rotação do retalho
8
COBERTURA CUTÂNEA
Área cruenta em região do dorso da mão com lesão de extensores. Colocação de espaçador de tendão.
Aspecto clínico e funcional final. Área cruenta tratada com retalho lateral do braço (micro cirúrgico).
9
Representação esquemática do reta-
lho baseado na artéria interóssea pos-
terior de fluxo reverso.
10
COBERTURA CUTÂNEA
Lesão tumoral do tipo espino-celular em região do dorso da mão. Ressecção tumoral com exposição de lesões extensores.
Área cruenta em dorso da mão com o retalho da artéria interóssea posterior já Pós-operatório imediato do retalho.
dissecado e baseado distalmente.
11
• Tipo: cutâneo
• Artéria nutriente: artéria digital
• Pedículo :. Baseado nas artérias digitais pró-
prias e comuns
• Extensão: retalho limitado a face Antero-lateral
do dedo
• Características: é um retalho bastante útil e ver-
sátil por apresentar características de pele da
região ventral e por ser inervado. É utilizado fre-
qüentemente para promover a cobertura cutâ-
nea em lesões extensas localizadas próximas à
polpa dos dedos, principalmente do polegar
b) Retalho do tipo Cross-Finger
• Localização: região dorsal dos dedos
• Tipo: cutâneo
• Artéria nutriente: retalho ao acaso
• Pedículo :. Base cutânea do retalho
• Extensão: limitado à região dorsal do dedo doa-
dor.
• Características: tecido cutâneo de pequena
espessura. É próprio para promover a cobertu-
ra cutânea de perdas cutâneas limitadas aos
dedos vizinhos.
12
COBERTURA CUTÂNEA
digitais
• Pedículo:
• Extensão: limitado à região volar dos dedos e
polegar
Retalho baseado no fluxo • Características: é um retalho de deslizamento
reverso dos vasos digitais. mais utilizado para reconstrução das perdas da
extremidade distal do polegar. Apesar de promo-
ver boa qualidade de cobertura e retorno de sen-
sibilidade pode provocar limitação da extensão do
dedo ou polegar.
f) Retalho da Artéria Primeira Metacarpiana Dorsal
• Localização: bordo radial do segundo metacar-
piano, dorso da falange proximal do dedo indica-
dor
• Tipo: fáscio-cutâneo
• Artéria nutriente: Artéria primeira metacarpiana
dorsal
• Pedículo: uma artéria / duas veias comitantes/
veias do sistema superficial / ramos sensitivos do
nervo sensitivo radial
• Extensão: Apesar de alguns estudos mostrarem
a possibilidade de extensão do retalho até a
falange média, acreditamos que ao cruzarmos a
prega distal da interfalangeana proximal estamos
aumentando em muito a morbidade junto ao
dedo doador.
• Características: A inclusão do ramo sensitivo do
nervo radial junto ao retalho garante a sensibili-
dade a sua sensibilidade,portanto o seu uso tem
indicação principal para região volar do polegar.
A presença da artéria primeira metacarpiana
dorsal em 100% dos casos, torna o retalho
seguro e confiável, devendo apenas ter o cuida-
do de fazer a dissecção do pedículo com mar-
gem de segurança que pode ser feito incluindo
um faixa larga de fáscia do músculo interósseo
dorsal. Um dos incovenientes deste tipo de reta-
lho é a necessidade de enxertia de pele junto
área doadora.
g) Retalho da Artéria Segunda Metacarpiana Dorsal
• Localização: Espaço dorsal entre os segundo e
terceiro metacarpianos ao longo da artéria
segunda metacarpiana dorsal
13
Retalho baseado na primeira
metacárpica dorsal.
14
COBERTURA CUTÂNEA
15
• Tipo: Fáscio-cutâneo. maior retalho foi de 10cm de compri-
• Artéria nutriente: artéria segunda mento por 2,5 cm de largura, que foi
metacarpiana dorsal. suficiente para cobrir até a região da
interfalangiana distal do dedo longo.A
• Pedículo: uma artéria / duas veias vascularização do retalho é dada por
comitantes. ramos perfurantes distais localizados
• Extensão: Da da região dorsal da mão distalmente a última conexão intertendí-
o retalho pode ser extendido sobre o nea, e que são ramos da artéria segun-
dorso da falange proximal do dedo da metacarpiana dorsal. O retalho é dis-
indicador e longo, graças a expan- secado e rotado em 180 graus sobre o
sões locais da artéria segunda meta- pedículo, sem que haja diminuição de
carpiana dorsal. sua vascularizacão, atingindo assim o
• Características: Os estudos anatômicos limite distal da lesão.
mostram a presença da artéria metacar- h) Retalho da Artéria Terceira Metacar-
piana em 100% dos casos o que torna o piana Dorsal
retalho bastante seguro, contudo as • Localização: Espaço dorsal entre os
dimensões máximas ainda nào foram terceiro e quarto metacarpianos ao
definidas. Em nossa experiência o longo da artéria segunda metacarpia-
16
COBERTURA CUTÂNEA
17
Retalho baseado na segunda
metacárpica dorsal.
