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Veículos dos Cosméticos: Definição

Definimos de veículos as formas farmacêuticas de diferentes estados físicos que tem


como objetivo levar os ativos do produto até o local de ação. Para isso, é necessário que
ocorra uma boa relação entre os princípios ativos e o veículo indicado. Para entender
melhor, o veículo deve ter uma boa sinergia com os princípios ativos para que os
mesmos não sejam anulados em sua função. O veículo não pode ser tóxico e deve
apresentar um bom sensorial, ter custo acessível e muito abrangente na combinação com
os princípios ativos. A escolha do veículo numa fórmula é tão importante quanto a
interação entre os ativos numa mesma formulação cosmética.
É muito ruim quando uma fórmula ou dermocosmético é utilizado e o seu veículo não
apresenta muita compatibilidade com a pele, pode até deixar a pele oleosa ou promover
um toque pegajoso e quando isso ocorre, geralmente o paciente acaba parando de
utilizar o produto. Nesse aspecto o profissional tem total responsabilidade pela
viscosidade e a penetração do produto na pele.
De uma forma geral, tanto médicos como profissionais de estética escolhem um veículo
de acordo com o tipo de pele da paciente. Por esse motivo, é fundamental que a(o)
profissional saiba classificar os diversos tipos de pele existentes. Uma outra estratégia
para levar os princípios ativos o mais profundamente na pele é usar de novos
mecanismos que existem hoje para conseguir tais objetivos, são os chamados de nano
cosméticos.
Conheça a seguir os principais veículos dos cosméticos:

Géis
São veículos simples e compostos por duas fases: a fase líquida (representada pela água)
e a fase sólida (representada pelos agentes gelificantes). Por serem predominantemente
compostos por água, os géis são os veículos mais indicados para o tratamento de pele
oleosa e acnéica.
Os agentes gelificantes (geralmente substâncias poliméricas) suspendem a água,
modificando seu estado físico (reologia). De acordo com a quantidade de agente
gelificante presente no sistema, teremos diferentes tipos de reologias.
Dependendo do tipo de agente gelificante e porcentagem utilizada, a formulação final
poderá apresentar sensorial “pegajoso” e esta é uma queixa muito comum dos
profissionais e clientes.
É importante destacar que esse problema não acontece apenas em razão dos polímeros
utilizados e de sua concentração, mas também a alguns princípios ativos na sua
formulação. Os géis mais fluídos (menor % de agentes gelificantes), apresentam maior
velocidade de espalhamento, isso faz com que ocorra maior facilidade na aplicação da
fórmula na pele. Para solucionar o problema de pegajosidade dos géis, como em
qualquer outro tipo de formulação, utilizamos modificadores de sensorial, são
substâncias estrategicamente desenvolvidas para aperfeiçoar o sensorial final da
formulação. É importante ressaltar que a característica cristalina de um gel depende
muito dos princípios ativos nele adicionados. Agentes gelificantes mais utilizados em
manipulação

Gel Creme
É um dos veículos mais empregados em países tropicais como o Brasil, por esse motivo
existe tanta diversidade de pele.
O veículo do tipo gel creme une as vantagens proporcionadas pelos géis (sensorial
refrescante e pela emoliência e maciez) e excluindo suas desvantagens (pegajosidade e
untuosidade).
Este veículo é ideal para o tratamento de peles mistas.

Musses
Uma categoria pouco explorada para manipulação é o veículo mousse. Constituída por
tensoativos específicos (biocompatíveis), é possível manipular com esse tipo de veículo
formulações destinadas para higiene e limpeza, bem como produtos de permanência na
pele como hidratantes e produtos anti-aging.

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