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editore ltde.
ISBN: SS-87425-39-0
"
Fatores de Risco
em lmplantodontia
Planejamento Clínico Simplificado para Prognóstico e Tratamento
BIBLIOTECA
CYRO GOMIDE LOURES
ARn...MG
Título em inglês: Risk Factors in lmplant Dentistry - Simplified Clinica! Analysis for Predictable Treatment
Título em português:
Tradução:
Revisão científica: José Scarso Filho, José Cícero Dinato, André Luís Zetola
1a Edição, 2001
Todos os direitos reservados à Quintessence Editora Ltda. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida
sem a permissão prévia do Editor.
l
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e ditora ltda.
...
Prefácio
Em todos os procedimentos clínicos que interferem nentes novos ou modificados a longo prazo, é im-
com o corpo humano, existe um elemento de risco. portante que sejam avaliadas possíveis conseqüên-
Deve-se, freqüentemente, comentar com o pacien- cias de desvios do protocolo documentado.
te sobre esse assunto crucial para evitar dano cor- O desdentado, por ser uma desvantagem séria,
poral, mental ou legal ao paciente, ou ao tratamento deve ser tratado com o maior respeito. Uma aborda-
oferecido. Isto exige que o clínico estabeleça um gem clínica deve, em conseqüência, incluir meios
relacionamento e interação com o paciente, de for- de evitar ou minimizar complicações e falhas, por
ma que suas necessidades, exigências, anatomia e meio da otimização da escolha do tratamento, es-
função possam ser bem 'entendidas e identificadas. forços e aspirações. Quando existir dúvida quanto
Além disso, é necessário explicar e visualizar o que ao que sugerir ou o que fazer, deve ser melhor evi-
é possível de se conseguir, com base nas modali- tar o tratamento naquele momento, a fim de permitir
dades de tratamento estabelecidas e experiência da- consultas fora da equipe ou encaminhar o paciente
queles que tratam os pacientes. É igualmente im- a outra clínica.
portante expor expectativas não realistas do paciente Este livro pretende mostrar aos clínicos como
e das pessoas mais íntimas dele. identificar, prevenir e evitar problemas em tratamento
A osseointegração se origina do hardware e do com implante, seguindo protocolos clínicos lógicos.
software que juntos criam um sistema de reconstru-
ção. A capacidade terapêutica confia em um esfor-
ço de equipe - não apenas para apoiar decisões
clínicas e procedimentos, mas, também, para for-
necer críticas construtivas, conselhos e sugestões
no caso particular. Antes de se considerar qualquer
tratamento novo, ou que sejam utilizados compo- Professor Per-lngvar Branemark
5
.,.
Introdução
Em 4 de junho de 1984, por acaso, incorporei-me à tes protéticos e cirúrgicos. Foram desenvolvidas as
equipe de cirurgia craniofacial de PaulTessier, como técnicas de Regeneração Tecidual Guiada (RTG) e
assistente de Jean-François Tulasne. Em 18 de ju- de enxerto ósseo para permitir a colocação ideal de
nho de 1984, na França, o Dr. Tulasne colocou os implante, independentemente do volume ósseo no
primeiros seis implantes Brânemark. Durante este início do tratamento. A colaboração, cada vez mais
período as coisas eram simples. Existia apenas um próxima, entre as equipes cirúrgicas e protéticas
tipo de implante, um único tipo de pilar, e somente levou à definição de protocolos que são mais bem
uma indicação: desdentado total. adaptadas a cada situação clínica em particular.
As complicações tiveram início quando foram tra- Ao mesmo tempo, apesar de seguir técnicas ci-
tados, o edentulismo parcial e, mais tarde, a perda rúrgicas e protéticas escrupulosas, todas as equi-
de um único dente, ainda, com um único tipo de pes de implante são confrontadas com uma certa
implante e apenas um tipo de pilar. Logo a respon- quantidade de complicações. Foi necessário anali-
sabilidade para o tratamento foi assumida pelos ci- sar esses problemas para encontrar as causas. A
rurgiões. Porque tratavam de muito mais pacientes pesquisa fundamental progrediu, assim, especial-
que a maioria dos clínicos gerais, os cirurgiões im- mente nas áreas de biomecânica e doença periim-
puseram seu conceito de osseointegração: ancora- plantar.
gem, acima de tudo. A partir de estudos retrospectivos de complica-
Contra este dogma e suas conseqüências para ções e falhas, ficou claro que, para o tratamento com
a posição e inclinação dos implantes, os clínicos implante, como para todas as outras disciplinas mé-
responsáveis pelas próteses se envolveram em de- dicas, 80% dos problemas são encontrados em 20%
finir as condições precisas para a prótese implan- dos pacientes. A noção de pacientes de risco foi
tossuportada bem-sucedida. Dessa forma, o cam- introduzida pouco a pouco.
po de batalha mudou. O objetivo do tratamento com A meta deste livro é propor uma metodologia para
implante tornou-se a prótese: o implante deve, as- detectar antecipadamente esses pacientes, com o
sim, ser colocado exatamente na direção e posição objetivo de reduzir ou eliminar o risco de falha. As-
definida pelo enceramento de diagnóstico, sem con- sim que uma situação de risco é diagnosticada, é
siderar o volume ósseo. Tornou-se indispensável possível modificar o plano de tratamento (prolongar
completar os exames radiográficos repetidos para o tempo de cicatrização, adicionar implantes extras,
obter indicadores cirúrgicos de precisão irrefutável. reduzir as extensões protéticas, etc.) ou decidir que
Outros problemas também surgiram: a proximidade o tratamento com implante é contra-indicado.
entre os implantes, o uso de diâmetros de implan- Os primeiros três capítulos são dedicados à aná-
tes não adaptados, número insuficiente de implan- lise dos fatores de risco gerais, estéticos e biome-
tes, conceitos protéticos questionáveis, com exten- cânicos. Em seguida, todos os tipos de falta de den-
sões estéticas fixadas por parafuso, etc. tes são descritos nos capítulos 4 e 5, e as opções
Para encontrar as exigências de todas as indica- de tratamento mais seguras, bem como soluções
ções clínicas, foram propostos diversos componen- alternativas, para cada situação. As tabelas resu-
7
Introdução
mem as limitações e os fatores de risco específicos ria dos pacientes retratados neste livro. Também
para cada situação clínica particular. participaram ativamente com sugestões e idéias que
Protocolos cirúrgicos diferentes, bem como pro- possibilitaram a realização deste projeto.
blemas ósseos são abordados no capítulo 6. O ca- A equipe terapêutica estaria incompleta se os téc-
pítulo 7 examina a necessidade do clínico estudar nicos laboratoriais e os radiologistas fossem esque-
os problemas de comunicação com o paciente. Fi- cidos. Agradeço a todos eles pela ativa e preciosa
nalmente, no capítulo 8, são descritas complicações colaboração.
e falhas, da forma mais simples e didática possível. Finalmente, não posso esquecer os meus par-
Escrever esta introdução representa felicidade, ceiros Dr. Jean-François Tulasne (cirurgião maxi-
pelos resultados de 18 meses de trabalho, mescla- lofacial) e Dr. Jean-Louis Giovannoli (periodontista),
da com tristeza, pois conclui uma colaboração qua- sem os quais este livro jamais teria sido iniciado.
se diária entre Bo Ranger e eu. Todas as ilustrações do livro foram feitas por
O trabalho protético dos casos clínicos foram to- Fredrik Persson e reproduzidas pela cortesia da
dos executados por clínicos, associados às suas prá- Nobel Biocare AB.
ticas individuais. Agradeço a todos os colegas e em
particular aos Drs. Jean Michel Gonzalez e Philippe
Rajzbaum, ambos assistentes de longa data da Fa-
culdade de Cirurgia Odontológica da Universidade
de Paris V, os quais fizeram as próteses para a maio- Franck Renouard
...
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Sumário
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Sumário
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Sumário
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Sumário
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Capítulo 1
O uso de implantes tem, pouco a pouco, sido im- Entretanto, os protocolos de tratamento tendem
posto ao mundo da Odontologia. Há alguns anos, a ficar mais simples. O uso de implantes auto-ros-
sugeriu-se que os clínicos pedissem aos pacientes queantes (self-tapped) ou de grande diâmetro ofe-
candidatos a implante que assinassem um formulá- recem ao cirurgião meios de tratar situações que
rio de consentimento para liberar o dentista de toda eram consideradas restritas há poucos anos. Igual-
a responsabilidade em caso de falha. Até que um mente, do lado do protético, diversos componentes
dia, um paciente, na França, processou o seu den- e pilares, que pareciam bastante complexos, agora
tista por ter preparado seus dentes para uma prótese permitem ao clínico o tratamento da maioria das si-
parcial, sem sugerir a alternativa de implante. Opa- tuações com um protocolo padronizado.
ciente ganhou a causa. Portanto, é necessário pedir A dificuldade do tratamento com implante con-
ao paciente para assinar um formulário informando siste, essencialmente, em detectar pacientes de
que ele recusou o tratamento com implante. risco.
Entretanto, uma reconstrução protética com im-
plante não oferece milagres. Complicações e falhas
Um paciente de risco é aquele no qual a aplica-
são possíveis. O·simples conhecimento da técnica
ção rigorosa do protocolo padrão não oferece
de tratamento com implante não é suficiente para
os resultados esperados.
eliminar todos os problemas. O dentista tem de ser
capaz de analisar uma dada situação clínica e ava-
liar sua complexidade. Por exemplo, um fumante tem um risco 10% maior
Por um longo período, a identificação de um pa- de falha na osseointegração. Igualmente, um pacien-
ciente de risco estava diretamente ligada a conside- te com bruxismo tem um aumento de risco de fratu-
rações anatômicas: osso amplo significava um bom rar os componentes protéticos. Esses pacientes de-
paciente e osso insuficiente um mau paciente. A veriam ser considerados pacientes de risco. Alguns
análise subseqüente de falhas, passo a passo, le- fatores de risco são relativos, enquanto outros são
vou a um melhor entendimento dos parâmetros, que absolutos. A diferença entre ambos não está tão clara
permitiu uma alta taxa de sucesso de tratamento, quanto aparenta. Entretanto, um número de contra-
que abrangeu critérios relativos à saúde, função e indicações relativas deveriam levar à reavaliação do
estética. plano de tratamento original.
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
CAUTELA
Saúde geral
Angina
Doença coronariana
Comunicação
interauricular
ou interventricular
Tratamento
anticoagulante
Insuficiência renal
Diabetes
Reumatismo poliartrítico
Anemia
Esclcrodermia
Lúpus
Insuficiência respiratória
Soropositivo (HIV)
Osteoporose
Paciente idoso
Gravidez
Alcoolismo
Tabagismo severo
Usuário de droga
Irradiação cervicofacial
(vestibular)
ergunta ao paciente
Neurose obsessiva +/ -
Demandas estéticas Altas
Disponibilidade Não
Etlologla do edentullsmo
Cáries
Trauma
Doença periodontal Sim
Trauma oclusal Sim Slm
,Exame extra-oral
Linha de sorriso
(Desdentado anterior) Gengival
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Exame intra-oral
Abertura maxilar Dois dedos
Higiene Má
Presença de lesões,
abscessos. etc.
Palpação intra-oral Vestíbulo raso
Concavidade vestibular
Relação entre as arcadas:
discrepância
maxilomandibular Sim
Reabsorção de
osso vertical Sim
Altura entre a crista
óssea e o dente oposto 6mm
Distância entre as
arcadas, distância
máxima de abertura < 30mm
Distância mesiodistal:
1 implante ?mm < 6mm
2 implantes 14mm < t3mm
3 implantes 20mm < 18mm
~ valiação funcional
Bruxismo/parafunção Sim
Nota:
A lista de doenças que representam contra-indicações absolutas ou relativas não é exaustiva.
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Exame preliminar
O objetivo do exame preliminar, antes do tratamen-
to com implante, é identificar, em um estágio preco-
ce, qualquer contra-indicação relativa ou absoluta.
Assim, é desnecessário solicitar uma tomografia
computadorizada se o paciente não é capaz de abrir
a boca mais do que a largura de dois dedos.
A primeira lista de checagem (checklist) inicial é
utilizada no primeiro exame clínico para descobrir
se o paciente é um bom candidato a tratamento com
implante. O plano de tratamento definitivo, que in-
clui o número de implantes, suas dimensões e sua Fig. 1-1 O exame clínico pré-operatório deve permitir a de-
posição, não será estabelecido até depois do exa- tecção de pacientes nos quais a cirurgia para implante é con-
me radiográfico final. tra-indicada (desenho de Etienne Pelissier.)
Exame geral
As contra-indicações médicas para o tratamento Não devem ser utilizados implantes em pacientes
com implante são raras. O risco de infecção focal jovens antes da fase final de seu crescimento, que
com um implante osseointegrado é muito baixo e ocorre aproximadamente aos 16 anos para moças
certamente bem menor que com um dente desvitali- e de 17 a 18 para rapazes.
zado. Entretanto, a cirurgia para implante apresen- Por outro lado, não existe idade máxima limite.
ta as mesmas contra-indicações que qualquer ci- Entretanto, pacientes idosos freqüentemente apre-
rurgia óssea. Em conseqüência, é muito importante sentam um número de problemas de saúde geral,
identificar pacientes que apresentam doença (Fig. que devem contra-indicar cirurgia.
1-1) (págs. 14 e 15).
A distinção entre contra-indicações relativas e Psicologia e motivação do paciente
absolutas não está perfeitamente definida e deve
ser adaptada a condições diferentes, como por O tratamento com implante ainda não é amplamen-
exemplo, a experiência do clínico. Certos pacientes te conhecido do público em geral. A informação é
que apresentam doenças gerais, tais como diabe- em geral divulgada pelas revistas semanais, ou oral-
tes e anemia, devem ser tratados por uma equipe mente, e nem sempre de forma objetiva. Esta desin-
de cirurgiões bem treinada, sob condições que res- formação poderia ter um maior impacto no trata-
peitem o protocolo cirúrgico, especialmente as con- mento com implante do paciente, e é muito impor-
dições assépticas restritas. tante identificar pacientes que tem exigências esté-
Notavelmente, o tabagismo aumenta a taxa de ticas não-realistas. Quanto maiores as exigências
insucesso em cerca de 10% e é uma contra-indica- estéticas, maior a necessidade de o paciente coo-
ção para protocolos, tais como regeneração óssea perar e estar consciente das dificuldades, das limi-
ou enxerto ósseo. tações e da duração do tratamento.
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Risco de
complicações
Fig. 1-2 Se não houver possibilidade de acomodação da agenda Fig. 1-3 A etiologia do edentulismo é um indicador do risco
do paciente, é preferível não iniciar tratamentos complexos que potencial de complicações no tratamento com implante.
requeiram freqüentes retornos. tais como regeneração tecidual
guiada, enxerto ósseo, etc. (desenho de lngrid Balbi).