18
COBERTURA CUTÂNEA
19
Dissecção do retalho baseado na artéria segunda metacarpiana dorsal. Pós-operatório imediato mostrando a cobertura completa da área cruenta com
boa perfusão do retalho.
na dorsal
• Tipo: fáscio-cutâneo
• Artéria nutriente: Artéria terceira metacarpiana dorsal
• Pedículo :.uma artéria / duas veias comitantes
• Extensão: Os limites ainda não foram ainda definidos
• Características: assim como o retalho da segunda metacarpiana dorsal, ele pode ser
rodado em 180 graus sobre os ramos perfurantes. A literatura é evasiva em relação
aos limites do retalho, sendo que em nossa casuística o maior retalho obtido apre-
sentava 6x 2,5cm dimensões
i) Retalho da Artéria Quarta Metacarpiana Dorsal
• Localização: Espaço dorsal entre os quarto e quinto metacarpianos ao longo da artéria
20
COBERTURA CUTÂNEA
Pós-operatório do retalho
com cobertura completa
da área cruenta.
Resultado final.
21
segunda metacarpiana dorsal
• Tipo: fáscio-cutâneo
• Artéria nutriente: artéria quarta metacarpiana dorsal
• Pedículo: uma artéria / duas veias
• Extensão: indefinido
• Características: Dado relevante deste retalho é que a artéria quarta metacarpiana dorsal,
conforme estudos anatômicos está presente em apenas 70% dos casos, sendo que seria
importante certificarmos sobre a sua presença. Apesar deste dado anatômico em nossa
casuística de 9 casos não tivemos nenhum insucesso, contudo seria interessante a confir-
mação de sua presença usando um aparelho do tipo doppler
5 – Retalhos à distância
Presença de área
cruenta em face volar
do quinto dedo.
Pós-operatório
imediato do retalho.
Resultado final.
22
COBERTURA CUTÂNEA
Aspecto cliníco
e funcional final.
23
Drenagem venosa da mão
(vista dorsal).
24
COBERTURA CUTÂNEA
Artérias e nervos
do dorso da mão.
25
1. Albee, F. H.: Synthetic transplantation of tissues to form new fin- tion of the finger in children. Aust. Paediatr. J., 8:86, 1972.
ger. Ann. Surg., 69:379, 1919. 48. Emerson, D. J., Sprigg, A., and Page, R. E.: Some observations
2. American Society for Surgery of the Hand Correspond~ll ence on the radial artery island flap. Br. J. Plast. Surg., 38:107, 1985.
Club Newsletter, Nov. 1, 1979. 49. Fisher, R. H.: The Kutler method of repair of fingertip amputa-
3. Ashbell, T. S., Kleinert, H. E., Putcha, S. M., and Kutz, J. E.: The tions. J. Bone Joint Surg., 49A:317, 1967.
deformed fingernail, a frequent result of failure to repair nail bed 50. Flatt, A. E.: The Care of Minor Hand Injuries. 3rd Ed. St. Louis,
injuries. J. Trauma, 7:177, 1967, MO, C. V. Mosby Company, 1972, p. 137.
4. Atasoy E., Ioakimidis, E., Kasdan, M. L., Kutz, J. E., and kleinert, 51. Flatt, A. E.: The thenar Hap. J. Bone Joint Surg., 39B:80, 1957.
H. E.: Reconstruction of the amputated finger tip with a triangular 52. Foucher, G., van Genechten, F., Merle, N., and Michon, J.: A com-
volar flap-a new surgical procedure. J. Bone Joint Surg., pound radial artery forearm flap in hand surgery: an original modi-
52A:921, 1970. fication of the Chinese fore-arm flap. Br. J. Plast. Surg., 3 7:139,
5. Atasoy, E., loakimidis, E., Kasdan, M. L., et al.: Recon-strt~tion of 1984.
the amputated finger tip with a triangular volar flap. A new surgi- 53. Frandsen, P. A.: V-Y plasty as treatment of finger tip amputations.
cal procedure. J. Bone Joint Surg., 52A:921, 1970. Acta Orthop. Scand., 49:255, 1978.
