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Pedicura

Manual
Pedicura

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Pedicura
1. Introdução

A Palavra “Pedicura” deriva do latim “pedis”, que significa Pé, e “cura”, que significa Tratamento.
Deste modo, a Pedicura é um tratamento especial para os pés.
A Pedicura ajuda na prevenção de doenças das unhas e de outras desordens comuns da zona. São
utilizadas diferentes técnicas e utensílios na Pedicura de acordo com as necessidades sentidas. O
cuidado a ter com os pés não se deve só a uma questão estética pois é, também, uma questão de
saúde e higiene.
2. Pés

A pele do dorso do pé é fina, lisa e dotada de numerosos folículos pilosos. Apresenta tecido celular
subcutâneo pouco desenvolvido que permite a observação fácil dos relevos ósseos e tendinosos
que recobre. A pele plantar é mais espessa e dura, com uma camada córnea bastante abundante o
que provê um maior e mais resistente revestimento para a região. É desprovida de pelos, mas
conta com um grande número de glândulas sudoríparas. Como na palma das mãos, o tecido
gorduroso do tecido celular subcutâneo está circundado por tecido fibroso arranjado de maneira a
formar câmaras especializadas no amortecimento de choques.

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2.1. Anatomia do Pé (ossos)

O pé humano é constituído por 26 ossos, 114 ligamentos e 20 músculos. O pé tem duas funções
primordiais: suportar o peso do corpo na posição de pé ou durante a marcha e atuar como
alavanca propulsora na locomoção. Os pés suportam o peso do corpo todo ereto, atuam como
trampolim e fazem ajustamentos mínimos, constantes e inconstantes, para manterem o equilíbrio.
O esqueleto do pé divide-se em três grupos:

 Tarso
 Metatarso
 Falanges

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2.1.1. O Tarso:

É um conjunto de 7 ossos em duas fileiras.


 A fila proximal compreende três ossos:
- Astrágalo
- Calcâneo
- Navicular ou Escafoide

 A fila distal compreende quatro ossos:


- Cuboide
- Cuneiforme lateral
- Cuneiforme intermédio
- Cuneiforme médio (medial)

2.1.2. O Metatarso:

Forma a maior parte do pé. Constituído por cinco ossos longos, os metatársicos, que se numeram
de dentro para fora.

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2.1.3. As Falanges:

Formam o esqueleto dos dedos. Contam-se três por dedo expeto o dedo grande ( halux), que só se
contam duas.
 Falange distal
 Falange média
 Falange proximal

2.2. Anatomia do Pé (Músculos)


2.2.1. Face Dorsal:

Nela se encontram os tendões dos músculos da perna que permitem a extensão e rotação do pé.
- Curtos extensores dos dedos

2.2.2. Face Plantar:

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Nela se encontram os tendões dos músculos da perna que permitem a flexão, adução e rotação do
pé.
-Interósseos dorsais e plantares
- Lumbricoides
- Longo flexor comum dos dedos

Os movimentos do pé são realizados pelos músculos. Os músculos são classificados em extrínsecos


e intrínsecos. Os músculos extrínsecos possuem origem abaixo do joelho e inserção no pé, e
realizam os movimentos do tornozelo como dorsiflexão, a plantiflexão, a inversão e eversão, além
de atuarem na movimentação dos artelhos (dedos). Os músculos intrínsecos são representados
pelos que se originam abaixo da articulação do tornozelo, podendo situar-se no dorso ou na planta
do pé, estes músculos realizam a movimentação dos artelhos.

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2.3. Circulação

O sangue que irriga os pés percorre uma longa rota arterial. Após suprir a região com oxigênio e
nutrientes, ele volta por veias ao coração, levando produtos residuais. O suprimento arterial do pé
é fornecido principalmente pela artéria tibial posterior e tibial anterior. A artéria tibial posterior
divide-se a nível infra maleolar em artéria plantar medial e lateral, que suprem a planta do pé e
formam o arco plantar. Próximo a sua origem, a artéria tibial posterior fornece a artéria fibular, que
irriga os músculos do compartimento lateral da perna. A artéria tibial anterior irriga os músculos
anteriores da perna, passa em frente ao tornozelo e termina no dorso do pé como artéria dorsal
do pé ou pediosa. Ramos desta artéria irrigam o dorso do pé e se anastomosam com o arco
plantar, na planta do pé. Através do arco plantar há uma intercomunicação entre estas três
artérias, formando as artérias metatársicas e posteriormente as digitais, que são responsáveis pela
irrigação anterior do pé e dos pododáctilos (dedos).O retorno venoso é feito pelas veias digitais
dorsais e plantares, posteriormente seguem como veias metatársicas que confluem para formar os
arcos venosos. Na planta do pé formam as veias plantares mediais e laterais, posteriormente
seguem como veias tíbias posteriores. No dorso do pé formam as veias safena magna e parva e
veias tibiais anteriores.

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2.4. Inervação

Os nervos tibial, fibular e safeno que vão da perna ao pé inervam os músculos que realizam os
movimentos do tornozelo e dos dedos. Além disso, captam mensagens dos recetores sensoriais
localizados na pele do pé. O nervo tibial divide-se em nervo plantar medial e plantar lateral. O
nervo plantar medial inerva a pele da planta do pé e os músculos adjacentes ao hálux. O nervo
plantar lateral inerva a pele e os músculos dos outros quatro dedos do pé. O nervo fibular controla
os músculos dorsiflexores do pé e recebe sensações da parte anterior da perna e do pé. Ramos do
nervo safeno suprem a pele e fáscia na frente do joelho, da perna e do pé até a base do hálux.

2.5. Movimentos do tornozelo e pé

Dorsiflexão é o movimento de aproximação do dorso do pé à parte anterior da perna. A amplitude


desse movimento é em torno de 20°. Os músculos que atuam neste movimento são o tibial
anterior, o extensor longo dos dedos e o fibular terceiro. Plantiflexão consiste em abaixar o pé
procurando alinhá-lo em maior eixo com a perna, elevando o calcanhar do chão. A amplitude
média desse movimento é de 50°. Esse movimento é realizado principalmente pelos músculos
sóleo e gastrocnémios.

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Inversão ocorre quando a borda medial do pé dirige-se em direção a parte medial da perna. A
amplitude máxima deste movimento é de 20°. Realizado principalmente pelo músculo tibial
posterior, e auxiliado pelos músculos gastrocnémios, sóleo e flexor longo dos dedos. Eversão
ocorre quando a borda lateral do pé dirige-se em direção a parte lateral da perna. A amplitude
máxima é de 5°. Realizado principalmente pelos músculos fibular curto e longo, auxiliado pelos
músculos extensor longo dos dedos e fibular terceiro.

Abdução é o movimento que ocorre no plano transverso, com os artelhos apontando para fora. A
adução consiste no movimento oposto, de apontar os artelhos para dentro.

Pronação este movimento é triplanar, ocorre com uma combinação de movimentos sendo
formado por uma eversão do calcâneo, abdução e dorsiflexão, onde o calcâneo move-se em
relação ao tálus.

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Supinação é o oposto da pronação, ocorrendo uma inversão do calcâneo, adução e flexão plantar.

2.6. Tipos de Pés


2.6.1. Pé Egípcio

É o pé que apresenta o primeiro dedo mais comprimido que todos os outros. É considerado o pé
normal, sendo comum em 60%.

2.6.2. Pé Grego

É o pé que o segundo dedo é mais comprido que o primeiro. É a forma mais rara de pé, (15% dos
humanos) e a que menos se adapta aos sapatos feitos em série.

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2.6.3. Pé Romano ou Quadrado

É o pé que apresenta os três primeiros dedos sensivelmente do mesmo tamanho. É comum a 25%
dos humanos.

2.6.4. Pé Normal

A principal função do pé é proporcionar apoio ao nosso corpo e contacto com a superfície.

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2.7. Malformações Congénitas dos Pés

As deformidades do pé devido à sua constituição anatómica podem ser difíceis de definir pela sua
multiplicidade e interligação.
2.7.1. Pé cavo

O pé cavo é um pé com curvatura plantar exagerada, sobretudo à custa da arcada longitudinal


interna, mas também da arcada longitudinal externa nos casos mais graves. Como consequência
há um encurtamento do comprimento do pé, proeminência da região dorsal ("peito do pé") e
dedos em garra. O apoio plantar faz-se numa área mais restrita que o normal provocando o rápido
e persistente aparecimento de calosidades e dores, deformação do calçado e dificuldades na
marcha. O seu aparecimento e evolução são em geral lentos, necessitando de uma avaliação clínica
precoce. Apesar de existirem formas fisiológicas, o pé cavo deve ser sempre considerado
patológico até prova em contrário, podendo constituir um sinal precoce de patologia neurológica,
pelo que deve ser avaliado por um ortopedista.
Tratamentos:
Ortopedia-Reeducação da musculatura do pé e uso de palmilhas ortopédicas (por medida).Cirurgia
e cinesiterapia -Raramente utilizada, a cirurgia corretiva deve ser imperativamente realizada por
um especialista em pés. Deve seguir-se uma reeducação prolongada para eliminar as dores pós-
operatórias, que duram meses. 

2.7.2. Pé boto (ou pé equinovaro adulto congénito )

O pé boto, também conhecido com "pé torto" em linguagem popular, representa a mais frequente
anomalia congénita do pé, sendo bilateral em cerca de 50% dos casos. A sua causa é desconhecida,
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mas admite-se que pode ser devido a vários fatores (hereditários, posturais intrauterinos,
neuromusculares...).
É uma deformidade complexa em que o pé está rodado, com as plantas voltadas para a linha
média ("para dentro"). Esta posição anormal do pé leva a alterações dos tecidos moles,
espessamento dos ligamentos e atrofias musculares, o que impede o normal desenvolvimento do
esqueleto respetivo, com fixação e agravamento das deformidades. Quando a criança inicia a
marcha esta torna-se difícil, com aparecimento de calosidades nas zonas de apoio e dores.
O pé boto pode ser identificado nas ecografias pré-natais a partir da 16ª semana de gestação. Este
diagnóstico é importante pois pode estar associado a outras anomalias congénitas (ex., displasia
de desenvolvimento da anca).

O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível, logo após o nascimento, por um
ortopedista. Consiste em sessões de manipulação do pé, imobilização com gesso, podendo
eventualmente ser necessário o recurso à cirurgia, não só dos tecidos moles, mas também da
parte óssea. O resultado final depende do diagnóstico atempado, do tratamento adequado, bem
como grau de deformidade e flexibilidade do pé. O tratamento para o pé boto é feito logo após o
nascimento com o uso de uma tala gessada diariamente, que só deve ser retirada para dar banho
no bebê. Realizar uma sessão de osteopatia 1 vez por semana é também indicada como forma de
complementar o tratamento e manter a mobilidade articular.O tratamento dura em média 3 anos
e a partir de aproximadamente 1 ano de idade a criança deverá ter que usar constantemente até
por volta dos 4 ou 5 anos, uma bota ortopédica que só deve ser retirada para tomar banho e
dormir. Somente em casos que o tratamento não iniciado antes dos 9 meses de idade, ou quando
não foi realizado corretamenteé que dá indicação cirurgica.