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Fig. 1-4 Uma lesão endoperiodontal está presente no incisivo Fig. 1-5 O mesmo paciente. A gengiva não está exposta du-
lateral superior direito. O dente está para ser removido e uma rante o sorriso, e a situação é favorável para a colocação de
solução com implante está planejada. implante.
Exame intra-oral
• Abertura maxilar (Fig. 1-6)
A primeira coisa a se fazer antes do exame intra-
oral é registrar a abertura maxilar. A largura de três
dedos corresponde a aproximadamente 45 mm,
representando uma abertura ideal. Dois dedos re-
presentam o limite mínimo, sob o qual não é possí-
vel tratar as regiões posteriores.
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Fíg. 1-7 Os pilares de cicatrização são mostrados 3 semanas Fig. 1-8 Demonstra uma prótese maxilar implantossuportada
após a colocação em um paciente que tinha sido edêntulo por em toda a arcada superior de um paciente idoso no acompa-
um período prolongado. Tais pacientes, freqüentemente, se es- nhamento de 6 meses. O comprimento extremo das coroas
quecem das simples medidas de higiene oral. Eles têm de ser protéticas pretende compensar a reabsorção óssea severa. Este
motivados e acompanhados com cuidado especial. tipo de restauração é muito difícil de limpar. Para pacientes
que não mantêm uma higiene oral rigorosa é melhor indicar
uma sobredentadura ou prótese com pilares altos, possivel-
mente com gengiva falsa, se estão presentes problemas esté-
ticos ou funcionais (fonética).
Fig. 1-9 O primeiro pré-molar superior esquerdo foi perdido e Fig. 1-10 Foram sugeridos implantes para um paciente que
deveria ser recolocado com um implante. A presença de uma têm grandes áreas de leucoplasia. Deveria ser consultado um
infecção aguda é uma contra-indicação definitiva para a ime- dermatologista antes do início do tratamento com implante.
diata colocação de implante. A cirurgia para implante deve ser
adiada em no mínimo 2 meses. Entretanto, é preferível um pe-
ríodo de 6 a 8 meses.
• Presença de lesões, abscesso, etc. (Figs. 1-9 e ser executada antes do tratamento e da cicatriza-
1-10) ção da lesão. Embora não exista estudo sobre o
A presença de qualquer infecção aguda é uma con- assunto, o clínico deve ter cuidado com pacientes
tra-indicação temporária e absoluta para a coloca- que têm lesões de mucosa. Deve ser feita uma con-
ção de implantes. A cirurgia para implante não deve sulta com um dermatologista.
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Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Fig. 1-11 Durante o exame preliminar, a palpação intra-oral Fig. 1-12 A redução progressiva da altura do osso da crista,
revela cristas em forma de lâmina de faca, que representam geralmente seguido de redução na profundidade do vestíbulo.
uma situação difícil para o cirurgião. Entretanto, a morfologia Esta situação clínica representa um risco para a saúde do teci-
exata do osso não será conhecida antes do exame radiográfico. do periimplantar. Nem sempre é possível um enxerto gengival
queratinizado, em razão da forte inserção do músculo buci-
nador.
• Palpação intra-oral
A palpação intra-oral deve ser utilizada para avaliar
o seguinte:
- O afilamento da crista. Mesmo se essa medida
for imprecisa, ela indica as cristas .em forma de
lâmina de faca, para as quais são necessárias
técnicas de aumento ósseo (Fig. 1-11 ).
A profundidade do vestíbulo. Um vestíbulo raso
é freqüentemente o resultado de reabsorção ós-
sea substancial. Nessas situações, um bom re-
sultado estético é mais difícil de se obter e a hi-
giene será mais complexa para o paciente (Figs.
1-12 e 1-13).
A presença de concavidade vestibular perto dos Fig.1-13 Um exame 5 anos após o assentamento do implante
locais de implante (Figs. 1-14 a 1-16). revela a ausência do vestíbulo, resultado da reabsorção verti-
cal da crista. A manutenção da higiene pode ser difícil, especial-
A parede anterior do seio maxilar, com freqüen-
mente para pacientes mais velhos. Uma prótese sobre pilares
te convexidade na região dos pré-molares supe- altos oferece uma solução interessante nessas situações (pró-
riores. tese, do Dr. D. Vilbert e S. Tissier).
20
Capitulo 1 Fatores de Risco Gerais
..
Fig. 1-15 O mesmo paciente. O nível gengival Fig. 1-16 O mesmo paciente. Para esta res-
parece apropriado para uma restauração es- tauração estética, é fundamental que o im-
tética (ver Cap. 2). plante seja colocado exatamente ao longo
do eixo da coroa protética. Observe a gran-
de concavidade no incisivo lateral. A coloca-
ção de implante não será possível, a menos
Fig. 1-14 Uma radiografia retro- que se faça primeiro um enxerto ósseo.
alveolar revela importante reab-
sorção no incisivo lateral supe-
rior direito. Foi planejada a co-
locação de implante dentário.
Fig. 1-17 O perfil radiográfico de um pacien- Fig. 1-18 Foram perdidos os molares superio-
te antes da colocação de implantes na sínfise res esquerdos, resultando em uma importan-
mandibular revela uma discrepância ântero- te perda óssea. Dois implantes foram colo-
posterior entre a maxila e a mandíbula. Para cados, em razão do pequeno volume de osso
limitar o desvio vestibular, e a despeito de disponível. Observe a posição do segundo
um suficiente volume de osso, é indicada molar superior esquerdo vestibular. A rela-
uma prótese (foto do Dr. G. Pasquet e Dr. R. ção oclusal desfavorável representa um ris-
Cavezian). co funcional (ver Cap. 3).
21
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Fig. 1-19 Problemas estéticos e biológicos estão associados à Fig. 1-20 Um implante de plataforma re-
colocação de um implante muito distante apicalmente. gular foi utilizado para substituir o incisivo
lateral superior esquerdo. O acompanha-
mento radiográfico, 5 anos após a fixação
do implante, revela a posição apical do im-
plante relativa à linha que liga as junções
amelocementárias.
22
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Fig. 1-22 A altura mínima exigida para um implante unitário Fig. 1-23 A altura mínima exigida para um implante com pilar
(pilar CeraOne). MirusCone.
• Altura entre a crista óssea e os dentes opostos CeraOne, é necessário um mínimo de 6,5 mm. En-
(Figs. 1-22 e 1-23). tretanto, um mínimo de 7 mm deve ser planejado.
A altura vertical entre a crista óssea e os dentes Com um pilar MirusCone é possível realizar uma
opostos define a altura máxima da reconstrução do reconstrução com uma altura mínima de 5 mm .
implante. Com um pilar de um só dent~. tal como o
NOTA
Com uma altura mínima de 5 mm, os parafusos de ouro não
podem ser cobertos com um composto de resina.
23
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
Fig. 1·25 Avaliação radiográfica 3 meses após colocar 2 im- Fig. 1-26 A obstrução está diretamente associada à extensões
plantes no segmento inferior esquerdo. Apesar do volume de da broca. Algumas vezes, a grande altura de uma coroa adja-
osso disponível, foi possível colocar apenas 1 implante de 7mm cente exige o uso de uma extensão de broca nos seguimentos
para distal, e com uma orientação mesial. Isto é devido à inva- posteriores. Entretanto, nessas regiões, a altura entre as arca-
são do segundo molar superior, que obstruiu a passagem de das não permite a passagem da extensão, e compromete a
instrumentos cirúrgicos. É importante verificar sempre o livre colocação do implante.
acesso ao local do implante, mesmo em pacientes com aber-
tura maxilar normal. A invasão deve ser eliminada antes da
fase cirúrgica (radiografia por Dr. G. Pasquet e Dr. R. Cavezian).
24
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
1 1
: 7-Smm : : 6mm :
Fig. 1-27 Espaço mesiodistal Fig. 1-28 Espaço mesiodistal Fig. 1-29 Espaço mesiodistal mínimo necessário para tratar o
mínimo necessário para tra- mínimo necessário para tra- edentulismo parcial com implantes de Plataforma Regular (RP)
tar a perda de 1 dente com tar a perda de 1 dente com e Plataforma Larga (WP).
um implante de Plataforma um implante de Plataforma
Regular (RP). Estreita (NP).
Oclusão balanceada
Nenhuma doença das articulações temporomandibulares
Movimento excursivo regular da mandíbula
Contexto oclusa/ moderadamente desfavorável
Presença de pequeno desgaste da faceta
Desenvolvimento de grandes forças mastigatórias
Oclusão desfavorável sem parafunção (por ex., Classe 11, div. 2, oclusão)
Altura reduzida entre as arcadas
~:·;·,_,.._...,~ ~· ~--/:••/• N ' -".; · ~ . r ...· . , , : • , • ,,- , ,,. •, •, ~ .,
~ -
Bruxismo
Parafunção
Colapso de mordida posterior
Presença de grande desgaste da faceta
História de fissuras ou fraturas de dentes naturais
História de repetidas fissuras ou fraturas de próteses ou revestimentos
25
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
26
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
...
Fig. 1-32 A radiografia perlapical do seg- Flg.1-33 O mesmo paciente. Seis meses Fig. 1-34 O mesmo paciente. Avaliação
mento inferior direito indica que o trata- após a cirurgia apical, a lesão praticamen- radiográfica 3 meses após colocar o im-
mento com implante pode ser uma boa te desapareceu. Os implantes podem ser plante.
solução. Observe os sinais de inflamação colocados.
no ápice do primeiro pré-molar. A cirurgia
foi executada e uma obturação retrógrada
foi colocada.
Fig. 1-35 A avaliação com radiografia periapical pode ser usada para um exame preliminar. Entretanto, é necessária uma avalia-
ção óssea tridimensional para o plano de tratamento com implante.
27
Capítulo 1 Fatores de Risco Gerais
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28
Capítulo 2
Após ser vista por um longo período como uma pró- Cautela
tese funcional retida por parafuso, a prótese implan-
Fatores de risco gengivais
tossuportada encontrou uma maior indicação na res-
tauração de áreas edêntulas anteriores. Existem, Linha de sorriso Gengival
hoje, todos os componentes necessários para ofe-
Gengiva Fina
recer os melhores resultados estéticos ao paciente.
Entretanto, mesmo se forem respeitados os pro-
tocolos cirúrgico e protético, o resultado nem sem- Espessura da gen-
giva queratinizada <2mm
pre é satisfatório. Isto porque existem certos parâ-
metros específicos que devem ser considerados para Papilas dos dentes Em forma
próteses estéticas implantossuportadas. Em conse- adjacentes de concha
qüência, é necessário um exame clínico específico
Fatores de risco dentais
para avaliar os fatores de risco estéticos.
Há vários tipos de fatores de risco estéticos:
Contato interdental Ponto
• Gengivais
Posição do >5mm
• Dentais
contato interdental acima do osso
• Ósseos
• Do paciente Fatores de risco ósseos
Reabsorção óssea
vertical Sim
Crista óssea
proximal Não
Nível de higiene e
disponibilidade Mau
29
Capftulo2 Fatores de Risco Estéticos
Fig. 2-1 O incisivo central superior direito foi perdido por trau- Fig. 2-2 O mesmo paciente. Durante o sorriso, a gengiva é ex-
ma. Uma prótese parcial substituiu o dente perdido, provisoria- posta e a situação está associada a um fator de risco estético
mente. A perda de tecido necessita de regeneração óssea ou considerável.
enxerto ósseo.
30
Capítulo2 Fatores de Risco Estéticos
Fig. 2-5 O incisivo central superior esquerdo foi perdido por Fig. 2·6 O incisivo central superior esquerdo deve ser substituído
trauma. As papilas interdentais dos dentes naturais adjacentes por uma prótese implantossuportada. Observe a sinuosidade
são espessas e curtas. O prognóstico para a regeneração ao da gengiva. Será difícil obter a regeneração completa das pa-
redor da prótese implantossuportada é bom (o resultado é apre- pilas ao redor dos implantes.
sentado na figura 2-7).
31
Capítulo2 Fatores de Risco Estéticos
Fig. 2-7 O incisivo central superior esquerdo foi substituído por Fig. 2-8 O primeiro pré-molar superior direito deve ser substi-
uma prótese implantossuportada (ver Fig. 2-5). A forma qua· tuído por uma prótese implantossuportada. Observe a forma
drada dos dentes representa uma situação favorável para a triangular dos dentes e a falta de papilas preenchendo o espa-
regeneração das papilas interdentais (prótese do Dr. D. Vilbert ço interdental. Esta situação deve ser considerada fator de ris-
e S. Tissier) . co estético, especialmente porque o sorriso do paciente expõe
uma grande área gengival.
32
Capítulo2 Fatores de Risco Estéticos
33
Capítulo2 Fatores de Risco Estéticos
34
Capítulo 2 Fatores de Risco Estéticos
35
Capftulo2 Falares de Risco Estéticos
36
Capftulo2 Fatores de Risco Estéticos
Fig. 2-23 Uma prótese unida por resina sem preparar o dente, Fig. 2-24 Uma arcada desdentada representa um certo risco,
é uma solução para restauração provisória quando se deseja em razão da dificuldade em se obter uma solução provisória
um resultado estético. Entretanto, seu custo e o problema de estável e atraumática. É importante fazer acompanhamento de
seu comprimento dificultam o uso. tais pacientes muito regularmente para detecção precoce de
qualquer trauma da mucosa. A base da prótese (especialmen-
te na região anterior) deve ser refeita, no mínimo, a cada mês.
37
)
'' -
... .
38
\
1
Capítulo 3 1
I
Fatores de Risco Biomecânicos
J
39
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Pontu,ção
\
Risco geométrico
40
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3-4 Radiografia no acompanhamen- Fig. 3-5 O mesmo paciente. O parafuso Fig. 3-6 O parafuso de ouro teve que ser
to. Um implante de Plataforma Regular de ouro do pilar CeraOne desprendeu-se trocado. Se o conceito protético não é mo-
substituiu o primeiro molar inferior direito. e a coroa apresentou mobilidade. Nesta dificado, há um risco de que a complica-
Observe a grande altura da coroa. sua re- situação. é difícil quebrar o cimento do pi- ção ocorra novamente. Também, se a fixa-
lativa largura mesiodistal ao diâmetro do lar sem danificar a linha interna do implan- ção tem um diâmetro inferior a 4 mm, ocor-
implante, e o fato de que o implante é o te. Uma solução é perfurar a coroa e rea- rerá o risco de fratura.
apoio distal na arcada. pertar o parafuso de ouro. Nota: parares-
taurações cimentadas. sugere-se que o
acesso ao parafuso do pilar seja marcado
com uma cor ligeiramente diferente da ce-
râmica.
