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Instrumental em cirurgia bucal – 13.02.

2020
Materiais específicos da disciplina:

 Campos descartáveis;
 Seringas descartáveis tipo “ Luer” de 20 ml com agulhas;
 Borracha de aspiração (1,5 m)
 Sugador cirúrgico descartável (pontas Frazier)
 Brocas cirúrgicas (esférica nº 4 e 6 e Zecrya);
 Porta pinça (recipiente de vidro)

BROCAS CIRÚRGICAS ESFÉRICAS:

- São usadas para osteotomia e exposição de um dente incluso, sendo as mais utilizadas as de
nº 4,6 e 8.

BROCAS CIRÚRGICAS 702 E ZECRYA:

- São utilizadas durante a odontosecção

 Fórceps nº 1:  Fórceps nº 69:


incisivos superiores raízes inferiores

 Fórceps nº 150:  Lima para osso tipo “Seldin”:


canino e pré-molares superiores usado para remodelar o osso

 Fórceps n 151:  Pinça de “Allis”:


caninos e pré-molares inferiores Possui a função de prender e
segurar tecidos
 Fórceps nº 16 ou 23:
molares inferiores destruídos  Brocas cirúrgicas eféricas:
são usadas para osteotomia e
 Fórceps nº 17: exposição de um dente incluso.
molares inferiores Sendo as mais utilizadas as de
número 4, 6 e 8
 Fórceps nº 18R:
Molares superiores lado direito  Broca 702 e Zekrya:
São utilizdas durante a
 Fórceps nº 18L: odontossecção
molares superiores lado esquerdo
 Pinça para campo tipo
 Fórceps nº 16 ou 23: “Backhaus”:
molares inferiores destruídos tem como finalidade fixar os
campos
 Fórceps nº 65:
raízes superiores
sua função é luxar, rompendo as
 Seringa do tipo “carpule”: fibras do ligamento periodontal e
as seringas do tipo refluxo expandindo a cortical óssea.
permitem a detecção de injeção Remover as raízes fraturadas ou
intravascular seccionadas cirurgicamente
 Alavancas tipo seldin
 Sindesmótomo:
utilizado para fazer a  Alavanca reta apical modificada
sindemotomia que é a desinserção
das fibras gengivais que rodeiam o  Osteótomo tipo “Luer” ou pinça
dente, antes de uma exodontia Goiva:
utilizada para remoção de osso
 Pinça anatômica disseção:
sua finalidade é de apreender  Porta agulha Mayo-hegar:
tecidos usado para apreensão da agulha de
sutura
 Pinça anatômica dente de rato:
apreender tecidos  Pinça hemostática tipo
“Halstead”:
 Tesoura cirúrgica “Metzenbaum”: utilizado para apreensão de vasos
utilizada para cortar tecidos e tecidos
delicados
 Tesoura cirúrgica:
 Cureta alveolar tipo “Lucas”: corta tecido bem como fio de
usada para limpar o alvéolo pós sutura e outros. Variam de forma e
extração tamanho dependendo da
aplicação.
 Alavanca apical reta 301:
Biossegurança
CONTROLE DE INFECÇÃO:

 Infecção: processo pelo qual ocorre uma invasão de microrganismos no hospedeiro com ou sem doença
manifestada.
A infecção pode ser: endógena (via sanguínea) e exógena ( meio externo).

 Direta: é uma forma de infecção exógena em que o agente infeccioso é transmitido pelo profissional ou
pelo pessoal auxiliar.

 Cruzada: é uma forma de infecção exógena em que o agente infeccioso é transmitido de um paciente para o
outro.

 ESTERILIZAÇÃO
- Processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, vegetativas ou esporuladas.

 DESINFECÇÃO - inanimado
- É a destruição dos microrganismos por meios físicos ou químicos na forma vegetativa.
Ex: álcool 70 na bancada

 ANTISSEPSIA
- Eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas, através de ação de substâncias químicas – não elimina tudo.
Ex: paciente fazendo bochecho com clorexidina

 ASSEPSIA – ELIMINAÇÃO TOTAL !!!!


- São métodos físicos e/ou químicos empregados com a finalidade de determinar a destruição completa de todos
microrganismos presentes.
Ex: Esterilizar material.