6. Bailey, B. N., and Godfrey, A. M.: Latissimus dorsi muscle flaps. 54. Freiberg, A., and Manktelow, R.: The Kutler repair of finger tip
Br. J. Plast. Surg., 37:47, 1982. amputations. Plast. Reconstr. Surg., 50:371, 1972.
7. Bakarujian, V. Y.: A two stage method for pharyngo-esophageal 55. Frykman, G. K.: latrogenic digital nerve compression.
reconstruction with a primary pectoral skin flap. Plast. Reconstr. 56. Furnas, D. W., and Fischer, G. W.: The Z-plasty: biome-chanics
Surg., 36:173, 1965. and mathematics. Br. J. Plast. Surg., 24:144, 1971.
8. Barron, J. N.: The structure and function of the skin of the hand. 57. Gatewood: A plastic repair of finger defects without hospitaliza-
Hand, 2:93, 1970. tion. J.A.M.A., 87:1479, 1926.
9. Barton, N. J.: A modified thenar flap. Hand, 7:150, 1975. Beasley, 58. Gilbert, A., and Teot, L.: The free scapular flap. Plast. Reconstr.
R. W.: Principles and techniques of resurfacing operations for Surg., 69:601, 1982.
hand surgery. Surg. Clin. North Am., 47:389, 1967. 59. Gilbert, D. A.: An overview of flaps for hand and forearm recons-
10. Bennett, J. E,, and Mohler, L.: Arm tourniquet tolerance in una- truction. Clin. Plast. Surg., 8:129, 1981.
nesthetized adults. Surg. Forum, 15:463, 1964. 60. Gillies, H. D., and Millard, D. R., Jr.: The Principles and Art of
11. Bennett, J. E.: Upper arm tourniquet tolerance in un-anesthetized
Plastic Surgery. Boston, Little, Brown & Com-pany,1957.
adults. Surg. Forum, 15:463, 1964.
61. Godina, M.: Preferential use of end-to-side anastomoses in free
12. Berger, P.: Autoplastie par deboublement de la palmure et echan-
ge de lambeaux. In Berger, P., and Banzet, S. (Eds.): Chirurgie flap transfers. Plast. Reconstr. Surg., 64:673, 1979.
Corthopedique. Paris, Steinfeil, 1904. 62. Graham, W. P.: Incisions, amputations and skin grafting in the
13. Blair, V. P.: Surgery and Diseases of the Mouth and Jaws. St. hand. Orthop. Clin. North Am., 1:213, 1970.
Louis, C. V. Mosby Company, 1912. 63. Gurdin, M., and Pangman, W. J.: The repair of surface defects of
14. Bojsen-Moller, J., Pers, M., and Schmidt, A.: Finger tip injuries: fingers by transdigital flaps. Plast. Reconstr. Surg., 5:368, 1950.
late results. Acta Chir. Scand., 122:177, 1961. 64. Haddad, R. J.: The Kutler repair of finger tip amputation. South
15. Bossley, C. J.: Conservative treatment of digit amputa-tions. NX Med. J., 61:1264, 1968.
Med. J., 82:379, 1975. 65. Hallock, G. G.: Island forearm flap for coverage of the anticubital
16. Boyes, J. H.: Incisions in the hand. Am. J. Orthop., 4:308, 1962. fossa. Br. J. Plast. Surg., 39:533, 1986.
17. Broadbent, T. R., and Woolf, R. M.: Thumb reconstruc-tion with 66. Harii, K., Ohmori, K., and Ohmori, S.: Successful clinical transfer
contiguous skin-bone pedicle graft. Plast. Reconstr. Surg., of ten free flaps by microvascular anasto-moses. Plast. Reconstr.
26:494, 1960. Surg., 53:259, 1974.
18. Brones, M. F., Wheeler, E. S., and Lesavoy, M. A.: Restoration of 67. Harii, K., Yamada, A., and Torii, S.: Recent advances in flap cove-
elbow flexion and arm contour with the latissimus dorsi myocuta- rage. Clin. Plast. Surg., 7:495, 1980.
neous flap. Plast. Reconstr. Surg., 69:329, 1982. 68. Hentz, V. R., Pearl, R. M., and Kaplan, E. N.: Use of the medial
19. Bruner, J. M.: Incisions for plastic and reconstructive (nonseptic) upper arm skin as an arterialised flap. Hand, 12:241, 1980.
surgery of the hand. Br. J. Plast. Surg., 4:48, 1951. 69. Hing, D. N., Buncke, H. J., Alpert, B. S., and Gordon, L.: Free flap
20. Bruner, J. M.: The zig-zag volar-digital incision for flexor-tendon coverage of the hand. Hand Clin., 1:741, 1985.
surgery. Plast. Reconstr. Surg., 40:571, 1967. 70. Holm, A., and Zachariae, L.: Finger tip lesions: an evaluation of
21. Budo, J., Finucan, T., and Clarke, J.: The inner arm fasciocuta- conservative treatment versus free skin grafting. Acta Orthop.
neous flap. Plast. Reconstr. Surg., 73:629, 1984. Scand., 45:382, 1974.