41
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3-8 Modelo de trabalho durante a cons- Fig. 3-9 O mesmo paciente. Radiografia to-
trução de uma prótese para substituir o pri- mada na colocação dos pilares definitivos.
meiro e segundo molares inferiores esquer-
dos. Observe o uso de um implante de Pla-
taforma Larga na posição 36 e um de Plata-
forma Regular, diâmetro de 4 mm, na posi-
Fig. 3-7 Uma prótese provisó- ção 37. Esta situação é favorável.
ria retida por parafuso é fixada
aos implantes em um paciente
com bruxismo. Dois implantes
de Plataforma Regular (um na
posição 14 e outro por mesial
na posição 16) substituem três
dentes. Esta situação deve ser
considerada de certo risco (pró-
tese pelo Dr. J.-M. Gonzales, Dr.
P. Rajzbaum. e e. Lavai).
Nota
O uso de um implante de plataforma larga em
situações de osso muito denso pode levar à
reabsorção de osso marginal durante o perío-
do de cicatrização. Desta forma, o uso deste
implante em osso Tipo I não é recomendado.
42
Capítulo3
-----
Fatores de Risco Biomecâ~os
Fig. 3-11 Radiografia periapical. Dois implantes de Plataforma Fig. 3-12 Vista clínica pré-tratamento. O primeiro e o segundo
Larga foram colocados no quadrante superior esquerdo. Sua pré-molares esquerdos serão substituídos. A distância me-
posição foi determinada pela disponibilidade de volume ósseo. siodistal não é suficiente para a colocação de dois implantes
Foi feita uma união aos dentes naturais. Esta situação deve sob condições favoráveis. Decidiu-se colocar um implante na
ser associada a um -0erto risco. posição 34 e uni-lo à coroa do primeiro molar.
Fig . 3-13 O mesmo paciente, 1 ano depois da aplicação de Fig. 3-14 O mesmo paciente. Exame radiográfico. Observe o
carga. Observe a intrusão do dente natural. Este tipo de movi- espaço entre o pôntico e o dente natural.
mento ortodôntico está associado ao uso de encaixes para
permitir movimentos verticais. Se a conexão foi planejada, ela
deveria ser rígida.
43
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomectlnicos
Implantes colocados
em uma configuração
trípode (Figs. 3-15 e
3-16)
A colocação de implantes
ao longo de uma linha reta em
uma restauração na região .
posterior permite que forças
laterais induzam a inclinação
adversa dos implantes. Se os
implantes forem colocados em
uma situação trípode, essas
forças laterais irão contrariar,
em grande extensão, forças
axiais mais favoráveis.
Fig. 3-1 5 Prótese substituindo o segun- Fig. 3-16 Prótese substituindo o segundo
do pré-molar e o primeiro e o segundo pré-molar e o primeiro e o segundo mola-
molares inferiores esquerdos. Observe a res inferiores esquerdos. A colocação dos
disposição dos implantes em linha ântero- implantes em uma configuração trípode
posterior. Esta situação não fornece um oferece maior resistência a forças laterais.
Observe a redução da largura das plata-
suporte mais efetivo para forças oclusais
formas oclusais e a guia canina para mo-
na direção lateral (prótese por Dr. J.-M.
vimento lateral (prótese pelo Dr. G. Tirlet e
Gonzalez, Dr. P Rajzbaum e C. Lavai). S. Tissier).
Nota: Para restaurar toda a arcada, a colocação de implantes em linha representa um grande risco de
sobrecarga. É importante que os implantes sejam espalhados ao longo da crista alveolar (Figs. 3-17 e
3-18).
Fig. 3-17 Para restaurar toda a arcada, é importante espa- Fíg. 3-18 Prótese desparafusada. A colocação de implantes
lhar os implantes efetivamente ao longo da crista. Observe em linha, combinada com grandes extensões leva a um ris-
o comprimento da extensão do cantiléver, que se torna pos- co de complicações mecânicas, especialmente se esta si-
sível devido à colocação do implante apropriado. tuação está combinada com um contexto oclusal desfavorá-
vel. Após várias ocorrências de desparafusamento, os para-
fusos do pilar e dois implantes fraturaram.
44
Capítulo3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3-19 Radiografia tomada no acompanhamento de 4 anos. Fig . 3-20 O mesmo paciente. O implante na região anterior
Foram utilizados dois implantes para substituir os pré-molares está fraturado. Várias ocorrências de afrouxamento de parafu-
e o primeiro molar inferiores esquerdos. Observe a extensão so precederam esta complicação.
anterior da prótese.
Fig. 3-21 A colocação do implante a distância do centro relati- Fig. 3-22 Radiografia de uma prótese implantossuportada subs-
vo da coroa é um fator de risco biomecânico. tituindo o segundo pré-molar e o primeiro e o segundo molares
inferiores direitos.
45
Capítulo3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3.23 O mesmo paciente. Seis meses depois da colocação Fig. 3.24 Prótese e dois parafusos fraturados. Observe a colo-
da prótese, dois parafusos do pilar fraturaram. As fraturas fo- cação da linha do implante e a posição lingual das saídas do
ram precedidas por vários afrouxamentos de parafuso. parafuso. Detectou-se interferência ocular lateral grave.
46
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
47
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Nota
A maioria dos casos de sobrecarga oclusal nas regiões posteriores ocorrem devido a forças laterais, as
quais induzem à inclinação dos implantes. A minimização ou eliminação de contatos reduzirão, signifi-
cativamente, o risco de sobrecarga (Figs. 3-30 e 3-31 ).
Fig. 3-30 Acompanhamento de 3 anos após a carga. O pri- Fig. 3-31 Radiografia do mesmo paciente no acompanha-
meiro molar inferior direito foi substituído por uma prótese mento de 3 anos após a aplicação de carga. Observe o nível
implantossuportada. Observe o tamanho reduzido da plata- ósseo estável ao redor do implante de sua Plataforma Re-
forma oclusal. gular, com 5 mm de diâmetro (prótese pelo Dr. J.-C. Bonturi
e P. Guillot).
48
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Nota
Convém planejar a prótese e a posição dos implantes de forma que, principalmente, as forças oclusais
agirão ao longo dos eixos dos implantes.
Extensão
Nota
Se dois ou mais implantes estão ligados aos den-
tes, a rigidez dos implantes faz com que absor-
vam a maior distribuição da carga, e a conexão
ao dente agirá mais ou menos como um cantiléver
(pôntico) (Fig. 3-32). Esta situação tem uma alta
pontuação de risco geométrico e deve ser evita-
da. Se realizada, o contato lateral na extensão deve
ser minimizado.
Fig. 3-32
Fig . 3-33 Radiografia na colocação dos pilares definitivos. As Fig. 3-34 Radiografia antes do segundo estágio de cirurgia. O
posições dos implantes representam um risco. segundo molar inferior esquerdo será restaurado. A presença
de dentes naturais distais aos implantes representam uma si-
tuação favorável. Os dentes naturais podem "proteger" os im-
plantes durante a função, especialmente, em pacientes com
um contexto oclusal desfavorável.
49
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânícos
Após a cirurgia, é importante avaliar a qualidade de ancoragem de cada implante. Então, é possível definir
um tempo de cicatrização adequado antes de instalar a prótese e para estimar a capacidade de carga de
cada implante.
Fig. 3-35 Radiografia no acompanhamen- Fig. 3-36 Radiografia no acompanhamen- Fig. 3-37 Radiografia no acompanhamen-
to de 2 anos após a aplicação de carga. to de 5 anos após a aplicação de carga. O to de 2 anos após a aplicação de carga. O
Um canino e um pré-molar foram substi- uso de dois implantes de Plataforma Re- uso de implantes de Plataforma Regular
tuídos por dois implantes com 3 mm nes- gular para substituir três dentes posterio- com 5 mm de diâmetro para substituir os
te jovem paciente. Esta situação está as- res devem ser considerados uma situação molares é ideal, do ponto de vista biome-
sociada a um risco importante. A oclusão de risco. Neste caso, o paciente tem uma cânico.
deve ser verificada regularmente para oclusão favorável, que explica retrospec-
detecção precoce de qualquer sobrecar- tivamente a ausência de quaisquer com-
ga sobre os implantes (prótese por Dr. plicações (ver a tabela de risco oclusal no
Simone! e A. Pinault). Cap. 5, pág. 131) (prótese por Dr. M. Jacou
e F. Chalard).
50
Capitulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3-38 Prova de estrutura metálica. Os parafusos de ouro Fig. 3-39 Radiografia na prova de uma estrutura metálica. Ape-
nas posições 45 e 47 estão ajustados. Observe a lacuna visí- nas o pilar anterior está ajustado à estrutura metálica. Obser-
vel na posição 46, devido ao desajuste vertical. ve o desajuste nos dois implantes distais.
51
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3-41 O mesmo paciente. Dois pilares TiAdapt após o pre- Fig. 3-42 O mesmo paciente. A utilização de um dispositivo de
paro laboratorial. Os parafusos de ouro estão visíveis. contratorque permite que os parafusos sejam apertados a 45
N/cm, o que aumenta a resistência biomecânica do sistema.
Fig. 3-43 O mesmo paciente. Radiografia periapical no acom- Fig. 3-44 O mesmo paciente. Restauração protética (prótese
panhamento de 6 meses após colocar a prótese. pelo Dr. J.-M.Gonzalez, Dr. P. Rajzbaum e N. Milliére).
52
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Nota
É preferível usar uma prótese retirada por parafuso em uma situação com risco elevado (risco
biomecânico, pontuação > 3). São mais fáceis de detectar os sinais de alarme e as complicações
são mais fáceis de serem tratadas.
Nota
Os fatores de risco tecnológicos são, com freqüência, difíceis de serem detectados com antece-
dência. Portanto, para reduzir a possibilidade de sua influência negativa, a melhor solução é utili-
zar (1) protocolos comprovados e padronizados para a fabricação de prótese, (2) componentes de
prótese pré-usinados e (3) instrumentos de apertar com um torque estável e pré-definido.
Os implantes do Sistema Brànemark são planejados para apoiar próteses em qualquer situação clínica,
contanto que as recomendações do plano de tratamento sejam seguidas. Entretanto, caso ocorra sobre-
carga, em geral surgem sinais antes que a complicação leve ao insucesso. Por isso, estes sinais de alarme
não devem ser ignorados, mas, pelo contrário, acompanhados por uma análise de sua causa e da ação
corretiva adequada. No caso de afrouxamento ou fratura do parafuso, não é suficiente substituir e/ou
apertar o componente. A causa da complicação deve, também, ser identificada e eliminada. Se o trata-
mento for negligenciado, o problema pode continuar e levar ao insucesso do implante.
Nota
Se for encontrado um sinal de alarme, recomenda-se que os vários fatores de risco biomecânicos
previamente mencionados sejam revistos com o objetivo de modificar a situação e reduzir ou eliminar
os fatores de risco excessivos (por ex., reduzir ou eliminar cantiléveres, modificar a oclusão, inserir
implantes extras, etc.).
53
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Fig. 3-45 Radiografia no acompanhamento de 6 anos após a Fig. 3-46 O mesmo paciente. Prótese após a remoção. O pa-
aplicação de carga. Observe a extensão distal. Note também o ciente marcou consulta porque a prótese tinha se soltado. A
nível ósseo estável ao redor dos implantes (prótese do Dr. T. tensão do parafuso de pilar foi checada e os parafusos de ouro
Meyer e F. Liouville). foram trocados.
Fig. 3-47 O mesmo paciente. Vista oclusal Fig. 3-48 Prótese em um modelo de labo-
no contato intercuspal e na excursão late- ratório. Observe a fratura no aspecto ves-
ral. Observe o contato na extensão. A oclu- tibular da resina acrílica no segundo pré-
são deve ser modificada para suprimir os molar e no primeiro molar. Este tipo de
contatos nas extensões protéticas. Se complicação pode estar associado a uma
ocorrer afrouxamento do parafuso uma se- distribuição de carga desfavorável ou uma
gunda vez, a extensão deve ser eliminada. interferência oclusal principal. É essencial
encontrar uma razão para o problema an-
tes que a prótese seja colocada na boca.
54
Capftulo 3 Fatores de Risco Biomec~nicos
Fig. 3-49 Dois pilares angulados em implantes substituindo os Fig. 3-50 O mesmo paciente. Observe o arqueamento do pa-
incisivos laterais inferiores direito e esquerdo. A extrema orien- rafuso de pilar. Note a zona de deformação na extremidade
tação dos implantes para lingual, em combinação com um con- cervical do parafuso (setas).
texto oclusal desfavorável levou ao afrouxamento do parafuso.
55
Capítulo3 Fatores de Risco Biomecânicos
Situação clínica
O paciente é edêntulo entre as posições 24 e 26. Foram colocados três implantes: dois de Plataforma
Regular, com 3,75 mm de diâmetro e um de Plataforma Regular, com 5 mm de diâmetro. A prótese é feita
sobre pilares EsthetiCone (prótese pelo Dr. Cardoni e P. Buisson) .
Fig. 3-55
Fig. 3·54
56
Capítulo 3 Fatores de Risco Bíomecânicos
Aprovado Cautela
57
Capítulo3 Fatores de Risco Biomecânícos
58
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Cautela
Conclusão: o paciente demonstra um risco funcional moderado (2,0) e, a qualquer sinal de alarme, deve
ser modificado o planejamento da prótese. Uma solução é colocar um implante extra.
59
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Situação clínica
O paciente é edêntulo, distal à posição 12. Foram colocados dois implantes de Plataforma Regular nas
posições 13 e 15. Observe a distância entre a localização da emergência do parafuso da prótese e o centro
da mesma, e o cantiléver na posição 13 (Figs. 3-60 e 3-61) .
A contagem da pontuação de risco biomecânica nessa situação é 4,0. Menos de um ano após colocar
a prótese, os parafusos protéticos fraturam (Fig. 3-62, seta).
Fig. 3-62
60
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Aprovado Cautela
61
Capftulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
62
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomecânicos
Cautela
Contagem da pontuação de risco biomecânico 2,0-3,0
l-=r"'* ----
T ._ \
...~, ·r~ 63
i::YRC G'.:,MIC'E L • ,?:ES
-M .
Capítulo3 Fatores de Risco Biomecânicos
Situação clínica
Uma prótese de três unidades está nas posições 34-35-36 em um paciente que apresenta bruxismo.
Foram colocados dois implantes de Plataforma Regular com 3,75 mm de diâmetro nas posições 35 e 36 e
uma extensão na posição 34 (Figs. 3-65 e 3-66). Ocorreram várias incidências de afrouxamento de para-
fuso, com o passar dos anos. A reabsorção óssea surgiu ao redor do implante na região anterior (Fig. 3-67)
e decidiu-se colocar um implante extra. Durante a cicatrização, o implante anterior fraturou (Fig. 3-68,
seta).
64
Capítulo3 Fatores de Risco Biomecãnicos
Cautela
Contagem da pontuação de risco biomecânico 2,0-3,0
Contagem da pontuação do paciente
Sinais de alarme
Comentário: o paciente deve ser tratado com três implantes com 4 mm de diâmetro. Isso deve eliminar o
fator de risco geométrico 2,0. Uma vez que o paciente apresentou bruxismo, a colocação dos implantes em
uma configuração trípode e/ou o uso de implantes de Plataforma Larga são aconselháveis, se a anatomia
permitir. Caso ocorra um alarme no paciente que apresenta bruxismo, devem ser tomadas ações corretivas.