 DEGERMAÇÃO
- É a de detritos, impurezas e microrganismos da flora transitória através da ação mecânica de detergentes e escovação
(escavar as mãos – degermar as mãos)

 SANIFICAÇÃO
- É a redução do número de microrganismos, pela remoção de detritos e impurezas. Sua aplicação é feita em objetivos
inanimados (limpeza de superfícies).

 DESINFECTAÇÃO
- Exterminação ou destruição de insetos, roedores ou outros que possam transmitir infecções do homem.

 DESCONTAMINAÇÃO
- Redução, sem a eliminação completa dos microrganismos que se encontram sobre instrumental ou superfícies. (se você
esterilizou o objeto ele está descontaminado)

 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


o Óculos
o Máscara
o Luva
o Jaleco
 ESTERILIZAÇÃO

#Calor seco: estufa (não é mais utilizado)


Ciclo de duas horas a 160°c e não deve ser interrompido

#Esterilização no forno
Ciclo de 60 minutos a 160°c: Lâminas de corte (bisturi, tesouras) e tubos de ensaio.

#Calor úmido: autoclave


15 libras de pressão, 121°c e 10 a 20 minutos

#Métodos físicos

-Calor úmido
-Calor seco
-Energia radiante
-Vibração ultra-sônica

#Métodos químicos

-Formaldeído (proibido pela ANVISA): usado como desinfetante, odor ofensivos irritante e necrosante.

-Glutaraldeído: usado em solução a 2% na desinfecção de instrumentos. Esteriliza na exposição prolongada


(10 horas).

-Ácido paracético: esteriliza 10 minutos e troca de 24 em 24h e pode ser jogado no estojo, biodegradável.

 PROTEÇÃO PESSOAL:

#Equipe odontológica

- Orientação da equipe
- Vacinas
Obrigatórias da infância
Reforço ATT
Hepatite B
- Lavagem das mãos
- Barreiras de proteção
- Precaução contra acidentes
- Manuseio do lixo

 ARTIGOS:
Compreendem instrumentos de natureza diversa, tais como utensílios (cubas, instrumental, etc)

#Crítico: é todo instrumento perfuro cortante que penetra em tecido e entra em contato com sangue e secreções.
Ex: sindesmótomo, fórceps, alavancas, cureta alveolar.

#Semi-crítico: é todo o instrumental que entra em contato com a pele e/ou mucosas integras.

#Não crítico: é todo artigo destinado apenas ao contato com a pele íntegra do paciente.

*Superfície do equipo
OBS: Um artigo não crítico, quando manipulado pelo operador deve ser tratado como semicrítico

 Não iremos trabalhar com luva de procedimento, e sim com luvas estéreis,
existe uma regra especifica para calçar esse tipo de luva, somente tocar no
que esta estéril.
Kit cirúrgico estéril
NERVO TRIGÊMIO (V)

É o quinto nervo craniano e possui três divisões:

→ Ramo oftálmico

→ Ramo maxilar

→ Ramo mandibular

 Ramo oftálmico e maxilar contém apenas fibras sensitivas, enquanto o ramo


mandibular possui tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras.
 Inervam uma grande área, incluindo toda a fronte, a face, as regiões laterais da cabeça
e a porção mais superior do pescoço, sendo integrantes importantes da
neuroanatomia.
 Fatos importantes sobre o nervo trigêmeo:

- Núcleos: núcleo mesencéfalo (propriocepção), núcleo principal (sensação tátil),núcleo


espinhal (sensação de dor e temperatura).

- Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular

- Inervação: motora – motora – músculos da mastigação, tensor do tímpano, milo-


hioideo, ventre anterior do digástrico.

-Sensitiva – face, boca, articulação temporomandibular.

- Componentes funcionais: aferente somática geral (todos os ramos), eferente visceral


especial (ramo mandibular).
Anestésicos Locais - 20/02/2020
A anestesia local foi definida como a perda da sensibilidade em uma área circunscrita do corpo
causada pela depressão da excitação das terminações nervosas ou pela inibição do processo
de condução dos nervos periféricos.

 A maioria dos AL são vasodilatadores (apresentando graus variados)


 Amidas/Ésteres são vasodilatadores. A procaína é mais vasodilatadora comparada a
outros ésteres.
 A cocaína (é um éster) inibe as catecolaminas (especialmente a noradrenalina).
Deixando está última livre, prolonga sua ação vasoconstrictora.

