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Santos/SP
2021
MARIA JOSÉ PIRES
Santos/SP
2021
RESUMO
A pele é apresentada como o maior órgão do corpo, o reparo de ferida e o esforço dos
tecidos lesionados para restaurar a função e as estruturas normais após o trauma. A ferida
operatória (FO)e a perda da continuidade do tegumento, evidente pela ruptura das camadas da
pele, a deiscência e uma complicação na cicatrização da FO, podendo ser parcial de poucos
sentimentos ou completamente aberta com ou sem a protusão de órgão., O Diabetes Mellitus (DM)
é uma síndrome de distúrbios metabólico com hiperglicemia inapropriada que pode levar uma
dificuldade cicatricial das feridas, devido. As ondas ultrassônicas pode ser uma estratégia
terapêutica efetiva para o reparo do tecido. Este trabalho tem como objetivo retratar as informações
observadas com a aplicação das ondas ultrassônicas na deiscência de FO, utilizando como método
relato do paciente, fotografando a lesão antes de cada atendimento, para obtendo as informações
foi pesquisado alguns estudos assim como outros métodos utilizados no fechamento de FO, o
curativo adequado e um dos métodos utilizado para absorver exsudato ou drenagem enquanto
houver secreção, o estimulo realizado com as ondas ultrassônica restaurou o processo de
inflamação de forma controlada, os resultados foram observados com a evolução da paciente a
diminuição da alta sensibilidade local, edema e dor a cada aplicação, a pele seca foi desbridada
deixando à mostra a pele nova porem frágil, na quarta sessão a FO estava fechada, os equipamentos
nos encoraja na buscar de conhecimento e tratamentos promissor em seres humanos, o estimulo
efetuado com as ondas ultrassônica foi eficaz no fechamento da deiscência da FO, primaria sendo
a técnica positiva, em outros graus de lesão necessita de uma análise quantitativa para seguir na
afirmação.
The skin is presented as the largest organ in the body, wound repair and the effort of injured
tissues to restore normal function and structures after trauma. The surgical wound (O) and the loss
of integument continuity, evident by the rupture of the skin layers, dehiscence and a complication
in the healing of OC, which may be partial to a few feelings or completely open with or without
organ protusion., Diabetes Mellitus (DM) is a syndrome of metabolic disorders with inappropriate
hyperglycemia that can lead to a scar difficulty of the wounds, due. Ultrasonic waves can be an
effective therapeutic strategy for tissue repair. This work aims to portray the information
observed with the application of ultrasonic waves in oC dehiscence, using as a method report of
the patient, photographing the lesion before each care, to obtain the information was researched
some studies as well as other methods used in the closure of OC, the appropriate dressing and one
of the methods used to absorb exudate or drainage while there is secretion, the stimulation carried
out with the ultrasonic waves restored the process of inflammation in a controlled manner, the
results were observed with the evolution of the patient the decrease of high local sensitivity, edema
and pain with each application, dry skin was debrided leaving to show the new skin but fragile, in
the fourth session the OC was closed, the equipment encourages us in the search for knowledge
and promising treatments in humans, the stimulation effected with ultrasonic waves was effective
in closing the dehiscence of the OC, primarily being the positive technique, in other degrees of
injury requires a quantitative analysis to follow in the statement.
Tabela 2. Demarcação dos pontos, tempo de aplicação em cada ponto, total de tempo
aplicação por dia de atendimento
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
2. OBJETIVOS.................................................................................................................17
4. RESULTADOS ...........................................................................................................20
5. DISCUSSÃO.................................................................................................................23
6. CONCLUSÃO..............................................................................................................26
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................27
“Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para
encher com sabedoria.’’- O Caibalion
8
1 INTRODUÇÃO
1.1 PELE
camada espinhosa, nestas camada estão presente as troncos dos queratinócitos, logo vem a
camada granulosa que possui fileiras de células poligonais achatadas tem seu nome devido a
presença dos grânulos de á deposição do material lipídico que auxilia na formação da barreira
contra a penetração de substâncias, tornando a pele impermeável, protegendo contra a saída e
entrada da água, em seguida tem a camada transparente ou lúcida formada por uma fina camada
de células achatadas, a maioria tem limites indistintos, que perderam os núcleo e organelas
digeridos pelas enzimas dos lisossomos presente no citoplasma, a camada córnea é a camada
mais proeminente em área de pele espessa a mais superficial da epiderme formada por diversos
planos de células achatadas, intimamente ligadas e mortas substituídas pela queratina ou seja
células corneificadas, que são empurradas em direção a superfície do corpo, pela renovação
celular constante, (LINHARES, et al., 2013; LACERDA, et al., 2009; SOUZA, 2010). Ainda
nas camadas mais inferiores da epiderme estão os melanócitos, células produtoras de melanina,
cuja função é proteger a pele contra os raios ultravioleta, as células de Langerhans, que fazem
parte do sistema imunológico, as células de Merkel, especializadas em sensações
mecanorreceptoras e comumente encontradas nas palmas das mãos, nos pés e nos lábios.
