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MICROCIRURGIA

RECONSTRUTIVA
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA
I
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA
II
MICROCIRURGIA
RECONSTRUTIVA
Editor-chefe

PEDRO BIJOS
Chefe do Serviço de Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia Plástica do Hospital de
Traumato-Ortopedia, HTO-INTO-RJ. Membro titular da Sociedade Brasileira de
Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR. Membro titular e especialista pela Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica, SBCP. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, CBC.
Membro da Sociedade Francesa de Microcirurgia (GAM)

Editores Associados

ARNALDO VALDIR ZUMIOTTI


Professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP.
Chefe da disciplina de Traumatologia da FMUSP. Chefe do Grupo de Mão e Microcirurgia do
Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da FMUSP

JOÃO RECALDE ROCHA


Chefe substituto do Serviço de Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia Plástica do Hospital de
Traumato-Ortopedia, HTO-INTO-RJ. Membro titular da Sociedade Brasileira de
Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR. Membro titular e especialista pela Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica, SBCP. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão,
SBCM. Membro da Sociedade Francesa de Microcirurgia (GAM)

MARCUS CASTRO FERREIRA


Professor titular de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo, FMUSP. Chefe da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

São Paulo • Rio de Janeiro • Ribeirão Preto • Belo Horizonte

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III
EDITORA ATHENEU
São Paulo — Rua Jesuíno Pascoal, 30
Tels.: (11) 3331-9186 • 223-0143 •
222-4199 (R. 25, 27, 28 e 30)
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Tel.: (16) 636-8950 • 636-5422
Fax: (16) 636-3889

Belo Horizonte — Rua Domingos Vieira, 319 — Conj. 1.104

PROJETO GRÁFICO/CAPA: Ofício Studio


Auxiliar de Produção: Ana Paula Oliveira de Aquino

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Microcirurgia reconstrutiva/editor chefe: Pedro Bijos; editores associados: Arnaldo


Valdir Zumiotti, Joıo Recalde Rocha, Marcus Castro Ferreira. ó Sıo Paulo: Editora
Atheneu, 2005.

VÛrios colaboradores.

1. Microcirurgia I. Bijos, Pedro. II. Zumiotti, Arnaldo Valdir. III. Rocha, Joıo
Recalde. IV. Ferreira, Marcus Castro.

CDD-617
05-8168 NLM-WO 100

Índices para catálogo sistemático:


1. Microcirurgia reconstrutiva: Ciências médicas 616.307545

BIJOS, P.; ZUMIOTTI, A. V.; ROCHA, J. R.; FERREIRA, M. C.


Microcirurgia Reconstrutiva

©Direitos reservados à EDITORA ATHENEU — São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, 2006

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IV
Colaboradores

ALEXANDRE HOFKE ALAMY


Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense. Especialista em
Eletroneuromiografia. Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.
Responsável pelo Setor de Neurofisiologia Clínica do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas —
Fiocruz

ALEXANDRE MENDONÇA MUNHOZ


Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Responsável
pelo Grupo de Reconstrução Mamária da disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo. Médico assistente da disciplina de Cirurgia Plástica do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

ALEXANDRU VALENTIN GEORGESCU


Professor da disciplina de Cirurgia Plástica da Universidade de Medicina.
CLUJ-NAPOCA-ROMANIA

ANA CRISTINA CAVALCANTI


Terapeuta de mão da Clínica SOSMAO — Recife

ARMAN SARD
Membro do Gruppo Interdivisionale di Microchirurgia (GIM) do CTO Hospital, Torino — Itália

AYLTON CHEROTO-FILHO
Ex-residente da disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

BRUNO BATTISTON
Membro do Gruppo Interdivisionale di Microchirurgia (GIM) do CTO Hospital, Torino — Itália

© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA


V
CHANG YUNG CHIA
Assistente do Serviço de Microcirurgia Reconstrutiva do Hospital dos Servidores
do Estado do Rio de Janeiro

CHRISTOPHE LOUIS MATHOULIN


Membro do Institut de la Main (PARIS). Professor assistente da Faculdade de Medicina de Paris VI

COELI LEITE
Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, SBOT. Médica da
Clínica SOS Mão — Recife

DIMAS ANDRE MILCHESKI


Ex-residente da disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

DOV CHARLES GOLDENBERG


Mestre em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
FMUSP. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Membro titular da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial. Membro da American Society of
Maxillofacial Surgeons (ASMS). Médico assistente da Divisão de Cirurgia Plástica e
Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo, HC-FMUSP

ÉRICA PAULA KATSULO JULIBONI


Membro do grupo de Trauma e Cirurgia da Mão do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP.
Docente do Curso de Especialização em Terapia Ocupacional e em Terapia da Mão
do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do HC-FMUSP

FABIO DE FREITAS BUSNARDO


Médico assistente da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP. Membro titular da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica, SBCP. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, SBCM

FÁBIO LOPES SAITO


Médico residente da disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas do Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

FERNANDO BEZERRA DE MENEZES


Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense. Especialista em
Eletroneuromiografia. Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.
Membro titular da Academia Brasileira de Neurologia

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VI
FREDERICO AUGUSTO NOVELINO
Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, SBCM. Diretor da Clínica SOS
MÃO — RJ. Fellow da Clínica SOS MAINS et DOIGTS, Lille — França. Fellow no Institut
Europeen de la Main, Nancy — França

GEAN PAULO SCOPEL


Médico residente da Disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

GILLES DAUTEL
Responsável pelo Service Assistence Main do Hôpital Jeanne D’Arc,
Dommartin Les Toul — França