Obs: Esta inibição não foi observada em outros AL tipo lidocaína e bupivacaina.

O impulso nervoso é quando ocorre a entrada de Na e saída de K, havendo uma mudança da


polarização, dando saltos contínuos. O anestésico atua impedindo a despolarização.

Aferente (que conduz , que traz)- sensitivo

Eferente (que leva, que carrega)- motor

*Sensitivo terço médio da face*


Metabolismo e Biotransformação. Transformação de uma substância
ativa biologicamente em inativa farmacologicamente

Metabolismo dos anestésicos locais:


 Ésteres são hidrolizados no plasma pela enzima pseudocolinesterase, as
reações alérgicas estão relacionadas a metabolização dos ésteres como PABA.
 Amidas tem sua biotransformação mais complexa que dos ésteres. O local
primário é o fígado principalmente para lidocaína < mepivacaína, etidocaína e
bupivacaína.
 A prilocaína sofre metabolização primária no fígado e após pulmão.
Primariamente não produz metahemoglobinemia mais seu metabólito sim.
 Articaína é uma molécula híbrida contendo componentes tanto éster quanto
amida

Conceito:
 É o bloqueio e eliminação as sensibilidade por interrupção das transmissões
neuroniais periféricas ou por ação no córtex cerebral. Pode ser local,
locorregional ou geral.

Agentes anestésicos locais:

 Para a anestesia local utilizam-se compostos químicos denominado agentes


anestésico locais.
 Estes agentes têm a função de bloquear a condução dos impulsos nervosos
agindo sobre a terminação, fibra ou tronco nervoso
Propriedade do agente anestésico local:

 Deve ter o potencial suficiente para proporcionar anestesia completa.


 Sua ação deve ser reversível
 Baixa toxidade
 Não deve ser irritante nem produzir qualquer reação secundária
 Deve ter efeito rápido e suficiente duração
 Deve ter propriedades de penetração suficiente
 Não deve produzir reações alérgicas ou idiossincrásicas
 Deve ser estável
 Coloração normal
 Ausência de qualquer granulação

Anestésicos

Metabolismo

Tipo Ésteres: hidrolisados no plasma, derivados da adrenalina – Procaína (uso


tópico). Pode estar associado a reações alérgicas.

Tipo Amidas: metabolização no fígado

 Lidocaína: mais utilizada

Vasoconstritores: os mais utilizados em associação com as soluções anestésicas são:


- fenilefrina/ noradrenalina

- Adrenalina – alfa β / epinefrina

- Receptores de membrana alfa

 Prilocaína / Cloridato de prilocaína

→ Latência curta, pouca duração

→ Vasoconstrictor: octapressin/ felipressina

→ Indicados para hipertensos e diabéticos por não atuarem em receptores de


membrana dos vasos periféricos (na túnica média)
*Não é utilizado em pacientes gestantes (recomenda-se lidocaína 2% com epinefrina
1:100.000) pois diminui a oxigenação do feto podendo ocorrer aborto ou nascer pré –
maturo.

*tratamento azul de metileno: antídoto indicado a pacientes com sintomas e/ou sinais
de hipóxia (mudanças mentais, taquicardia, dispneia, dor torácica).

 Mepivacaina: sem vasoconstrictor possui uma duração boa e diminui a luz do


vaso.

*Bupivacaína cardiotóxico. Não deve ser utilizado em crianças.

Anestesia tópica:
 Após eleita a reação a ser anestesiada topicamente, com agente anestésico
tópico em pomada, gel ou spray, esta deve ser seca com gaze para não
prejudicar a absorção anestésica.

