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OZONIOTERAPIA: SUAS DIVERSAS APLICAÇÕES CLÍNICAS E

PERSPECTIVAS PARA O TRATAMENTO DA ÚLCERA VENOSA

Patrícia de C. Severo Fabrícia Müller Josiane S. M. Carvalho


Departamento de Farmácia - União Metropolitana para Educação e Cultura-UNIME, Brasil.

Resumo aos critérios citados e trabalhos cujas informações não


complementassem os já selecionados. Como resultados
A ozonioterapia é uma metodologia aprovada e foram selecionados 42 trabalhos, dos quais seis são
aplicada em vários países, para várias finalidades documentos do Ministério da Saúde, Conselhos
clínicas, incluindo as lesões de membros inferiores, Federais, Sociedades ou Associações. Os demais são
como as úlceras venosas. No Brasil, a odontologia já estudos clínicos, relatos de casos e estudos
utiliza esse recurso amplamente. Em 2018, através da experimentais. De forma marcante, são apresentados
portaria 702 do Ministério da Saúde, a ozonioterapia dados da melhora dos aspectos investigados, com
foi regulamentada como Prática Integrativa, para os relatos de elevada aceitação dos pacientes e redução
pacientes do SUS em algumas situações muito significativa dos custos do tratamento.
específicas e sob caráter experimental e alternativo.
Como vantagens, são registradas reduções importantes Palavras-chave: ozônio, ozonioterapia, cicatrização,
no tempo de recuperação, maior efetividade e maior feridas crônicas, úlcera venosa, ozone therapy, healing,
adesão do paciente, com menor custo total do venous ulcer.
tratamento. Este estudo tem por objetivo reunir Contatos:
informações sobre a metodologia, países que já
utilizam, as finalidades clínicas já descritas, discutir as Patríciasevero,fabriciamfarm,jomartins
carvalho{@hotmail.com}
vantagens em relação ao tratamento convencional, em
especial nos pacientes portadores de lesões de membro
inferior, como a úlcera venosa, assim como as suas
restrições de uso. Como metodologia, este artigo é uma 1. Introdução: Úlcera crônica de
revisão baseada em trabalhos publicados sobre o membro inferior
ozônio, formas de preparo, as apresentações
farmacêuticas mais empregadas e vias de
administração, a ozonioterapia em estudos A úlcera crônica de membro inferior é uma
experimentais, em aplicações clínicas e relatos de caso, enfermidade que acomete pessoas no mundo inteiro,
mecanismo(s) de ação, efeitos adversos, possíveis conforme dados de Aguiar et al. [2016], 1 a 2% da
limitações do uso e custos do tratamento. Foram população mundial, com prevalência de 4% em
pesquisados artigos entre os anos de 2000 e 2019, pessoas acima de 65 anos. A úlcera de perna, em
através dos portais: Scielo, Pubmed, Lilacs, MedLine e aproximadamente 75% dos casos, é causada pela
Google Acadêmico, assim como publicações de insuficiência venosa crônica. A úlcera venosa é uma
Mestrado/Doutorado, em português, espanhol e inglês. anomalia no fluxo sanguíneo, em que o organismo, na
Os descritores usados foram: ozônio, ozonioterapia, tentativa de reestabelecer o equilíbrio, promove o
cicatrização, feridas crônicas, úlcera venosa, ozone aumento da pressão venosa, sem sucesso, o que causa o
therapy, healing, venous ulcer. Os critérios de exclusão refluxo sanguíneo e o acúmulo do sangue na região
foram: estudos que não correspondessem exatamente próxima ao maléolo medial ficando assim o local mais