HUGO ALBERTO NAKAMOTO


Médico residente de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

ITALO PONTINI
Membro do Gruppo Interdivisionale di Microchirurgia (GIM) do CTO Hospital, Torino — Itália

JEFFERSON BRAGA SILVA


Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS. Mestre em Neurociências pela PUCRS. Doutor em
medicina pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo,
UNIFESP-EPM. Membro titular da Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, SBCM. Membro da Sociedade
Francesa de Cirurgia da Mão (GEM). Membro da Sociedade Francesa de Microcirurgia (GAM).
Membro da Word Society for Microsurgery

JORGE ISHIDA
Membro titular e especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Doutor em
medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

JOSÉ CARLOS MARQUES DE FARIA


Médico assistente. Doutor da disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da
FMUSP. Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP.
Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR

JOSÉ MAURICIO DE MORAIS CARMO


Livre docente e professor adjunto da disciplina de Ortopedia e Traumatologia da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro, UERJ. Responsável pelo Setor de Cirurgia da Mão e Microcirurgia
da disciplina de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Membro titular e
presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão em 1998. Membro titular e presidente da
Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva em 1996-97

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VII
JULIANO CARLOS SBALCHIERO
Médico assistente e responsável pelo Laboratório de Cirurgia Experimental e Microcirurgia
do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional
do Câncer do Rio de Janeiro, INCA-RJ.
Médico assistente do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho da UFRJ. Membro titular e especialista da Socieade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP.
Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, CBC

JÚLIO DE MORAIS BESTEIRO


Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Membro
titular da Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR. Doutor em medicina pela
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

KIMIYE YAMAGUTI YAMAWAKI


Fisioterapeuta pelo IBMR. Fellow em Terapia da Mão da Clínica SOS MAINS et DOIGTS, Lille
— França. Fellow em Terapia da Mão no Institut Regional de Readaptation de Nancy — França

LUIS CARLOS ISHIDA


Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Mestre em
Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

LUIS HENRIQUE ISHIDA


Médico assistente da disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP. Membro titular e especialista da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP

LUIZ CARLOS BASTOS SALLES


Título Superior em anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Co-responsável
pelo Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia do Hospital dos Servidores
do Estado — Rio de Janeiro. Anestesiologista da Clínica SOS-Mão e do Hospital
dos Servidores do Estado — Rio de Janeiro

LUIZ KOITI KIMURA


Doutor em Ortopedia e Traumatologia. Médico assistente do Grupo de Mão e
Microcirurgia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP

MARCELA FERNANDES
Doutora em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo
da Escola Paulista de Medicina, Unifesp-EPM

MARCELO SACRAMENTO CUNHA


Professor doutor da Disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal da Bahia, UFBA. Médico assistente doutor de Cirurgia do Hospital Universitário Prof.
Edgard Santos, UFBA. Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica, SBCP. Médico preceptor da Disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo, FMUSP

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VIII
MARCO POLO BAPTISTA
Título superior em Anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Responsável pelo
Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia do Hospital dos Servidores
do Estado — Rio de Janeiro. Anestesiologista da Clínica SOS-Mão — Rio de Janeiro

MARIA CLARICE COUTINHO


Terapeuta de mão da Clínica SOS-Mão — Recife

MARIA CÂNDIDA DE MIRANDA ANZO


Membro do grupo de Trauma e Cirurgia da Mão do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do
Hospital das Clínicas da FMUSP. Docente do Curso de Especialização em Terapia Ocupacional
e em Terapia da Mão do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

MARIA JOSÉ CHACON WANDERLEY BEZERRA


Membro da Sociedade Brasileira de Terapeutas da Mão. Fisioterapeuta da Clínica SOS-Mão —
Recife. Fisioterapeuta e supervisora de Estágio do Hospital Getúlio Vargas (PE). Ex-estagiária
do CHU de Bordeaux (Serviço de Reeducação da Mão) — França. Ex-estagiária do Hôpital
Jeanne D’Arc (Serviço de Reeducação da Mão) — França

MICHEL MERLE
Antigo professor da Faculdade de Medicina de Nancy. Antigo chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e
Reconstrutiva do Aparelho Locomotor no CHU de Nancy — França. Diretor do Instituto Europeu de
Cirurgia da Mão de Nancy — França e Luxemburgo — Grande Ducado de Luxemburgo

MICHEL SCHOOFS
Membro da Sociedade Francesa de Cirurgia da Mão (GEM) e de Microcirurgia (GAM).
Responsável pela Clínica SOS Mains — Lille

NAYARA FERREIRA
Terapeuta de mão da Clínica SOS-Mão — Recife

OVIDIU IVAN
Cirurgião plástico da Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital de Reabilitação
Cluj-Napoca — Romênia

PAULO FAVALLI
Médico residente do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital São Lucas
da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-RS

PAULO TUMA JUNIOR


Médico assistente. Doutor da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

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IX
PIERLUIGI TOS
Membro do Gruppo Interdivisionale di Microchirurgia (GIM) do CTO Hospital, Torino, Itália

RAMES MATTAR JUNIOR


Professor associado do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

ROSANE SCHETINO BISCOTTO


Membro titular e especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Assistente do
Serviço de Ortopedia e Cirurgia da Mão do Hospital da Lagoa, RJ. Membro titular da Sociedade
Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR

RUI FERREIRA
Membro titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Membro
Titular da Socieade Brasileira de Cirurgia da Mão, SBCM. Membro titular da Sociedade
Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR. Médico da Clínica SOS-Mão — Recife