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2.7.3. Pé Plano ou Chato

Constitui a alteração da forma do pé mais frequentemente encontrada. Consiste na ausência da


arcada longitudinal interna, ou seja, o bordo medial (parte de dentro) do pé assenta
completamente no solo. Na maioria dos casos é uma situação irrelevante, podendo constituir um
estádio mais ou menos evidente do desenvolvimento normal da criança.
Assim, desde o início da marcha até cerca dos 3 anos de idade este tipo de pé é observado com
muita frequência, considerando-se normal nesta faixa etária.
Existem vários tipos, sendo o mais frequente (98%) o "pé plano laxo infantil", cujo tratamento é
conservador.
Nos pés mais "rígidos" poderá ser necessária a investigação da causa, que pode ser um defeito
congénito do próprio pé ou consequência de patologia neurológica (ex., paralisia cerebral),
devendo ser avaliados por um ortopedista. Para além da aparência inestética, da deformação e do
desgaste do calçado, os pés planos flexíveis são assintomáticos, permanecendo indolores. Todo o
pé plano doloroso deverá ser avaliado por um ortopedista.

Se uma criança tiver o pé plano é aconselhável deixá-lo andar descalço, andar sobre a areia e usar
calçado confortável e flexível. Não está aconselhado o uso de palmilhas ou calçado ortopédico. Nos
pés planos graves, dolorosos ou naqueles de início tardio, a investigação deve ser cuidadosa e o
tratamento cirúrgico deve ser considerado.

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2.8. Deformações Congénitas dos Dedos
2.8.1. Dedos sobrepostos

Tendência a formar-se pequenas feridas nos pontos de contato dos dedos, micoses, calos e mau
andamento.

2.8.2. Dedos em Martelo

O dedo em martelo é uma deformidade digital no segundo, terceiro, quarto ou quinto dedo e
caracteriza-se pela flexão do dedo na articulação média, assemelhando-se a um martelo. As
pessoas com dedos em martelo podem ter calos no cimo das articulações dos dedos afetados ou
na ponta dos dedos e podem também sentir dor nos dedos. As Causas: O dedo em martelo é
resultado do calçado incorreto ou de um desequilíbrio muscular, geralmente em combinação
com mais fatores. Os músculos trabalham em pares para endireitar e dobrar os dedos do pé. Se os
dedos forem dobrados e mantidos nessa posição por um determinado tempo (suficientemente
longo), os músculos atrofiam não podendo voltar à sua posição original. Os sapatos estreitos ou
em bico podem fazer o pé mais pequeno e elegante, mas também  forçam os dedos a uma posição
fletida. Assim, os dedos friccionam contra o sapato, podendo dar origem à formação de calos, o
que agrava ainda mais o problema. Um salto mais elevado força o pé para baixo e aperta os dedos
contra o sapato, aumentando a pressão e a curvatura nos dedos. 

2.8.3. Dedos Sindactilia


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Dois dedos normais estão unidos entre si pelos bordos, provocando mau apoio do pé no chão
dando origem a calos. Em sua forma simples, o distúrbio é observado mais frequentemente como
uma união membranosa entre o 2º e o 3º dedos, tratando-se de uma anomalia hereditária, e
envolve somente a pele e outros tecidos macios. A sindactilia complexa envolve fusão dos ossos,
nervos, vasos sanguíneos e tendões. Geralmente, as correções da sindactilia são realizadas entre 6
meses e 2 anos de idade. Na cirurgia, as áreas cutâneas a serem corrigidas são marcadas. Efetua-se
uma incisão na pele e as pequenas abas nas laterais dos dedos e na membrana são levantadas.
Estas abas são suturadas na posição correta, deixando-se áreas ausentes de pele. Estas áreas são
preenchidas com enxertos cutâneos com todas as camadas da pele retirados da virilha. A mão (ou
o pé) é então imobilizada com grandes curativos ou gesso.

2.8.4. Afastamento de um dedo

É um dedo que origina perturbações na marcha e dores. Necessita de uma prótese de silicone. Esta
é importante pois ajuda o dedo a unir-se aos outros, tornando-se menos doloroso e mais
confortável.

2.8.5. Dedo Grande Implantado no Dorso do Pé

Parece uma mão e dá perturbações nítidas na marcha. Necessita de cirurgia.

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2.8.6. Polidactilia

É uma condição na qual uma pessoa tem mais de cinco dedos do pé. Ter um número anormal de
dedos (6 ou mais) pode ocorrer de forma independente, sem quaisquer outros sintomas ou
doenças. A Polidactilia pode ser hereditária. Esta característica envolve apenas um gene que pode
causar diversas variações. Os afroamericanos, mais que outros grupos étnicos, podem herdar um
6° dedo. Na maioria dos casos, isto não é causado por uma doença genética. A polidactilia também
pode ocorrer com algumas doenças genéticas. Dedos a mais podem apresentar um mau
desenvolvimento e podem ser presos por uma pequena haste (geralmente do lado do dedo
mínimo da mão). Ou podem ser bem-formados e até funcionar. Os dedos com mau
desenvolvimento geralmente são removidos. Simplesmente amarrar um fio apertado em torno da
base pode fazer com que o dedo caia se não houver ossos. Dedos maiores podem precisar de
cirurgia para serem removidos. O médico deve perguntar aos pais se havia polidactilia ao
nascimento, pois uma pessoa pode não saber se tem a condição.

2.8.7. Dedos Encurvados

Ocorre no segundo, terceiro ou quarto dedo. O dedo é encurvado ou contraído. O dedo mindinho
geralmente também é encurvado. Dedos encurvados não são doloridos em si; se houver fricção e
pressão podem criar uma calosidade (excesso de tecido duro e denso), a qual pode ser dolorida. As
causas  dos dedos encurvados resultam do desalinhamento do pé, que pode ser hereditário, mas
geralmente é a super-pronação que  faz com que os tendões do dedo sejam puxados a um ângulo
estranho, encurvando o dedo. Gradualmente, o dedo fixa-se na
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posição curvada causando  uma calosidade que se  desenvolve para proteger a articulação onde há
o atrito contra o sapato. O uso  de calçado que não se encaixa bem no pé e provoca atrito contra
os dedos e pode piorar está condição. Requer que o tratamento  seja resolvido no estágio inicial,
antes que o dedo se fixe na posição torta. Com o uso de aparelhos ortopédicos ou suporte para o
arco do pé podem corrigir o problema biomecânico que causa o encurvamento do dedo.

2.8.8. Dedos Bífido

Dá mau andamento e provoca um mau apoio do pé, provocando calos e calosidades.

2.8.9. Joanete

 Os joanetes (hallux s valgos) são deformidades ósseas no 1º dedo ou no 5º dedo e consistem no
desvio lateral dos mesmos. A queixa da deformidade óssea só predomina sobre a dor quando
muito acentuada ou em pessoas mais jovens, o que não é aconselhável, pois à medida que a
deformidade aumenta torna-se mais lento o seu tratamento. A maioria das pessoas com joanete é
do sexo feminino (9  em cada 10 casos de joanetes surge em mulheres).Os joanetes podem ser
produzidos por fatores hereditários, estéticos e/ou patológicos:
Fatores Estéticos:
   - A ação direta dos sapatos apertados, de salto alto e ponta estreita forçam a zona interdigital.
Fatores Patológicos:

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   - O desvio congénito do primeiro dedo (polegar) que torna a zona interdigital larga. Quando o
pé é calçado, mesmo em sapatos não tão apertados, há desproporção entre o pé e o
espaço interior do sapato fazendo com que o primeiro dedo seja empurrado lateralmente.
   - Os pés planos do adulto podem propiciar uma marcha inadequada sobre a zona interna dos pés
e produzir um deslocamento lateral do osso do polegar.
   - As doenças articulares ou neurológicas que produzam desequilíbrios neuromusculares dos pés.
Uma vez que não se consegue corrigir a deformidade já instalada, aconselha-se o uso de
separadores interdigitais personalizados durante o dia, de forma a impedir a rápida evolução do
desvio. De noite aconselhamos o uso de corretores de joanetes noturnos. Por vezes o simples uso
de suportes plantares personalizados  (palmilhas de correção feitas por medida por um
podologista) é por si só uma forma de prevenção, pois poderá corrigir a marcha. Não esquecer que
o uso de sapatos adequados é bastante importante. A maioria dos joanetes é tratável sem recurso
a cirurgia. A prevenção é sempre o melhor.

2.9. Calos e Calosidades

Na medida em que suportam o peso do corpo, os pés estão sujeitos a uma tensão considerável.
Para além de suportarem o peso do corpo, os pés estão sujeitos a grande desgaste. Por exemplo,
os pés de um indivíduo de 70 anos fizeram um percurso equivalente a três vezes a volta ao Mundo.
No entanto, os pés são das partes mais negligenciadas do corpo. Noventa por cento dos problemas
resultam do uso de calçado inadequado. Com efeito, sapatos demasiado curtos ou apertados
podem causar calos e calosidades. Se forem usados durante muito tempo, originarão mesmo
deformações nos pés. Por outro lado, calçado demasiadamente largo poderá provocar  alterações
da musculatura intrínseca dos pés, pela tentativa dos dedos se ajustarem ao calçado de forma a
permanecerem nos pés. Por vezes, as pressões exercidas nos pés tornam-se desajustadas e a
fricção extra transfere-se para uma determinada área do pé. Quando isto ocorre, o corpo reage a
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esta pressão produzindo um espessamento da camada superficial da pele. Este endurecimento da
pele é conhecido por calosidade e é uma resposta protetiva do nosso organismo, com o intuito de
proteger os tecidos das camadas inferiores da pele. As calosidades variam de tamanho e forma.
Geralmente, não são dolorosas, mas algumas tornam-se tão espessas que a pele se torna rígida e
gretada, o que pode causar desconforto.
Os calos
Se a pressão se manifesta sobre um osso sujeito a fricção constante, um calo “duro” pode-se
desenvolver. Os calos têm um núcleo duro e ceroso que se forma na epiderme, a camada exterior
da pele, e que depois de penetrar no tecido subjacente, comprime os nervos da derme. Os calos
provocam dor intensa quando sujeitos a pressão.