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susceptível ao desenvolvimento da ferida por um
simples atrito, desencadeando assim a lesão
Este estudo tem por objetivos trazer informações
[Guimarães e Nogueira 2010].
históricas e atuais sobre a ozonioterapia: formas de
obtenção e uso, mecanismo(s) de ação, a crescente
utilização em situações clínicas distintas e a
Na maioria das vezes o início é lento, devendo
comprovação in vivo da sua eficácia. Também nos
questionar o histórico de trombose venosa profunda
preocupamos em abordar as possíveis limitações de
não diagnosticada, edemas em gestação, imobilização
uso, efeitos tóxicos e teratogênicos e comparação de
de membro inferior por engessamento ou repouso em
inclusive nas úlceras crônicas de membros inferiores,
leito prolongadamente. A úlcera venosa deve ser
que causam tanto sofrimento aos pacientes.
diferenciada das demais causas de úlceras dos
membros inferiores, como: insuficiência arterial,
neuropatia, artrite reumatoide, anemia falciforme,
linfedema, por exemplo, as quais não cicatrizam dentro 2. Metodologia
de seis semanas. Há dor em grau variável, que
geralmente piora ao final do dia e melhora com a
elevação do membro, edema de tornozelo, eritema e Este artigo é uma revisão baseada em trabalhos
descamação ao redor da úlcera. publicados sobre o ozônio, suas formas de preparo, as
apresentações farmacêuticas mais empregadas e vias
de administração, a ozonioterapia em estudos
É possível a ocorrência de infecções bacterianas experimentais, em aplicações clínicas e relatos de caso,
por Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e mecanismo(s) de ação, efeitos adversos, possíveis
Pseudomonas aeruginosa, principalmente [Abbade et limitações do uso e custos do tratamento. Foram
al. 2006; Aguia et al. 2005; Reis 2013; Silva et al. pesquisados artigos entre os anos de 2000 a 2019,
2009; Vicentim et al. 2009]. Em Jequié, Bahia, um através dos portais: Scielo, Pubmed, Lilacs, MedLine e
estudo mostrou predominância do sexo feminino, na Google Acadêmico, assim como publicações de
maioria da cor branca, com idade média de 72 anos Mestrado ou Doutorado, em português, espanhol e
(60 a 84) [Aguiar et al. 2016]. inglês. Os descritores usados foram: ozônio,
ozonioterapia, cicatrização, feridas crônicas,
úlceravenosa, ozone therapy, healing, venous ulcer. Os
Por serem doenças de difícil cicatrização, requerem critérios de exclusão foram: estudos que não
muita paciência, persistência, adesão total ao correspondessem exatamente aos critérios citados e
tratamento, equipe multidisciplinar treinada e trabalhos cujas informações não complementassem os
sensibilizada, afastamento das atividades laborais ou já selecionados.
mesmo aposentadoria, compreensão e participação dos
familiares. Tudo isso gera altos custos emocionais e
financeiros, e impacta definitivamente no orçamento 3. Resultados
familiar, do sistema público de saúde ou do sistema
suplementar de saúde [Santa´ana 2011].
Em um total de 42 estudos selecionados para esta
revisão, seis são documentos do Ministério da Saúde
A escolha do produto tópico deve promover uma ou de Conselhos Federais ou Sociedades e
cobertura simples, de baixo custo e que não promova a Associações. O quadro 1 mostra a quantidade de
adesão da ferida no curativo. Em Goiás, 58 pacientes referências selecionadas de acordo com o período da
foram estudados, com um total de 102 feridas, entre busca, com destaque para o aumento nos últimos anos,
outubro de 2009 e julho de 2010 [Sant´ana 2011]. o que mostra maior interesse sobre o tema e a
Desses, mais de 50% tinham histórico de recidiva, 8/58 necessidade de mais esclarecimentos.
pessoas possuíam lesões nos dois membros inferiores;
foi observado também que 37/58 possuíam apenas uma
lesão, 7/58 possuíam mais de 3 úlceras e 24/58
conviviam com essa realidade há pelo menos 10 anos.