Conforme SPENCER, (1991); KUMAR, (2013), a epiderme penetra na derme e origina os
folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas, ainda na derme encontramos
músculos eretor dos pelos, fibras elásticas que dão elasticidade à pele, e fibras colágenas que dão
resistência, encontramos os vasos sanguíneos e os nervos, a derme é essencial para a
sobrevivência da epiderme e tecidos adjacentes, com suas relações funcionais e estruturais
importantes.
De acordo com TORTORA, et al., (2016); STANDRING, (2010), na derme estão os
fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras colágenas, imersos em substância amorfa
gelatinosa, a derme é dividida por limites distintos em duas regiões: papilar superficial e fina e
reticular mais profunda e expressa, a região papilar consiste de finas fibras elásticas e colágenas,
que se projetam na superfície inferior da epiderme, chamadas papilas dérmicas,. As papilas finas
que recobre a maior parte do corpo são relativamente poucas, pequenas e irregularmente
dispersas, na pele espessa das palmas das mãos e plantas dos pés, são relativamente numerosas
altas dispostas em fileiras padronizadas, regiões estas submetidas a maior estresse mecânico.
SPENCER, (1991); LACERDA et al., (2009). A hipoderme é uma camada de tecido conjuntivo
frouxo de espessura variável que se funde com a face profunda da derme, frequentemente é
adiposa, o componente adiposo contribui para a isolação térmica, atua como amortecedor de
10
choques, impedir a perda de calor e constitui reserva de material nutritivo. STANDRING (2010);
JUNQUEIRA et al., (2018).
tratada para posterior sutura da lesão. Segundo FERREIRA, et al., (2018), a deficiência de
vitaminas também pode interferir no processo de cicatrização, as vitaminas são substancia
orgânicas fornecidas pela dieta, uma vitamina importante no processo de cicatrização e a
vitamina C que participa do processo de hidroxilação dos aminoácidos hidroxilisina e
hidroxiprolina, durante o processo de maturação do colágeno como coenzima das Protocolágeno
lisina hidroxilase, e prolina hidroxilase, a deficiência da vitamina C leva a uma resposta
imunológica diminuída, possibilitando a infecção, é uma diminuição da proliferação dos
fibroblastos e da angiogênese, a fragilidade dos capilares pode leva ao aparecimento de sinais
patológicos nos tecidos de suporte, como os ossos, cartilagem, tecido conjuntivo, vasos
sanguíneos e na pele, todos estes tecidos possuem colágeno na sua constituição.
Relata MARQUES, et al., (2016). no Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária
(ANVISA) recomenda à Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada instituição a usar o
indicador sobre taxa de infecção do sítio cirúrgico (ISC), como parâmetro de qualidade e
segurança dos serviços de saúde oferecidos, de 14% a 16% das infecções, são encontradas nos
pacientes hospitalizados.
dor, temperatura e toque, a perda de sua integridade coloca em risco a segurança do organismo
e provoca uma reação complexa da cicatrização (KIRK, 2012).
deve possuir um revestimento adequado, afins de suportar atrito e a pressão necessária à realizar
preensão e pinçamento, uma função motora com potência suficiente para aplicar a força
necessária, tendões com extensão suficiente para movimentar as articulações nas amplitude de
movimentos requeridos, as articulações devem ser capazes de proporcionar o máximo possível
de movimento com manutenção concomitante da estabilidade, falhas em qualquer um desses
fatores, como na inervação tanto motora quanto sensitiva, e na vascularização pode trazer
prejuízos funcionais (DANGELO, et al., 2017). A disfunção mais comum que afeta a
mononeurite, causada pela compressão do nervo mediano (STANDRING, 2010). O tratamento
inclui imobilização do punho medicações e fisioterapia, na falta do tratamento conservador e a
intensificação dos sintomas é necessário descompressão cirúrgica do nervo mediano
(TOWNSEND, et al., 2015). Sabendo que o diabetes mellitus é uma síndrome de distúrbio
metabólico com hiperglicemia inapropriada, devido a uma deficiência total ou relativa da
insulina, que quando descompensada pode lentificar o processo cicatricial, interferindo no
metabolismo do colágeno, podendo levar a fragilidade da cicatrização da ferida operatória,
podendo ocasionar a deiscência da cicatriz (GARDNER, et al., 2013; MARQUES, et al., 2016;
CAMPOS, et al., 2016), a hipótese do presente estudo foi que as ondas ultrassónicas poderiam
favorecer o reparo tecidual.