22. Buncke, H. J.: Aesthetic aspects of hand surgery. Clin. Plast. 71. Horner, W. E.: Clinical report on the surgical department of
Surg., 8:349, 1985. Philadelphia Hospital, Blockley for the months of May, June, and
23. Bunnell, S.: Surgery of the Hand. 2nd Ed. Philadelphia, J. B. July, 1837. Am. J. Med. Sci., 21:105, 1837.
Lippincott Company, 1948. 72. Hoskins, H. D.: The versatile cross-finger pedicle flap-a report of
24. Chang, T. S., Wang, W., and Hsu, C. Y.: The free forearm flap-a twenty-six cases. J. Bone Joint Surg., 42A:261, 1960.
report of 25 cases. Ann. Acad. Med. Singapore, 11:236,1982. 73. Hutchinson, J., Tough, J. S., and Wyburn, G. M.: Regen-eration of
25. Chase, R. A.: Atlas of Hand Surgery. Vol. 1. Philadel-phia, W. B. sensation in grafted skin. Br. J. Plast. Surg., 2:82, 1949.
Saunders Company, 1973. 74. Ikuta, Y., Watari, S., Kawamura, K., et al.: Free flap transfers by
26. Chase, R. A.: Atlas of Hand Surgery. Vol. 11. Philadel-phia, W. B. end-to-side arterial anastomosis. Br. J. Plast. Surg., 28:1, 1975.
Saunders Company, 1984. 75. Illingworth, C. M.: Trapped fingers and amputated finger tips in
27. Chase, R. A.: Early salvage in acute hand injuries with a primary children. J. Pediatr. Surg., 9:853, 1974.
island flap. Plast. Reconstr. Surg., 48:521, 197L 76. Jin, Y., Guan, W., Shi, T., Quian, Y., Xu, L., and Chang, T.:
28. Chase, R. A.: Historical review of skin and soft tissue coverage of Reversed island forearm fascial flap in hand sur-gery. Ann. Plast.
the upper extremity. Hand Clin., 1:599, 1985. Surg., 15:340, 1985.
29. Chase, R. A.: Presidential address: The development of tissue 77. Johnson, M. K., and Cohen, M. J.: The fingers. In The Hand Atlas.
transfer in hand surgery. J. Hand Surg., 9:463, 1984. Springfield, IL, Charles C Thomas, 1975.
30. Cohen, B. E., and Cronin, E. D.: An innervated cross-finger flap 78. Johnson, R. K., and Iverson, R. E.: Cross finger pedicle flaps in
for fingertip reconstruction. Plast. Reconstr. Surg., 72:688, 1983. the hand. J. Bone Joint Surg., 53A:913, 1971.
31. Cormack, G. C., and Lamberty, B. G.: Fasciocutaneous vessels in 79. Johnson, R. K., and Shrewsbury, M. M.: Anatomic course of the
the upper arm: application to the design of new fasciocutaneous thenar branch of the median nerve. Usually in a separate tunnel
flaps. Plast. Reconstr. Surg., 74:244, 1984. through the transverse carpal liga-ment. J. Bone Joint Surg.,
32. Cronin, T. D.: The cross-finger flap-a new method of repair. Am. 52A:269, 1970.
Surg., 17:419, 1951. 80. Jones, F. W.: The Principles of Anatomy as Seen in the Hand. 2nd
33. Curtis, R. M.: Cross-finger pedicle flap in hand surgery. Ann. Ed. London, Bailliere Tindall Cox, 1942.
Surg., 145:650, 1957. 81. Kaplan, E. N., and Pearl, R. M.: An arterial medial arm flap-vas-
34. Cutler, C. W.: The Hand. Its Disabilities and Diseases. cular anatomy and clinical applications. Ann. Plast. Surg., 4:205,
Philadelphia, W. B. Saunders Company, 1942. 1980.