Os calos “moles” normalmente desenvolvem-se entre os dedos (predominância entre o quarto e o


quinto dedo) onde a pele se encontra humedecida pela transpiração ou pela secagem inadequada.
Têm uma cor branca e endurecida, semelhante a borracha e são também causados por fricção
excessiva. Os calos e as calosidades encontram-se na maior parte das vezes na planta dos pés, ou
no topo dos dedos. Também se podem desenvolver na zona do calcanhar e entre os bordos das
unhas.

2.9.1. O que causa os calos e calosidades:

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Os calos e as calosidades são causados por atrito ou pressão sobre a pele, em regra devido ao
calçado inadequado ou a atividade profissional ou desportiva que implica fricção e pressão
constantes. Porém, estas alterações podem ser indicativo de problemas mais complexos
provocando deformações na estrutura óssea ou alterações da própria marcha. De facto, os calos e
as calosidades afetam mais pessoas do que qualquer outro tipo de problema dos pés. Algumas
pessoas têm uma tendência natural para desenvolver calosidades devido ao seu tipo de pele, ou
por sofrerem de alterações mais específicas como a diabetes, problemas endócrinos ou vasculares.
Por exemplo, as pessoas que sofrem de diabetes ou de má circulação estão mais suscepitíveis de
desenvolver infeções potencialmente graves, relacionadas muitas das vezes com o tratamento  das
calosidades. Os idosos também estão em potencial risco. Ao longo dos anos, o tecido subcutâneo
presente na planta dos pés diminui, assim como diminui a elasticidade dos tecidos. As articulações
do pé e dos dedos do pé também sofrem alterações biomecânicas e desgaste. Estes fatores
contribuem para o surgimento de calosidades na planta do pé ou no topo dos dedos. Também, as
pessoas cuja ocupação laboral, exige longos períodos de tempo em ortostatismo (de pé), estão
mais sujeitas ao desenvolvimento de calosidades.
2.9.2. Como tratar os calos e calosidades:

As calosidades devem ser bem desbastadas com pedra-pomes ou com as esponjas equivalentes
além da lima de calosidades. No caso de a planta do pé se apresentar com a pele muito dura, ou
seja em que as calosidades são maiores provocando dor ao andar, deve-se utilizar o bisturi. Estes
instrumentos fazem parte das ferramentas de trabalho da profissional de pedicura e, o seu
manuseamento exige rigor e perícia. Nunca se deve cortar as calosidades em exagero porque
provoca dificuldade no andar e além disse a pele fica muito desprotegida ocasionando uma maior
sensibilidade.
Os calos podem ser tratados com certos produtos especiais ou extrato alcoólico sobre a parte
afetada. Isto irá controlar a infecção para que ela não se espalhe e acelere o processo de
cicatrização.Medicamento  e gases ajudam a se livrar de calos no pé, mas existe o perigo de reação
alérgica.Fazer uso de uma pedra-pomes para fazer o calo menos espesso. Os Diabéticos devem
evitar tratar calos, pois podem levar à infecção. Deve-se usar sapatos confortáveis.O vinagre de

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maçã também pode ser útil. Basta  mergulhar um pano com vinagre e enrolar o dedo do pé
durante todo o dia. O calo vai sair pela raiz. Mergulhar os pés em água morna. Amarrar o interior
da casca de limão sobre o calo durante a noite. No prazo de três dias, o calo vai sair.

2.9.3. A prevenção dos calos e calosidades:

A melhor maneira de prevenir o desenvolvimento de calos e calosidades, é dar atenção aos pés,
sempre que haja uma pressão extra em determinada área do pé. A adequação do calçado é
essencial, especialmente se passar longos períodos de pé ou a caminhar. A hidratação diária da
pele é importante, mas não esquecer que estes problemas são causados por excesso de pressão.
2.9.4. Vários Tipos de Calos

Calo do Joanetes: produzido pela pressão sobre a cabeça do I metatarsiano, aumentando com a
deformidade do hállux.

Calo dos Dedos em Garra/Martelo: Ocorrem na face dorsal das articulações interfalângicas
(proximal ou distal).

Calo Interdigital: produzido pela contínua ação de uma articulação interfalângica ou


metatarsofalângica contra as suas vizinhas. Apresentam-se como um
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núcleo escuro envolvido por uma aréola arroxeada denominada "olho de perdiz". A humidade
característica da região interdigital mantém a lesão amolecida e favorece à ulceração. Por esse
motivo é conhecido como "calo mole". Incide comumente no quarto espaço interdigital. Há
frequentemente uma imagem em espelho, ou seja, dois calos, um voltado para o outro,
resultantes da mesma força geradora.

Calo subungueal/peri-ungueal: como os próprios nomes dizem, surgem em virtude de pressões


aplicadas nas estruturas que envolvem a unha ou sobre a própria unha.

Calo do sesamóide - aparece na região plantar relacionada principalmente ao sesamóide tibial do


hálux. Segundo a literatura, é um dos calos mais dolorosos de que se tem registro.

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Calo na borda externa do Mindinho - é o mais frequente dos calos observados nos pés e resulta,
na maioria das vezes, do posicionamento em garra do mindinho. É conhecido como "calo duro" em
virtude das próprias características físicas que apresenta.

Calos ou endurecimentos Plantares das Metatarsalgias - resultam de desarranjos mais difusos


que podem envolver todas as regiões do pé ou apenas o antepé isoladamente. Podem se localizar
sob a cabeça de um único metatarsiano ou de um grupo deles (comum no II, II e IV dedos).

2.9.5. Tratamento

Em pés normais não existem calosidades!


Como os calos resultam de hiperpressões atuando sobre regiões ou estruturas específicas, o
tratamento lógico é a suspensão da causa determinante destas pressões.
Há, contudo situações em que este objetivo depende de outras variáveis mais difíceis de controlar
ou então fazem parte de defeito ou doença de natureza definitiva. Nestas circunstâncias, devemos
estar munidos de recursos para minorar o sofrimento, reconduzindo-o, se possível, às suas
atividades normais.
Uma análise criteriosa da região atingida pelo calo, tentando-se estabelecer em que período de
evolução ele se encontra, reconhecer o agente ou agentes da pressão, detetar deformidades locais
ou à distância que podem estar produzindo um uso inadequado dos dedos ou do pé como um
todo, combinando-se às informações referentes ao quadro clínico geral de cada indivíduo
(especialmente as condições circulatórias e tróficas das extremidades), nos conduzem à melhor

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abordagem para cada caso.
O uso de recursos ortésicos (calçados de material macio, palmilhas de descarga, palmilhas
monobloco para a redistribuição de cargas, espaçadores digitais, acolchoamentos digitais, ,
lâminas e calços de silicone, etc...) é bastante útil e deve sempre preceder qualquer indicação de
tratamento cirúrgico. È preciso ter em conta que a adequação de um calçado ou palmilha é fruto
de uma constante troca de informações entre a pessoa e o profissional. Não existem fórmulas
mágicas ou pré-concebidas. Cada caso deve ser trabalhado isoladamente e servirá como
ensinamento e experiência para casos semelhantes futuros.
A utilização de recursos químicos (ácido salicílico, ácido acético e resorcina) para o desbridamento
das hiperqueratoses deve ser realizado com cuidado e por profissional habilitado. Deixar que o
paciente se encarregue do auto aplicação dos queratolíticos pode ter efeitos desastrosos sobre a
pele normal que circunda o calo.
A higiene da lesão com recursos físicos (abrasão), quando realizada pela esteticista, traz grande
alívio, mesmo que temporário, e é um importante recurso para a manutenção do cliente enquanto
outras medidas não podem ser adotadas.
2.9.6. Unha alta com calosidade

A unha apresenta-se bastante espessa e dura. Esta unha deve ser cortada a direito e, retirada a
calosidade subjacente. Para diminuir o espessamento da unha utiliza-se o aparelho de brocas
limando por cima da unha até se verificar uma diminuição no volume/espessura.
2.10. Afeções cutâneas dos pés
2.10.1. Pés roxos

A principal causa é a má circulação. Resolve-se este problema submergindo os pés em água


salgada, alterando com água quente e fria, cerca de 10 a 15 minutos e termina-se com uma
massagem que favorece a circulação, utilizando um creme nutritivo adequado.
2.10.2. Pés inchados

É o reflexo de líquidos e provoca uma deficiente circulação linfática. Aconselha-se uma ginástica
energética assim como a aplicação de água fria ou gelo.

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2.10.3. Pés desvitalizados

É uma situação que pode acontecer em qualquer idade, sempre que a pele tenha perdido a sua
capacidade de regeneração. Há que reativar as funções vitais da pele, atuando ao nível das
camadas mais profundas. Deve-se aplicar-se ampolas com substâncias ativas que acelerem a
produção de fibroblastos ou máscaras que proporcionem os nutrientes necessários.

2.10.4. Pés com Eczema

Caracteriza-se pela aspereza da pele, vermelhão e prurido. O coçar, que alivia momentaneamente,
provoca agravamento das lesões. As suas causas originadas devido a alergias a determinadas
substâncias, como detergentes e até certos tecidos como, por exemplo, as fibras.
2.10.5. Pés com Frieiras

Devem-se geralmente à ausência de proteção contra o frio e a humidade. A má circulação de


retorno e tensão baixa também são das algumas das situações que contribuem para o problema.
Neste caso são fundamentais os banhos de parafina e a massagem com cremes gordos.
2.10.6. Pés com Gretas e Fissuras

Problema diretamente ligado à carência de vitaminas B2 e E. Para o tratamento, adicionalmente à


ingestão destas vitaminas, deve-se proceder à aplicação de energéticos revitalizantes e nutritivos
ou cremes com componentes ricos em vitaminas A, B2 e E, para peles secas e delicadas. São
aconselhados banhos de parafinas, ricos em óleos essenciais e vitaminas.
2.10.7. Pés com cravos e verrugas

São infeções cutâneas frequentes, provocadas por vírus que se fixam nos pés. Para eliminá-las é
preferível consultar um dermatologista que indicará um tratamento, que evite a sua propagação.