SANDRO ADEODATO DE SOUZA


Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Responsável pelo Ambulatório de Cirurgia da Mão do Serviço de Traumato-Ortopedia do
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, SBOT. Membro titular da
Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, SBCM

SARA ÂNGELA KISLANOV


Psicóloga do Serviço de Psicologia Médica do Hospital dos Servidores do Estado – HSE — RJ.
Professora supervisora do Departamento de Psicologia da Puntifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, PUC-Rio. Membro associado da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro filiada à
International Psychoanalytical Association, IPA

SÉRGIO SZKLARZ
Médico assistente do Serviço de Neurologia do Hospital La Salpêtrière-Universidade Pierre et Marie
Curie — Paris. Chefe do Serviço de Eletromiografia e Potenciais Evocados do Hospital dos Servidores
do Estado, HSE-RJ. Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica

SÉRGIO VIANNA
Coordenador de Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia. Chefe do
Serviço de Cirurgia do Pé e Tornozelo do Hospital de Traumato-Ortopedia, HTO. Membro titular
da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé. Presidente da Sociedade Brasileira de
Medicina e Cirurgia do Pé em 2004-2005. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia
e Traumatologia, SBOT

SILVANA MOTÉ DA ROCHA BAPTISTA


Título de especialista em Anestesiologia pela SBA Anestesiologista da Clínica SOS-Mão e do
Hospital dos Servidores do Estado — Rio de Janeiro

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X
SILVANA UCHOA
Terapeuta de Mão da Clínica SOS-Mão — Recife

TENG HSIANG WEI


Médico assistente do Grupo de Mão e Microcirurgia do IOT do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC-FMUSP

TEODOR STAMATE
Professor da Clínica de Cirurgia Plástica Reconstrutiva da Universidade de Medicina e
Farmácia Gr. T. Popa-Iasi — Romênia

TOMAZ NASSIF
Chefe do Serviço de Microcirurgia Reconstrutiva do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de
Janeiro. Membro titular da Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, SBMR. Membro
titular e especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP

VERÔNICA VIANNA
Chefe da Divisão de Ensino do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia. Membro do Serviço de
Cirurgia do Pé e Tornozelo do Hospital de Traumato-Ortopedia HTO/INTO. Membro titular
da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé. Membro titular da Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia

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XI
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XII
Prefácio

É com grande prazer e honra que escrevo o prefácio deste livro tão belo sobre a Microcirurgia, escrito
por meus amigos brasileiros.

O uso do microscópio nas cirurgias não é uma novidade, os oftalmologistas e os otorrinolaringologistas


já o utilizam há quase um século, mas somente há quatro décadas que a Microcirurgia se introduziu na
Cirurgia Reconstrutiva sob o impulso de cirurgiões plásticos e cirurgiões da mão. Se esta técnica, que
modificou as indicações cirúrgicas e melhorou consideravelmente os resultados em várias áreas da
cirurgia, é, na atualidade, universalmente utilizada, seu desenvolvimento foi particularmente rápido nos
países que possuem cirurgiões jovens e dinâmicos. E foi o que se produziu no Brasil onde em um quarto
de século a Microcirurgia conheceu um desenvolvimento considerável.

Este livro, um dos mais completos desta vasta área, é o testemunho deste progresso. As múltiplas
aplicações da Microcirurgia na Cirurgia Reconstrutiva são abordadas: anatomia; cirurgias nervosas,
vasculares, ósseas; reimplantes; reconstruções tissulares ao nível da face, do esôfago, dos membros etc.

Devemos felicitar calorosamente os cirurgiões que participaram desta obra quando sabemos as
dificuldades que se impõem na utilização destas técnicas que, por serem complexas, exigem um
treinamento intensivo e diário. Eles devem também evitar um dos riscos que é a hiperespecialização
para não se tornarem campeões do microscópio e distantes das preocupações clínicas; devem continuar
médicos e, antes de tudo, guardiões do futuro funcional de seus pacientes.

A utilização do aumento ótico na cirurgia tem um outro aspecto interessante que é a demonstração de
que as performances técnicas não estão, por enquanto, limitadas pela habilidade das mãos, mas pela
insuficiência da visão. O desenvolvimento técnico buscará em um futuro próximo suplantar também
estas insuficiências.

Raoul Tubiana

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XIII
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XIV
Apresentação

Quando fui contatado pela Editora Atheneu para saber se era de meu interesse escrever um livro sobre
Microcirurgia Reconstrutiva, a primeira reação foi de preocupação, pois imaginei, frente à amplitude
do assunto e ao número de especialistas na área reconhecidos internacionalmente, que eu encontraria
dificuldades para realizar a empreitada, sobretudo para selecionar temas e colaboradores.

Sabemos que existem, no Brasil, colegas altamente capazes e, conforme mencionei aqui, decidir quais
seriam nossos colaboradores foi de fato uma tarefa árdua, principalmente porque a proposta era fazer
um livro sobre todas as áreas de atuação da Microcirurgia Reconstrutiva.

Inicialmente convidei os drs. Marcus Castro Ferreira, João Recalde Rocha e Arnaldo Zumiotti para,
juntos, elaborarmos o sumário do futuro livro. A seguir, pensamos naqueles cuja competência e
dedicação na área os tornava dignos representantes daquele conhecimento específico.

Como um dos editores, não pude deixar de lembrar os drs. José Juvenil Teles, Georges da Silva,
Henrique Bulcão de Moraes e Michel Merle que, com seus renomados empenho, experiência e conduta
ética, influenciaram diretamente a minha formação profissional em diferentes épocas da vida. Posso
dizer, entre emocionado e grato, que eles foram responsáveis pela minha dedicação à Cirurgia
Reparadora, em particular a Cirurgia da Mão e a Microcirurgia Reconstrutiva.