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aprovou o relatório da Comissão de Ozonioterapia
(março/2019). O Conselho Federal de Medicina
Veterinária e o de Medicina (CFM) ainda não
reconheceram, com a justificativa de que os resultados
existentes são frágeis, classificando a tecnologia como
experimental. Em 2018, o Ministério da Saúde incluiu
a ozonioterapia nas Práticas Integrativas e
3.1. Ozonioterapia: um potente recurso
Complementares do SUS para as áreas de odontologia,
terapêutico.
neurologia e oncologia, sob recomendação médica e
assinatura de termo de consentimento pelo paciente.
A história do ozônio (O3) está atrelada ao químico
alemão Cristian Friedrick Schönbein (1799-1868). A obtenção do óleo ou da água ozonizada se dá
Com essa descoberta, Dr. Werner Von Siemens (1816 através do borbulhamento do ozônio no líquido. O óleo
a 1892) criou um aparelho para produção de ozônio pode ser de girassol, oliva, coco, gergelim ou outras
através de descargas elétricas sobre os átomos de fontes de ácidos graxos insaturados, como os ácidos
oxigênio, conhecido como gerador de alta frequência, oleico, eicosapentanoico ou o docosahexaenoico [Silva
em 1857. Em 1914 o O3 é usado para fins terapêuticos e Silveira 2017]. O óleo é ozonizado sob pressão e
na primeira guerra mundial (1914 a 1918), em soldados deve ser armazenado em recipiente de vidro para evitar
com gangrena, abscessos e fraturas, de forma bem a sua degradação e contaminação, assim permanecendo
sucedida. Em 1975 se iniciou o uso terapêutico no por até dois anos. Os ácidos graxos insaturados
Brasil [Oliveira 2011; Ferreira et al. 2013]. ozonizados se transformam em moléculas de 1,2,4-
trioxolano, com propriedade de acelerar a cicatrização
de feridas. O óleo também serve como barreira de
A ozonioterapia tem indicações em diversas proteção [Xiaoqi, W 2018].
patologias humanas (oncológicas, gerontológicas,
dermatológicas, odontológicas) e veterinárias,
isoladamente ou como coadjuvante, tendo destaque As formas de administração podem ser óleo, pela
para as doenças infecciosas agudas e crônicas, via tópica; a via de insuflação retal é indicada para
tratamentos estéticos, queimaduras de primeiro e doença de Crohn, colite, síndrome do intestino
segundo graus, psoríase, herpes-zoster e no tratamento irritável, imunoestimulação, adjuvantes contra o
de feridas de difícil cicatrização, como o pé diabético câncer, hepatites A, B e C; auto-hemoterapia, onde
[Ferreira et al. 2013; Morette 2011]. parte do plasma do paciente recebe entre 10 a 80
g/mL da mistura O3/O2 (ex vivo) e é reinfundido pela
via intravenosa para tratamento de doenças arteriais,
O O3 é um gás triatômico mais instável o O2. Uma infecções, artrite reumática, imunoestimulação e em
molécula de oxigênio (O2) sofre uma quebra sob a ação oncologia;a via intrarticular, na situações de
de raios UV ou pela descarga elétrica e promove a osteoartrose; a via ntralesional, que é indicada para
dissociação dos átomos de oxigênio. Em seguida cada feridas externas [Anzolin et al, 2018; Penildo et al.
átomo reativo se conjuga a outra molécula de O2, 2010]. Outras vias possíveis são a administração
dando origem ao ozônio (O3) [Morette 2011]. intramuscular direta, intradiscal paravertebral,
insuflação em mucosas nasal, tubal, vaginal, oral,
vesical, pleural e peritoneal [Smith et al. 2017]
Em países como Alemanha, Portugal, Espanha,
França, Cuba, Grécia, Itália China, Japão, Egito,
Turquia, Rússia, Estados Unidos da América, a Em meio aquoso, o ozônio tem um tempo de meia
ozonioterapia já é regulamentada para muitas vida de aproximadamente 55 minutos [Oliveira 2007].
finalidades. No Brasil, apesar do uso ter iniciado há 44 Quando preparado a 20oC, sua meia vida aumenta para
anos, ainda não é uma realidade amplamente aprovada 10 horas. Assim, se recomenda que seja preparado na
pelos conselhos de saúde. O Conselho Federal de hora do uso. Temperatura, pH do meio, volume e fluxo
Odontologia reconheceu a ozonioterapia (resolução utilizado interferem na velocidade da degradação do
CFO 166/2015), o Conselho Federal de Enfermagem