35. Daniel, R. K., and Faibisoff, B.: Free flap transfers for upper 82. Katsaros, J., Schusterman, M., Beppu, M., Banis, J. C., Jr., and
extremity reconstruction. Ann. Acad. Med., 8:440, 1979. Acland, R. D.: The lateral upper arm flap: anatomy and clinical
36. Daniel, R. K., and May, J. W., Jr.: Free flaps: An overview. Clin. applications. Ann. Plast. Surg., 12:489, 1984.
Orthop., 133:122, 1978. 83. Keim, H. A., and Grantham, S. A.: Volar-flap advance-ment for
37. Daniel, R. K., and Taylor, 1. G.: Distant transfer of an island flap thumb and fingertip injuries. Clin. Orthop., 66:109, 1969.
by microvascular anastomoses. Plast. Re-constr. Surg., 52:111, 84. Kelsey, J. L., Pastides, H., Kreiger, N., Harris, C., and Chernow,
1973. R. A.: Upper extremity disorders: a survey of their frequency and
38. Daniel, R. K., and Weiland, A. J.: Free tissue transfers from upper cost in the United States. St. Louis, MO, C. V. Mosby Company,
extremity reconstruction. J. Hand Surg., 7:66, 1982. 1980.
39. Daniel, R. K., Terzis, J., and Midgley, R. D.: Restoration of sensa- 85. Kleinert, H. E., McAlister, C. G., McDonald, C. J., and Kutz, J. E.:
tion to an anesthetic hand by a free neurovas-cular flap from the A critical evaluation of cross-finger flaps. J. Trauma, 14:756,
foot. Plast. Reconstr. Surg., 57:275, 1976. 1974.
40. Das, S. K., and Brown, H. G.: Management of lost finger tips in 86. Kleinert, H. E.: Finger tip injuries and their manage-ment. Am.
children. Hand, 10:16, 1978. Surg. 25:41, 1959.
41. Dellon, A. L.: Evaluation of Sensibility and Reduction of 87. Kutler, W. A.: A new method of repair for finger tip amputation.
Sensation in the Hand. Baltimore, Williams & Wilkins Company, J.A.M.A.. 133:29.1947.
1981. 88. Kutler, W.: A new method for finger tip amputation. J.A.M.A.,
42. Dessapt, B., Saucier, T., Botta, Y., and Masson, C. L.: 133:29, 1947.
Microneurovascular free flaps. Int. Surg., 66:23, 1981. 89. Lesavoy, M. A.: Reconstruction of the Head and Neck. Baltimore,
43. d'Este, S.: La technique de I'amputation de la mamelle pour Williams & Wilkins Company, 1981, p. 2.
careinome mammaire. Rev. Chir., 45:164, 1912. 90. Lesavoy, M. A.: The dorsal index finger neurovascular island flap.
44. Dolich, B. H., Olshansky, K. J., and Barbar, A. H.: Use of a cross- Orthop. Rev., 9:91, 1980.
forearm neurocutaneous flap to provide sen-sation and coverage 91. Lie, K. K., Magargle, R. K., and Posch, J. L.: Free full thickness
in hand reconstruction. Plast. Reconstr. Surg., 62:550, 1978. skin grafts from the palm to cover defects of the fingers. J. Bone
45. Dolmans, S., Guirnerteau, J. C., et al.: The upper arm flap. J. Joint Surg., 52A:559, 1970.
Microsurg., 1:162, 1979. 92. Limberg, A. A.: Plastic interchange of triangular flaps. Odont.
46. dos Santos, L. F.: The vascular anatomy and dissection of the Stomat., 2:74, 1928.
free scapular flap. Plast. Reconstr. Surg., 73:599, 1984. 93. Lin, S.D. ; Lai , C.S. ; Chiu, C.C. Venous drainage in reverse
47. Douglas, B. S.: Conservative management of guillotine amputa- forearm flap . Plast. Reconstruc Surg. v70 p508-12 , 1984
26
COBERTURA CUTÂNEA
94. Lister, G. D.: The theory of the transposition flap and its practical 138. Posner, M. A., and Smith, R. J.: The advancement pedicle flap for
application in the hand. Clin. Plast. Surg., 8:115, 1981. thumb injuries. J. Bone Joint Surg., 53A:1618, 1971.
95. Littler, J. W.: Neurovascular pedicle transfer of tissue in recons- 139. Quilliam, T. A., and Ridley, A.: The receptor community in the fin-
tructive surgery of the hand. J. Bone Joint Surg., 38A:917, 1956. ger tip. J. Physiol., 216:15P, 1971.
96. Louis, D., Palmer, A., and Burney, R.: Open treatment of digital tip 140. Reed, J. V., and Harcourt, A. K.: Immediate full thick-ness grafts
injuries. J.A.M.A., 244:7, 1980. to finger tips. Surg. Gynecol. Obstet., 68:925, 1939.