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2.10.8. Esporão no Calcâneo

O Esporão do Calcâneo é um tumor ósseo benigno. Define-se como uma espícula óssea, que se
desenvolve na parte anterior do calcâneo (osso do calcanhar), especificamente na sua inserção
com a fáscia plantar. O osso do calcanhar (calcâneo) é o de maior tamanho em toda a estrutura
óssea do pé e funciona como base de equilíbrio. Em cada passo que damos, imprimimos todo o
peso do corpo no calcanhar, pelo que o impacto na planta do pé e suas estruturas associadas é
intensa e constante.
Tipos de esporão do calcâneo:
- Extenso assintomático: não é doloroso e sua posição não interrompe a fáscia plantar.
- Extenso sintomático: produz dor porque a área que ocupa a sua projeção anterior interrompe a
fáscia plantar, produzindo inflamação e dor
- Pequeno: pode não aparecer radiologicamente, mas é o mais doloroso não pela sua dimensão ou
estrutura, mas pela sua posição que neste caso se projeta para a fáscia plantar rompendo-a
agressivamente.
Sintomas:
- A dor é o principal sintoma e começa de manhã, quando são dados os primeiros passos e após os
períodos prolongados de repouso;
- Raramente tem inflamação visível, avermelhamento ou outro sinal aparente na pele;
- É frequente entre pessoas que praticam desporto, pessoas com excesso de peso e pessoas com
Pé Cavo ou Pé Plano;
- Existe dor pulsante na zona plantar do calcanhar;
- Existe dor no repouso e em atividade;
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- Existe dor ao colocar o calçado;
Temos que ter sempre presente que a dor no calcanhar nem sempre significa a presença de um
esporão.
Orientações saudáveis:
- Usar sapatos com solas suaves, amortecedores e salto adequado (altura não superior a 2,5 cm);
- Usar sapatos fechados e protegidos para levantar grandes pesos;
- Evitar ficar em pé por tempos prolongado desnecessariamente;
- Controlar o excesso de peso corporal;
- Fazer exercícios fortalecedores da musculatura da planta do pé;
- Não iniciar corridas ou saltos sem a devida preparação da musculatura do pé.

2.10.9. Artrite Reumatóide

Artrite reumatóide pode ocorrer em qualquer idade e não há nenhuma causa conhecida para seu
aparecimento. A artrite reumatóide é a forma mais incapacitante da doença. Ela pode causar sérias
deformidades nas articulações e fadiga em todo o corpo. Pessoas que sofrem de artrite
reumatóide frequentemente desenvolvem problemas graves, como joanete, dedos em martelo,
dedos em garra, entre outros. Outros problemas decorrentes de artrite ocorrem também nas áreas
do calcanhar e tornozelo, devido ao desgaste das articulações envolvidas.
Causa:
São muitas as causas da artrite. A hereditariedade desempenha um papel importante. No entanto,
os sintomas da artrite podem se desenvolver devido a muitos outros fatores. Alguns deles incluem
infeções bacterianas e virais, remédios, drogas ilegais, lesões traumáticas e infeções intestinais.
Tratamento e Prevenção:

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O tratamento conservador (tratamento não-cirúrgico) para o pé com artrite inclui calçados
apropriados, palmilhas e/ou suportes para o ante pé. Calçados para a artrite devem fornecer os
seguintes benefícios:
 A ponta deve ser alta e larga (altura e largura na área dos dedos).
 Palmilha removível para facilitar a trocar por uma palmilha sob medida.
 Palmilha sob medida para facilitar o caminhar e para reduzir a tensão e a dor.

O calçado deve ter espaço suficiente para acomodar confortavelmente o inchaço do pé. Palmilhas
sob medida de material macio são recomendadas, pois proporcionam conforto, apoio e
amortecimento extra. O calçado adequado e a palmilha sob medida reduzem a pressão e
proporcionam um conforto e bem-estar para o pé.

2.10.10. Micoses

As micoses são causadas por fungos que gostam do calor, pois este favorece a sua propagação.
Praticamente todas as pessoas estão expostas ao contágio, pois os fungos proliferam um pouco
por toda a parte, reproduzindo-se quando estão reunidas as condições ideais que conjugam
temperatura elevada, humidade e escuridão.
 Existem dois tipos de micoses no pé:
-Na pele
-Na unha
Quaisquer que seja a sua forma as micoses são muito incómodas.
Existe tratamento, mas deve sempre ser recomendado por um podologista. É quase sempre
prolongado não devendo ser interrompido assim que terminem os sintomas, pois os fungos
podem resistir nas camadas mais profundas da pele.

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 Micoses na pele  (dermatomicoses)
Os pés são áreas cutâneas constantemente submetidas à ação do calor e humidade. Estes dois
fatores para além de favorecerem a colonização e desenvolvimento dos fungos, promovem
localmente a maceração e fissuração da pele. Assim, estão reunidas as condições necessárias para
a instalação da infeção fúngica.
A dermatomicose mais frequente e conhecida é o, vulgarmente chamado, pé-de-atleta.
Estima-se que cerca de 21% da população adulta possa estar afetada por pé de atleta.
Pé de atleta
O pé-de-atleta é uma micose causada por fungos do género Epidermphyton. Este fungo é um
microrganismo capaz de, em condições ideais para se proliferar, causar infeções.
Os fungos desenvolvem-se em todo o tipo de ambientes, porém mais ainda em lugares onde existe
pouca ou nenhuma luz, bastante humidade e matéria orgânica morta.
O pé-de-atleta é uma infeção extremamente comum, que ataca mais homens do que mulheres,
em geral adultos e é cientificamente chamado de Tínea pedis.
Ele pode incidir na pele e nas unhas, na região dos pés, sendo mais acentuado entre os dedos dos
pés e de tratamento mais prolongado quando atinge as unhas.
Quando os fungos que causam o pé-de-atleta (os Epidermphyton) entram em contacto com a pele
dos pés, particularmente nos espaços interdigitais, que é a região normalmente mais abafada e
mais húmida, surge uma reação no tecido de modo a combater os efeitos do agente nocivo. O pé-
de-atleta, além do desconforto, causa problemas estéticos nos pés. Assim, os pés reclamam
quando as unhas se tornam queratinosas e fracas, às vezes curvas, ou quando, por entre os dedos,
surgem feridas que causam uma impressão de falta de cuidados ou de higiene.
As feridas podem surgir desde uma pele vermelha que se descama até pequenas bolhas e um
formato esbranquiçado da pele, com leves tons cinza, típicos de fungo (de aparência semelhante à
casca da laranja contaminada por fungos).
Os pés também reclamam quando começam a sofrer pruridos, ou quando, depois de avançada a
micose, são obrigados a esconderem-se dentro dos sapatos quando a pessoa sai à rua.
Os pés não servem apenas para sustentação do nosso corpo, mas também para nossa locomoção e
são umas das formas de apresentação no convívio social. Pés bem tratados exibem-se sem
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reclamar e, para isso, há que se ter os cuidados necessários. Entre os mais comuns fatores de risco
estão o uso de sapatos fechados e de meias sintéticas, uma má higiene dos pés, o ato de andar
descalço em balneários ou nas piscinas e o stress, que ao tornar mais vulnerável o nosso sistema
imunitário, aumenta a facilidade da infeção. Assim, e mais uma vez, a prevenção revela-se
fundamental para evitar esta desagradável infeção.
Entre os comportamentos preventivos a adotar podem ser referidos:
- Lavar bem os pés e enxugar principalmente no espaço entre os dedos.- Procurar um
dermatologista caso se verifique algum sintoma de descamação, dor sob as unhas ou aparência de
‘bolor’ nos vãos entre os dedos do pé.
- Iniciar o tratamento o mais rápido possível após a constatação de pé-de-atleta, lembrando que
uma infeção, se mal cuidada, pode desenvolver outras doenças.- Limpar os sapatos por dentro,
usando desinfetante diluído ou álcool, deixando-o secar bem antes de calçar.

- Não usar meias de fios sintéticos, preferindo as de algodão, que são permeáveis.- Andar
o maior tempo possível descalço, dentro de casa, e usar chinelos quando em espaços públicos
como piscinas, praias e locais húmidos de grande afluência de pessoas. O tratamento, geralmente,
é feito com pós e cremes antifúngicos, de aplicação local. Se o problema estiver muito acentuado,
o médico pode receitar um antimicótico via oral.

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Micoses na Unha (onicomicose)
As onicomicoses são infeções das unhas causadas por fungos que se desenvolvem facilmente
alimentando-se de queratina (substância responsável pela rigidez das unhas). Além de afetarem
gravemente as unhas dos pés, são bastante incómodas e de aspeto desagradável, podendo tornar-
se muito dolorosas.
Normalmente surgem por exposição direta aos fungos ou por contágio (pé-de-
atleta).Habitualmente, a unha do dedo grande é a primeira a ser afetada. No entanto, todas as
outras unhas do pé podem também ser afetadas. Os primeiros sinais da doença correspondem à
modificação da cor da unha (amarelada, acastanhada ou esbranquiçada), ao seu engrossamento,
ao aparecimento de depósito (tipo farinha) por baixo da unha, e/ou alteração da forma. As
onicomicoses limitam as atividades normais das pessoas, pois tornam doloroso o uso de sapatos,
condicionam o andar, para além de serem extremamente desconfortáveis, inconvenientes e
embaraçosas.
Fatores de Contágio
 Locais fechados e pouco arejados, nomeadamente locais húmidos e quentes como ginásios,
balneários, piscinas, saunas e praias.
 Susceptibilidade/sensibilidade por parte de cada pessoa, mas cuja natureza é ainda
desconhecida
 Baixa imunidade do organismo, que pode ser devida a stress, doenças como a sida e a
diabetes, quimioterapia, entre outros
 Partilha de toalhas, tapetes, meias, sapatos
 Praticantes de desporto
 Pessoas mais velhas
 Profissionais de limpeza e jardinagem
 Quem tem problemas como a diabetes, obesidade, podológicos, doenças cardiovasculares
e imunodeficiências, etc.

Existem ainda os efeitos psicológicos da doença:


 Causa embaraço e vergonha;

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 Provoca medo de contágio a outras pessoas;
 Provoca perda de auto estima, ansiedade e isolamento social;
 A interrupção do tratamento favorece a persistência do fungo, ou a sua recaída.
 O acompanhamento podológico de pessoas com onicomicose garante tratamentos eficazes,
principalmente após o resultado de análise ao fungo.

  
Evitar as micoses
 Evitar caminhar descalço especialmente em pisos húmidos ou piscinas públicas.
 Não usar toalhas de outras pessoas, principalmente se estiverem húmidas.
 Secar bem o corpo após o banho, dando atenção especial aos espaços entre os dedos dos
pés.
 Prefirir meias de tecido natural (algodão), pois as fibras sintéticas são pouco arejadas e
retêm mais suor.
 No gabinete de estética, levar o próprio material (alicate, lixa, tesoura) ou, pelo menos,
verificar se está esterilizado.
 Evitar usar o mesmo calçado por dias seguidos.
 Na praia, evitar usar roupas molhadas por muito tempo. É melhor trocar de roupa, usando
uma seca até que voltar para água.
 Na praia, usar chinelo.
 Não levar animais domésticos à praia. Evite as areias freqüentadas por cães e gatos.

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Tratamentos
Tea tree, uso tópico (não ingerir !). Aplique 1 a 2 gotas de óleo essencial de ” tea tree” no local da
micose (é muito eficiente);

Calêndula, a ser utilizada em pomada ou spray para os pés.