65
Capítulo 3 Fatores de Risco Biomec~nlcos
66
Capítulo 4
O exame preliminar possibilita identificar pacientes Este capítulo apresenta, para cada caso, propos-
de risco e contra-indicações para implantes. Após a tas de soluções com implante, suas limitações es-
análise, o passo seguinte é analisar a situação clíni- pecíficas e fatores de risco. Nas tabelas, as limita-
ca específica baseada no tipo de edentulismo, por- ções e os fatores de risco são apresentados da mes-
que cada tipo tem suas próprias exigências. ma forma:
Cautela
Várias "cautelas" representam uma situação de Nota: a definição do contexto oclusal é dada no
risco maior e devem conduzir à reavaliação do pla- capítulo 1, página 25.
no de tratamento.
Se o fator de risco for encontrado na coluna
"perigo", é aconselhável rejeitar a colocação do im-
plante.
67
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-3 O mesmo paciente. Restauração do Fig. 4-4 O mesmo paciente. Aparência du-
implante pós-tratamento 1 ano após a apli- rante o sorriso (prótese pelo Dr. S. Lebars e
cação de carga. S. Tlssier).
Fig. 4-2 O paciente é edêntulo
na posição 21. Foi colocado um
implante de Plataforma Regular
com 3,75 mm. A restauração foi
feita com pilar CeraOne.
68
Capftulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
O implante deve ser colocado na posição ideal nas três dimensões. Se o eixo do implante for palatino à
borda incisiva, será viável uma prótese retida por parafuso. Se o eixo for vestibular, deverá ser conside-
rada a cimentação (Figs. 4-5 a 4-8).
Fig. 4-7
1 Fig. 4-8
Ponto chave
É essencial o uso de uma guia cirúrgica precisa.
69
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-9 Pilar CerAdapt fixado a um im- Fig. 4-10 Coroa de cerâmica fixada ao pi-
plante. Deve ser preparado no laborató- lar CerAdapt (prótese pelo Dr. N. Milliere).
rio. A coroa de cerâmica deve ser fixada
diretamente ao implante, se o eixo do im-
plante for favorável. Caso contrário, deve
ser utilizado a forma de prótese dupla.
1 Se a crista óssea for muito afilada, é possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
70
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Morfologia gengival
Canal nasopalatino4
1
A linha de sorriso é o primeiro parâmetro a avaliar antes do tratamento da região anterior da maxila edêntula. Se o paciente
exibir uma grande porção de gengiva durante o sorriso. a indicação de um implante deverá ser avaliada cuidadosamente, em
especial se estiver presente qualquer outro fator de risco estético.
2 A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos periodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista no local do implante representa um sério risco
estético.
Nota
Um paciente com sorriso gengival associado a
uma grande reabsorção óssea deve ser conside-
rado um paciente com risco maior (Fig. 4-11 ).
Fig. 4-11
3 Para obter uma morfologia gengival periimplantar satisfatória, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessi-
dade estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
4 O diâmetro do canal nasopalatino pode, algumas vezes, ser grande o suficiente para impedir a colocação do implante. O único
meio de registrar o tamanho e a posição do canal com precisão suficiente é por meio das seções axiais da tomografia
computadorizada. É possível obturar o canal com enxerto ósseo.
5 Não deve ser utilizado um implante de Plataforma Estreita em caso de bruxismo ou parafunção.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando houve perda do incisivo central superior. Entretanto,
antes de planejar uma prótese implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
71
t
Capftulo 4 Tratamento da Maxila Edêntufa
Nota
Se o implante for posicionado muito distante para vestibular, haverá risco de recessão de mucosa e,
conseqüentemente, a presença de um fator de risco estético (Figs. 4-12 e 4-13).
Fig. 4-12 Dois implantes foram colocados nas posições 11 e Fig. 4-13 O mesmo paciente no acompanhamento de 1 ano.
21. Os pilares CeraOne estão no lugar. Observe a posição Observe a pequena recessão da mucosa na posição 11 .
do implante mais para vestibular na posição 11.
Soluções:
• Coloque um enxerto de tecido conjuntivo.
• Faça ou refaça a prótese com um pilar CerAdapt.
........... Nota
Se o implante forco-
Nota
Por razões estéticas, é preferível colocar o im-
locado muito distante plante levemente para palatino do que para
para palatal, haverá vestibular.
risco de manutenção
devido à forma da pró-
tese. Esta situação
pode também levar ao
afrouxamento do pa-
rafuso ou ao descola- Nota técnica
mento da coroa ci - É possível registrar a posição do implante du-
mentada (Fig. 4-14). rante a cirurgia. Isto possibilta colocar o pilar
definitivo e fixar uma coroa provisória no se-
gundo estágio da cirurgia. A adaptação da
Fig. 4-14
mucosa será mais precisa.
72
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-15
Fig. 4-16 Preparos para uma prótese adesiva. Fig. 4-17 O mesmo paciente. Prótese no lugar (prótese pelo
Dr. J.-M. Gonzalez, Dr. P. Rajzbaum, X. Daniel e P. Poussin).
73
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-18 Agenesia nas posições 12 e 22. Si- Fig. 4-19 O mesmo paciente. Foi colocado
tuação após a conclusão do tratamento orto- no implante um pilar CeraOne, na posição
dôntico (tratamento ortodôntico pelo Dr. F. 22. Observe que o pilar é muito largo nessa
Fontanelle). situação.
Fig. 4-21 O mesmo paciente. Vista clínica du- Fig. 4-22 O mesmo paciente. Fig. 4-23 O mesmo paciente. Pilar STR pre-
rante a prova com pilar STR. Observe que a Exame radiográfico do pilar parado com parafuso e capa de metal.
largura é mais favorável. STR.
74
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
Em geral, a ausência de incisivos laterais superiores é devida a agenesia. A falta de germe dentário
inibe o desenvolvimento normal da crista alveolar, que leva a uma concavidade vestibular. Nesse
caso, pode ser difícil colocar o implante ao longo do eixo ideal. Deve ser considerado a regeneração
óssea ou enxerto.
Nota
O implante deve ser colocado na posição ideal nas três dimensões. Se o eixo do implante for palatino
à borda incisiva, será viável uma prótese retida por parafuso. Se o eixo for vestibular, deverá ser
considerada a cimentação.
Ponto chave
É essencial o uso de uma guia cirúrgica precisa.
' As dimensões dadas são para implante de Plataforma Estreita. Se for utilizado um implante de Plataforma Regular, deve-se
adicionar 1 mm.
2
Se a crista óssea for muito afilada e/ou houver uma concavidade vestibular importante, deve ser considerado a regeneração
óssea ou enxerto.
3
Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
75
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
1 A linha de sorriso é o primeiro parâmetro a avaliar antes do tratamento da região anterior da maxila edêntula. Se o paciente
exibe uma grande porção de gengiva durante o sorriso, a indicação de um implante deverá ser avaliada cuidadosamente, em
especial se estiver presente qualquer outro fator de risco estético.
2 A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos periodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista no local do implante representa um sério risco
estético.
3 Para se obter uma morfologia gengival periimplantar, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessidade
estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do incisivo lateral superior. Entretanto,
antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e
15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita colocar o pilar defi-
nitivo e fixar uma coroa provisória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa, neste
caso, será mais precisa.
76
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Maxila: Canino
Situação clínica
(Figs. 4.26 e 4-27)
Fig . 4-28 O mesmo paciente. Fig. 4-29 O dente 13 foi substituído por uma
Radiografia tomada 3 anos coroa cerâmica implantossuportada, mostra-
após a aplicação de carga. A da 4 anos após a aplicação de carga. Obser-
restauração é sobre pilar Ce- ve a integração estética após a restauração
raOne (prótese pelo Dr. B. Fiei- (prótese pelo Dr. N. Vincent, X. Daniel e P.
ter e P. Loisel). Poussin).
77
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
O implante deve ser colocado na posição ideal nas três dimensões. Se o eixo do implante for palatino
à borda incisiva, será viável uma prótese retida por parafuso. Se o eixo for vestibular, deverá ser
considerada a cimentação (ver pág. 69).
Ponto chave
É essencial o uso de uma guia cirúrgica muito precisa.
Nota: a fim de permitir uma melhor adaptação da prótese ao contorno gengival, o pilar CerAdapt pode ser
utilizado para melhorar o resultado estético.
1 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea, até a plataforma oclusal do dente oposto.
78
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
1 A linha de sorriso é o primeiro parâmetro a avaliar antes do tratamento da região anterior da maxila edêntula. Se o paciente
exibir uma grande porção de gengiva durante o sorriso, a indicação de um implante deverá ser avaliada cuidadosamente, em
especial se estiver presente qualquer outro fator de risco estético.
2 A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos periodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista óssea no local do implante representa um sério
risco estético.
3 Para se obter uma morfologia gengival periimplantar, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessidade
estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
4 Por faltar resiliência aos implantes, há um risco de sobrecarga oclusal na presença de guia canina, e pode ocorrer afrouxa-
mento do parafuso (ver Sinais de Alarme, Cap. 3). Em um paciente que apresenta bruxismo ou parafunção e guia canina, deve
ser considerado o uso de um implante de Plataforma Larga, se o volume e a densidade ósseos permitirem.
Nota: Esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do canino superior. Entretanto, antes de
planejar uma restauração implantossuportada -para esta região, deve ser utilizada a tabela geral (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possiblita colocar o pilar definiti-
vo e fixar uma coroa provisória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa será mais
precisa.
79
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Maxila: Pré-molar
Fig . 4-30
Fig. 4-32 O dente 14 foi substituído por Fig. 4-33 O dente 24 foi substituído por Fig. 4-34 O dente 25 foi substituído por
um implante, mostrado durante a coloca- uma prótese implantossuportada, mostra- uma prótese implantossuportada, mostra-
ção do pilar CeraOne. da 1 ano após a aplicação de carga. da 3 anos após a aplicação de carga. O
paciente teve doença periodontal grave,
tratada antes de colocar o implante. Ob-
serve a estabilidade do nível ósseo pe-
riimplantar (tratamento periodontal pelo Dr.
J.-L. Giovannoli).
80
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
1
As dimensões dadas são para implante de Plataforma Regular. Se for utilizado um implante de Plataforma Larga, ou um
implante com 5 mm, deve ser adicionado 1 mm.
2
Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com regeneração óssea ou técnicas de enxerto.
3
Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
1
O processo alveolar abaixo do seio maxilar, freqüentemente, tem baixa densidade. Portanto, deve ser considerado o uso de
implantes com maior diâmetro. O tempo de cicatrização deve ser prolongado em situações com osso do Tipo IV.
2
Por causa dos implantes serem considerados mais rígidos que os dentes, há o risco de que os implantes absorvam maior
carga, quando misturados com dentes naturais. Por esse motivo, devem ser evitados os contatos oclusais laterais e a inclina-
ção das cúspides deve ser pequena.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do pré-molar superior. Entretanto, antes de
planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
' 11 ,,p,
111\lll 1\1 l r l .1 l lt \
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita colocar o pilar defini-
tivo e fixar uma coroa provisória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa será mais
precisa.
JI .llll\ldld\1111 \ • 1 JJll,IJ!•\\•.l!\ll!\\!.t.
81
Capftu/o 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-35
Maxila: Molar
Nota
O eixo do implante deve ser direcionado ao centro da plata-
forma oclusal, a fim de aumentar a resistência mecânica da
restauração.
82
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
1 As dimensões dadas são para implante de Plataforma Larga. Se for utilizado um implante de Plataforma Regular, deverá ser
retirado 1 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com regeneração óssea ou técnicas de enxerto.
3
Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
1 O processo alveolar abaixo do seio maxilar, freqüentemente, tem baixa densidade. Portanto, deve ser considerado o uso de
implantes com maior diâmetro. O tempo de cicatrização deve ser prolongado em situações com osso do Tipo IV.
2 Por causa dos implantes serem considerados mais rígidos que os dentes, há o risco de que os implantes absorvam maior
carga, quando misturados com dentes naturais. Por esse motivo, devem ser evitados os contatos oclusais laterais, e a inclina-
ção das cúspides deve ser pequena.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do molar superior. Entretanto, antes de
planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
83
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Situação clínica
(Figs. 4-39 e 4-40)
Fig. 4-39 O paciente perdeu os dentes 11 e Fig. 4-40 O paciente perdeu os dentes 11 e
12 em um acidente. Apesar do defeito ós- 12 em um acidente. Devido ao pequeno es-
seo, a situação é favorável , porque o pacien- paço mesiodistal disponível, a situação é
te tem a linha de sorriso adequada e o es- complexa. A regeneração das papilas entre
paço mesiodistal é suficiente (a restauração os dentes 11 e 12 é improvável de aconte-
é apresentada nas figuras 4-41 a 4-44 ). cer.
.
,
.t
Fi~. 4-41 O paciente perdeu os dentes 11 e Fig. 4-42 O mesmo paciente com as coroas
' 12por trauma. Foram inseridos dois implan- provisórias na boca.
tes de Plataforma Regular com 13 mm. Situa-
ção clínica após a colocação do pilar Ce-
raOne.
84
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
Um bom resultado estético depende da possibilidade de se obter rege-
neração das papilas entre ambos os implantes (veja Cap. 2) .
Nota
A substituição de incisivos central e lateral por prótese implantossuportada
representa um ·desafio estético maior e deve ser realizada com muito
cuidado.
Ponto chave
É essencial o uso de uma guia cirúrgica muito precisa.
1
Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2
Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne a altura deve ser, no mínimo, 7 mm.
85
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Morfologia gengival
' A linha de sorriso é o primeiro parâmetro a avaliar antes do tratamento da região anterior da maxila edêntula. Se o paciente
exibir uma grande porção de gengiva durante o sorriso, a indicação de um implante deverá ser avaliada cuidadosamente, em
especial se estiver presente qualquer outro fator de risco estético.
2
A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos perlodontals e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista no local do Implante representa um sério risco
estético.
3 Para obter uma morfologia gengival periimplantar satisfatória, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessi-
dade estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
4
O diâmetro do canal nasopalatino pode, algumas vezes, ser grande o suficiente para impedir a colocação do implante. A única
forma de registrar o tamanho e a posição do canal com precisão suficiente é por meio das secções axiais da tomografia
computadorizada. É possível obturar o canal com um enxerto ósseo. Deve-se considerar o uso de implantes de Plataforma
Estreita.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência de dois dentes da região anterior da
maxila. Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver
Cap. 1, págs. 14 e 15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita colocar os pilares
definitivos e fixar coroas provisórias no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa, neste
caso, será mais precisa.
86
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-46 Radiografia panorâmica. Os dentes 12 e 21 devem Fig. 4-47 O mesmo p~ciente após remover os dentes 12 e 21 .
ser removidos. É prevista uma solução com implante (radio-
grafia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian).
