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ÀS ASSOCIAÇÕES TERAPÊUTICAS
ATTE.:NTION IN N U RÇING CARE.: FOR BE.:DÇORE.:Ç AÇ TO THE.:RAPE.:UTIC AÇÇOCIATION
I NTRODUÇÃ O
Nos hospitais das g randes metrópoles há u m a tendência crescente de au
mentar o n úmero de pacientes acamados, impossibilitados de por si sós se mo
verem no leito. Eles são classificados como de a lto risco para desenvolverem
complicações secu ndárias.
REVISÃO DA LITERATU RA
MATERIAL E M ÉTODOS
Este estudo de caráter exploratório, foi desenvolvido em três hospitais de
ensino do M u n icípio do Rio de Janeiro , no período de março a maio de 1 996 . A
popu lação foi constitu ída por todos os pacíentes com escaras de pressão. A
amostra constou de 1 9 pacientes portadores de patologias cl ín icas e cirú rg icas ,
que o s mantinham restritos a o leito hospitalar. A técnica de coleta d e dados con
sistiu da busca ativa nos prontuários desses pacientes (evoluções e prescrições
méd icas e de enfermagem), bem como, da análise das informações dos profissi
onais de enfermagem responsáveis pela troca dos cu rativos.
RESU LTADOS
Dos 1 9 prontuários examinados 07 foram da instituição A e 06 de cada uma
das instituições B e C . Em relação à clín ica em que ficaram i nternados, predomi
nantemente , foram 11 da Ciru rgia e 08 da C l í nica Médica . Quanto ao sexo: 1 2
eram do feminino e 07 do masculino. A idade dos pacientes variou entre 33 e 73
anos, com mediana de 59 e média de 57,6 anos.
01 F 63 AVC+ Sacro +Calcân. 1 3'/ 1 6' IV 1 11 S/N SIN 1 ,6,D / l ,6,4 (+) 36
.
Diabete
03 M 58 Fratura de Sacro +Calcân.E 9'/ 1 9' 111 1 11 S/S ' NIN 1 ,6,2 / 1 ,6 .3 4 3 / 24 34
Quadril +
MIE
05 F 70 Pneumec- Calcâneo D.
tomia +
1 6' 11 S N 5 , I ,C 38 26
SEPSIS
06 F 68 Mastecto· Isquiática D.
11
mia +
21' S N 5, 1 36 22
Diabete
08 F 59 Fratura Sacro-Coccigea
Colo de
1 7' 111 S S 2,6 37 18
Fêmur D
lO F 68 Pneumec- Maléolo Ext. 2 1 '/ 1 9' li / li S/S ' N/N 7,A /7,A 26 1 39 20
tomia E D. +Isquio D.
12 F 37 AlDS+BK Sacro-Coccigea
.
17 M 49 Meningite Calcâneo O 9' 11 S S I ,E 27 15
Bacteriana
A- PRESCRIÇÃO MEDICA r
06 SABAO DE COCO X -
09 H I DROCOLOIDES X -
24 GELFOAN ® -
X
o PVP-I e a clorexedina são encontrados nas I nstitu ições de Saúde e.m três
tipos de formu lações: aquosa , detergente e alcóolica. Estas duas ú ltim á s não
são indicadas para cu rativos de lesões abertas. E m contato com o tecido "vivo"
causam irritações e ardência no loca l , devido a existência do detergente e do
álcool em suas formu lações, estes agridem e i nterferem no processo de recupe
ração das feridas. Além d isso, a solução alcóolica e o detergente desnatu ram a
colagenase, in ibindo a sua ação desbridante . O PVP-I aquoso é u m dos produ
tos indicados para a a nti-sepsia da ferida . Entretanto, só pode ser utilizado em
associação com a colagenase quando se tiver a seg u rança q ue ela é tam ponada
e com o pH neutro, devido à possibilidade de reações no i nterior da lesão com a
formação do ácido h iodídrico ( H I ) . Em vista d isso ocorrerá u ma variação do pH
da escara (teor ácido/base) para ácido, que provocará a desnaturação da cola
genase e interferirá na sua ação desbridante .