2.10.11. Unhas encravadas (onicocripose)

A unha encravada ocorre quando uma de suas pontas enterra na pele ao seu redor. Isto acontece
porque a pele forma uma barreira ao seu crescimento e, como a unha não pára de crescer e é mais
dura, ela penetra na pele causando dor e inflamação. A causa é, geralmente, o hábito errado de se
cortar os cantos das unhas. Isto causa a formação de uma ponta na extremidade cortada e permite
que, com o peso do corpo, a pele que antes estava em baixo da unha, se projete para cima e entre
na frente da mesma. Com o crescimento, a unha encrava neste local. O uso de sapatos de pontas
finas também facilita o encravamento das unhas. Em crianças recém-nascidas, o uso de macacões
com pés fechados também podem ocasionar o problema se não forem bem folgados.
Manifestações
Os dedos mais atingidos são os dos pés, principalmente o polegar e as unhas encravam quase
sempre pelos cantos. O quadro se inicia com dor local que vai aumentando de intensidade e pode
se tornar insuportável. A pele ao redor da unha fica inflamada, inchada e avermelhada, podendo
haver eliminação de pus e formação de um granuloma piogênico (carne esponjosa).
Tratamento
Para evitar o encravamento das unhas, nunca as corte pelos cantos, mantendo sempre as pontas
livres. As unhas dos pés devem ser cortadas retas. Evite cortar as unhas curtas demais, deixando
sempre uma pequena faixa de bordo livre. Evite usar calçados apertados. O tratamento varia de
acordo com a intensidade de cada caso. Desde medidas simples, como o afastamento da pele
inflamada por um chumaço de algodão até procedimentos cirúrgicos para remover o tecido
inflamado ou destruir a matriz da unha no canto onde ela encrava podem ser necessários. A
extração da unha deve ser evitada pois, quando ela voltar a crescer, pode encravar novamente. O
tratamento cirúrgico visa desobstruir a passagem da unha, que pode então crescer livremente.

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2.11. Pés diabéticos

A diabetes é uma doença grave que resulta da incapacidade do nosso organismo de produzir
insulina. Essa insuficiência causa o descontrolo do açúcar no sangue e com o tempo, surgem
alterações graves nos olhos, coração, rins, vasos sanguíneos, nervos e também os pés. O problema
é que, aproximadamente metade dos diabéticos nem sabe que é doente e por isso, corre um
maior risco de complicações. Embora ainda não haja cura para a diabetes, existem meios de
controlar a doença garantindo ao paciente níveis de vida saudáveis, reduzindo riscos e
minimizando os seus efeitos. É difícil saber como e quando se contraiu a doença, mas, identificar
os fatores predisponentes, pode ajudar a detetar sinais e assim tratá-la o melhor o mais
rapidamente possível.
Cuidados a ter com os pés do diabético:
 Não fumar, pois o tabaco prejudica os vasos sanguíneos;
 Inspecionar os pés diariamente, tendo em atenção o seguinte: alterações da cor da pele,
bolhas, cortes, arranhões e esfoladelas. O uso de um espelho pode ajudar a ver melhor a plantas
dos pés. Nunca esquecer de examinar os espaços interdigitais;
 Lavar os pés diariamente com água morna. Utilizar um gel ou óleo hidratante para peles
secas ou sabão neutro, com o PH mais aproximado do da pele. Não esquecer de os secar bem,
sobretudo entre os dedos, com uma toalha ou pano macio, de preferência de algodão, mas sem os
agredir;
 Evitar variações bruscas de temperatura, sobretudo os extremos (muito frio, muito calor);
 Se os pés arrefecerem durante a noite, usar meias. Não aplicar sobre os pés botijas de água
quente ou almofadas térmicas. Não colocar os pés em água quente nem próximo de caloríferos;

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 Não andar descalço sobre superfícies muito quentes tais como areia quente das praias ou
pavimentos de cimento rodeando as piscinas;
 Nunca andar com os pés descalços, nem mesmo em casa;
 Não usar produtos químicos para remoção de calos ou calosidades, incluindo pensos para
calos nem soluções antissépticas para os pés;
 Não usar adesivos para os pés;
 Inspecionar diariamente o interior dos sapatos, tendo em atenção objetos estranhos,
pontas de pregos, rasgões no couro e superfícies rugosas ou ásperas;
 Usar meias que se ajustam bem ao pé, mas que não apertem a perna, de preferência de
algodão. Evitar meias ponteadas e com costuras. Mudar de meias todos os dias;
 No caso de pés secos, aplique camada de creme rico em ureia (agente hidratante natural da
pele) ou óleo de bebé. Essa operação deve ser feita após o banho e com os pés bem secos. Não
aplicar o óleo entre os dedos;
 Não usar ligas;
 Sempre que possível, os sapatos devem ser feitos por medida e confortáveis no momento
da compra. Os sapatos devem ser feitos de pele e ter a biqueira alta e larga. As senhoras não
devem usar sapatos se salto alto;
 Nunca usar sapatos sem meias;
 Não usar sandálias, principalmente as que têm tira entre os dedos, mesmo no verão;
 No Inverno usar meias de algodão e calçado de proteção;
 Não usar soluções ou materiais como álcool, iodo, pomadas, calicidas, etc ;
 Limar as unhas com uma lima de cartão. Evitar utilizar instrumentos cortantes e
pontiagudos como tesouras, corta-unhas, agulhas, que agridam a pele circundante das unhas;
 Não corte calos ou calosidades
 Evitar cruzar as pernas. Pode causar pressão nos nervos e vasos sanguíneos;
 Visitar o médico regularmente e ter em atenção que os pés sejam examinados;
 Avisar o médico logo que detete uma zona com cor diferente do habitual, uma bolha ou
ferida nos pés.

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Sinal de alerta para pés diabéticos:
 Dores nas pernas, tornozelos e pés não justificadas pela atividade que exerce.
 Hematomas ou sangramento sob a pele ao redor das unhas ou calos.
 Mudanças de cor da pele ou unhas.
 Rachaduras na pele, principalmente nos calcanhares.
 Inchaço dos tornozelos e pés.
 Unhas grossas e escuras (infeção por fungos).
 Ferimentos abertos (com ou sem secreção) que não cicatrizam.
 Vermelhidão localizado em alguma região dos pés.
 Aumento da temperatura da pele da perna, tornozelo e pé.
 Articulações deformadas e inchadas, ainda que indolores.

2.12. Distúrbios das Glândulas Sudoríparas

Como hidrose entende-se por suor/transpiração.


A transpiração é importante para o organismo, pois controla a temperatura do corpo e elimina as
toxinas através dos poros.
A quantidade de transpiração produzida varia de pessoa para pessoa, de acordo com a idade, sexo
ou raça, influenciada também por fatores endógenos ou exógenos.
 Tipos de hidroses:
- Hiperidrose – excesso de transpiração
- Bromidrose – transpiração com mau cheiro
- Anidrose – défice de transpiração

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- Disidrose – aparecimento de erupções cutâneas
A hiperidrose é a produção excessiva de suor sem cheiro desagradável.
Entre as suas causas estão os estímulos emocionais ou uma maior sensibilidade dos centros
reguladores de temperatura (provocada pelo exercício físico).
Na hiperidrose emocional, a transpiração aumenta em situações de desconforto ou tensão
emocional. O incómodo causado pode trazer ainda mais tensão ao individuo, piorando o seu
quadro clínico e trazendo dificuldades de relacionamento ou, até mesmo, profissionais. Nestes
casos o apoio psicológico pode ajudar bastante.
Doenças como anemia e hipertiroidismo podem estar associadas à hiperidrose. Transpiração
excessiva pode ser amenizada ao:

 Imergir o pé em água quente.


 Usar meias absorventes (algodão ou lã).
 Evitar sintéticos como nylon e orlon.
 Trocar as meias algumas vezes durante o dia.
 Usar sapatos de couro; evitar aqueles feitos de materiais sintéticos.
 Aplicar uma preparação anti perspirante contendo 15-25% de cloridrato de aluminio.
 Usar pó absorvente para pés.

Convém salientar que quando ocorre a hiperidrose, não ocorre necessariamente a bromidrose
(transpiração com cheiro desagradável). Isso dependerá de alguns fatores (hormonais, alimentares,
medicamentosos, meio-ambiente ou vestuário), juntamente com falta de higiene e origem
genética, que influenciará diretamente, podendo também aparecer alguma maceração (aspeto
esbranquiçado da pele) ou descamação da pele.

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Bromidrose

é o nome que se dá ao chulé ou ao odor característico de suor nas axilas. É causado pela


fermentação das substâncias presentes no suor pelas bactérias da pele.

O odor fétido, desenvolve-se  principalmente em zonas onde as bactérias conseguem permancer


e multiplicar-se com mais facilidade devido à humidade e temperatura propícia, como é o caso dos
pés, mas também a zona das axilas é muito suscetível a esta fermentação.

Uma forma de simples de controlar o problema é diminuir as bactérias nas zonas de maior sudação
onde o odor é naturalmente mais intenso, por isso seguem algumas sugestões:

1. Lave os pés, ensaboando bem e dando preferência a sabonetes antissépticos;

2. Seque bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos;

3. Use meias de algodão e troque-as diariamente;

4. Sempre que possível use calçados abertos;

5. Coloque os calçados no sol com frequência.

Anidrose
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É o oposto da hiperidrose, caracterizando-se assim por défice de transpiração. Tem como causas
principais a falta de alimentação, a falta de higiene e a falta de saneamento básico.

Disidrose

A disidrose é caracterizada pelo aparecimento de erupções cutâneas de carácter reincidente e que


provoca muita comichão, podendo também ser completamente assintomática (sem presença de
sintomas). As lesões acometem, exclusivamente, as mãos e os pés. Entende-se por vesículas,
lesões da pele de conteúdo líquido, até um centímetro de diâmetro. Acima de um centímetro, são
chamadas de bolhas.

Quando o líquido sofre ressecamento, formam-se crostas e, quando as lesões involuem, formam-
se escamas. Portanto, conforme a fase evolutiva da disidrose, será observada a presença de
vesículas, crostas ou escamas.

Uma vez que é uma patologia reincidente pode durar entre uma a duas semanas, com
consequente ressecamento e descamação nos locais atingidos.

Estas lesões podem ocorrer em pequeno número, mas nalguns casos atingem toda a superfície dos
pés.