87
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-50 Situação inicial. O paciente perdeu Fig. 4-51 O mesmo paciente. A extensa per-
os dentes 11 , 21 e 22 por trauma. Visuali- da de osso impede a colocação de um im-
zação da linha de sorriso. plante na posição 22. Observe a perda ós-
sea horizontal (seta). A área não é visível
quando o paciente está sorrindo e decidiu-
se não fazer enxerto ósseo antes da restau-
ração.
,.
e
~.
Q:
J
,,
Fig. 4-52 O mesmo paciente. Vista oclusal Fig. 4-53 O mesmo paciente. Prótese defini- Fig. 4-54 O mesmo paciente um
da prótese definitiva. Observe a extensão na tiva com um ano após a colocação (prótese ano após a aplicação de carga.
posição 22. pelo Dr. e. Finelle, X. Daniel e P. Poussin).
Capítuto4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
É importante evitar contato oclusal na exten-
são durante os movimentos de excursão da
mandíbula. Deve-se considerar o uso de um im-
plante com 4 mm de diâmetro como suporte
distal (Figs. 4-55 a 4-57).
1
Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
? Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
Ceraüne, a altura deverá ser, no mínimo, 7 mm.
89
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Morfologia gengival
1
A linha de sorriso é o primeiro parâmetro a avaliar antes do tratamento da região anterior da maxila edêntula. Se o paciente
exibir uma grande porção de gengiva durante o sorriso, a indicação de um implante deverá ser avaliada cuidadosamente, em
especial se estiverem presentes quaisquer outros fatores de risco estéticos.
2 A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos periodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista no local do implante representa um sério risco
estético.
3 Para se obter uma morfologia gengival periimplantar, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessidade
estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
4 O diâmetro do canal nasopalatino pode, algumas vezes, ser grande o suficiente para impedir a colocação do implante. A única
forma de registrar o tamanho e a posição do canal com precisão suficiente é por meio das secções axiais da tomografia
computadorizada. É possível obturar o canal com um enxerto ósseo. Deve-se considerar o uso de um implante de Plataforma
Estreita.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência de três dentes da região anterior da maxila.
Entretanto, antes de planejar uma restawação implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1,
págs. 14 e 15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita colocar os pilares
definitivos e fixar uma coroa provisória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa, neste
caso, será mais precisa.
90
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4·58 Radiografia panorâmica. O paciente está sendo tra- Fig. 4-59 O mesmo paciente 2 meses após a exodontia.
tado de doença periodontal. Os quatro incisivos superiores de-
vem ser removidos (radiografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Ca-
vezian).
Fig. 4-60 Fig. 4-61 O mesmo paciente da figura 4- Fig. 4-62 O mesmo paciente com restau-
58. Vista clínica durante a colocação do ração provisória, 6 meses após a aplica-
implante. Observe o uso de uma gula de ção de carga (prótese pelos Dr. J.-M. Gon-
cirurgia precisa (ver Cap. 6). Para colocar zalez, P. Rajzbaum, X. Daniel e P. Poisson).
os implantes na mesma profundidade, foi
utilizada uma técnica de regeneração ós-
sea.
91
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
• Três implantes de Plataforma Regular suportando uma prótese fixa de 4 elementos apoiados sobre
pilares MirusCone, EsthetiCone ou TiAdapt.
Para impedir que os implantes fiquem muito perto, é preferível utilizar um implante de Plataforma Estreita
para substituir os incisivos laterais.
Fig. 4-63 Os dentes 12, 11, 21 e 22 foram perdidos por doença Fig. 4-64 O mesmo paciente. Prótese em metalocerâmica.
periodontal. Foram colocados dois implantes·nas posições 11
e 21 . Utilizados dois pilares EsthetiCone.
Nota
É importante evitar contato oclusal na extensão durante os movimentos de excursão da mandíbula.
Deve-se considerar o uso de implantes com 4 mm de diâmetro. A situação envolve um certo risco.
92
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
• Dois implantes de Plataforma Regular (se possível, com 4 mm de diâmetro) e uma prótese fixa de 4
elementos apoiada sobre 2 pilares MirusCone ou TiAdapt, apresentando duas extensões proximais.
Fig. 4-67 O paciente é edêntulo nas posições 12 a 22. Foram colocados dois im-
plantes. Foi feita uma prótese. Radiografia tomada 2 anos após a aplicação de carga.
Distância mesiodistal 25 mm
I
Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne a altura deverá ser no mínimo 7 mm.
Morfologia gengival
1
A linha de sorriso é o primeiro parâmetro a avaliar antes do tratamento da região anterior da maxila edêntula. Se o paciente
exibir uma grande porção de gengiva durante o sorriso, a indicação de um implante deverá ser avaliada cuidadosamente, em
especial se estiverem presentes quaisquer outros fatores de risco estético.
2 A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos periodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista no local do implante representa um sério risco
estético.
3 Para se obter uma morfologia gengival periimplantar, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessidade
93
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
NP RP RP NP Contexto
oclusal
desfavorável
NP RP RP RP
Contexto
RP RP oclusal
desfavorável
Contatos nas
extensões
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência de quatro dentes anteriores da maxila.
Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, deve-se utilizar a tabela geral (ver Cap. 1,
págs. 14 e 15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita colocar o pilar defini-
tivo e fixar uma coroa provisória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa será mais
precisa.
94
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Sugere-se que a perda de dois dentes, localizados entre dentes naturais, seja reparada por pilares CeraOne
ouTiAdapt (Fig. 4-70) com próteses individuais, ou que podem ser utilizados dois dentes esplintados sobre
pilares MirusCone ouTiAdapt para a extremidade livre (Fig. 4-71). A esplintagem é recomendada em todas
as situações nas quais a posição ou inclinação do eixo do implante seja desfavorável.
95
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
Esta situação deve ser considerada como de certo risco biomecânico (ver a relação biomecânica no
Cap. 3). Devem ser considerados implantes de Plataforma Larga, nesta situação, devido à sua maior
capacidade de carga.
1 As dimensões foram dadas para implantes de Plataforma Regular. Se forem utilizados implantes de Plataforma Larga devem
ser adicionados 2 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto. Nesta situação, o
tempo de cicatrização deve ser prolongado.
3 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deverá ser, no mínimo, 7 mm.
1 O processo alveolar abaixo do seio maxilar, freqüentemente tem baixa densidade. Portanto, deve ser considerado o uso de
implantes com maior diâmetro. O tempo de cicatrização deve ser prolongado em situações com osso do Tipo IV.
2 Devido ao fato de os implantes sere considerados mais rígidos que os dentes, os contatos oclusais laterais na coroa do
implante devem ser evitados e a inclinação das cúspides deve ser baixa na região posterior.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência de dois dentes na região posterior da
maxila. Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver
Cap. 1, págs. 14 e 15).
96
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Ed~ntula
Fig. 4-75
Fig. 4-76 Foram colocados três implantes Fig. 4-77 Foram colocados três implantes
para substituir os dentes perdidos, distais à para substituir os dentes perdidos, distais à
posição 13. Situação observada 3 anos após posição 13. Situação observada 4 anos após
a aplicação de carga. Observe, posteriormen- a aplicação de carga. Observe, posteriormen-
te, o uso de implantes de Plataforma Regu- te, o uso de dois implantes de Plataforma Re·
lar com 5 mm de diâmetro e 6 mm de com- guiar com 5 mm de diâmetro e 6 mm de com-
primento. Note a estabilidade do osso periim- primento. Observe a estabilidade do osso
plantar. Observe a redução da superfície periimplantar (prótese pelos Drs. D. Vilbert e
oclusal na posição 16 (prótese pelos Drs. D. S. Tissier).
Vílbert e S. Tissier).
97
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
A união de dois implantes com um ou mais dentes naturais não é recomendada. A esplintagem pode
ser considerada uma extensão não suportada para uma prótese de implante, porque os implantes
têm uma ancoragem com tensão muito maior que a dos dentes. A situação representa um importante
risco biomecãnico.
Nota
Se torem colocados apenas dois dentes, será pre-
ferível unir um aos dentes e colocar uma simples
coroa no outro. A flexibilidade dos implantes será
compensada pela mobilidade dos dentes. Nesta
situação, é recomendado o uso de implantes de
Plataforma Larga (Fig. 4-78).
Fig. 4-78
1 Estas dimensões foram dadas para Plataforma Regular. Se forem utilizados implantes de Plataforma Larga, ou implantes com
5 mm de diâmetro, deverá ser adicionado 1 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
3 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deverá ser, no mínimo, 7 mm.
1 O processo alveolar abaixo dos seios maxilares, freqüentemente, tem baixa densidade. Portanto, deve ser considerado o uso
de implantes com maior diâmetro. O tempo de cicatrização deve ser prolongado em situações com osso do Tipo IV.
2 Quando o volume do seio não permite a colocação de um implante sob condições favoráveis, deve ser considerado o enxerto
do seio maxilar.
98
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
WP WP WP
99
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Cautela
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
WP WP
Contexto
oclusal
favorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Nota
Se os implantes forem colocados em configuração tripode, a reco-
mendação será movida um passo à esquerda (mais favorável).
Cautela
~·····--·····--·····
100
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
101
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Cautela
1Fatores de risco oclusais para quatro dentes
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
......
WP
',WP,/·'-._ l
.........................
Nota
Se os implantes são posicionados fora do centro da plataforma
\~~~
mendação será mover um passo à direita (menos favorável).
Cautela
'···--···-- Nota
Se os implantes são posicionados em configuração trípode, are-
comendação será mover um passo à esquerda (mais favorável).
Cautela
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos com a perda de três ou quatro dentes da região posterior da maxila.
Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs.
14e15).
102
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-81 Foram colocados seis implantes para tratar uma maxila totalmente edêntula. Observe, posteriormente, o uso de dois
implantes de Plataforma Larga.
103
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-82 O mesmo paciente. Vista oclusal durante a coloca- Fig. 4-83 Restauração de toda a arcada com implante. Obser-
ção dos pilares de cicatrização. Observe a disposição dos im- ve a altura das coroas clínicas e seu contato com a gengiva
plantes ao longo da crista. simulada. Uma reabsorção óssea mínima permitiu a constru-
ção de uma prótese com um perfil dental "natural" (prótese pe-
los Drs. J.-M. Gonzalez, P. Rajzbaum, e C. Lavai).
"'·~:
~1
'I
~I
Fig. 4-84 Restauração de toda a arcada com implante. Uma Fig. 4-85 Duas próteses totais na maxila e na mandíbula. Uma
reabsorção óssea moderada permitiu a confecção de gengiva reabsorção óssea maior obrigou a confecção de um amplo seg-
em cerâmica rosa, a fim de mascarar os pilares e evitar proble- mento de gengiva falsa. Observe a abertura entre a gengiva
mas fonéticos (prótese pelos Drs. J. -M. Gonzalez, P. Rajzbaum falsa e a mucosa, a fim de permitir medidas de higiene bucal
e C. Lavai). (prótese pelos Drs. J.-M. Gonzalez, P. Rajzbaum e C. Lavai).
104
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntula
Fig. 4-86 Um paciente com fissura labiopalatina, tratado com Fig. 4-87 O mesmo paciente. Modelo de laboratório. Foi colo-
cirurgia para enxerto ósseo (cirurgia pelo Dr. P. Tessier). Amorfo- cado um pilar MirusCone no implante de Plataforma Larga na
logia da crista não permite a retenção de uma prótese total. posição 15. Foram colocados pilares EsthetiCone nos outros
Foram colocados cinco implantes, de forma a permitir a cons- implantes.
trução de um sistema de retenção para uma prótese. Não hou-
ve osseointegração de um dos implantes.
Fig. 4-88 O mesmo paciente. Foi colocada uma barra nos qua- Fig. 4-89 O mesmo paciente. Vista interna da prótese.
tro implantes. Observe quatro partes fêmea nas fixações (Ceka).
105
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
1 As dimensões são para implante de Plataforma Regular. Se for utilizado um implante de Plataforma Larga, ou implantes de
5 mm de diâmetro, deverá ser adicionado 1. mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada e/ou houver uma concavidade vestibular importante, deverá ser considerado a regeneração
óssea ou enxerto. Nessa situação, o tempo de cicatrização deverá ser prolongado.
3 Deve-se medirá altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
Volume ósseo1 D
Número de implantes 4
Extensão 1 dente
Nota técnica
É possível registrar a localização utilizando uma guia cirúrgica. Isto permitirá a transferência da dis-
tância vertical entre as arcadas e a relação maxilomandibular para o laboratório.
106
Capítulo4 Tratamento da Maxila Edêntuta
Fig. 4-92 Radiografia panorâmica. Cogita-se implante para a maxila. A radiografia mostra que o volume ósseo é insuficiente para
a colocação de implantes atrás dos segundos pré-molares. Uma sobredentadura implantossuportada é uma opção interessante
para esse tipo de situação.
Fig. 4-93 Foram colocados quatro implantes para apoiar uma Fig. 4-94 O mesmo paciente. Vista interna da prótese. Obser·
base (prótese por J . Ollier) . ve as posições dos clips (prótese pelo Dr. T. Nguyen e D. Raux).
107
Capitulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Nota
Este tipo de prótese pode induzir torças consi-
deráveis sobre os implantes e não deve ser
considerada uma solução isenta de risco.
Nota
O uso de apenas dois implantes, nesta situação,
deve ser considerada bastante arriscada, se o
volume e densidade ósseos não forem favorá-
veis. Fig. 4-95 O mesmo paciente no acompanhamento de 3 anos.
Observe o nível ósseo ao redor dos implantes.
Volume ósseo1 D
- --
Densidade óssea2 Tipo IV
108
Capítulo 4 Tratamento da Maxila Edêntula
Cautela
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos com uma sobredentadura implantossuportada. Entretanto,
antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e
15).
109
Capítulo 5
O exame preliminar possibilita identificar pacientes Este capítulo apresenta, para cada caso, propos-
de risco e contra-indicações para implante. Depois tas de soluções com implante, suas limitações es-
que essa análise é feita, o passo seguinte é analisar pecíficas e fatores de risco.
a situação clínica específica baseada no tipo de Nas tabelas, as limitações e os fatores de risco
edentulismo, porque cada tipo tem suas próprias exi- são apresentados da mesma forma:
gências.
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'
'
Vários "cuidados" representam uma situação de Nota: a definição do contexto oclusal é dada no
risco maior e devem conduzir à reavaliação do pla- capítulo 1, página 25.
no de tratamento.
Se o fator de risco for encontrado na coluna "pe-
rigo", é aconselhável rejeitar a colocação do implan-
te.
111
Capítulo 5 Ti"atamento da Mandíbula Edêntula
Fig. 5-3 A mesma coroa colo- Fig. 5-4 Paciente com a prótese Fig. 5-5 O mesmo paciente no
cada sobre o pilar. mostrada na figura 5-3, no local acompanhamento 1 ano após
(prótese pelos Drs. E. Bouquet a aplicação de carga.
e M. Muller).