Técnicas anestésicas infiltrativas:


 A seringa deve ser pega com precisão, em forma de caneta, para a introdução
da agulha. Depois muda-se a posição para a introdução do anestésico.
 Alguns profissionais, com experiência, já introduzem a agulha nesta posição.
 É importante lembrar que a agulha não pode ser introduzida em todo seu
comprimento até que o toque na mucosa ou na pele. O ponto de união entre a
agulha e o local de fixação na seringa é o mais crítico da agulha, onde ocorrem
cerca de 95% das fraturas destas agulhas.
Técnicas anestésicas local (terminal):
 Utiliza-se, neste caso, o agente anestésico para infiltração
 As anestesias terminais são aqueles em que o agente anestésico local fica no
local onde se anestesia. São anestesias superficiais para pequenos
procedimentos
 São mais utilizadas como anestesia complementar

Elas podem ser:

1. Papilar, quando esta na papila gengival


2. Submucosa, quando está abaixo da mucosa
3. Subperióstica, abaixo do periósteo
4. Interligamentar, quando penetra no espaço periodontal
5. Intrapulpar, quando dado na câmara pulpar
6. Subcutânea: abaixo da pele na tela subcutânea

Técnicas anestésicas locorregionais:


 A maioria absoluta dos procedimentos técnicos da boca e da face é realizada
sob anestesia locorregionais
 As anestesias infiltrativas locorregionais para os ramos do trigêmeo podem ser
executadas pelas vias de acesso bucal ou facial. Prefere-se acesso bucal, mas
quando o paciente esta incapaz de abrir a boca é indicado acesso facial.

Nervo infra-orbitário:

 O forame infra-orbitário localiza-se no corpo do maxilar, próximo ao arco infra-


orbitário ficando em torno de 1cm abaixo deste. Está mais ou no Centro da
distância entre o endocanto e o exocanto palpebrais na porção mais anterior da
face. Paciente olhando para o horizonte, estaria aproximadamente abaixo da
pupila.
 A agulha pode ser introduzida na altura da prega muco vestibular diretamente
sobre o primeiro pré-molar superior se direcionando para a área alvo o forame
infra-obitário, abaixo da incisura infraorbitária. (não estava no slide)
Nervo Incisivo:
 O forame incisivo localiza-se na porção anterior do processo palatino, próximo
aos incisivos na junção intermaxilar, sob a papila palatina.
 Com anestesia torna-se incessíveis o terço anterior do processo palatino
maxilar, a fibromucosa e a gengiva palatina.
 A agulha deve penetrarna fibromucosa palatina, aproximadamente no centro da
papila incisiva. O bisel fica voltado para os incisivos e a agulha deve ter sentido
oblíquo ascendente. ( não estava no slide)

Nervo alveolar póstero-superior:


 Para anestesia por vcia bucal a agulha deve penetrar na mucosa ao nível do
sulco alveolovestibular, passando por trás da tuberosidade de forma oblíqua, de
fora para dentro (de lateral para medial) e de baixo para cima.
 A agulha deve penetrar sobre o 2º molar de 10 a 15 mm, rente ao osso, com o
bisel voltado para este, contornando a tuberosidade acima do último molar
superior.

Nervo palatino maior:


 O forame palatino maior localiza-se na porção posterior do processo palatino do
maxilar. Situando-se no centro de uma linha imaginária estendida na vestibular,
próximo ao correspondente do terceiro molar superior, e a face palatina.

Nervo Bucinador:

 Localizado próximo ao corpo mandibular, imediatamente ao músculo bucinador,


com a anestesia tornam-se insensíveis o vestíbulo inferior posterior e médio,
gengiva e a bochecha correspondentes.
 A agulha se insere na membrana mucosa distal e bucal em relação ao dente
molar mais distal do arco, sendo a área alvo o nervo bucal ao passar sobre a
borda anterior do ramo da mandíbular.

Nervo maxilar (troncular):


 Passa pelo forame redondo maior e sai na fossa pterigomaxilar. Com a
anestesia torna insensíveis todo o terço médio facial, processo frontal do
maxilar, osso nasale osso palatino, todas os dentes superiores, todo os dentes
superiores, todo o vestíbulo superior e a asa do nariz, toda fibromucosa e a
gengiva superior do lado correspondente.

 Técnica de Labat: penetração no sulco alveolovestibular por trás da


tuberosidade maxilar, em sentido antero-posterior e inferior-superior,
contornando-a até penetrattr em de 25 mm. Montendo um ângulo aproximado
de 60° penetrando na altura do 1º molar atrás da crista alveolozigomática.
 Técnica de Correa: penetrar a agulha em torno de 3 cm dentro do forame
palatino maior.