97. MacGregor, 1. A., and Jackson, 1. T.: The groin flap. Br. J. Plast. 141. Reyes, F. A., and Burkhalter, W. E.: The fascial radial flap. J.
Surg., 25:3, 1972. Hand Surg., 13:432, 1988.
98. Macht, S. D., and Watson, K. H.: The Moberg volar advancement 142. Ridley, A.: A biopsy study of the innervation of forearm skin graf-
flap for digital reconstruction. J. Hand Surg., 5:372, 1980. ted to the finger tip. Brain, 93:547, 1970.
99. Man, D., and Acland, R. D.: The microarterial anatomy of the dor- 143. Robinson, D. W.: Microsurgical transfer of the dorsalis pedis neu-
salis pedis flap and its clinical applications. Plast. Reconstr. rovascular island flap. Br. J. Plast. Surg., 29:209, 1976.
Surg., 65:409, 1980. 144. Roggendorf, E.: The planimetric Z-plasty. Plast. Re-constr. Surg.,
100. Mandal, A. C.: Thiersch grafts for lesions of the finger tip. Acta 71:834, 1983.
Chir. Scand., 129:325, 1965. 145. Rose, E. H.: Local arterialized island flap coverage of difficult
101. Mathes, S. J., and Vasconez, L. 0.: Free flaps (including toe hand defects preserving donor digit sensibil-ity. Plast. Reconstr.
transplantation). In Green, D. P. (Ed.): Operative Hand Surgery.
Surg., 72:848, 1983.
Edinburgh, Churchill Livingstone, 1982.
146. Russell, R. C., VanBeek, A. L., Wavak, P., and Zook, E. G.:
102. Maxwell, G. P., Manson, P. N., and Hoopes, J. E.: Experience with
thirteen latissimus dorsi myocuta-neous free flaps. Plast. Alternative hand flaps for amputations and digital defects. J.
Reconstr. Surg., 64:1, 1979. Hand Surg., 6:399, 1981.
103. Maxwell, G. P., Stueber, K., and Hoopes, J. E.: A free latissimus 147. Saito, H.: Free nailbed graft for treatment of nailbed injuries of the
dorsi myocutaneous flap: case report. Plast. Reconstr. Surg., hand. J. Hand Surg., 8:171, 1983.
62:462, 1978. 148. Salaman, J. R.: Partial thickness skin grafting of finger tip injuries.
104. May, J. W., Jr., Chait, L. A., Cohen, B. E., and O'Brien, B. M.: Free Lancet, 1:705, 1967.
neurovascular flap from the first web of the foot in hand recons- 149. Santoni-Rugiu, P.: An experimental study on the rein-nervation of
truction. J. Hand Surg., 2:387, 1977. free skin grafts and pedicle flaps. Plast. Reconstr. Surg., 38:98,
105. May, J. W., Jr., Lukash, F. N., Gallico, G. G., III: Latissimus dorsi 1966.
free muscle flap in lower extremity reconstruction. Case report. 150. Schenek, R. R., and Cheema, T. A.: Hypothenar skin grafts for fin-
Plast. Reconstr. Surg., 68:603, 1981. gertip reconstruction. J. Hand Surg., 9A:750, 1984.
106. McCash, C. R.: Free nail grafting. Br. J. Plast. Surg., 8:19, 1955. 151. Serafin, D., Georgiade, N. G., and Smith, D. H.: Compar-ison of
107. McCraw, J. B., and Furlow, L. T., Jr.: The dorsalis pedis arteriali- free flaps with pedicled flaps for coverage of defects of the leg or
zed flap. A clinical study. Plast. Reconstr. Surg., 55:177, 1975. foot. Plast. Reconstr. Surg., 59:492, 1977.
108. McFarlane, R. N., Heagy, F. C., Rodin, S., Aust, J. C., and 152. Shah, K. G., Garrett, J. C., and Buncke, H. J.: Free groin flap
Wermuth, R. G.: A study of the delay phenomenon in experimen- transfer to the upper extremity. Hand, 11:315, 1979.
tal pedicle flaps. Plast. Reconstr. Surg., 35:245, 1965. 153. Sharzer, L. A., Barker, D. T., and Adamson, J. E.: Free composi-
109. McGrath, M. H., Adelberg, D., and Finseth, F.: The intravenous te tissue transfer in the upper extremity. In Serafin, D., and
fluorescein test: use in timing of groin flap division. J. Hand Surg., Buncke, H. J., Jr. (Eds.): Microsurgical Composite Tissue
4:19, 1979. Transplantation. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1978.