Destaco, ainda, a generosidade do emérito prof. Raoul Tubiana, que se dispôs a fazer o prefácio deste
livro, colaboração de que todos nos orgulhamos muitíssimo.

Assim que, a partir do diálogo com tão caros colegas, outros nomes emblemáticos foram assomando
à nossa memória, como os leitores poderão comprovar na leitura destes trabalhos; mas não posso
esquecer aqueles que não integraram a presente coletânea pelos próprios limites físicos que um livro
exige. A eles, a nossa reverência.

Gostaria também de trazer aqui, em poucas linhas, a importância do tema para a História da Medicina
no Brasil. Com relação à Cirurgia Reparadora, temos um grande avanço após a década de 1960, em
particular, com a introdução da técnica microcirúrgica. Outros fatores, entretanto, como equipes
cirúrgicas bem treinadas, hospitais mais bem aparelhados, materiais de síntese e instrumentais
específicos e uma reabilitação mais precoce também foram fatores fundamentais para o sucesso mais
pleno nas reconstruções.

A técnica microcirúrgica foi, realmente, um marco importante no tratamento de lesões que


anteriormente pareciam sem solução, como amputações, perdas ósseas e cutâneas extensas, lesões

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XV
nervosas, dentre outras, e que, após o advento do microscópio cirúrgico, nos possibilitaram realizar
cirurgias mais complexas com elevado grau de sucesso e, o que é o mais importante, dar ao paciente
uma qualidade de vida melhor, incluindo condições de retornar ao trabalho e ao seu convívio social
de forma bem mais rápida. Por outro lado, essa melhoria dos resultados, associada à redução do tempo
de internação, trouxe consigo outro benefício: o fato de ter influenciado diretamente na diminuição dos
custos hospitalares e securitários.

Por tudo isso, acompanhar e, sobretudo, atuar neste campo da evolução das técnicas na cirurgia
reparadora significou integrar a História da Microcirurgia Reconstrutiva no Brasil, o que é gratificante
por si só, além de ter permitido solucionar problemas difíceis no início de nossa formação profissional.

Finalmente, reitero que organizar este livro foi uma tarefa árdua e gratificante, a qual me dediquei com
muito empenho e emoção; um empreendimento que só foi possível, repito, porque tivemos a colaboração
de colegas do mais alto nível.

Gostaria de registrar, ainda, meus especiais agradecimentos ao dr. João Recalde Rocha, que fez as
traduções dos trabalhos dos colegas estrangeiros, à srta. Ana Paula Aquino pela dedicação durante toda
a fase de produção da obra, à sra. Deise Brasil, incansável na editoração e tratamento das imagens e,
finalmente, à Editora Atheneu que confiou no êxito deste trabalho, o qual, espero, possa ser um
instrumento valioso para os nossos leitores.

Dr. Pedro Bijos


Editor-Chefe

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XVI
A História da Microcirurgia no Brasil
Marcus Castro Ferreira

A microcirurgia é, por definição, uma cirurgia realizada sob amplificação da visão, mais comumente
sob o microscópio cirúrgico. O uso do microscópio é antigo na medicina e seu uso em cirurgia é mais
recente. Nylen, em 1921, operou o labirinto de coelhos e isto foi seguido pelo uso clínico em otologia,
oftalmologia e neurocirurgia em procedimentos que necessitassem de magnificação para prover
dissecção mais cuidadosa. A partir da década de 1960, cirurgiões empregaram o microscópio para
realizar anastomoses em estruturas de diâmetro mais diminuto. Jacobsen e Suarez publicaram, em 1960,
técnica de anastomose em artérias de diâmetro inferior a dois milímetros, limite menor da possibilidade
de feitura dessas anastomoses a olho nu. Novo campo se abria para a cirurgia, denominado, mais tarde,
de microcirurgia reconstrutiva.

No Brasil, na década de 1960, no Hospital das Clínicas de São Paulo, alguns cirurgiões realizavam
reimplantes em amputações de membro superior — o primeiro de braço, com sucesso, em 1965, por
Euclides Marques, seguindo o que já havia sido feito na China e nos EUA, após mais de meio século
decorrido desde os trabalhos experimentais de Carrell. Outros cirurgiões, à época, realizaram
reimplantes, mas os resultados da cirurgia não foram muito favoráveis e as opiniões sobre a cirurgia,
controversas, principalmente porque, em algumas situações, os vasos eram de pequeno diâmetro e o
cirurgião encontrava dificuldade para realizar a sutura a olho nu.

No dia 8 de dezembro de 1972, chegou ao Pronto-socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo um
paciente jovem que se acidentara durante o trabalho em máquina-guilhotina de cortar papel. Sofrera
amputação completa das duas mãos. Em sua mão direita havia dificuldade adicional: os diâmetros dos
vasos — da artéria e das veias — que deveriam ser anastomosados eram bem menores do que aqueles
habitualmente trabalhados em reimplantes mais altos.

Eu havia recém-completado a residência em cirurgia plástica e atuava como cirurgião geral no Pronto-
socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo. Tinha alguma experiência ao trabalhar em animais com
a nova técnica feita sob o microscópio. Chegava de Viena, onde, em outubro de 1972, assistira à reunião
sobre microcirurgia, com curso prático em vasos e nervos ministrado pelo prof. Hanno Millesi.

Não havia nenhuma experiência nesse campo na América do Sul. O reimplante com anastomoses de
pequenos vasos, como o de polegar, havia sido descrito no Japão em fins da década de 1960. Os
trabalhos chineses, somente mais tarde, vieram a ser conhecidos no Ocidente.