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ozônio. O ozônio é um importante agente oxidante. Ele quantidade do radical malonildialdeído, um marcador
reage bem com compostos insaturados (anéis de lesão de membrana celular.
aromáticos, por exemplo), quebram ligações C-C com
velocidades diferentes a depender da composição
química da molécula alvo: na presença do cloro é mais O ozônio aumenta a respiração mitocondrial, a
lento do que na presença de hidroxila. Em meio expressão de fosfofrutoquinase e 2,3-difosfoglicerato
aquoso, o principal agente iniciador da degradação é o (2,3-DFG), desvio à direita do efeito Bohr e maior
ânion hidroxila (HO-). Assim, a união do O3 com o dissociação do oxigênio aos tecidos, em especial nas
HO- gera ânion radical superóxido (O2-) e do radical áreas isquêmicas. Há também aumento da produção de
hidroperoxila (HO2) e alguns outros compostos prostaciclina e da expressão de óxido nítrico sintetase,
intermediários, em um processo complexo, que com aumento de óxido nítrico, ambos agentes
culmina com a formação de radical hidroxila (OH). vasodilatadores. Em medula óssea, com aplicações
Compostos orgânicos também podem promover a repetidas, também se observa estímulo à eritrogênese.
reação e gerar compostos radicais orgânicos ROO que
vão participar das demais etapas do processo
bioquímico. Ao final, três moléculas de ozônio geram Estudos com camundongos sobre
dois radicais hidroxilas e quatro moléculas de O2 [Di isquemia/reperfusão mostram que há benefícios no
Mauro et al. 2019]. O ozônio tem afinidade aos tratamento de complicações cerebrais, hepáticas,
grupamentos sulfidrila, como no glutation. Reage renais, pós-transplante e pancreáticas. Nos estudos in
também com aminoácidos (metionina, triptofano, vivo pós-transplante renal, observou-se que O3 inibiu a
cisteína), ácidos nucleicos, ácidos graxos poli- produção de endotelina-1, um agente vasoconstritor
insaturados e fosfolipídeos e lipoproteínas da parede [Smith et al, 2017].
bacteriana com a formação das espécies reativas de
oxigênio, como o peróxido de hidrogênio (H2O2),
hidroperóxido e produtos de peroxidação lipídica, A ozonioterapia vem mostrando capacidade de
como radical lipoperoxil, malonildialdeído, estimular a produção de compostos vasoativos e fatores
isoprostanos e 4-hidroxinonenal 4-HNE) [Penido et al. de crescimento. Clavo et al. [2004], publicaram estudo
2010; Smith et al. 2017; Di Mauro et al. 2019]. sobre a ozonioterapia em situação de isquemia
muscular, em que 22 pacientes e 3 voluntários sadios
foram submetidos a infusões intravenosas e avaliados
Os derivados do ozônio desencadeiam um quadro de forma prospectiva. Foi observado que o fluxo
de stress oxidativo, o qual estimula a ativação de sanguíneo melhorou nos pacientes de maior idade e
fatores de transcrição, como o Fator 2 relacionado ao nos que tinham pior oxigenação muscular antes do
fator eritróide (Nrf2). Em seguida há o aumento da tratamento. Em 2011, os autores estudaram os efeitos
concentração de elementos antioxidantes, como as da ozonioterapia em situações de isquemia e
enzimas superóxido dismutase (SOD), glutation hipometabolismo cerebral.
peroxidase (GPx), glutation S-transferase (GST),
catalase, hemeoxigenase-1, proteínas de choque
térmico 32 e 70 (HSP) e enzimas da fase II do São atribuídos à ozonioterapia diversos efeitos
metabolismo de drogas. Tais compostos funcionam biológicos, como maior oferta de oxigênio aos tecidos,
como rastreadores de radicais livres em nosso redução da adesão plaquetária, estímulo do sistema de
organismo, os quais são importantes na fisiopatologia crescimento do tecido granular, melhora da passagem
de muitas condições clínicas [Travagli et al. 2010; dos eritrócitos pelos vasos capilares, além de ter efeito
Smith et al. 2017]. como analgésico e anti-inflamatório [Silva et al. 2008].

