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TEMPOS CIRÚRGICOS

PROF. ENF. ANDRÉ RAMOS


(EXERÉSE)
A portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da
Saúde (MS), estabelece diretrizes e normas para prevenção e
controle de infecções hospitalares e classifica, segundo o
potencial de contaminação.

As infecções pós-operatórias devem ser analisadas conforme o


potencial de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o
número de microorganismos presentes no tecido a ser operada. A
classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato
cirúrgico.
São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e
inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas
e traumáticas com cicatrização de primeira intenção e sem
drenagem. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos
digestivo, respiratório ou urinário.

Consideram-se limpas as cirurgias realizadas na epiderme, tecido


Cirurgia
celular Ortopédica
subcutâneo, - - Cirurgia
sistemas cardíaca - Herniorrafia
músculo-esquelético, nervoso e -
Neurocirurgia - Mastectomia parcial e radical - Cirurgia de
cardiovascular.
ovário - Enxertos cutâneos (sem drenagem) - Cirurgia vascular.
São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana
pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas
discretas no transoperatório. Ocorre penetração nas tratos digestivo,
respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
Histerectomia abdominal
- Cirurgia do intestino delgado
- Cirurgia das viaspotencialmente
Consideram-se biliares sem estasecontaminadas
ou obstrução biliar
as cirurgias realizadas
- Cirurgia gástrica
nos tratos gastrintestinal (exceto cólon), respiratório superior e
Feridas traumáticas limpas - ação cirúrgica até dez horas após
inferior, genito-urinário, cirurgias oculares e de vias biliares.
traumatismo
- Colecistectomia
-Cirurgias cardíacas prolongadas com circulação extracorpórea
-Prostatectomia
-Cesariana
-Cirurgias da Bexiga e trato respiratório superior
São aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e
abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas
em que tenham ocorrida falhas técnicas grosseiras, na ausência de
supuração local. Presença de inflamação aguda na incisão e
cicatrização de segunda intenção.
Ex. Cirurgiacontaminadas
Consideram-se de cólon - Debridamento de queimaduras
as cirurgias realizadas no cólon, reto e- ânus;
Cirurgias
em
das lesões
tecido com vias biliares
cruentasem presença
e cirurgias de obstrução
de traumatismo biliar
crânio - Cirurgia
encefálicos abertos.
intranasal - Cirurgia bucal e dental - Fraturas expostas com
-
atendimento após dez horas - Feridas traumáticas com
atendimento após dez horas de ocorrido o traumatismo - Cirurgia
de orofaringe - Cirurgia do megaesôfago avançado - Cirurgia
gástrica (úlcera gástrica) - Cirurgia duodenal por obstrução
duoenal, TCE.
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em
qualquer tecido ou órgão, em presença de processo
infeccioso (supuração local), tecida necrótica,
corpos estranhos e feridas de origem suja.

Cirurgia do reto e ânus com pus - Cirurgia


abdominal em presença de pus e conteúdo de
cólon - Nefrectomia com infecção - Presença
de vísceras perfuradas – Colecistectomia com
empiema.
INCIDÊNCIA ESPERADA DE INFECÇÃO EM FERIDA
CIRÚRGICA SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

INFECTADAS:
maior que 27%
CONTAMINADAS:
10 a 17%

POTENCIALMENTE
CONTAMINADADAS:
3 a 11%

LIMPAS: 1 a 5%

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