110. McGregor, 1. A., and Jackson, 1. T.: The groin flap. Br. J. Plast. 154. Sharzer, L. A., O'Brien, B. M., Horton, C. L., et al.: Clinical appli-
Surg., 25:3, 1972. cations of free flap transfer in the burn patient. J. Trauma, 15.766,
111. McGregor, I. A., and Jackson, 1. T.: The groin flap, Br. J. Plast. 1975~
Surg., 25:3, 1972. 155. Shaw, D. T., and Payne, R. L.: One stage tubed abdomi-nal flaps.
112. Meals, R. A., and Lesavoy, M. A.: Hand Surgery Review. 2nd Ed. Single pedicle tubes. Surg. Gynecol. Obstet., 83:205, 1946,
Massachusetts, PSG Publishing Company, 1985. 156. Shaw, M. H.: Neurovascular island pedicled flaps for terminal
113. Micks, J. E., and Wilson, J. N.: Full thickness sole-skin grafts for digital scars,-a hazard. Br. J. Pla8t. Surg., 24:161, 1971.
resurfacing the hand. J. Bone Joint Surg., 49A:1128, 1967. 157. Shaw, W. W.: Microvascular free flaps: the first decade. Clin.
114. Milford, L.: The hand. In Crenshaw, E. H. (Ed.): Camp-bell's Plast. Surg., 10:3, 1983.
Operative Orthopaedics. St. Louis, MO, C. V. Mosby Company, 158. Shepard, G * H.: Treatment of nail bed avulsions with split-thick-
1971. ness nail bed grafts. J. Hand Surg., 8:49, 1983.
115. Millard, D. R.: Principlization of Plastic Surgery. Boston, Little, 159. Showalter, J. T.: Results of replacement of finger tip tissue. Int.
Brown & Company, 1986.
Surg., 50:306, 1968.
116. Miller, A. J.: Single fingertip injuries treated by thenar flap. Hand,
160. Smith, P. J., Foley, B., McGregor, 1. A., et al.: The anatomical
6:311, 1974.
117. Moberg, E.: Aspects of sensation in reconstructive sur-gery of the basis of the groin flap. Plast. Reconstr. Surg., 49:41, 1972.
upper extremity. J. Bone Joint Surg., 46A:817, 1964. 161. Smith, R. C. ' and Furnas, D. W.: The hand sandwich. Plast.
118. Morestin, M. H.: De la correction des flexions perma-nentes des Reconstr. Surg., 57:351, 1976.
doigts consecutives aux panaris et aux phlegmons de la paume 162. Smith, R. C., and Furnas, D. W.: The hand sandwich. Plast.
de la main. Rev. Chir., 50:1, 1914. Reconstr. Surg., 57:351, 1976.
119. Morrison, W. A., O'Brien, B. M., and MacLeod, A.: Clinical expe- 163. Smith, R. J., and Albin, R.: Thenar "H-flap" for fingertip injuries. J
riences in free flap transfer. Clin. Orthop., 133:139, 1978. Trauma, 16:778 ' 1976.
120. Morrison, W. A., O'Brien, B. M., MacLeod, A., and Gilbert, A.: 164. Snow, J. W.: The use of a vo lar flap for repair of fingertip ampu-
Neurovascular free flaps from the foot for innervation of the hand. tation: a preliminary report. Plast. Reconstr. Surg., 40:163, 1967.
J. Hand Surg., 3:235, 1978. 165. Song, R., Gao, Y., Song, Y., Yu, Y., and Song, Y.: The forearm
121. Moynihan, F. J.: Long-term results of split-skin grafting in finger- flap. Clin. Plast. Surg., 9:21, 1982.
tip injuries. Br. Med. J., 5255:802, 1961. 166. Song,`~., Song, Y., Yu, Y., and Song, Y.: The upper arm free flap.
122. Myers, M. B., Cherry, G., and Milton, S.: Tissue gas levels as an Clin. Plast. Surg., 9:27, 1982.
index of the adequacy of circulation: the relation between ische- 167. Soutar, D. S., and Tanner, N. S.: The radial artery forearm flap. Br.
mia and the development of collateral circulation (delay pheno- J. Plast. Surg., 37:18, 1984.
menon). Surgery, 71:15, 1972. 168. Stevenson, T. R., Hester, T. R., Duus, E. C., and Ding-man, R. 0.:
123. Myers, M. B.: Prediction of skin sloughs at the time of operation The superficial inferior epigastric artery arm flap for coverage of
with the use of fluorescein dye. Surgery, 51:158, 1962. hand and forearm defects. Ann. Plast. Surg., 12:333, 1984.