 Para evitar as hidroses, deve:


- Lavar os locais afetados, ensaboando bem e dando preferência a sabonetes antissépticos;

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- Secar bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos dos pés;
- Trocar as roupas e meias diariamente;
- Evitar o uso de tecidos sintéticos, dando preferência ao algodão;
- Preferir calçados abertos;
- Manter sempre o calçado limpo e adaptado;
- Evitar deixar a pele húmida muito tempo;
- Beba muita água, para eliminar as toxinas, que são causa do mau cheiro da transpiração.
-Evitar o uso de tecidos sintéticos, dando preferência ao algodão;
- Preferir calçados abertos;
- Manter sempre o calçado limpo;
- Evitar deixar a pele húmida muito tempo.
2.13. Saúde e os pés
As unhas podem revelar o estado de saúde. As unhas dos pés também podem apresentar sinais de
que algo não está bem, todavia, é mais raro isso acontecer. "Micoses e traumas por causa de
sapatos apertados são os problemas mais comum. As pessoas portadoras de micose devem levar o
próprio equipamento para o tratamento de pedicura ou devem usar apenas os que forem
esterilizados por autoclave, o uso obrigatório de lixas descartáveis e tendo em consideração o
corte minimo da cuticula. Vernizes e removedores também agridem as unhas, desidratando-as.
Assim, o ideal é alternar o uso, passando creme constantemente para ajudar a manter a saúde das
unhas."

Anemia: as unhas ficam secas, quebradiças, opacas, côncavas e há deslocamento da carne na


ponta dos dedos.

Doenças cardíacas: as unhas ficam curvadas para baixo, alargadas e com coloração arroxeada por
causa da falta de circulação.

Doenças renais: as unhas ficam grossas, amareladas ou acinzentadas, com linhas verticais
esbranquiçadas, brancas na raiz e vermelhas nas pontas.

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Doenças hepáticas: ficam esbranquiçadas perto da raiz ou amareladas por inteiro.

Doenças digestivas: há pontos hemorrágicos, as unhas ficam doloridas, frágeis e se descolam ou


descamam.

Diabetes: grossas, avermelhadas e com pequenas veias no dedo, ao redor das unhas. Podem
apresentar micoses frequentes, engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos.

Hipertireoidismo: afinamento e enfraquecimento das unhas.

Hipotireoidismo: unhas opacas e grossas.

Psoríase: depressões puntiformes, superfície rugosa, unhas grossas e quebradiças.

Problemas na glândula supra-renal: as unhas ficam escuras.

Doenças infecciosas graves (meningite e septcemia): surgem pequenas manchas roxas sobre as
unhas.

Falta de vitaminas

- Vitamina A: aspecto de casca de ovo, enrugada, esbranquiçada e quebradiça;

- Vitamina C: hemorragia embaixo da unha;

- Vitamina B3: ausência de brilho e linhas verticais e esbranquiçadas surgem em sua superfície;

Zinco: coloração acinzentada, cutícula seca e grossa, descamação intensa ao redor das unhas e
linhas transversais bem acentuadas.

3. Higiene e esterilização

1. Higiene e esterilização

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2. Higiene. A profissional de estética, antes de executar qualquer trabalho, deverá sempre ter os
cuidados de higiene quer com o local de trabalho quer consigo própria; Deve sempre certificar que
os materiais são corretamente esterilizados e prontos para serem utilizados;

3. Higienização do ambiente. Todos os gabinetes devem ser limpos regularmente; O gabinete


deverá ter um espaço arejado, com ventilação, iluminação e conservação adequadas; Efetuar
limpeza e arrumação dos espaços e equipamentos;

4. Cuidados de higiene e segurança. Os estabelecimentos devem utilizar materiais descartáveis


para a cobertura das marquesas e mesas de trabalho; Cada profissional deverá possuir,
obrigatoriamente, quantidade suficiente de cada instrumento para evitar qualquer necessidade de
reutilização sem higienização prévia.

5. Cuidados de higiene segurança. As lâminas e agulhas são de uso único, devendo ser colocadas
em recipiente apropriado, de paredes rígidas. Devidamente identificado como resíduo infectante;
Utilizar máscara e luvas; Manter os recipientes dos cosméticos sempre fechados e utilizar espátulas
para retirar o produto.

6. Cuidados de higiene e segurança. A esterilização dos utensílios é efetuada utilizando


equipamentos apropriados, tais como esterilizadores de cristais ou calor húmido ou seco. Os
utensílios ou materiais que não apresentem risco em potencial para a saúde deverão ser sujeitos a
processo de limpeza.

7. Descontaminação de materiais Limpeza: Tem como objetivos reduzir a carga bacteriana natural
dos artigos, remover contaminantes orgânicos e inorgânicos e remover a sujidade dos artigos.
Desinfeção: descreve o método capaz de eliminar muitos ou todos os microrganismos patogénicos,
com exceção dos esporos. Esterilização: Consiste na destruição total dos microrganismos
patogénicos incluindo esporos.

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8. Risco de infeção.1º risco baixo. Todo o material que entra em contacto com a pele integra.
Lavagem e secagem, 2º risco intermédio. Todo o material que não entra em contacto com locais
estéreis do organismo, mas pode estar em contacto com mucosas e pele não integra. Desinfeção;

9. Risco de infeção 3º risco elevado. Todo o material que pode ser introduzido em locais estéreis
do organismo assim como tudo o que com ele entra em contacto. Esterilização

10. Desinfeção. Chama-se desinfetantes toda substância química que destrua ou iniba o
crescimento de microrganismos patogénicos localizados em meios inanimados (empregam-se,
consequentemente, como produtos de limpeza e para manter o instrumental clínico livre de
micróbios). Os antissépticos atacam os mesmos agentes (que os desinfetantes), mas quando estes
se encontram sobre tecidos vivos (usam-se, portanto, para a higiene corporal e como
antimicrobianos em alimentos e remédios).

11. Desinfetantes. Álcool a 70º, Rutura da membrana celular e rápida desnaturação das proteínas
com subsequente interferência no metabolismo e divisão celular;  Rápido e amplo espectro de
ação contra bactérias. Mais indicado para superfícies externas dos materiais metálicos e
superfícies de vidro. Ótima destruição de vírus e fungos, mas não em esporos.

12. Desinfetantes, Cloro - De eleição para a destruição de vírus, Boa atividade na destruição de
bactérias. Inativa a presença de matéria orgânica. Indicado para a limpeza de bacias mas nunca de
materiais metálicos pois tem uma fórmula altamente corrosiva.

13. Desinfetantes. Desinfetante de alto nível. Mais utilizado para tratamento de material termo-
sensíveis, Boa atividade na destruição de todos os microrganismos, incluindo fungos. É irritante
para a pele e liberta vapores tóxicos

14. Esterilização. Consiste na destruição total dos microrganismos patogénicos incluindo fungos.
Consegue-se através da correta assepsia dos materiais e a utilização do esterilizador mais
adequado. A Assepsia é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio
inerte isento de bactérias. A Anti- sepsia refere-se à desinfeção de tecidos vivos com anti- sépticos.

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15. Flamagem; É a colocação do material sobre fogo até que fique vermelho. Vantagem: fácil
execução. Desvantagem: não é seguro, pode não esterilizar alguns tipos de bactérias, pelo baixo
tempo de exposição. Estraga do material tem uma cor preta, e com cheiro forte.

16. Calor seco. Efetua a esterilização mediante a ação calorífica, atuando sobre os microrganismos
provocando a oxidação e consequente destruição dos constituintes celulares orgânicos. Conforme
o calor gerado recomenda-se um certo tempo: a 170 Graus Celsius, são necessários 60 minutos. A
160 Graus são necessárias 2 horas. Vantagens: não forma ferrugem, não danifica materiais de
corte. É o ideal para vidros, metais, algumas gorduras e substâncias em pó. Desvantagens: O
material deve ser resistente a variação da temperatura. Não esteriliza líquidos.

17. Calor húmido (autoclave) É a exposição do material a vapor de água sobre pressão, a 122°C
durante 15min. Os materiais têm de estar embalados de forma a permitirem o contacto total do
material com o vapor de água. Vantagem: fácil uso. Desvantagem: não serve para esterilizar pós e
líquidos.

18. Ultra-violeta C ou germicida Oxidação por luz ultravioleta que destrói o ADN e RNA dos
microrganismos, causando a morte da sua célula. Vantagens: desinfeta uma grande variedade de
materiais – plásticos, pincéis, espátulas, etc. Desvantagem: Não esteriliza materiais de metal.

19. Esterilizador de cristais (esferas de quartzo) utilizado para efetuar a esterilização de diversos
materiais e instrumentos de aço inox, de aço carbónico, como tesouras, alicates, pinças, etc.;
esterilizador fácil de usar, seguro para o utilizador e muito eficaz nas suas funções.

20. Higiene Nos estabelecimentos de estética, institutos de beleza e similares, após cada uso, é
obrigatória a adoção de procedimentos de limpeza e/ou esterilização dos utensílios e instrumentos
que entram em contacto direto com os clientes. As toalhas, robes e outros têxteis deverão ser
lavados a uma temperatura acima do 90º. É obrigatório o acondicionamento dos utensílios em
procedimentos invasivos em invólucros adequados à técnica utilizada, fechados em recipientes
esterilizados.

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4. Receção do cliente

Telefone
Na maioria das vezes este é o primeiro contato do cliente com sua empresa.
Utilizado para marcar horários e serviços.

Atendimento ao Telefone:
 Atenda antes do terceiro toque;
 Seja cordial e sorria, mesmo ao telefone. O cliente sente sua simpatia e seu sorriso.
 Assim como sente sua indiferença;
 Identifique seu instituto pelo nome;
 Cumprimente o cliente com um: “Bom dia”, “Boa tarde” ou “Boa noite”!
 Identifique-se dizendo o seu nome;
 Identifique o nome do cliente e passe a chamá-lo pelo nome;
 Ouça o que o cliente deseja;
 Troque informações com o cliente. Esclareça dúvidas que surgirem. Anote os dados do
cliente;
 Ao final da conversa reforce junto ao cliente o que foi acordado como horários, serviços,
profissionais, etc.
 A despedida deve ser positiva. Agradeça a preferência, deseje um bom dia, uma boa tarde,
uma boa noite.

Receção
Este pode ser o segundo contato. Neste momento o atendimento será para rececionar o cliente e
encaminhar aos profissionais que prestarão os serviços;

Atendimento na Receção:
 Rececione o cliente com um sorriso sincero;

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Pedicura
 Cumprimente-o;
 Identifique o cliente perguntando seu nome (se você não souber);
 Identifique-se dizendo seu nome (se ele não souber);
 Confirme o horário e os serviços;
 Se o cliente precisar aguardar conduza-o a sentar, ofereça um entretenimento (café, revista,
jornal, livro, catalogo, etc.). De acordo com o perfil do cliente.
 Encaminhe-o ao profissional que irá prestar o serviço. Caso o cliente ainda não conheça o
profissional, apresente-os. Informe ao profissional os serviços que o cliente irá consumir;
 Deixe o cliente à vontade e coloque-se a disposição.

Profissionais
Geralmente o terceiro contato. Este atendimento é fundamental. É aqui que o cliente passa pela
experimentação dos serviços. O ponto crítico neste atendimento são as informações e a forma
como ele é prestado.