Foi preparado o paciente para o reimplante. O microscópio foi usado na mão direita, amputação no
nível dos ossos metacárpicos, em que o diâmetro externo dos vasos media entre 1,5 e 2 mm de diâmetro.
O segmento amputado foi limpo; os ossos, aproximados e fixados com fios de Kirschner, e realizei a

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XVII
anastomose da artéria ulnar sob o microscópio. O instrumental era de oftalmologia e os fios com
agulhas especiais para vasos, de náilon 8.0.

A cirurgia foi demorada, além da anastomose da artéria ulnar, duas veias no dorso da mão. Devido
ao tempo de isquemia já longo, foi inviável, embora tentado, reimplantar a outra mão. O
restabelecimento da circulação na mão direita parecia satisfatório, aguardamos mais alguns dias e não
havia dúvidas: a mão direita estava viva (Figuras 1 e 2). Alguns dias depois, outro paciente com
amputação de sua mão esquerda procurou o Pronto-socorro do Hospital das Clínicas e teve sua mão
também reimplantada com sucesso.

1 2
Figuras 1 e 2 — Primeiro reimplante no Brasil, em São Paulo, em dezembro de 1972.

A microcirurgia reconstrutiva havia-se iniciado no Brasil, irradiando-se depois para todo o país e para
a América do Sul. Não sabíamos, na época, o quanto essa técnica viria a ser importante para várias
áreas da cirurgia, ultrapassando muito sua aplicação nos reimplantes e influenciando decisivamente
especialidades como a Cirurgia Plástica, a Ortopedia, a Cirurgia da Mão, a Cirurgia de Cabeça e
Pescoço, entre outras.

Segmentos de pele e tecido celular subcutâneo e porções de músculo ou de osso podiam ser
transplantados, porque era possível suturar seus pedículos arteriovenosos sob o microscópio. Assim
entramos no domínio dos transplantes microcirúrgicos de tecidos (Figuras 3, 4 e 5).

3 4 5
Figuras 3, 4 e 5 — Paciente com carcinoma cutâneo na fronte, 1974. Primeiro retalho microcirúrgico (delto-peitoral) para reconstrução
em cabeça e pescoço.

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XVIII
No Laboratório de Microcirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, fundado
em 1974 (LIM 04) foram introduzidas técnicas para reconstruir pequenas estruturas, passo a passo, com
o desenvolvimento internacional. Cirurgiões do Brasil e da América do Sul vieram aprimorar-se nessas
novas técnicas. A maior dificuldade encontrada era a inexistência de clamps vasculares diminutos, para
interrupção da circulação e aproximação dos vasos, o que foi resolvido pelo dr. Robert Acland, de
Glasgow. Começamos, em 1973, a trabalhar no laboratório, juntamente com o dr. Antônio Tedesco
Marchese, neurocirurgião, Pedro Piantino Lemos, cirurgião cardiovascular e Aulus Albano, cirurgião
plástico.

Nessa primeira década, alguns cirurgiões plásticos no país se interessaram pela microcirurgia: dr. Jorge
Ely, em Porto Alegre, que estimulou seu discípulo Roberto Chem a vir a se aperfeiçoar em São Paulo;
e Sirlei Rinaldi, que iria a Paris trabalhar com Alain Gilbert. Ela, infelizmente, faleceu precocemente
em acidente trágico.

Cirurgiões franceses, embora iniciando a microcirurgia um pouco mais tarde que nós, auxiliaram muito
o desenvolvimento da microcirurgia brasileira — Júlio Morais, de São Paulo, depois de treinamento
na USP, aperfeiçoou-se com Jacques Baudet, em Bordeaux, como Thomaz Nassif, do Rio de Janeiro,
seguido por outros, em especial do Estado do Ceará. Outros brasileiros estiveram com Alain Gilbert
em Paris, entre eles João Recalde, do Rio de Janeiro, e Pedro Bijos, que saiu para estágio com Michel
Merle em Nancy. Antonio Sergio Guimarães, do Rio, começou em São Paulo, indo depois para os EUA.

Dentre os ortopedistas, alguns mais ligados à cirurgia da mão iniciaram-se na microcirurgia, Arnaldo
Zumiotti, em São Paulo, e José Mauricio do Carmo, no Rio de Janeiro.

Como reconhecimento ao alto nível da microcirurgia praticada no Brasil, participamos de eventos


internacionais e tenho a honra de ser membro fundador da International Society for Reconstructive
Microsurgery (Figura 6). Delimitado o campo da microcirurgia reconstrutiva, foram propostos eventos
internacionais a cada dois anos. Coube-nos organizar o V Symposium da ISRM, no Guarujá, em 1979.

Figura 6 — Reunião de Fundação da International Society of Reconstructive Microsurgery,


no Guarujá, 1979 (Harry Buncke, T. Fujino, Berish Strauch, Marcus Ferreira e Bernard
O’Brien).

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XIX
Nessa época foi criada a Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva, fundada em São Paulo
com 14 membros, alguns dos quais não mais se dedicam à microcirurgia. Mas uma segunda geração
de microcirurgiões impulsionou a Sociedade de Microcirurgia a tornar-se um órgão pujante com
reuniões regulares (Figura 7), que contava com 188 membros em fins de 2002.

Figura 7 — I Curso Internacional de Microcirurgia, São Paulo, 1981 (da esquerda para a
direita: profs. Marcus Ferreira, James Steichen, Alain Gilbert, Hanno Millesi, Enrique Pener
e Giogio Brunelli).