124. Napier, J. R.: The return of pain sensibility in full thickness skin 169. Sturman, M. J., and Duran, R. J.: The late results of finger tip inju-
grafts. Brain, 75:147, 1952. ries. J. Bone Joint Surg., 45A:289, 1963.
125. Nassif, T. M., Vidal, L., Bovet, J. L., and Baudet, J.: The parasca- 170. Takayanagi, S., and Tsukie, T.: Free serratus anterior muscle and
pular flap: a new cutaneous microsurgical free flap. Plast. myocutaneous flaps. Ann. Plast. Surg., 8:277, 198L
Reconstr. Surg., 69:591, 1982. 171. Tanzini: Spora il nito nuova processo di aupertozione della
126. O'Brien, B. McC., and Shanmugan, N.: Experimental transfer of menuelle. Riforma Med., 22:757, 1906.
composite free flaps with microvascular anastomosis. Aust. NX J. 172. Taylor, G. I., and Townsend, P.: Composite free flap and tendon
Surg., 43:285, 1973. transfer: an anatomic study and clinical tech-nique. Br. J. Plast.
127. O'Brien, B. McC.: Microvascular Reconstructive Surgery. Surg., 32:170, 1979.
Edinburgh, Churchill Livingstone, 1977. 173. Tempest, M. N.: Cross-finger flaps in the treatment of injuries to
128. O'Brien, B.: Neurovascular island pedicle flaps for ter-minal the finger tip. Plast. Reconstr. Surg., 9:205, 1952.
amputations and digital scars. Br. J. Plast. Surg., 21:258, 1968. 174. Tranquilli-Leali, E.: Ricostruzione dell'apice delle fa-langi unguea-
129. Ohmori, K., and Harii, K.: Free dorsalis pedis sensory flap to the li mediante autoplastica volare pedunco-lata per scorrimento.
hand, with microneurovascular anasto-moses. Plast. Reconstr. Infortun. Traum. Lav., 1:186, 1935.
Surg., 58:546, 1976.
175. Upton, J., Rogers, C., Durham-Smith, G., and Swartz, W. M.:
130. Ohmori, K., and Harii, K.: Free groin flaps: their vas-cular basis.
Br. J. Plast. Surg., 28:238, 1975. Clinical applications of temporoparietal flaps in hand reconstruc-
131. Olson, R. M., Wood, M. B., and Irons, G. B.: Microvas-cular free- tion. J. Hand Surg., IIA:476, 1986.
flap coverage of mechanical injuries to the upper extremity. Am. 176. Vila-Rovira, R., Ferreira, B. J., and Guinot, A.: Transfer of vascu-
J. Surg., 144:593, 1982. larized extensor tendons from the foot to the hand with a dorsa-
132. O'Malley, T. S.: Full thickness skin grafts in finger amputation. lis pedis flap. Plast. Reconstr. Surg., 76:421, 1985.
Wis. Med. J., 33:337, 1934. 177. Walton, R. L., and Bunkis, J.: The posterior calf fascio-cutaneous
133. Pakiam, A. I.: The reversed dermis flap. Br. J. Plast. Surg., free flap. Plast. Reconstr. Surg., 74:76, July 1984.
31:131, 1978. 178. Wood, M. B., and Irons, G. B.: Upper-extremity free skin flap
134. Patton, H. S.: Split skin graft from the hypothenar area for finger- transfer: results and utility as compared with distant pedicle skin
193839 CED 970
tip avulsions. Plast. Reconstr. Surg., 43:426, 1969. flaps. Ann. Plast. Surg., 11:523, 1983.
135. Póten , B The fasciocutaneous flap: its use in soft tissue defects 179. Wood, M. B., Cooney, W. P., III, and Irons, G. B., Jr.: Upper extre-
of the lower leg . Br. J.Plast. Surg. , v.34 , p.215-20,1981 mity reconstruction by free tissue transfer. Minn. Med., 66:503,
136. Ponten, B.: Grafted skin, observations on innervation and other 1983.
qualities. Acta Chir. Scand. Suppl., 257:1, 1960. 180. Yang, G., Baoqui, C., and Yuzhi, G.: Free forearm skin transplan-
137. Porter, R. W.: Functional assessment of transplanted skin in volar tation. Natl. Med. J. China, 61:139, 1981.
defects of the digits. A comparison be-tween free grafts and flaps. 181. Zeis, E.: The Zeis index and history of plastic surgery: 900 B.c.-
J. Bone Joint Surg., 50A:955, 1968. 1863 A.D. VOL 1. Baltimore, Williams & Wil-kins Company, 1977.
27