112
Capítulo5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Nota O tratamento deste tipo de edentulismo é difícil e deve ser executado com máxima cautela.
Geralmente, o espaço mesiodistal é muito pequeno para a colocação dos implantes sem o risco de
tocar a raiz de um dente adjacente.
1 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2 Deve-se medir a altura do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar CeraOne, a
altura deverá ser, no mínimo, 7 mm.
1
A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos perlodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista no local do implante representa um sério risco
estético. Devido à proximidade entre os dentes e os implantes, deve-se evitar a colocação de implantes muito profundos com
relação à linha que une as junções amelocementárias (ver Fig. 1-19).
Nota: esta tabela é especifica para os fatores de risco envolvidos com a perda do incisivos centrais ou laterais inferiores. Entre-
tanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs.
14e15).
113
Capítulo 5 Tratamento da Mandfbula Edêntula
Mandíbula: Canino
Fig. 5-6 O paciente tem um dente ectópico na posição 33. Não Fig. 5-7 O mesmo paciente. Estudo de caso. O espaço mesiodis-
foi possível substituí-lo, ortodonticamente, na arcada. Está pre- tal e a espessura da crista são suficientes para permitir a colo-
vista a colocação de implante. cação do implante.
Nota
O implante deve ser colocado em uma posição ideal nas três dimensões. Se o eixo do implante for
palatino à borda incisiva, será viável uma prótese retida por parafuso. Se o eixo for vestibular, deverá
ser considerada a cimentação (ver pág. 69).
Ponto chave
É essencial o uso de uma guia cirúrgica muito precisa.
114
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Nota: a fim de permitir uma melhor adaptação da prótese ao contorno gengival, pode ser utilizado o pilar
TiAdapt ou CerAdapt, para melhorar o resultado estético.
, Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2
Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deve ser, no mínimo, 7 mm.
1 A presença de grande reabsorção óssea vertical é um fator de risco à saúde dos tecidos periodontais e periimplantares. Uma
discrepância entre o nível ósseo marginal dos dentes adjacentes e o da crista óssea no local do implante representa um sério
risco estético.
2
Para se obter urna morfologia gengival periimplantar, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessidade
estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
3
Por faltar resiliência aos implantes, há um risco de sobrecarga oclusal na presença da guia canina, e pode ocorrer afrouxa-
mento do parafuso (ver Sinais de Alarme, Cap. 3). Em um paciente que apresenta bruxismo ou parafunção e guia canina, deve
ser considerada o uso de um implante de Plataforma Larga, se o volume e densidade óssea permitirem.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do canino superior. Entretanto, antes de
planejar uma restauração implantossuportada para esta região, deve ser utilizada a tabela geral (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita fixar uma coroa provi-
sória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa será mais precisa.
115
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Mandíbula: pré-molar
116
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Nota
Se a localização tridimensional do implante não for ideal ou se a mucosa periimplantar for afilada,
apresentado risco de visibilidade do pilar, recomenda-se o uso do pilar CerAdapt (Figs. 5-15 a 5-18).
117
Capftulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
1 As dimensões dadas são para implante de Plataforma Regular. Se for utilizado um implante de Plataforma Larga, deve ser
adicionado 1 ou 2 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com regeneração óssea ou técnicas de enxerto.
3 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deve ser, no mínimo, 7 mm.
1 Em geral, o forama é encontrado entre os pré-molares, levemente abaixo dos ápices. O feixe de nervo alveolar pode estar
desviado para frente do forama, e pode ser danificado durante a colocação do implante, levando a parestesia ou anestesia do
lábio. Uma tomografia computadorizada, efetivamente, mostrará este desvio do nervo.
2 Devido ao fato de os implantes serem consideravelmente mais rígidos que os dentes, existe o risco de que os implantes
absorvam maior carga, quando misturados com dentes naturais. Por esse motivo, os contatos oclusais laterais na coroa do
implante devem ser evitados e a inclinação das cúspides deve ser pequena.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do pré-molar inferior. Entretanto, antes de
planejar uma restauração lmplantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do implante durante a cirurgia. Isto possibilita colocar o pilar definitivo
e fixar uma coroa provisória no segundo estágio da cirurgia. A adaptação da mucosa será mais pre-
cisa.
118
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Ed{mtula
· Mandíbula: molar
1
1
Fig. 5-21 O mesmo paciente 6 meses após Fig. 5-22 O paciente é edêntulo distal ao
a aplicação de carga (o mesmo caso é dente 45. Do ponto de vista oclusal, um
apresentado no capítulo 6, Figs. 6-11 a 6- dente simples é suficiente. Não foi encon-
14). trado qualquer fator de risco funcional. Foi
colocado um implante de Plataforma Re-
gular com 5 mm de diâmetro. Observe a
Fig. 5-20 O paciente perdeu o dente 46 por problemas endodônticos. O dente estabilidade do osso marginal após 3 anos
foi substituído por uma coroa unitária, cimentada sobre um implante de Platafor- de função (prótese pelos Drs. D. Vilbert e
ma Larga (prótese pelos Drs. A. Foret-Duperier e N. Milliére). S. Tissier).
Nota
O eixo do implante deve ser direcionado ao meio da plataforma oclusal a fim de aumentar a resistên-
cia biomecânica da restauração.
Nota
Quando o osso da região posterior da mandíbula for muito denso, o uso do implante de Plataforma
Larga poderá levar à reabsorção óssea durante a cicatrização. Parece preferível evitar o uso dos
implantes de Plataforma Larga em osso do Tipo 1.
119
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
1 As dimensões são para implante de Plataforma Larga. Se for utilizado um implante de Plataforma Regular, deverá ser retirado
1 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será po'ssível alargá-la com regeneração óssea ou técnicas de enxerto.
3 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deverá ser, no mínimo, 7 mm.
1 Após uma exodontia recente, o osso pode ter uma baixa densidade. O uso de implantes de grande diâmetro deve, entretanto,
ser considerado. O tempo de cicatrização deve ser prolongado em situações com osso do Tipo IV.
2 Se o espaço mesiodistal for de 12 mm ou mais, será possível colocar implantes de Plataforma Regular.
3 Os implantes são muito mais rígidos que os dentes. Em conseqüência, contatos oclusais laterais devem ser evitados, e a
inclinação das cúspides deve ser pequena.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência do molar superior. Entretanto. antes de
planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
120
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Situação clínica
(Fig . 5-24)
Fig. 5-26 O paciente apresenta-se com Fig. 5-27 O mesmo paciente com os pila-
agenesia dos dentes 31 e 41. Para asse- res de cicatrização instalados. Devido ao
gurar uma guia anterior satisfatória, aso- amplo espaço mesiodistal, é necessária
lução com implante foi requerida pelo urna prótese com três elementos.
ortodontista. O espaço mesiodistal pré-tra-
tamento era insuficiente. Foi realizada a
correção ortodôntica para permitir a colo-
cação de dois implantes de Plataforma Es-
treita (tratamento ortodôntico pelo Dr. A.
Fontenelle).
121
Capítulos Tratamento da Mandíbula Edéntula
Fig. 5-28 O mesmo paciente 2 anos após Fig. 5-29 O mesmo paciente no acompa- Fig. 5-30 O mesmo paciente no acompa-
a aplicação de carga. Foram utilizados pi- nhamento de 2 anos. nhamento de 2 anos (prótese dos Drs. Y.
lares MirusCone. Samama e J. Ollier).
Nota
Com esta solução, a estética pode ser comprometida, e a situação biomecânica é desfavorável.
122
Capítulo 5 7i'atamento da Mandíbula Edêntula
1 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deve ser, no mínimo, 7 mm.
Número de implantes
1
Para se obter uma morfologia gengival periimplantar satisfatória, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a
necessidade estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando faltam dois dentes da região anterior da mandíbula.
Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1,
págs. 14 e 15).
123
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Fig. 5-32 O paciente teve ameloblastoma. O tumor foi removi- Fig. 5-33 O mesmo paciente. Exame radiográfico da cicatriza-
do e a mandíbula reconstruída com enxerto ósseo (cirurgia ção do enxerto ósseo.
pelo Dr. Defresne).
Fig. 5-34 O mesmo paciente. Foram coloca- Fig. 5-35 O mesmo paciente 3 anos após a
dos três implantes no enxerto ósseo. Foram aplicação de carga na prótese.
utilizados pilares estândares.
Fig. 5-36 O mesmo paciente 3 anos após a aplicação de carga (prótese pelos
Drs. J.-M. Gonzalez, P. Rajzbaum, X. Daniel e P. Poussin).
124
'+
Atenção
O implante de Plataforma Estreita é 25% mais fraco que o implante de Plataforma Regular de 3,75
mm e deve 1 em conseqüência, ser utilizado para substituir no máximo três dentes sobre dois implan-
tes. Se forem substituídos quatro dentes, recomenda-se o uso de implantes de Plataforma Regular,
mesmo se comprometer a estética.
Nota
Esta solução deve ser considerada de risco biomecânico moderado.
1 Se a crista óssea for muito afi lada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto.
2 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
1 Para se obter uma morfologia gengival periimplantar, deve haver volume tecidual cerca de 20% maior que a necessidade
estimada. Este excesso permite ao protesista adaptar a gengiva à reconstrução protética.
Nota: Esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência de três ou quatro dentes da região anterior
da mandíbula. Entretanto, antes de planejar uma restauração irnplantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser
utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
125
Capítulo5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Sugere-se que a perda de dois dentes, localizados entre dentes naturais, seja reparada por pilares indivi-
duais ÇeraOne ou TiAdapt. O uso de dois dentes esplintados sobre pilares MirusCone ou TiAdapt é reco-
mendado para extremo livre posterior. A esplintagem é recomendada em todas as situações nas quais a
posição ou inclinação do eixo do implante seja desfavorável.
Fig. 5-39 O paciente é edêntulo após o den- Fig. 5-40 O mesmo paciente após a coloca-
te 35. Foram colocados implantes de Plata- ção da prótese em metalocerâmica retida por
forma Larga nas posições 36 e 37. Vista clí· parafuso (prótese pelos Drs. J.-M. Gonzalez,
nica após a colocação dos pilares MirusCone. P. Rajzbaum e N. Milliére).
126
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Fig. 5-41 O paciente é edêntulo após o den- Fig. 5-42 O mesmo paciente após a cimen-
te 35. O contexto oclusal é favorável. Foram tação das coroas ln-Geram (prótese pelos
colocados dois implantes nas posições 36 e Drs. J.-M. Gonzalez, P. Rajzbaum e N. Mil-
37. Situação clínica na colocação dos pila- liére).
res TiAdapt. O hexágono interno permite o
uso do torqufmetro.
Nota
Esta situação deve ser considerada como de certo risco biome-
cânico (ver a relação biomecânica no Cap. 3). Se o volume e a
densidade óssea permitirem, será recomendada o uso de im-
plantes de Plataforma Larga nesta situação, devido à sua maior
capacidade de carga (Fig. 5-43).
Fig. 5-43
Nota
Quando o osso da região posterior da mandíbula for muito denso, o uso do implante de Plataforma
Larga poderá levar à reabsorção óssea durante a cicatrização. Parece preferível evitar o uso dos
implantes de Plataforma Larga em osso do Tipo 1.
127
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Nota
Se a oclusão for desfavorável, três implantes podem ser colocados para
aumentar o suporte, mesmo se apenas dois dentes forem necessários
do ponto de vista oclusal (Figs. 5-44 e 5-45).
Fig. 5-44 Os dentes 45 e 46 foram substituídos por uma Fig. 5-45 O mesmo paciente no acompanhamento 2 anos
prótese implantossuportada. São necessários 2 dentes do após é\ aplicação de carga. Observe o nível ósseo pe-
ponto de vista funcional. Entretanto, para fortalecer toda a riimplantar (prótese pelo Dr. G. Armandou e E. Davy).
reconstrução, um implante adicional foi colocado distalmente.
1 As dimensões são para implantes de Plataforma Regular. Se forem utilizados implantes de Plataforma Larga, deverão ser
adicionados 2 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto. Nesta situação, o
tempo de cicatrização deve ser prolongado.
3 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deve ser, no mínimo, 7 mm.
1 Devido ao fato de os implantes serem consideravelmente mais rígidos que os dentes, há risco de que os implantes absorvam
maior carga quando misturados com dentes naturais. Por esse motivo, devem ser evitados os contatos oclusais laterais na
coroa do implante e a inclinação das cúspides deve ser pequena. É muito importante eliminar contatos laterais para a substi-
tuição molar, porque o dente, com freqüência é consideravelmente maior que a plataforma de implante.
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos quando da ausência de dois dentes da região posterior da
mandíbula. Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada
(ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
128
Capítulos Tratamento da Mandíbula Edêntula
Situação clínica
(Figs. 5-46 e 5+47)
Fig. 5·46 O paciente é edêntulo distal ao Fig. 5-47 O mesmo paciente. Os dentes 45
dente 44. e 47 foram removidos a 4 meses atrás. Os
alvéolos são visíveis na radiografia. É prefe-
rível esperar de 2 a 3 meses antes de colo-
Solução protética convencional car os implantes.
Fig. 5-48 O paciente é edêntulo após o den- Fig. 5-49 O paciente é edêntulo após o den-
te 44. Foram colocados três implantes. Ob- te 44. Foram colocados três implantes. Ob-
serve o uso dos implantes de Plataforma Re- serve o uso dos implantes de Plataforma Re-
gular, com 5 mm de diâmetro na posição 46. gular, com 5 mm de diâmetro, nos dentes 45
Observe a estabilidade do osso marginal e 46. Observe a estabilidade do osso margi-
após 3 anos de função (prótese dos Drs. M. nal 2 anos após a função. A prótese foi usa-
Bourdois e P. Lefauve). da como ancoragem ortodôntica (tratamen-
to ortodôntico pelo Dr. A. Fontenelle).
Nota
Quando o osso da região posterior da mandíbula for muito denso, o uso do implante de Plataforma
Larga pode levar a reabsorção óssea durante a cicatrização. Parece preferível evitar o uso dos im-
plantes de Plataforma Larga em osso do Tipo 1.
129
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Nota
A união de dois implantes com um ou mais dentes naturais não é recomendada. A esplintagem pode
ser considerada uma extensão de uma prótese implantossuportada, porque os implantes têm uma
ancoragem com tensão muito maior que a dos dentes. A situação representa um importante risco
biomecânico.
••• Nota
Se forem colocados apenas dois dentes, é preferível unir um aos
dentes e colocar uma simples coroa no outro. A flexibilidade dos
implantes será compensada pela mobilidade dos dentes. Nesta
situação é recomendado o uso de implantes de Plataforma Larga
(Fig. 5-50).
I Fig. 5-50
1 As dimensões são fornecidas para implantes de Plataforma Regular. Se forem utilizados implantes de Plataforma Larga, ou
implantes com 5 mm de diâmetro, deverá ser adicionado 1 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, será possível alargá-la com técnicas de regeneração óssea ou enxerto. Nesta situação, o
período de cicatrização deverá ser prolongado.