Estudos apontam as HSP como importantes agentes Suas ações antiparasitárias envolvem a oxidação
citoprotetores em inflamações, doenças degenerativas, dos lipídeos poli-insaturados, lipoproteínas e
câncer e envelhecimento e o ozônio como modulador fosfolipídeos da parede celular e da membrana de
da atividade da enzima prostaglandina endoperóxido bactérias aeróbias anaeróbias, gram positivas e gram
sintase. Ainda, vem sendo mostrada a redução da negativas, fungos e protozoários, com perda da

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proteção e maior penetração para a oxidação de
glicoproteínas, glicolipídeos e bloqueio de enzimas
Aghaei et al. [2019], estudaram 30 pacientes
funcionais com consequências letais para o
comprovadamente portadores de leishmaniose cutânea
microrganismo. Ainda, oxidação das glicoproteínas e
com até 3 lesões de 1 a 5 cm2. 15 pacientes receberam
lipoproteínas do envelope viral e redução da ligação
apenas injeção intramuscular do antimonial
com a célula alvo. Estudos apontam que há uma
pentavalente padrão (20 mg Sb5+/ Kg/dia, 20 dias),
alteração da proteína de 24 KDa do nucleocapsídeo
sendo o grupo casos-controle. Os outros 15
viral (p24) do HIV, que tem função de envolver as fitas
pacientes(casos-teste) receberam o mesmo esquema de
de RNA e as enzimas integrasse e protease [Oliveira
antimonial associado com o óleo de oliva saturado
2007; Silva et al. 2008; Smith et al. 2017; Xiaoqi
com ozônio (0,5 mL/mm2, 2 vezes/dia, 8 semanas).
2018]. Em estudo conduzido por Gulmen et al.
Após 8 semanas de acompanhamento semanal, viu-se
[2013],camundongos foram infectados com cepa de
que o tempo total de reepitelização do grupo teste foi
Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA)
significativamente menor do que o controle, com
e tratados com vancomicina (40 mg/Kg/d) associada ou
melhor aspecto da cicatrização e sem queixas
não com ozonioterapia (70 g/mL; 1 mg/Kg/d), por 10
relacionadas ao ozônio. Quanto aos efeitos
dias. Os resultados mostraram uma importante redução
imunológicos, foram descritos: aumento da produção
da inflamação e da infecção quando há a associação.
de IL-2, TNF-, IFN-, ativação da via do NF-B e
fator de crescimento e transformação- (TGF-) pela
via da tirosina quinase, aumento da produção de
Em uma Brief Comunication, Oliver et al. [2019],
citocinas, estímulo do remodelamento tissular. Há
estudaram métodos para a eliminação de biofilme de
inibição da produção de prostaglandina, estímulo da
Pseudomonas aeruginosa em lentes de contato. Água
bradicinina e aumento da ação de monócitos,
destilada saturada com ozônio foi comparada com
macrófagos e granulócitos [Smith, 2017].
solução de clorexidina, ultrassom e duas soluções
comerciais desinfetantes. Todos os meios foram
eficazes em reduzir a carga bacteriana ao nível da
desinfecção das lentes, mas apenas clorexidina e 3.2. Ozonioterapia para o tratamento de úlceras de
ozônio impediram o crescimento bacteriano membros associadas a diabetes ou úlceras venosas.
subsequente. Na Croácia, Halbauer et al. [2013],
analisaram o perfil bacteriano em 20 pacientes
submetidos a instrumentação de esvaziamento do canal A seguir, alguns resumos de artigos sobre atemática:
radicular antes e após a aplicação de gás ozônio por
40segundos. Das 22 espécies de bactérias aeróbias e 14
anaeróbias identificadas, houve redução de 82% da Schwartz et al. 2019: Relato de caso de uma
quantidade total de bactérias, das quais a redução foi mulher, 48 anos, DM2 descompensada, semi-
de 93% das anaeróbias e 67% das aeróbias. Dentre os inconsciente, com necrose, lesão séptica do 4º dedo e
gêneros identificados estavam: Streptococcus, da parte dorsal do pé direito, exposição de osso, tendão
Neisseria, Staphylococcus, Corynebacterium, e músculo. Fez uso de ozônio em distintas formas:
Pseudomonas, e outras aeróbias menos frequentes; infusão venosa de solução salina ozonizada (2x dia),
Propionibacterium, Prevotella, Veilonella, e outras bolsa com catéter de ozônio diretamente no osso (2x
anaeróbias. dia), insuflação retal e óleo ozonizado diariamente,
antibioticoterapia e controle glicêmico. Após 6 meses,
a paciente recebeu alta, sem amputação e lesão
Rajabi et al. [2015], em estudo comparativo in totalmente cicatrizada.
vitro, observaram que promastigotas de culturas de Zhou et al. 2016: Estudo clínico em que 92
Leismania major acrescidas com óleo de oliva pacientes foram divididos em: Grupo OL (banho de
ozonizado tiveram menor taxa de sobrevida do que ozônio prévio à laserterapia) e grupo L (laserterapia
quando cultivadas com glucantime. A concentração apenas) por mínimo de 12 meses. Ao final, a oclusão
capaz de inibir o crescimento em 50% (IC50%) com o das lesões não foi diferente, mas a velocidade da
óleo foi de 0,002 mg/mL contra 165 mg/mL de cicatrização foi superior no grupo OL, assim como o
glucantime.