Somente agora, com o distanciamento dos anos, podemos melhor aquilatar o impacto dessas técnicas
na prática cirúrgica. O seu desenvolvimento foi inter-relacionado, mas para melhor compreensão
analisarei em detalhe três áreas.

A MICROCIRURGIA VASCULAR

Os Reimplantes

O impacto da realização dos reimplantes de extremidades em níveis mais distais e, portanto, mais
difíceis, foi grande. Em 1974, publicávamos o primeiro relato de reimplantes de mão e depois de
dedos.

Foi necessário criar condições para acompanhamento desses pacientes, o que foi conseguido com a
ativa participação do dr. Ronaldo Jorge Azze, hoje professor emérito de Ortopedia da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, então responsável pelo grupo de Cirurgia da Mão do Instituto
de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas. Aprendemos muito com os reimplantes, e, sem
dúvida, a microcirurgia impulsionou o desenvolvimento da Cirurgia da Mão em nossa Instituição e em
nosso país, tanto na Ortopedia quanto na Cirurgia Plástica.

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XX
Para se conseguir um melhor resultado nos reimplantes foi modificada fundamentalmente a estrutura
da equipe que os realizava. Na experiência inicial, diversos especialistas realizavam partes da
intervenção — o ortopedista fixava o osso, o cirurgião vascular fazia as anastomoses vasculares, o
neurocirurgião, os nervos etc. Procurou-se dar formação mais completa ao cirurgião da mão para que
este pudesse realizar todas as fases da cirurgia. Assim, em casos complexos — reimplantes de cinco
dedos por exemplo — a equipe pode ser composta por vários cirurgiões, mas cada um deve ser apto
a realizar todas as fases do reimplante.

Seguindo orientação internacional, procuramos, desde o início, almejar não somente o restabelecimento
da circulação do segmento amputado, mas também sua recuperação funcional. Passos importantes
foram dados quando passamos a realizar os tempos cirúrgicos ditos “funcionais” — a restauração de
nervos e de tendões — no mesmo ato cirúrgico das anastomoses vasculares. O tempo cirúrgico se
alongava, mas havia maior ganho final para a função.

Tão importante quanto a cirurgia para o resultado funcional foi o melhor conhecimento da reabilitação
dos pacientes com reimplantes. Seguimos também transformação significativa da conduta em nível
internacional, que passou a priorizar a terapia ocupacional na reabilitação da mão, dando menor ênfase
aos meios físicos usados pela fisioterapia em articulações maiores e, até então, os únicos usados na mão.

A terapia ocupacional de mão — também chamada de terapia da mão — começou no Brasil a partir
do tratamento dos pacientes de reimplante e, mais tarde, das lesões do plexo braquial tratadas pela
microcirurgia.

Nas duas décadas que se seguiram, vários outros trabalhos foram publicados, mas a realização dos
reimplantes continuou dependendo do esforço individual de alguns.

De qualquer modo a experiência existe, é importante e foi até mesmo ampliada. Foram feitos alguns
reimplantes de membro inferior e reimplante de couro cabeludo. Experiências pioneiras foram
introduzidas, como a do SOS-Mão, criado no Rio de Janeiro pelos drs. João Recalde e Pedro Bijos.
Infelizmente não se conseguiu ainda estender o benefício de modo institucional à população mesmo
para aqueles com convênio de saúde.

Os Transplantes

A possibilidade de anastomosar vasos sanguíneos menores que 2 mm de diâmetro externo estendeu o


limite das suturas vasculares para até 0,5 mm de diâmetro — com margem confiável de sucesso, o que
entusiasmou os cirurgiões plásticos que sempre procuraram novas opções técnicas para tratar seus
pacientes. No início da década de 1970, a cirurgia plástica já despontava como especialidade cirúrgica
de grande potencial, mas as técnicas disponíveis de cirúrgica reconstrutiva nesse período ofereciam
resultados que, muitas vezes, deixavam a desejar.

Não se cogitava que transplantes compostos autógenos (os chamados retalhos) tivessem comportamento
semelhante ao de órgãos, do ponto de vista circulatório. Várias áreas externas do corpo humano
constituem territórios vasculares fechados, isolados com seus pedículos vasculares, irrigação arterial
vinda de artéria segmentar, microcirculação e drenagem venosa específica. Ou seja, esses blocos de
tecido podem ser retirados de seu local original e transplantados para outro, sobrevivendo desde que
a circulação arterial e venosa seja restabelecida e que o tempo de isquemia não seja muito longo.

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XXI
Sabíamos, na década de 1970, que alguns desses territórios cutâneos existiam, mas sabíamos também
que seus pedículos vasculares eram de pequeno diâmetro. O sucesso dos reimplantes demonstrava ser
possível anastomosar esses vasos de pequeno porte com microcirurgia. O interesse pelo assunto, à
época, foi muito grande e alguns grupos de cirurgia plástica no mundo encararam esse desafio.

Em 1972, Harry Buncke, em São Francisco, realizou transplante de epiplon para cobrir perda no couro
cabeludo e em 1973, na Austrália, Daniel e Taylor realizaram o primeiro transplante microcirúrgico
cutâneo da região inguinal.

Pudemos acompanhar desde o início esse desenvolvimento mundial na microcirurgia e, já em 1974,


fazíamos o primeiro retalho livre no Hospital das Clínicas de São Paulo, em paciente com osteomielite
na perna, um groin flap retirado da região inguinal. As indicações logo se estenderiam para outros casos
da cirurgia plástica, para perdas de substância causadas por trauma (principalmente queimaduras) ou
por ressecção de câncer de cabeça e pescoço.