3 Deve-se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto. Se for utilizado um pilar
CeraOne, a altura deve ser, no mínimo, 7 mm.
130
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
131
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
~~~~-
~~~~~~~
Cautela
Fatores de risco oclusais para três dentes
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
favorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Nota
Se os implantes são posicionados em configuração tripode, a re-
comendação será mover um passo à esquerda (mais favorável).
132
Capitulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
WP WP
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
133
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Contexto
oclusal
moderadamente
desfavorável
Contexto
oclusal
altamente
desfavorável
Nota
Se os implantes são posicionados deslocados do centro da plata-
forma oclusal, na posição das cúspides vestibulares ou linguais, a
recomendação será mover um passo à direita (menos favorável).
Cautela
rammrttNNS11*m;1G.1,11,_
l~IBl!l&Hl~WlltttttrtitUU dU UI Ili tH 1111
Nota
Se os implantes são posicionados em configuração trípode, a re-
comendação será mover um passo à esquerda (mais favorável).
Nota: esta tabela é específica para os fatores de risco envolvidos com a perda de três ou quatro dentes da região posterior da mandíbula.
Entretanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs. 14 e 15).
134
Capítulo5 Tratamento da Mandfbula Edêntula
Fig. 5·51 (Cortesia do Dr. M. Pompignoli.) fig. 5-52 (Radiografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian.)
• Prótese total
Fig. 5-53 O paciente é totalmente edêntulo em ambas as arca- Fig. 5-54 O mesmo paciente. Observe a distribuição dos im-
das. A crista óssea mandibular foi severamente reabsorvida. plantes. Note a presença de duas extensões distais.
Foi construída uma prótese sobre pilares estãndares altos. Si-
tuação 6 anos após a aplicação de carga (prótese pelos Drs.
J.-M. Gonzalez, P. Rajzbaurn e C. Lavai).
135
Capftulo5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Fig. 5-55 O mesmo paciente no acompanhamento de 6 anos. Observe o nível ósseo estável ao redor dos implantes. (Neste
paciente, foi usada uma técnica de regeneração óssea. Foi fixada uma membrana com microparafusos. Decidiu-se deixar um dos
parafusos no lugar, quando da remoção da membrana, devido à ausência total de quaisquer sintomas.)
' As dimensões são para implante de Plataforma Regular. Se for utilizado um implante de Plataforma Larga, ou implantes com
5 mm de diâmetro, deverá ser adicionado 1 mm.
2 Se a crista óssea for muito afilada, deverá ser considerado a regeneração óssea ou enxerto. Nessa situação, o tempo de
cicatrização deverá ser prolongado.
3 Deve-·se medir a altura a partir do nível da crista óssea até a plataforma oclusal do dente oposto.
136
Capftulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Volume ósseo1 D
Número de irnplantes 4
~ ~~--+-~"-_;_;.:;;...,,--=..-~
Comprimento do implante 6-8 mm
~ ~ ~ ~~ ~___;'--.--,-""'--'--=--=~
Distância entre implantess < 8 mm
~~~~~~~..=:.~
Fig. 5-56
Nota: esta lista é específica para os fatores de risco envolvidos com as próteses fixas em todo o arco inferior. No entanto, an-
tes de se planejar a restauração apoiada por implante para essa região, deve-se utilizar a lista geral (ver Cap. 1, págs. 14 e
15).
Nota técnica
É possível registrar a localização do pilar por meio de uma guia cirúrgica. Isto permitirá a transferência
da distância vertical entre as arcadas e a relação maxilomandibular para o laboratório.
137
Capítulo5 Tratamento da Mandíbula Edflntula
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-
Fig. 5·57
Fig. 5-58 O paciente tem mandíbula totalmente edêntula. Fo- Fig. 5-59 O mesmo paciente. Vista interna da prótese. Obser-
ram colocados dois implantes nas posições 33 e 43 para apoiar ve a posição dos clips.
uma barra.
138
Capftulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
Fig. 5-60 O mesmo paciente no acompanhamento de 3 anos Fig. 5-61 O paciente tem mandíbula totalmente edêntula. Fo-
após a aplicação de carga. ram colocados dois implantes nas posições 33 e 43. Foram
escolhidos dois pilares em forma de esfera (prótese pelo Dr. P.
Simonet).
Not a • 1
O objetivo dos implantes é melhorar a retenção da prótese, mas não apoiar todas as forças durante
a função. Para reduzir a carga dos implantes, o suporte protético deve ser planejado como uma
prótese convencional, com relação aos critérios de apoio e estabilização.
Fig. 5-62
Número de implantes' 3
1 Foram colocados dois implantes para dar boa geometria para a barra agir como centro de rotação para a prótese. Também
podem ser utilizados quatro implantes para um suporte, como aquele em uma prótese total fixa. Três implantes podem levar a
uma situação menos favorável, porque o implante trípode pode impedir a prótese de se mover em resposta a forças oclusais.
Nota: esta tabela é especifica para os fatores de risco envolvidos com sobredentadura implantossuportada na mandíbula. Entre-
tanto, antes de planejar uma restauração implantossuportada para esta região, a tabela geral deve ser utilizada (ver Cap. 1, págs.
14 e 15).
139
Capítulo 5 Tratamento da Mandlbula Edêntula
Cautela
140
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
141
Capítulo 5 Tratamento da Mandíbula Edêntula
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Moldagem de implantes
Prótese adesiva
142
Capítulo 6
143
Capítvlo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Limitação Cautela
O volume ósseo necessário ideal para esse tipo de restauração é de, no mínimo, 8 x 8 x 10 mm.
1
./
144
Capítulo 6 Seqüência de 7ratamenlo e Protocolo de Planejamento
Densidade óssea brocas (em osso mole: uso da última broca so-
mente a meia profundidade, utilização mínima do
escariador, uso de uma broca com menor diâ-
A densidade óssea é um parâmetro difícil de ser
metro, etc.; em osso duro: uso de brocas com
avaliado. Varia, substancialmente, de uma região
maior diâmetro).
anatômica a outra e pode variar muito, mesmo den-
• Determinar o tempo de cicatrização.
tro de uma mesma zona operatória. Entretanto, o
• Avaliar a capacidade de carga oclusal de diferen-
conhecimento da densidade óssea é extremamen-
tes implantes.
te importante para estabelecer o plano de tratamento.
O índice de insucesso é maior para regiões com
densidade muito baixa (estabilidade primária baixa) Classificação da qualidade óssea
ou regiões com densidade muito alta (risco de su-
peraquecimento durante o preparo com brocas). A qualidade óssea pode ser avaliada com dois
Uma boa avaliação da densidade óssea permite parâmetros. O primeiro (Tipos 1, li, ll 1e IV), de acor-
ao cirurgião fazer o seguinte: do com Lekholm e Zarb (1985), classifica a qualida-
de óssea sob o aspecto mecânico (densidade ós-
• Selecionar o diâmetro adequado do implante. sea). O segundo parâmetro classifica o osso do pon-
• Decidir sobre a ótima seqüência de preparo com to de vista de cicatrização (biologia óssea).
145
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
~~~~~~~~ -~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
146
CapitLIIO 6 Seqiiência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
BHP 1:
BHP2:
BHP3:
Vantagens
• Simples.
• Sensível o suficiente para densidades médias.
Desvantagens
• Dificuldade de interpretar em situações extremas.
• Não se pode afirmar em uma tomada radiográfica, que o implante apresenta falhas.
Fig. 6-6 Vista pré-operatória do Scanora antes da colocação Fig. 6-7 Vista pré-operatória do Dentascan em locais propícios
de implantes no segmento mandibular esquerdo. A imagem para implante, no segmento mandibular direito. A secção da
radiográfica cobre a área do forame mentoniano (seta). O con- imagem passa logo atrás do forame mentoniano. Observe os
torno da mandíbula é muito distinto. O córtex é espesso. Esta marcadores radiográficos da guia cirúrgica. Esta mandíbula,
mandíbula, em nível radiográfico, tem densidade do Tipo li (ra- nesta imagem, tem uma densidade do Tipo Ili (radiografia pelo
diografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian). Dr. M Giwerc).
147
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Vantagens
• Fornece exame pré-operatório clinicamen te confiável.
• Permite avaliar a densidade óssea em qualquer direção possível da colocação do implante.
Desvantagens
• Exige um computado r com um programa apropriado.
• Aumenta o custo total do tratamento.
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da tela do
Fig. 6-8 Avaliação da densidade óssea de uma mandíbula de cadáver com a ajuda de um computador. Fotografia
o uso do programa Simplant (radiografia pelo Dr. N. Bellaiche). É colocado um implante virtual nas imagens
computador durante
forma de um
escaneadas. O programa de computador calcula a densidade óssea ao redor do Implante e mostra a avaliação na
gráfico. O gráfico representa o valor da densidade óssea ao longo do eixo do implante.
148
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Vantagem
• Possibilita boa avaliação da estabilidade encontrada clinicamente pelo implante.
Desvantagens
• Algumas vezes, é difícil de interpretar.
• Fornece apenas uma avaliação retrospectiva.
149
l
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Radiografia periapical. Esta vista melhora a análise diagnóstica em situações particulares, tais como a
avaliação da distância entre raízes (por ex., para colocar um incisivo lateral superior), exame para crista
óssea interdental (ver Cap. 2) e avaliar a reabsorção óssea vertical (ver Cap. 2), (Fig. 6-16).
150
Capftulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Fig. 6-15 Radiografia panorâmica pré-operatória. Os implantes devem ser colocados nos segmentos esquerdo e direito. A análise
radiográfica revela que no segmento direito é possível inserir um implante na frente do forame mentoniano, e que a altura óssea
disponível acima d~ nervo alveolar inferior parece suficiente. Entretanto, para uma avaliação precisa do volume ósseo disponível,
é necessário complementar a análise radiográfica com uma apresentação tridimensional, por meio de um scanner ou um Scanora
(radiografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian).
151
Capítulo 6 Seqüência de 7ratamento e Protocolo de Planejamento
152
Capítu/06 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Fig. 6·19 Radiografia panorâmica pré-operatóri~. Os implantes devem ser colocados no segmento mandibular esquerdo. A altura
óssea acima do nervo alveolar parece satisfatória (radiografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian).
Fig. 6-20 O mesmo paciente. Imagem Dentascan (radiografia pelo Dr. M. Giwerc). É inserido uma projeção do implante no local
proposto de implante. Observe a crista alveolar em forma de faca. A regeneração óssea deve ser considerada.
153
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Guia cirúrgica
A guia cirúrgica é uma ferramenta indispensável durante o tratamento com implante. Serve como união
entre as equipes protética e cirúrgica. A guia pode ser feita de muitas maneiras. Duas delas devem ser
mencionadas. A primeira é fácil de elaborar. mas não muito precisa e deixa grande liberdade ao cirurgião.
A segunda, por outro lado, permite prevenir quaisquer discrepâncias entre as exigências protéticas e
cirúrgicas antes da cirurgia.
Solução nQ 1
Moldagem
T
Preparo de uma guia cirúrgica no laboratório, sem considerar
as condições anatômicas
T
O cirurgião julga as melhores possibilidades cirúrgicas, como indicado pela guia
Esta solução se ajusta melhor para áreas com grande volume ósseo
(cristas largas) e regiões posteriores (Figs. 6-21 a 6-26).
154
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
155
Capítulo 6 Seqüência de Ti"atamento e Protocolo de Planejamento
Solução no 2
Moldagem
....
Preparo de uma guia radiográfica no laboratório, com posicionamento de marcadores
radiográficos para analisar as limitações protéticas
....
Exame radiográfico (avaliação do volume ósseo útil)
....
Modificação da guia radiográfica para uma precisa guia cirúrgica
....
O cirurgião segue exatamente as indicações da guia
156
Capítulo 6 Seqüência de 1i'atamento e Protocolo de Planejamento
Fig. 6-30 O mesmo paciente. Imagem Dentascan. Observe a Fig. 6-31 O mesmo paciente. Guia cirúrgica final. Dependendo
visualização do eixo protético ideal. Dependendo do volume da informação obtida no exame radiográfico a orientação dos
ósseo disponível. a orientação pode ser modificada. No pre- marcadores é modificada. A guia é, então, esterilizada e entre-
sente caso, o preparo com brocas deve ser feito um tanto mais gue ao cirurgião (prótese pelos Drs. J.·M. Gonzalez, P Rajz-
para palatino. baum, X. Daniel e P Poussin) (radiografia pelo Dr. N. Bella'iche).
157
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Nota
Não há dados clfnicos suficientes para permitir a avaliação adequada e selecionar a opção 5 na
prática rotineira. Hoje, esta indicação é reservada ao segmento anterior da mandíbula em pacientes
sem hábitos parafuncionais ou sinais de bruxismo.
158
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Vantagem Protocolo bem Redução de custo Simplificação do Redução de custo Redução de custo
conhecido e previ- e simplificação de tratamento. Poucos e simplificação do e simplificação do
sível. Poucos pro- tratamento. Uma problemas com tratamento. Redu- tratamento. Redu-
blemas com intervenção menos prótese provisória. ção do tempo de ção do tempo de
prótese provisória cirúrgica. Colocação de tratamento. Uma · tratamento.
prótese provisória intervenção me-
no estágio 2 da nos cirúrgica.
cirurgia.
Contra- Pacientes com Pacientes com Pacientes com Pacientes com Pacientes com
indicação doenças gerais e pequeno controle doenças gerais e pequeno controle pequeno controle
geral contra-indicações de placa bacteria- contra-indicações de placa bacteria- de placa bacte-
relativas a aneste- na. Pacientes com relativas a aneste- na. Pacientes com riana. Pacientes
sia local. Paclen- risco de infecções sia local. Pacientes risco de infecções com risco de infec-
tes muito ansio- locais. Necessida- muito ansiosos. locais. Necessida- ções locais.
SOS. de de regeneração de de regeneração
óssea. óssea.
159
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
l
Técnica cirúrgica
Nas regiões posteriores, o cirurgião tem de colocar
implantes em osso com densidade diversa. Algu-
mas vezes, a presença de obstáculos anatômicos
(por exemplo, nervo alveolar inferior) não possibilita
encontrar ancoragem bicortical para obter boa es-
tabilidade primária do implante.
Também, certas indicações de implante não po-
dem ser continuadas devido ao risco de colocar im-
plantes em espaço muito limitado. Isto é, particular-
mente, verdade para a substituição dos incisivos la-
terais superiores ou dos incisivos centrais inferio- Fig. 6-32 Seqüência de preparo com brocas em osso de baixa
res. densidade (Tipo IV). Os locais não são alargados em toda sua
Esta é a razão para o desenvolvimento de im- profundidade com a última broca. Isto possibilita aumentar a
plantes com diâmetros maiores ou menores. Entre- estabilidade inicial do implante.
tanto, o número crescente de diferentes implantes
resulta em decisões mais operativas. O cirurgião tem
de adaptar a seqüência do preparo com brocas, não
apenas para cada diâmetro de implante, mas, tam-
bém para cada tipo de densidade óssea (Figs. 6-32
e 6-33).