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nível de satisfação dos pacientes. Os autores histológica.
reforçaram que a técnica é segura e exequível.

Zhang et al. 2014: 50 pacientes com DM2 foram


Borrelli et al. 2015: Relatos de 40 casos (27 randomizados em dois grupos: Grupo A: tratamento
homens e 13 mulheres), com idade média de 70 anos, tradicional associado com aplicação de ozônio (20-50
submetidos a autohemato-ozonioterapia (O3-AHT). mL, 30 min/dia, 20 dias) e grupo B: apenas tratamento
Todos classificados como refratários a cirurgias e ao tradicional. A cicatrização foi medida e das biopsias
tratamento ortodoxo, tempo médio das lesões de 20 foram dosados: Fator de Crescimento Endotelial
meses (3 a 200), área média de 19 cm2 (0, 5 a 200). Vascular (VEGF), Fator de Transformação e
Após 20 sessões em média (10 a 200), 32 tiveram uma Crescimento (TGF-) e Fator de Crescimento
recuperação completa com incalculável melhora da Derivado de Plaqueta (PDGF). Todos os parâmetros
autoestima e qualidade de vida. As figuras 1 e 2 avaliados foram significativamente superiores no grupo
ilustram o antes e o depois do paciente 29 (assim tratado com ozônio.
identificado no trabalho original).

3.3. Riscos e contraindicações

De forma geral a ozonioterapia é um recurso


terapêutico de baixo risco toxicológico. Há raros
relatos de hematoma, dor ou “queimação” no local da
injeção, até crise vagal, perfeitamente evitados com a
melhora da execução da técnica [Latini et al. 2019].
Quando em elevadas concentrações, podem gerar,
náusea, vômito, irritação nas vias aéreas superiores,
cefaleia, fadiga e letargia. O risco de embolia pulmonar
deve sempre ser lembrado quando se faz a hemo-
ozonização. Marchetti et al. [2000], relataram um óbito
por embolia durante sessão de auto-hemotransfusão
para tratamento de psoríase. Gatos expostos a inalação
de 1 ppm do gás apresentaram redução da fase REM
do sono e prolongamento da fase do sono de ondas
lentas. Foi observado que, na inalação de elevadas
Solovăstru et al. 2015: Pacientes randomicamente concentrações, há a formação dos produtos da
divididos entre grupo 1, uso de spray de óleo ozonização lipídica (LOPs), H2O2 e compostos
ozonizado associado com -bisabolol e grupo 2, aldeídicos. Os LOPs têm capacidade de ativar a
controle, uso de creme contendo vitaminas A e E, talco transdução de sinais para a síntese de fosfolipase C e
e óxido de zinco. Ambos fizeram uso diariamente por fosfolipase A2, formação de ácido araquidônico com a
30 dias. O grupo 1 teve respostas melhores, tanto em produção de prostaglandina, um agente inflamatório, e
tempo de cicatrização, quanto em qualidade de tromboxano A2, agente vasoconstritor e agregante
plaquetário [Masaru et al. 2011], além de agentes
quimioatraentes de monócitos e granulócitos [Di
Mauro et al. 2018].