17
2 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo observar os efeitos da utilização das ondas
ultrassônicas na deiscência de ferida operatória de mão de paciente portadora de DM.
18
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para este estudo de caso foi acompanhado paciente de sexo feminino de 47 anos,
diabética, submetida a procedimento cirúrgico no punho esquerdo no dia 12/09/2019, no dia
03/10/2019 aos 21 dias de PO retirou os pontos até então estava tudo bem.No dia 04/10/2019
aos 22 dias de PO a cicatriz abriu, apresentava dor, edema, palidez em volta da mão, muito
abalada emocionalmente, relato da paciente após orientação medica a procurou tratamento com
a Fisioterapia para tratamento, na tentativa de auxiliar no processo de fechamento da FO.
De acordo com seu médico, caso o tratamento com a Fisioterapia não fosse eficaz seria
submetida a reabordagem para desbridamento da ferida, por ser diabética. O tratamento
fisioterapêutico foi realizado mediante termo de autorização da paciente devidamente assinado
para fotografar, observar e relatar os resultados do tratamento, que foi realizado em local limpo,
arejado, com materiais seguindo as normas de segurança, para higienização e adequação do
atendimento.
10 Watts
50/60 Hertz
8% a 100% Frequência
Registro Nº 81405469001
Tabela 2. Demarcação dos pontos, tempo de aplicação em cada ponto, total de tempo de
aplicação por atendimento.
Total 40 min
4 RESULTADOS
TRATAMENTO
Foto 1 A - Dermarcação dos pontos de aplicação
Demarcaçao dos pontos
ultrassônica mecânica, estimulando a vasodilatação para as células, ainda não apresenta melhora aparente, após a
(nove), a ferida está aberta úmida, com edema rubor e calor, após a aplicação das ondas ultrassônica mecânica,
estimulando a vascularização através do calor gerado, a aceleração da reação química com a migração dos macrófagos e
remoção do tecido lesado, após aplicação a ferida foi ocluída com gaze estéril.
Fonte: Pires (2019)
Foto 3 – 32 PO Terceira sessão 14/10/2019
32 PO – 14/10/2019 – Paciente apresenta sensibilidade dolorosa alta, com pequena diminuição da latência, nível de
dor 8 (oito), ainda sente parestesias nos dedos nas falanges medial, a pele envolta da ferida está mais seca, após
aplicação das ondas ultrassônica mecânica, a ferida foi ocluída com gaze estéril.
TRATAMENTO
Foto 6 – PO 41 Sexta sessão 23/10/2019
41 PO – 23/10/2019 – Paciente relata dor nível 2 (dois) leve, relata estar tão bem que no dia anterior que foi abriu uma
gaveta usando a mão esquerda, sentiu uma forte dor colocou gelo por 20 min, hoje está com uma sensação de peso no
braço e dormência nos dedos aumentou um pouco, os dedos estão um pouco rígidos, os músculos do antebraço
continuam moles flexíveis aferida está rosada vascularizando melhor a cada sessão, tecido epitelial novo, ainda com
pouca resistência e flexibilidade.
Fonte: Pires (2019)
Foto 7 – 43 PO Sétima sessão 25/10/2019
43 PÓ – 25/10/2019 – Paciente relata dor ligeira nível 1(um) somente na região do túnel do dedo mínimo, diminuição na
dormência nos dedos, os músculos continuam relaxados, sem edema, a ferida está levemente rosada o tecido está um
pouco mais resistente, porém ainda não está nivelada.
ferida ainda na região do túnel no nervo ulnar do dedo mínimo, a pele está mais firme e mais resistente, a ferida está
fechada, porém ainda não está totalmente nivelada e apresenta um pouco de aderência.