Existe uma seqüência apropriada de preparo de
brocas para cada paciente. Entretanto, não há re-
gras absolutas. Por exemplo, brocas com diâmetros
maiores não são sempre utilizadas até a profundi-
dade total do local. Da mesma forma, a profundida-
Fig. 6-33 Preparo ideal do escariador em relação à densidade
de de preparo do escariador deve ser adaptada a
óssea. No osso mole do tipo IV (à esquerda), é preferível não
cada situação clínica. alargar muito o local, a fim de permitir um assentamento firme
no osso cortical.
Nota
São recomendados implantes auto-rosqueáveis em osso de alta densidade. Para osso mole, é prefe-
rível utilizar implantes com menor capacidade de rosqueamento.
Nota
Quando o osso da região posterior da mandíbula for muito denso, o uso de implante de Plataforma
Larga pode levar a reabsorção de osso marginal durante a cicatrização. Parece preferível evitar o uso
de implantes de Plataforma Larga em osso do Tipo 1.
Nota
Quanto mais denso for o osso, maior o risco de superaquecimento, e o preparo com brocas deve ser
cuidadosamente manuseado sob ampla irrigação.
160
Proposta de seqüência de uso de brocas em função do diâmetro do implante e da densidade óssea
Densidade Broca Broca Broca Broca Broca Escariador Obtentor Broca Escariador Broca Broca Obtentor Broca Obtentor Chave
óssea redonda espiralada piloto espiralada espiralada NP de rosca espiralada RP espiralada espiralada de rosca espiralada de rosca manual
(2mm) (2a 3mm) (2,4mm) (2,8mm) NP (3mm) (3,35 mm) (3,7mm) RP (3,85mm) WP
Plataforma Estreita (3,3 mm)
Baixa + + + +
Média + + + +
1
Alta + + + + +
Baixa + + + + +
Média + + + + +
Alta + + + + + +/- +
Plataforma Regular (4 mm)
Baixa + + + + +
1
Média + + + + + + +/-
Alta + + + + + + + +/- +/-
Plataforma Larga (5 mm)
Baixa + + + + + +/-
Média + + + + + + +
Alta + + + + + + + +
Plataforma Larga (5,5 mm)
Baixa + + + + + +/- •
Média + + + + + + +/- +
Alta + + + + + + + +
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamen to
Nota
3
Nenhuma prótese provisória deve ser colocada em contato com a área operada por, no mínimo,
semanas .
Fig. 6-34 O paciente perdeu os dentes 11 Fig. 6-35 O mesmo paciente. É colocada Fig. 6·36 O mesmo paciente. Após 8 me-
ses de cicatrização, a membrana é remo-
e 21 devido a trauma. Observe a perda uma membrana não reabsorvível (Gore-
das placas ósseas vestibulares. Note a ex- Tex com reforço de titânio) sobre o defeito vida. Observe a cobertura total das ros·
posição de parte dos implantes. ósseo. A membrana é estabilizada com a cas do implante (a situação clínica após o
ajuda de microparafusos {Sistema Nol- tratamento é apresentada no Cap. 4, Figs.
wenn). 4-39 a 4-44).
Fig. 6·37 Os implantes são planejados para o segmento man- Fig. 6·38 O mesmo paciente. Uma membrana não reabsorvível
dibular direito. A crista encontra-se em forma de faca para co- (Gore-Tex) cobre a crista. É mantida afastada do osso com
locação de implante sob condições favoráveis. parafusos espaçadores. Nenhum material é colocado 1::ntre o
osso e a membrana.
Fig. 6-39 O mesmo paciente. Após 8 me- Fig. 6-40 O mesmo paciente no segundo Fig. 6-41 O mesmo paciente no acompa-
ses foi obtido um alargamento da crista estágio da cirurgia após 4 meses de cica- nhamento de 3 anos após a aplicação de
de cerca de 5 mm. trização. Observe a corticalização do osso. carga (prótese pelos Drs. J.-M. Gonzalez,
P. Rajzbaum e C. Lavai).
Nota técnica
Se apenas poucas roscas do implante forem expostas, será possível cobrir a deiscência sem mem-
brana.
---------
s,su - ---
r. · r.:•::A '
Fig. 6-43 Radiografia panorâmica pré-cirúrgica. Os implantes estão para serem colocados no segmento maxilar esquerdo (ra-
diografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian).
164
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Fig. 6-44 O mesmo paciente. Um enxerto ósseo com ossos cortical e trabecular é retirado do mento (seta) e colocado na
cavidade do seio. São recomendados 6 meses de cicatrização antes de colocar os implantes (radiografia pelos Drs. G. Pasquet
e R. Cavezian).
Fig. 6-45 O mesmo paciente 6 meses após a colocação do implante, isto é, 12 meses após o enxerto. A linha de demarcação no
local doador, no mento, desapareceu (radiografia pelos Drs. G. Pasquet e R. Cavezian).
165
Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Capítulo ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-
6
Nota
Não se deve colocar a prótese provisória em Fig. 6-47 O mesmo paciente. Vista oclusal
contato com a área operada, por um mínimo (prótese pelos Drs. D. Lebreton e S. Tis-
sier).
de três semanas.
166
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
Prótese cimentada
Examina-se a estabilidade da prótese. A saúde do tecido periimplantar é cuidadosamente avaliada, por-
que o cimento pode permanecer sob a mucosa e levar à inflamação. Na ausência de sinais de inflamação,
o paciente deve retornar aos 3 meses, 6 meses, e depois, uma ou duas vezes por ano.
Nota
Esta técnica refere-se aos pilares CeraOne, CerAdapt e TiAdapt. O procedimento começa com o
aperto dos parafusos de liga de ouro do pilar. O aperto deve ser feito com instrumento de controle
elétrico e medição de torque (valores diferentes de torque; para diferentes plataformas (ver Tab. na
pág. 55). É importante que sejam utilizados componentes adequados e que os apertos dos parafu-
sos sejam realizados corretamente, a fim de assegurar a completa tensão dos parafusos. Este é o
aperto final dos parafusos. O afrouxamento não pode ser examinado depois da cimentação, e os
sinais de alarme, assim como a fratura do parafuso são difíceis de identificar. A cimentação tempo-
rária não é uma solução para a recuperação, porque a estabilidade a longo prazo da junção de
cimento é imprevisível.
Devido a essas limitações, esta opção é recomendada apenas para situações em que os fatores
de risco biomecânicos são pequenos (ver Cap. 3). É importante, também, assegurar uma boa união
do cimento, porque se ele se dissolver ou se quebrar em um pilar ele não deverá ser percebido, mas
levará a uma distribuição de força desfavorável.
Depois que a provável etiologia da inflamação for eliminada, o paciente deverá ser examinado no tercei-
ro mês. Se os sintomas persistirem, deverá ser feito um exame periodontal e periimplantar mais avançado.
167
Capítulo 6 Seqüência de Tratamento e Protocolo de Planejamento
- - - -- -- -
Implantes rosqueáveis
Langer B, Langer L, Herrmann 1, Jõrnéus L. The wide fixture: A Lacan A, Michelin J, Dana A, Levy L, Meyer O. Nouvelle imagerie
solution for special bone situations and a rescue for a com- dentaire. Paris: COP, 1993.
168
Capítulo 7
Foi organizado um encontro com cerca de 20 den- parados para responder a uma pergunta importan-
tistas para discutir o tema da comunicação. Durante te: "Uma cirurgia para implante dói?"
o encontro, foram levantadas as seguintes questões: A boa comunicação é indispensável no relacio-
"Como transmitir confiança a um paciente que está namento do clínico com o paciente - não para ser
com medo de sentir dor durante a cirurgia para im- capaz de convencê-lo a qualquer preço e assegurar
plante? Pode-se convencer alguém de que a colo- que o paciente decida receber implantes, mas para
cação de implante não é dolorosa?" melhor entender as necessidades do paciente e res-
Após algumas ponderações, os participantes de- ponder a suas incertezas.
ram várias respostas:
169
-
Capítulo 7 Relacionamento com os Pacientes
Quanto custa?
'"?
DOI. O custo deste tratamento ainda é geralmente eleva-
Os implantes são colocados de forma não traumáti-
do. Com mais freqüência, é igual ao preço de res-
ca e o osso é manipulado com suavidade para re-
taurações fixas convencionais, mas de alta con-
duzir o risco de insucesso. Todas as seqüências da
fiabilidade comprovada, a longo prazo. Uma avalia-
operação são realizadas muito suavemente, de for-
ção financeira séria deve ser feita antes do início do
ma parecida com a microcirurgia. A intervenção é
tratamento. Entretanto, algumas vezes é necessá-
muito menos dolorida que a remoção do terceiro mo-
rio esperar pelo exame periimplantar (tomografia
lar. O único efeito posterior está associado ao des-
computadorizada, modelo dentário, etc.) para se
prendimento da gengiva e deve ocorrer inchaço, em
fazer uma avaliação do custo total.
uma intensidade que varia de paciente a paciente.
Não é necessário mais que um dia de medicação
para aliviar a dor. Não sofrem rejeição, algumas vezes?
Não existe rejeição imunológica a implantes de ti-
tânio. O titânio comercial puro é perfeitamente bio-
Quanto tempo os implantes duram? compatível e aceito pelo organismo. Isto não signifi-
Estatisticamente, os implantes poderiam permane- ca 100% de taxa de sucesso, mas o insucesso é
cer fixos pelo resto da vida do receptor. A taxa de manifestado por uma leve mobilidade e sensibilida-
sucesso é de 90 a 99%, dependendo da situação de ao redor do implante. O implante é removido em
clínica. A prótese implantossuportada pode ser con- tais situações, e pode ser substituído por outro im-
siderada como dente natural e reagirá de uma for- plante do mesmo tamanho após a cicatrização.
ma semelhante. Uma sobrecarga oclusal pode levar São extremamente raras as reações inflamató-
à fratura do material e uma má higiene bucal ao rias (osteítes), que levam à dor.
170
J Capítulo 7 Relacionamento com os Pacientes
• Dinheiro
• Cirurgia
• Sala de operações Leituras recomendadas
• Rejeição
• Insucesso De Bruyn H, Collaert B, Linden U, Bjõrn AL. Patient's opinion
and treatment outcome of fixed rehabilitation on Brânemark
• Prótese sem esperança implants: A 3-year follow-up study in private dental practices.
Clin Oral lmplants Res 1997; 8:265-271.
Este paciente, certamente, não pensará: " um Rozencweig D. Des eles pour réussir au cabinet dentaire. Paris:
parafuso de titânio, com 3,75 mm de diâmetro e 10 Quintessence lnternational, 1998.
171
Capítulo 8
Complicações
Mobilidade do implante após a sua Preparo impreciso do osso Remova o implante e recoloque com outro
colocação mole diâmetro maior. Se a mobilidade for peque-
na, prolongue o tempo de cicatrização.
Linhas de implante expostas Crista muito estreita Cubra as linhas com coágulo ou colo·
que uma membrana.
Inchaço vestibular, diretamente após a Incisão sublingual de um ramo Emergência: encaminhar o paciente a
colocação do implante, na sínfise man- de artéria um centro especializado em coagula-
dibular ção da artéria, sob anestesia geral.
Muita dor pós-operatória, após Osteíte devido a um preparo muito Remova o implante afetado.
alguns dias agressivo ou a uma contaminação
bacteriológica
Parafuso de cobertura exposto, após Parafuso de cobertura não colocado Nunca tente reapertar o parafuso de cober-
algumas semanas na profundidada suficiente; mucosa lura. Prescreva rigorosa higiene bucal.
afilada.
Pressão no tecido pala prótase provi- Evite a prótese provisória.
sória
Abscesso ao redor de um parafuso de Implante não está integrando (pe- Remova o implante.
cobertura, após algumas semanas quana probabilidade)
173
Capítulo 8 Complicações
Implante levemente sensível, mas Ossoointegração imperfeita Cubra o implante de 2 a 3 meses e teste
perfeitamente sem mobilidade novamente.
Dificuldade de unir perfeitamente o Fresamento insuficiente do osso. Aplique anestesia local, utilize uma
pilar ao implante. fresadeira de osso com guia, remova o
osso, limpe com solução salina e
recoloque o pilar.
Tecido granulado ao redor da cabeça Colocação traumática do implante. Abra a área e desinfete-a com
do implante Compressão da prótese provisória. clorexidina. Se a lesão for muito exten-
Pressão sobre o parafuso de cober- sa, considerar uma regeneração óssea
tura. ou uma técnica de enxerto.
Dor ou sensação quando se apertam Desajuste entre a prótese e os pilares Corte a prótese, entrelace as peças e
parafusos de ouro (durante a prova da solde a prótese no laboratório.
prótese) Reexperimente a prótese.
Afrouxamento de um ou mais parafu- Problema oclusal Reaperte, verifique a oclusão e após duas
sos na primeira inspeção, após 2 se- semanas verifique novamente.
manas
Afrouxamento de parafusos protéticos Problema oclusal ou desajuste entre Verifique a oclusão e/ou o ajuste
na segunda inspeção, ou depois a prótese e os pilares protético.
Abscesso perto de um implante Desajuste do pilar ao implante Verifique o ajuste do pilar com uma ra-
diografia. Remova o pilar, esterilize-o,
. remova o tecido granulado, desinfete
com clorexidina e recoloque o pilar.
Fratura de um parafuso protético ou Problema oclusal, falta de ajuste en- Se a oclusão ou a adaptação da prótese
parafuso do pilar tre a prótese e o pilar ou planejamen- parecer correta, modifique o plano
to protético desfavorável protético (reduza ou elimine extensões,
reduza a largura das superfícies
oclusais, reduza a inclinação cuspa!,
adicione implantes, etc.).
174
Capítulo 8 Complicações
Fratura da estrutura Estrutura metálica definitiva fraca ou Refaça a prótese. Modifique o planeja-
extensão muito grande menta protético (reduza ou elimine ex-
tensões, reduza a largura e a altura das
superfícies oclusais, reduza a inclinação
cuspal, adicione implantes, etc.).
1. Perda óssea continuada ao redor de Infecção (periimplantite) Remova os fatores etiológicos (controle
um ou mais implantes de placa inadequado, geometria da pró-
tese em relação à mucosa, etc.). Procu-
re bolsas bacterianas ao redor dos den-
tes naturais. Se possível, faça um teste
bacteriano. Abra a lesão. Ajuste os teci-
dos periimplantares (enxerto gengival).
Cogite uma regeneração óssea.
2. Perda óssea continuada ao redor de Sobrecarga oclusal Modifique o planejamento protético (redu-
um ou mais implantes za ou elimine extensões, reduza a largura
das superfícies oclusais, reduza a incli-
nação cuspal, adicione implantes, etc.).
175
Capítulo 8 Complicações
176