O uso de ozonizadores que controlam


precisamente a concentração de ozônio, o controle da
velocidade da infusão e o treinamento adequado do
profissional são recursos que aumentam a segurança ao
paciente [Marques 2015; Morette 2011].

220
técnica, o que exige treinamento específico e
atualização constante do profissional.
Xiaoqi [2018] relata que dada a segurança, é
possível que seja empregado em crianças, idosos, em
especial nos casos de doenças dermatológicas
3.4. Análise dos custos da Ozonioterapia
refratárias, ou quando não toleram os efeitos adversos
dos medicamentos existentes. Em Arenas et al. [2018],
crianças com paralisia cerebral por motivos
Em 2017, a população brasileira era de
isquêmicos, com idades variando de um mês a 8 anos,
foram submetidas a sessões de insuflação retal e foi aproximadamente 208 milhões, com expectativa de
observado que mais de 50% delas apresentaram ganhos vida de 72 anos e gastos com a saúde correspondentes
a 9% do PIB anual. Dessa população, 77% faziam uso
quanto ao tônus muscular e capacidade motora.
do serviço público de saúde (SUS) versus 23% que
Quanto à capacidade embriotóxica e teratogênica, usavam o serviço suplementar. Em 2030 a expectativa
no trabalho publicado por Cepero et al. [2018], foram de vida será de 80 anos, com previsão de gasto com a
estudadas 49 fêmeas Wistar grávidas e que receberam saúde em torno de 30% do PIB. São esperadas mais
ozônio por insuflação retal. Tanto os parâmetros doenças crônicas, incluindo as úlceras de membros
maternos quanto os fetais foram avaliados e não se inferiores, o que poderá onerar ainda mais os cofres
observou característica de toxicidade. A mesma autora públicos e o orçamento das famílias.
ressalta a ampla e aclamada utilização da ozonioterapia
em mulheres, tanto no consultório ginecológico,
quanto obstétrico, em Cuba. Ainda, relata estudos No trabalho de Ramalho [2017], intitulado “Análise
dedicados ao tratamento de infertilidade e Econômico-Financeira do Uso da Ozonioterapia como
acompanhamento de gestantes com ameaça de aborto. Parte do Tratamento de Patologias”, ela defende que a
Em todas as situações, há vantagens nos grupos que ozonioterapia reduz gastos com consultas, cirurgias,
receberam ozônio, tanto com relação à duração da amputações de membros, curativos e medicamentos. A
gestação e parto fisiológico, peso e tamanho dos bebês, autora relata que, em 2017, a cada hora, o Brasil
quanto à quantidade das mulheres que conseguiram realizava 11 amputações de pacientes diabéticos (pé
engravidar e o tempo entre o procedimento e a diabético). Em 2010, 6% da população adulta do Brasil
concepção. Ainda assim, há a necessidade de mais tinha Diabetes Mellitus (7,6 milhões), das quais,
estudos para definir a sua categoria de risco aproximadamente 15% necessitaram realizar a
teratogênico. mutilação. Esse estudo mostra que o tempo médio de
hospitalização desses pacientes sem ozonioterapia foi
de 27,7 dias, com custo total médio do SUS de
A ozonioterapia é contraindicada em gestantes, R$4.025.582.706. Com a utilização da ozonioterapia,
pessoas portadoras de anemia hemolítica por os valores caíram para R$3.110.611.843,20, em média
deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD), e o tempo médio de hospitalização foi de 21,52 dias,
hipertireoidismo e em doença cardiovascular, sendo como apresentado na tabela 1. Esses dados alarmantes
necessários exames prévios específicos para a correta e trágicos poderão ser bem menores quando a
tomada de decisão [Penido et al. 2010; Silva e Silveira ozonioterapia for aprovada para essa finalidade, assim
2017]. como em úlceras venosas. Até o presente, não
localizamos nenhum outro estudo que aponte de forma
clara e objetiva os impactos financeiros relacionados
São muitos os esforços para que essa tecnologia com a adoção dessa tecnologia.
altamente promissora seja empregada de forma plena,
com vantagens importantes aos diversos tipos de
pacientes e situações clínicas, com atenção especial à
redução dos custos, do tempo para a recuperação e a
simplicidade da sua realização, associada aos poucos
efeitos adversos relatados, os quais podem ser
perfeitamente evitados através da correta execução da