O campo de aplicação da microcirurgia chamada reconstrutiva foi ampliado pela descoberta de outros
tipos de tecidos passíveis de transplante microcirúrgico — o músculo e o osso. O músculo grande
dorsal, juntamente com pele, foi por nós transplantado, pela primeira vez, para reconstruir perda na
perna em 1978 e o músculo, com sua inervação, com finalidade funcional, em 1981. O osso, isolado
ou associado ao revestimento, veio a seguir.

O impacto dos transplantes microcirúrgicos foi grande em algumas especialidades cirúrgicas e


colaborou muito para o desenvolvimento da própria história moderna dessas áreas e a cirurgia plástica
foi a mais influenciada. A necessidade de melhores conhecimentos anatômicos sobre os pedículos e a
circulação do revestimento cutâneo motivaram pesquisas que introduziram novos transplantes.

Na cirurgia de cabeça e pescoço que trata, com ressecção, as neoplasias malignas da região e a
capacidade de reconstruir os defeitos criados, quando extensos, só foi possível depois do advento de
transplantes microcirúrgicos na cirurgia plástica. A reconstrução melhorou a qualidade de vida, fator
considerado modernamente tão importante quanto à sobrevida em pacientes com câncer.

A cirurgia reconstrutiva dos membros recebeu impacto significativo com a microcirurgia. Os


transplantes modificaram especialmente as condutas de tratamento das fraturas expostas e de perdas
de substância óssea do membro inferior.

A evolução da técnica mostrou que era preciso modificar conceitos ortopédicos considerados clássicos
e imutáveis. No tratamento das fraturas da tíbia, a microcirurgia trouxe questões sobre a influência do
revestimento cutâneo, sobre a evolução da lesão óssea — o ortopedista não deveria mais se preocupar
apenas com o osso, o concurso do cirurgião plástico para tratamento mais eficiente era imprescindível,
para obter melhor resultado.

As perdas segmentares ósseas extensas só puderam ser solucionadas com o advento dos transplantes
microcirúrgicos de osso, descritos por Taylor na Austrália em 1975 e introduzidos no Brasil no HC de
São Paulo na década de 1980, aplicado não só para ossos longos dos membros como para a
reconstrução da mandíbula.

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XXII
A MICROCIRURGIA DOS NERVOS

As lesões nos nervos periféricos, provocadas por traumatismos, sempre foram difícil problema médico-
social. Na década de 1970 houve aumento da freqüência de casos provocado pela maior concentração
urbana no Brasil e, em especial, pelos acidentes de trabalho, que acompanharam a industrialização
das grandes cidades. Mais comumente eram lesados os nervos na face volar do antebraço e da mão,
no plexo braquial e o nervo facial. Até aquela época a cirurgia muito pouco podia ajudar os pacientes,
principalmente nos casos com perda de substância de nervo.

Coube a microcirurgia introduzir melhor visualização dos cotos de nervo lesados, permitir manipulação
mais delicada (e, portanto, menos danosa) e assim auxiliar na recuperação desses pacientes. Não
seria mais o tronco nervoso a estrutura principal a ser operada, mas seus constituintes menores, seus
fascículos, domínio da microcirurgia.

Na época inicial da microcirurgia, Millesi descreveu o enxerto interfascicular de nervo, segmento


autógeno de nervo interposto entre grupos de fascículos quando houvesse perda de substância. Embora
ainda longe de solucionar todos os problemas (principalmente os biológicos) relacionados ao
restabelecimento da função motora e sensitiva, muito foi conseguido e em alguns casos difíceis houve
grande progresso, como nas lesões do plexo braquial ou do nervo facial.

O tratamento da paralisia facial foi beneficiado pela microcirurgia com a enxertia de nervo para
reparar o nervo facial lesado no tratamento do câncer de cabeça e pescoço. As lesões traumáticas de
nervo facial passaram a ser tratadas mais precocemente como, aliás, a de todos os nervos, propiciando
resultados melhores. Nas paralisias faciais mais graves e nas mais antigas foi significativo o grau de
recuperação conseguido graças à introdução de procedimentos como o enxerto transfacial ou o
transplante funcional de músculo. A microcirurgia é, em suma, técnica essencial no tratamento das
lesões do nervo periférico, não mais havendo controvérsia sobre isso.

A qualidade da microcirurgia praticada por nós brasileiros foi reconhecida nacional e interna-
cionalmente. A revista Microsurgery solicitou-nos e publicou sete trabalhos que mostraram a evolução
da microcirurgia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Revendo essa história, ficamos com a sensação de que muito foi feito por médicos e outros profissionais
da saúde graças ao aparecimento da microcirurgia. Novos conceitos foram introduzidos, alguns deles
modificando substancialmente outros arraigados. A comunidade médica foi positivamente influenciada
e melhorou o atendimento ao paciente, finalidade maior da missão médica.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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XXIII
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1984; 19:137-142 e Revista Paulista de Medicina 1984; 102:260-263.