Atendimento pela profissional:


 Perguntar ao cliente o que ele pretende, qual o resultado que espera do serviço;
 Preenchimento da ficha de anamnese;
 Passar informações, trocar ideias e perceções sobre os serviços. Dar sugestões adequadas
ao perfil do cliente;
 Explicar como será realizado o serviço;
 Observar o perfil do cliente e interagir conforme este perfil. Mais comunicativo, mais
aberto, mais sorridente, mais discreto, mais tímido, etc.;
 Deixe o cliente totalmente à vontade;
 Passe informações de como proceder após o serviço. Dê dicas.

Pós-serviço

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Também considerado como parte do atendimento quando acontece com o cliente ainda no
instituto. Momento de acertar os valores dos serviços prestados, de perceber e perguntar sobre a
satisfação do cliente, de agradecer sua preferência e da despedida.
 Após executar o serviço pergunte ao cliente sobre sua satisfação;
 Se necessário, reforce dicas e informações;
 Agradeça e conduza o cliente até o próximo serviço ou até a receção;
 Se despeça de forma positiva e se coloque a disposição sempre.
Nota: o cliente deverá ser sempre acompanhado pela profissional.

5. Instalação do posto de trabalho

Saber manter elegância quando se estar sentado também é importante. E não é apenas uma
questão de elegância, quem se senta mal, não tardará a ter problemas de coluna, etc. Quando
estamos sentados, devemos manter uma posição ereta, sem soltar o corpo sobre as pernas. Outra
recomendação importante é não se debruçar sobre uma mesa ou balcão. Além da preocupação na
maneira de sentar, um ambiente de trabalho agradável é fundamental para um bom
desenvolvimento profissional .

6. Prática da Pedicura
Entende-se por prática de pedicura, não só o embelezamento das unhas como também a
massagem e mobilização do pé. A profissional deve apresentar-se de forma cuidada e manter uma
postura serena e amável de forma a corresponder às expetativas da cliente e, poder executar com
seriedade o seu trabalho.

6.1. Como Remover o Verniz


Usar um disco de algodão embebido em remevedor e remover o verniz, iniciando na base da unha
em direção ao bordo livre. Deve moderar a quantidade do remevedor, evitando assim que a unha e
a pele circundante sejam manchadas pela cor.
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6.2. Como limar as unhas


Executar movimentos amplos com a lima, do exterior para o centro, em redor de todo o bordo livre
não deixando falhas. A profissional segura na extremidade da lima com o polegar, indicador e dedo
médio. Não deve executar movimentos bruscos, pois estes ofendem a matriz, nem limar em
vaivém, pois a unha fica quebradiça. Também não deve colocar a lima em posição horizontal, sob
ou sobre o bordo livre, isso faz com que a placa ungueal se desprenda do leito.

6.3. Massagem da Cutícula


Coloca-se creme ou óleo apropriado e fazem-se pequenos movimentos circulares durante alguns
segundos. Este creme só é retirado antes de maquilhar as unhas.

6.4. Como Limpar o Bordo Livre


Enrola-se um pouco de algodão na parte espalmada do pau de laranjeira. Com o pau na horizontal
limpa-se todo o interior do bordo livre. O algodão deverá estar molhado para que as impurezas se
soltem mais rapidamente. Segura-se o pau de laranjeira como se fosse uma caneta.

6.5. Como Polir


O polimento da unha serve para a tornar uniforme e brilhante, é dispensável quando se aplica
verniz. Passa-se com o polidor sobre a placa ungueal em movimentos de vaivém até esta se
apresentar brilhante.

6.6. Aplicação do Verniz


O verniz deve ser de boa qualidade, deve estar em boas condições de conservação, ser brilhante e
de secagem rápida. Com o pincel espalha-se o verniz sobre a unha, iniciando no centro e
preenchendo depois lateralmente. O pincel deve conter justamente a quantidade de verniz
necessária à sua aplicação uniforme, caso contrário, pode haver falhas ou acumulações. Não
esquecer que antes do verniz, deve colocar-se a base.

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6.6.1. Composição Química Dos Vernizes
 Solvente (são responsáveis pelo tempo de secagem, facilidade na aplicação e fluidez do
esmalte); 
 Diluentes (transforma a mistura dos componentes do verniz em um filme plástico e
maleável que cobre as unhas, garante que o "filme" criado pelo verniz não se despedace. integra
os pigmentos ao resto da fórmula. Por serem insolúveis, os pigmentos decantariam sem o
poliuretano, acumulando no fundo do vidro. 
 Secantes (permite a fixação do verniz na unha)
 Corantes (dão cor aos vernizes);
 Plastificantes (garante a ligação entre os componentes do verniz, fazendo com que eles se
misturem);
 Resinas (proporcionam brilho, aderência, resistência e durabilidade). 

6.7. Material Para Pedicura


 Bacia para Pedicura / Hidromassajador
 Proteção Descartável Para Bacia
 Máscara Facial
 Luvas Descartáveis
 Chinelos descartáveis
 Avental
 Óculos de Proteção
 Tabuleiro de inox Para o Material
 Tesoura

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 Alicate de Unhas Para os Pés
 Alicate de cutículas para os Pés
 Goiva Fina
 Goiva Média
 Um cabo de Bisturi nº3
 Lâminas º10 para o cabo de Bisturi nº3
 Cabo Raspador Credo
 Lâminas para o credo
 Limas de Cartão
 Um Descarnador
 Uma pedra-pomes
 Um pau de laranjeira
 Separadores De dedos
 Lupa
 Clinex
 Uma lixa para calosidades
 Toalhas turcas
 Remevedor de verniz e discos de algodão
 Quita cutículas ou óleo para cutículas
 Base, vernizes e secante
 Creme de massagem
 Esterilizador

6.8. Sequência da Pedicura


1. Higienização do pé esquerdo com material descartável e fungicida, antissético;
2. Observar as unhas e a pele dos pés;
3. Retirar o verniz do pé esquerdo com remevedor de boa qualidade;
4. Cortar as unhas, em forma quadrada, com alicate próprio;

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Pedicura
5. Limar as unhas num só sentido, do exterior para o centro;
6. Iniciar o tratamento da cutícula aplicando o quitacuticulas ou óleo próprio para o efeito,
efetuando movimentos circulares;
7. Colocar o pé esquerdo em água morna e fungicida.
8. Enquanto este está em água, efetuar os mesmos passos no pé direito;
9. Afastar a cutícula com a ajuda do pau de laranjeira que este deve estar envolvido em
algodão. Também se pode utilizar um descarnador de cutículas;
10. Aparar os cantos das unhas e cortar os excessos da cutícula com o alicante de cutículas (só
cortar se houver necessidade);
11. Aplicar o óleo de amêndoas doces nas cutículas e efetuar movimentos circulares;
12. Remover as calosidades, deve usar o bisturi nº3 e lâmina º10, passar de seguida a lixa para
terminar e alisar a planta do pé;
13. Aplicação de peeling/ esfoliação;
14. Trabalhar o peeling e remove-lo;
15. Proceder à massagem do pé e perna com creme hidratante;
16. Executar um tratamento de hidratação profunda com máscara ou com Parafina;
17. Limpar as unhas com algodão humedecido em água para retirar o excesso de óleo ou
creme;
18. Proceder ao polimento da unha, caso a cliente não queira maquilhagem;
19. Se a cliente quiser maquilhar as unhas, aplica-se a base;
20. Com o pau de laranjeira, envolto em algodão e remevedor, limpar o excesso de verniz dos
bordos laterais;
21. Aplicar o gloss ou brilho;
22. Aplicar o secante.

Nota: Os passos que estão a negrito, são tratamentos específicos, não se efetuam quando se trata
duma pedicura básica.
6.9. Tratamentos Específicos nos Pés

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Os tratamentos especificos nos pés, engloba todos os passos da pedicure-base, acrescentando
uma esfoliação, massagem completa e máscara hidratante , para dar aos pés a nutrição, ficando
com uma pele suave, aveludada e hidratada, também a parafina é um Tratamento extremamente
relaxante e benéfico para os pés. A parafina amacia as calosidades, hidrata a pele em
profundidade, activando a circulação sanguínea, e realçando o tom da mesma. Ajuda a aliviar
dores em consequência de entorse. Melhora consideravelmente pés gretados.
6.9.1. Esfoliação

A esfoliação é o agente da renovação celular de nossa pele. Na prática, isso significa que o ato de
esfoliar, retira as células mortas que habitam à superfície da pele. Aquelas que naturalmente
descamam e ficam depositadas sobre a epiderme.

Uma pele nova e macia, com a aparência mais uniforme, limpinha, lisa e sedosa. E ainda ajuda a
deixar a pele sem asperezas, além de fazer uma melhor absorção do produto (o hidratante).Porém
a esfoliação não deve ser aplicada em pés inflamados, com sintomas de erupção cutânea, como
bolhas e feridas.

Composição do esfoliante: constituído por materiais cerosos, polietileno, polipropileno, sílica, óleo
de jojoba hidrogenado, partículas de casca ou semente de damasco, noz, amêndoa ou bambu e
luffa (bucha vegetal) etc.

Existe 3 tipos de esfoliantes: físicos, químicos e caseiros.

Físicos

São formulados com pequenos grânulos, que são redondos e macios. Possuem a capacidade de
retirar as células mortas e a oleosidade de sua pele.

Químicos

Aqui se faz a utilização de ácidos.

Portanto deve ser aplicado por um dermatologista.

Eles possuem a capacidade de retirar manchas ao provocar a O resultado é uma descamação da


área, promovendo uma renovação celular e aclaramento de
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manchas. Auxilia a penetração de outras substâncias. São designados por peelings. Os peelings
químicos podem ser superficiais, médios ou profundos, dependendo do produto utilizado e da
técnica de aplicação. Quanto maior a profundidade, melhores são os resultados.

Caseiros

Estes por sua vez, podem ser feitos com ingredientes como mel, misturados com açúcar ou sal.
Caso tenha a oportunidade, o melhor é aplicar esfoliantes que encontramos no mercado, já que
estes foram formulados com esferas feitas para não agredir a pele.

O recomendado é que se faça a esfoliação à cada 15 dias, sempre antes de aplicar o hidratante.

Um detalhe importante, é que se está usando algum tipo de ácido, seja para o que for, não faça o
uso de esfoliantes do tipo físico, pois a combinação pode danificar sua pele, além de não ser
recomendado para peles sensíveis.

6.9.2. Aplicação de Parafina

Parafina é um derivado de petróleo, conhecida por sua alta pureza, excelente brilho e odor
reduzido. Possui propriedades termoplásticas e é repelente á água. Também é empregada na
produção de velas, ceras, giz, tintas, etc. Pode ser usada também como combustível. A parafina
não é tóxica, o que torna o seu uso muito mais fácil.