Fonte: Pires (2019)
Foto 10 – 55 PO Decima sessão 06/11/2019
55 PO – 06/11/2019 – Paciente relata melhora na dor, a ferida está fechada com pele nova firme, melhora na dormência
nos dedos, músculos relaxados, incômodo somente quando abre muitos a mão e os dedos, sente repuxar a cicatriz,
devido a cicatrização, ferida está fechada liberação parcial da aderência, cicatriz ainda é nova para liberação total da
aderência, paciente liberada para iniciar fisioterapia motora.
5 DISCUSSÃO
de mensuração da ferida com régua milimétrica, em que delimitou a área da ulcera em cm,
observou melhora e redução da lesão (RAMOS, 2014).
Utilizando a terapia com ultrassom pulsado de baixa intensidade estudo em 2020,
realizado em camundongos, observou o efeito bioestimulador nas células de fibroblastos,
confirmando suas propriedades terapêuticas, na fase inicial da cicatrização do tecido, envolvendo
genes responsáveis pelo reparo do tecido relacionado à angiogênese e fatores de crescimento de
fibroblastos e reguladores do processo inflamatório, através de cultura celular foi observado
eventos citomecânicos, com as células coletadas estimuladas em 24, 48 e 72 horas, com o
equipamento de exposição ao ultrassom Avatar III, fabricado pela KLD (Avatar III;
Biossistemas Equipamentos Eletrônicos Ltda, Amaro, São Paulo, Brasil), com cabeçote de
varredura de 1 MHz e área de radiação efetiva de 1 cm2, calibrado pelo fabricante, essa
abordagem se deve à popularização desse recurso e à presença de características que incluem
segurança ao paciente, pois não é invasivo e principalmente o baixo custo da terapia , o
crescimento mais significativo foi em 24 e 48 horas. (PERRUCINI et al., 2020).
Neste experimento realizado em 13 ratos com transecção dos ligamentos colaterais
mediais bilaterais, a exposição do ultrassom foi eficaz para o estágio inicial do processo de
cicatrização, a terapia pode acelerar a recuperação precoce, bem como diminuir o risco de nova
lesão, os principais efeitos não térmico incluindo microbolhas e microjatos introduzidos por
cavitação, transmissão acústica e estimulação mecânica demonstrou apresentar efeitos
biológicos benéficos, associados a regulação da proliferação e diferenciação celular e a abertura
dos canais de membrana, a pesquisa mostrou resultados encorajadores em tecidos moles na
promoção da cicatrização, no geral, embora as amplas aplicações e a eficácia do mecanismo
atraem muita atenção para estas terapias, uma melhor homogeneidade de efeitos biológicos, a
necessidade de estudos, e investigação de condutas semelhantes para entender e produzir efeitos
biológicos positivos para fornecer uma análise qualitativa (JIANG et al, 2019).
Com o aparelho Dermeclean, estudo realizado na área estética por BERNARDES,
et al., (2018), indicando que as ondas ultrassônicas mecânicas produzidas pelo equipamento
Dermeclean no tratamento de melanose solares, aplicado no tecido estimulando e rejuvenescendo
a pele através da renovação celular, a atenção atraída para esta terapêutica, para homogeneidade
de estudo e condutas semelhantes faz-se necessário mais dados para tratamentos encorajadores
desse processo.
A uma dificuldade em encontrar, estudo em seres humanos, o presente estudo
procurou verificar a eficácia das efeitos das ondas ultrassônicas mecânicas no fechamento da
25
ferida operatória com deiscência, observado e evolução com registros fotográficos, dessa forma
contribuir com a credibilidade da terapêutica comumente utilizada na Fisioterapia
Dermatofuncional que tem por objetivo a prevenção, promoção e a recuperação físico-funcional
dos distúrbios dermatológicos, circulatório, musculo-esquelético, endócrinos-metabólicos
apresentando-se com um caráter assistencial mais amplo na área estética com conhecimentos
relevantes de anatomia, fisiologia e patologia garante maior seriedade à área, a busca e elaboração
de estudo com o intuito de potencializando e assegurando tratamento direcionado ao atendido,
com resultado e efeito positivo, porem um único experimento de estimulo em cicatrização
primaria não é o bastante para ressaltar que em todos os graus de ferida deicida, será obtido o
resultado positivo, a necessidade de análise quantitativa para prosseguirmos em afirmação .
26
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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