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XXIV
Sumário

PARTE I — ASPECTOS GERAIS

1 Princípios Básicos e Modelos Experimentais em Microcirurgia, 3


José Carlos Marques de Faria
Marcus Castro Ferreira
Marcelo Sacramento Cunha

2 Anestesia em Microcirurgia, 11
Marco Polo Baptista
Luis Carlos Bastos Salles
Silvana Moté da Rocha Baptista

3 Aspectos Psicológicos, 25
Sara Ângela Kislanov

PARTE II — ANATOMIA

4 Classificação dos Transplantes Cutâneos, 33


Luis Henrique Ishida
Gean Paulo Scopel

5 Transplantes Musculares e Musculocutâneos, 45


Alexandre Mendonça Munhoz
Marcelo Sacramento Cunha

6 Transplantes Faciais e Fasciocutâneos, 53


Marcelo Sacramento Cunha
Hugo Alberto Nakamoto

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XXV
7 Transplantes de Perfurantes, 63
Luis Henrique Ishida
Alexandre Mendonça Munhoz
Fábio Lopes Saito

8 Nervos Periféricos, 81
Armand Sard
Pierluigi Tos

9 Plexo Braquial, 89
Luiz Koiti Kimura

10 Nervo Facial, 93
Paulo Tuma Junior
Marcus Castro Ferreira

11 Epífise de Crescimento, 99
Coeli Leite
Gilles Dautel

PARTE III — LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS

12 Exame Clínico, 109


Teodor Stamate

13 Lesões Nervosas do Membro Superior, 133


José Mauricio de Morais Carmo
Sandro Adeodato de Souza

14 Lesões Nervosas do Membro Inferior, 141


Tomaz Nassif
Chang Yung Chia

15 Lesões do Nervo Facial, 149


Paulo Tuma Junior
Marcus Castro Ferreira

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XXVI
16 Reeducação Funcional nas Lesões dos Nervos Periféricos, 157
Maria José Chacon Wanderley Bezerra
Ana Cristina Cavalcanti
Maria Clarice Coutinho
Silvana Uchoa
Nayara Ferreira

PARTE IV — LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL

17 Avaliação Eletrofisiológica das Lesões do Plexo Braquial, 165


Alexandre Hofke Alamy
Fernando Bezerra de Menezes
Sérgio Szklarz

18 Diagnóstico e Exames Complementares, 169


Pedro Bijos
João Recalde Rocha

19 Paralisia Obstétrica, 175


Pedro Bijos
João Recalde Rocha

20 Paralisia do Plexo Braquial no Adulto, 185


João Recalde Rocha
Pedro Bijos

21 Reeducação Funcional nas Lesões do Plexo Braquial, 199


Maria Cândida de Miranda Luzo
Érica Paula Katsulo Juliboni

PARTE V — REIMPLANTES E REVASCULARIZAÇÕES

22 Cuidados Pré-operatórios, 207


Rosane Schetino Biscotto

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XXVII
23 Polegar e Dedos, 213
Arnaldo Valdir Zumiotti
João Recalde Rocha
Pedro Bijos

24 Mão, 221
Jefferson Braga Silva

25 Braço e Antebraço, 227


Michel Schoofs

26 Membro Inferior, 235


Bruno Battiston
Pierluigi Tos
Arman Sard
Italo Pontini

27 Couro Cabeludo, 243


Dov Charles Goldenberg
Aylton Cheroto-Filho
Dimas André Milcheski
José Carlos Marques de Faria
Marcus Castro Ferreira

28 Minirreimplantes, 247
Michel Schoofs

29 Reeducação Funcional dos Reimplantes, 251


Frederico Augusto Novelino
Kimiye Yamaguti Yamawaki

PARTE VI — RECONSTRUÇÃO DOS MEMBROS

30 Princípios Gerais, 267


Pedro Bijos
João Recalde Rocha

31 Perdas Cutâneas da Perna, 277


Fabio de Freitas Busnardo
José Carlos Marques de Faria

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XXVIII
32 Tratamento das Fraturas Expostas IIIb, 283
Arnaldo Zumiotti

33 Perda Cutânea do Pé e Tornozelo, 293


José Carlos Marques de Faria
Fábio de Freitas Busnardo

34 Tratamento das Osteomielites, 303


Teng Hsiang Wei

35 Retalhos Livres na Urgência, 311


Alexandru Valentin Georgescu
Ovidiu Ivan

PARTE VII — RECONSTRUÇÃO EM CABEÇA E PESCOÇO

36 Reconstrução das Partes Moles e da Cavidade Oral, 329


Luiz Carlos Ishida
Luis Henrique Ishida
Júlio de Morais Besteiro
Jorge Ishida

37 Reconstrução Óssea, 335


José Carlos Marques de Faria

38 Reconstrução do Esôfago, 345


Juliano Carlos Sbalchiero

39 Reanimação Facial, 361


José Carlos Marques de Faria
Marcus Castro Ferreira

PARTE VIII — RECONSTRUÇÃO ÓSSEA

40 Pseudo-artrose Congênita, 375


Arnaldo Valdir Zumiotti

41 Perda Óssea do Antebraço, 383


Rames Mattar Junior

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XXIX
42 Perda Óssea do Úmero, 395
Pedro Bijos
João Recalde Rocha

43 Perda Óssea do Fêmur, 403


Christophe Louis Mathoulin
Marcela Fernandes

44 Perda Óssea da Tíbia, 413


Arnaldo Valdir Zumiotti
Pedro Bijos
João Recalde Rocha

45 Perda Óssea do Metatarso, 421


Verônica Valdir Vianna
Pedro Bijos
João Recalde Rocha
Sérgio Vianna

PARTE IX — RECONSTRUÇÃO DOS DEDOS

46 Reconstrução do Polegar, 427


Jefferson Braga Silva

47 Reconstrução dos Dedos Longos, 437


Rui Ferreira

48 Reconstrução das Articulações dos Dedos, 447


Gilles Dautel

PARTE X — O FUTURO DA MICROCIRURGIA

49 O Futuro da Microcirurgia, 457


Michel Merle

Índice Remissivo, 463

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XXX

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