As principais funções da parafina, tanto na estética como na podologia, é que ela são um agente
carreador e oclusivo.

Como carreador, ela absorve o hidratante e transfere seus efeitos para a pele, não deixando que
saia, podendo assim, o produto ser absorvido na totalidade de benefícios.

Passo 1- Limpeza e higienização


Pode ser feita uma esfoliação ou a aplicação de um tónico a utilizar antes de iniciar a aplicação da
parafina.
Passo 2 - Aplicação da parafina
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Aquecer a parafina até ficar líquida. Aplicar duas ou três camadas mergulhando na panela
profissional ou com o pincel se usarem uma panela normal.
Atenção: Quando aplicarem a parafina, ter muita atenção à temperatura, para não queimar os pés.
A temperatura deve ser agradável e confortável.
Passo 3 - Colocar em pelicula aderente, seguida em luvas turcas ou toalhas e deixar atuar cerca de
20 minutos, conforme a parafina usada.
Passo 4 - Retirar as luvas e aplicar um creme hidratante nos pés.

Não lavar os pés durante uma hora. Também existe Parafina em gel para máscara de tratamento e
hidratação para mãos e pés; é recomendada para peles sensíveis que não suportam calor. Esta
parafina tem efeito sauna, e não necessita de uso de panela, uma vez que é uma parafina fria.

Parafina Efeitos:
 Amacia e hidrata a pele
 Aumento do Metabolismo Tecidual
 Aumento de O2 Tecidual
 Relaxamento Muscular
 Redução do edema (aumento do fluxo linfático, aumento do retorno venoso)
 Aumenta a hidratação da pele

Contra-indicações
 Em ferimentos e fissuras na pele
 Sequelas de doenças vasculares (flebite, trombose)
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 Distúrbios de sensibilidade
 Processos infeciosos cutâneos
 Processos hemorrágicos
 Micoses
 Tumores na Pele
6.9.3. Tipos de Máscara

Nutritiva: Rica em sais minerais e oligoelementos, retira impurezas da pele, deixando apenas
elementos naturais indispensáveis. Hidrata e promove uma oclusão, facilitando a alta penetração
dos ativos presentes na formulação. Deve conter vitaminas e minerais em sua formulação;

Hidratante: A Máscara Hidratante Iluminadora é um tratamento intensivo que imediatamente


hidrata a pele e dá um banho de iluminação para ajudar a preservar o seu brilho e juventude.
Precisa ser formulada com potássio vetorizado pelo ácido carboxílico, ácido hialurónico ou cristais
de oliva;

Regeneradora: é um tratamento de pés regenerador, de características excecionais, recomendado


especialmente para peles secas ou danificadas. Proporciona uma poderosa regeneração da pele
dos pés. Impede danos epidérmicos, inibe a secura da pele, hidratos e firma, dando à pele um
toque de seda. Formulada com argilas e ácidos específicos, como gluconolactona, lático e glicólico;

Anti-idade: oferece ampla e duradoura proteção contra os raios UV, prevenindo linhas finas,
manchas solares e a tonalidade não uniforme. Deve conter peptídeos, proteínas e aminoácidos;

Clareadora: indicado para pés espessos com irregularidades de coloração, principalmente após
excessiva exposiçao solar.Renova a superfície cutânea, remove as impurezas e transmite
luminosidade e viço. Precisa oferecer vitamina C, alguns ácidos específicos como o mandélico,
extrato de folha de uva ursi (planta medicinal);

Reafirmante Revitaliza e tonifica a pele, dando-lhe maior firmeza e elasticidade. Proporciona um


aspeto menos envelhecido e desleixado. Mantém a humidade e a hidratação necessárias às
melhorias reais das condições da pele. Os melhores princípios ativos são as argilas e peptídeos.

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Conselhos de utilização: Aplicar a máscara, com a ajuda de um pincel, em todo o pé e perna.
Envolver com uma película aderente. Calçar meias térmicas e deixar atuar 20 minutos, se estas
forem elétricas e previamente aquecidas, deixar atuar 10 minutos. Após esse período, remover a
máscara e massajar os pés, com o Creme Hidratante.

Sequência da hidratação profunda do pé:

1. Executar pedicura básica

2. Esfoliação

3. Massagem com creme adequado à necessidade da pele

4. Parafina

5. Efetuar a mascara de acordo com a necessidade da pele

6.10. Massagem dos Pés

A massagem dos pés é fundamental e imprescindível. Na região plantar do pé existem pontos


reflexos correspondentes a todos os órgãos do corpo. Por isso cada vez mais se fala em reflexologia
e a massagem assumiu uma importância enorme para a saúde e bem-estar geral.
Benefícios
• Reduz os efeitos do stresse e induz um estado de relaxamento profundo
• Melhora a circulação sanguínea
• Oxigena os tecidos
• Ajuda a equilibrar todo o sistema humano
• Revitaliza a energia

Contra-indicações

 Trombose

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 Embolias
 Flebites
 Infeções
 Febre
 Gânglios inchados
 Fraturas ósseas não consistentes
 Osteoporose grave

Contra-indicações relativas

 Quando existam reacções alérgicas à massagem.


 Quando o receptor sofre muita dor.
 Em doenças de pele.
 Pessoas com taquicardia.
 Pessoas com hematomas graves.
 Imediatamente após operações cirúrgicas.

Manobras:
1. Afloramento da parte posterior da perna, com a perna da cliente fletida, em deslizamento,
mão atrás de mão e, em sentido ascendente.

2. Deslizamento em rotação na parte posterior da perna: fletindo a perna da cliente, colocam-


se as mãos junto ao tornozelo fazendo como que uma braçadeira e apoiam-se as pontas dos dedos
na linha de união dos gémeos e estes deslizam em rotação.
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Pedicura
3. Deslizamento e bombeamento com separação dos gémeos: com os polegares o longo da
tíbia desliza-se com os restantes dedos provocando um bombeamento.

4. Com a cliente na posição anterior cruzam-se os dedos e apoia-se a região palmar sobre os
gémeos e, sobe-se até à dobra da perna em vibração.

5. Com as polpas dos dedos vamos efetuar pequenos afloramentos em toda a região do peito
do pé, para aquecimento dos maléolos.

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Pedicura
6. Tal como na mão, deve-se agarrar o pé com ambas as mãos e exercer pressão em sentidos
opostos para que dê a sensação de abrir o pé. Ambas as mãos estão colocadas com os dedos
voltados para a planta do pé e os polegares para cima.

7. Mantendo a mesma posição, trabalha-se com os polegares, todo o peito do pé em


particular os espaços interósseos, primeiro em deslize e, em seguida, os espaços interósseos em
movimentos de rotação.

8. Segurar firmemente o pé pelo calcanhar e com a outra mão efetuar um aquecimento e


estiramento dos dedos, um a um.

9. Deslizamento sobre a arcada plantar do pé.

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Pedicura

10. Fricção sobre a arcada plantar do pé.Com os dedos de ambas as mãos sobre o peito do pé e
os polegares voltados para a região plantar, executam-se pequenos círculos em sentido
ascendente.

11. Apoie o peito do pé numa das mãos e, com a outra fechada em punho, trabalhe toda a
planta do pé, descrevendo círculos. Esta manobra deve ser feita com pressão e abrangendo toda a
planta do pé.

12. Bombeamento em punho sobre a arcada plantar do pé.

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Pedicura

13. Vibração da perna e pé: com as duas mãos sobrepostas, executam-se deslizamentos suaves
e com vibração, percorrendo toda a perna até às pontas dos dedos.

Anexo I

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Pedicura

Alguns conselhos Caseiros:


Pés suados:
Nogueira:
- 1l de água de folhas de nogueira
-Ferver 15 minutos.
-Banhar os pés nesta infusão durante 15 minutos.
-Secar e pulverizar com pó talco.
Tomilho
-Seguir o mesmo processo usado com a nogueira
Pés cansados:
Louro:
-1/5 l de água
-20 folhas de louro
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Pedicura
-Ferver durante 10 minutos
-Lavar os pés nesta água durante 15 minutos
- Secar e hidratar com hidratante de alecrim e Melissa
Pés inchados e roxos:
Sal grosso:
-500 Gramas de sal
-Dissolver o sal na água que vão mergulhar os pés e deixar a atuar por 15 minutos
- Nesta água pode misturar 2 gotas de óleo essencial de lavanda e 1 gota de óleo essencial de
alecrim

Hidratação dos pés:


-Misturar 2 colheres de óleo de amêndoas doces, 2 colheres de mel, 1 colher de aveia moída, 2
colheres de iogurte natural.
-Aplicar nos pés envolvendo com meias turcas ou pelicula aderente cerca de 1 hora

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Pedicura

Anexo II

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Pedicura

Alguns Medicamentos frequentemente Utilizados em Manicura e Pedicura

Medicamento Tratamento
Pevaryl® – spray-pó Pé de atleta e micoses

Tinaderme® em pó Após a epilação em axilas e virilhas, evita que


encravem

Canesten® solução Para tratamento de micoses e fungos das unhas


Mycospor® - pomada
Trosayde® - solução
Pirrolfungin®

Funcidine® 2% Ajuda a saída do pus de pequenas infeções em


Bacitracina® desenvolvimento

Verrufilm® Utilizado nas verrugas


Verrucare ®

Creme gordo Barral® Para pés secos

Cloreto Etil® Anestésico


Xilocaina®

Suodermin Para a transpiração

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Pedicura

Anexo III

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Pedicura

Ficha de Anamnese de Pedicura


Nome: ____________________________________________________________________
Idade:_____Data de Nasc.:___________ Sexo:__________Data de avaliação:___________
Morada:__________________________________________C.Postal:_________________
Email:_______________________Telefone:____________Profissão:_________________
Estética da unha
Com que frequência usa os serviços de:

Manicura:___________________________Pedicura:___________________________
__

Costuma retirar a cutícula: Sim( ) Não( )


Qual o formato de preferência: Redonda( ) Quadrada( ) Bicuda não acentuada( )
Qual a durabilidade média do seu verniz:_____________________________________
Qual o tom preferido: Claro( ) Escuro ( )
Observações:___________________________________________________________
_

Alterações ungueais
( ) Já teve ou tem algum tipo de Onicomicose (micoses, fungos…)
( ) Faz o uso de algum medicamento específico para Onicomicose.
Qual?_________________________Quem indicou?____________________________
( ) Onicocriptose (unha encravada) ( ) Onicofagia (hábito de roer unhas)
( ) Algum tipo de alergia Qual?___________________________________________
( ) Diabetes
Observações:

Observações gerais
( ) Descamações na lâmina Ungueal
( ) Estrias na Lâmina Ungueal
( ) Descolamento na Lâmina Ungueal
( ) Machas na Lâmina Ungueal
Observações:
Aconselhamento:

Data Cor Utilizada

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