221
saúde suplementar em permitir oficialmente que a
ozonioterapia possa ser mais aplicada, para
reduzir/erradicar tanto as lesões crônicas por diabetes,
quanto as úlceras venosas de membros inferiores.

Agradecimentos

Agradecemos imensamente a Deus pelas


oportunidades e as pessoas que incentivaram e que
contribuíram para a realização deste trabalho.
4. Conclusão
Referências
Este trabalho reuniu informações acerca da extensa
aplicabilidade da terapia com ozônio, suas vantagens,
desvantagens e limitações do uso. Em todos os ABBADE, Luciana Patrícia Fernandes; LASTÓRIA, Sidnei,
2006. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de
trabalhos incluídos neste artigo, de todos os países,
etiologia venosa. Anais Brasileiros de Dermatologia, São
experimentais ou clínicos, houve uma pujante melhora Paulo 81(6).
de praticamente todos os aspectos investigados.

AGHAEI, Maryam ; AGHAEI, Shahrzad; SOKHANVARI,


Mesmo quando usado de forma coadjuvante, a Fatemeh; ANSARI, Nazli; HOSSEINI, Sayed Mohsen;
ozonioterapia ajudou a reduzir o tempo de resolução do MOHAGHEGH, Mohammad-Ali; HEJAZI, Seyed
quadro clínico nas diversas situações, em especial, as Hossein, 2019. The therapeutic effect of ozonated olive
úlceras venosas, com a aceleração da cicatrização, e a oil plus glucantime on human cutaneous leishmaniasis.
elevada aceitação dos pacientes, que rapidamente Iranian Journal of Basic Medical Sciences, 25-30.
percebem os benefícios e colaboram com o tratamento.
Em todos os artigos aqui incluídos para todas as
AGUIAR, de ET; PINTO, LJ; FIGUEIREDO, MA;
situações investigadas, os relatos apontam o quanto SAVINO, Neto S., 2005. Diretrizes sobre Diagnóstico,
Prevenção e Tratamento da Sociedade Brasileira de

essa tecnologia é promissora. Seu uso aplicado às


úlceras venosas ainda não foi aprovado, mas os estudos Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) - Úlcera de
realizados conduzem para esse desfecho. Insuficiência Venosa Crônica. Revista Sociedade
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, 4(3), 195-
200.
Ainda há muito trabalho a ser realizado, mais
estudos clínicos abertos ou cegos, relatos de casos,
estudos sobre os impactos financeiros, para realmente AGUIAR, Aline Cristiane de Sousa et al. Azevedo;
haver um convencimento técnico, científico e político, SADIGURSKY, Dora; MARTINS, Lucas Amaral;
desfazer a ideia da fragilidade até a sua aprovação e MENEZES, Tânia Maria de Oliva; SANTOS, Alana
Libânia de Souza; REIS, Luana Araújo dos, 2016.
implementação em âmbito nacional, com vistas à
Repercussões sociais vivenciadas pela pessoa idosa com
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Em escala de bilhões de reais, há uma indubitável ANZOLIN, Ana Paula; BERTOl, Charise Dallazem 2018.
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