Com o emprego de água oxigenada (peróxido de hidrogênio - H 2 0 2 ) n a s feri
das infectadas, busca-se principalmente com bater as bactérias é;lnaeróbicas;
possu i tam bém propriedades de l i mpeza das lesões. A aplicação de H202 nas
ú lceras favoreça elevada l iberação de oxigênio (02) o que favorece a alteração
do pH nos exsudatos para ácido.
Quando se utiliza a água oxigenada ( H 2 0 2 ) para limpeza de feridas como
procedimento a nterior a aplicação do I ruxol ®, observa-se uma redução de sua
. ação colagenolítica / desbridante .
A h ig iene do paciente com a prática do banho de chuveiro e a limpeza das
escaras com sabões (sendo comu m o uso do sabão de côco), não deve se
constitui r n u ma prática terapêutica adequada, uma vez que os sabões são fabri
cados à base de ácidos g raxos de origem animal ou vegetal e soda cáustica .
Esses elementos por si só geram uma reação adversa na lesão por se constitu í
rem em corpos estranhos estim u lando reações imunológicas defensivas. Por
outro lado, a soda cáustica eleva acentuadamente o pH do sabão q u e em con
tato com a lesão provocará i rritação pelo seu elevado teor alcalino.
Outro fator i m portante a ser analisado está vinculado à água; ela possu i d i
versas substâncias que podem interferir no processo de cicatrização dependen
do das concentrações de Flúor, Cloro e outros elementos veicu lados na água.
Quando a prescrição inclui r o u so do I ruxol (R) deve-se atentar para a presença
de s ubstâncias halogenadas (Flúor, C loro , lodo) porque elas desnaturam a cola
genase reduzindo a ação proteol íticas. 9 .
As outras substâncias / produtos usados em associação com o I ruxol ® nas
I nstituições pesqu isadas fora m : água destilada, cloreto de sódio a 0,9% (SF) e
ringer com lactato.
O emprego da água destilada estéril é útil para limpeza das ú lceras. Entre
tanto, por ser uma solução h ipotônica em relação ao tecido lesado pode favore
cer a absorção por osmose nas bordas da ferida levando a u m "entumecimento"
que prejudica a irrigação sangü ínea d ificultando, assim, o processo de cicatriza
ção.
las ou através de lavagens; 7- lavar com as soluções já citadas, não usar deter
gentes , sabões ou soluções a base de metais pesados (mercúrio, prata , manga
nês, etc. ) ou halógenos (fl úor, cloro, iodo, etc. ); 8- proteger as margens da lesão
com pomadas de zinco ou similares; 9- no tratamento de feridas além da utiliza
ção do I ruxol®, deve-se emp ;egar paralelamente outras medidas e procedimen
tos terapêuticos adequados para favorecer a sua recuperação; 1 0- reações de
h i persensibilidade aos com ponentes da fórm u la ; 1 1 - há possibilidade de reinfec
ção, deve-se observar rigorosa h ig iene pessoal d u rante a utilização da pomada ;
1 2- o uso prolongado de antibióticos pode, no caso do cloranfen icol, ocasionar
ou provocar o desenvolvimento de microorganismos resistentes ; 1 3- o emprego
adicional de outros de aplicação tópica podem d i m i n u i r a eficácia terapêutica da
colagenase; 1 4- ocorrência de ardência, dor, irritação, rubor e reações de h i per
sensibilidade ao antibiótico; 1 5- discrasias sang ü íneas , incl u i ndo anemia aplásti
ca, podem ocorrer com o uso do cloranfenicol tópico , sendo m u ito raras 8.9, 1 4 .
CONCLUSÃO
A preocupação da equ i pe terapêutica (médica e de enfermagem ) com as
ú lceras de pressão que apresenta m , concomitantemente, tecido necrótico e infe
ção, tem levado esses profissionais ao emprego indiscriminado de d iversas for
m u lações terapêuticas,
REFERÊNCIAS BI BLIOGRÁFICAS
1 9. TIAGO, F . Feridas e tiologia e tra tamen to. 2.ed. Ribeirão Preto: S . P . FA
E PA, 1 995.