Nervo mentoniano:
 O forame mentoniano localiza-se no corpo mandibular próximo aos pré-molares
inferiores.
 Tornam-se insensíveis a sínfise mentoniana, os incisivos, canino e o 1º pré-
molar (inferior), o osso alveolar correspondente a estes dentes, o vestíbulo
anterior e a gengiva vestibular, o lábio inferior e o mento, do lado anestesiado.

Nervo lingual:
 Localiza-se próximo ao sulco lingual, na face interna do ramo e do corpo
mandibulares. Torna insensíveis: os dois terços, bucais e seus anexos e a
gengiva lingual.

Nervo alveolar inferior:


 Área de inserção membrana mucosa do lado lingual do ramo da mandíbula, na
interseção de duas linhas – uma horizontal, representando o plano
anteroposterior de injeção, tendo como área o nervo alveolar inferior ao descer
em direção ao forame mandibular, porém antes de ele entrar no forame.

Nervo mandibular:
 Técnica de Gow Gates e Akinose.
Anatomia da Dor Orofacial - 27/02/2020

SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO

ATM (movimento de rotação e deslocamento/ translação

 Articulação composta, genglimo artroidal (bilateral)

DISCO ARTICULAR

 Tecido conjuntivo fibroso denso, na maior parte sem vasos sanguíneos e fibras
nervosas;
 Espessura das zonas:

- Anterior (2 mm)
-Intermediária (1mm)
-Posterior (3 mm)

 Forma de 8, ou biscoito.

ESTRUTURAS RESPONSÁVEIS PELA POSIÇÃO DO DISCO

Estruturas responsávei pela posição


do disco:

→ Anteriormente:
- Ventre superior do músculo
pterigoideo lateral

→ Posteriormente:
-Zona bilaminar (almofada retrodiscal de Sisher)
- Ligamento Capsular e ligamentos colaterais/discais (não possuem propriedades elásticas).

ZONA BILAMINAR

 Almofada retrodiscal de Sicher;


 Coxim retrodiscal
 Inserção posterior
 Tecido retrodiscal.
Tecido conjuntivo fouxo, ricamente vascularizado e inervado;

- Lâmina retrodiscal superior: tecido conjuntivo rico em fibras elásticas: liga o disco articular à
parede timpânica.

- Lâmina retrodiscal inferior: tecido conjuntivo rico em fibras colágenas: liga o disco articular
à superfície posterior do côndilo.

LIGAMENTOS

# Principais:
- Ligamento capsular
- Ligamento temporomandibular
- Ligamentos colaterais

*Acessórios:
- Ligamento esfonomandibular
- Ligamento estilomandibular (Síndrome de Eagle: calcificação desse ligamento)

O ligamento é um tecido conjuntivo colagenoso. Limita os movimentos, protegendo as


estruturas. São passivos e possuem pobre atividade regeneradora → alterações discais
permanentes.

 Ligamento capsular – porção superior: disco – osso temporal / porção inferior disco –
côndilo.
 Ligamento temporomandibular - porção externa e oblíqua: eminência articular/ processo
zigomático – côndilo; porção interna e horizontal: eminência articular / processo
zigomático – côndilo / disco.
 Ligamento colaterais/discais: porção medial: parte medial disco – parte medial côndilo.

MÚSCULOS

 Masseter: arco zigomático – borda inferior ramo da mandíbula


- Função : elevador da mandíbula e ajuda na protusão (superficial)

 Temporaral: fossa temporal e superfície lateral do crânio – processo coronóide e borda


anterior do ramo ascendente da mandíbula.

Função

- Porção anterior: fechamento da mandíbula


- Porções média e posterior: fechamento e retrusão

 Pterigóideo medial: fossa pterigoide – ângulo da mandíbula


Função: Elevar a mandíbula e ajudar na protusão.

 Pterigóideo lateral:

Superior – superfície infratemporal da grande asa do esfenoide – cápsula, disco e pescoço.


Função: atua junto com os outros mm. Elevadores da mandíbula na mordida forçada.

Inferior - superfície externa da placa pterigoide lateral – pescoço do côndilo.


Função: protrusão

 Digástrico
Anterior: osso hióide – superfície lingual da mandíbula (linha média)
Posterior: chanfradura do mastoide – osso hióide
Função: abertura da mandíbula
MÚSCULOS CERVICAIS
- Complexo cabeça e pescoço participam das funções do sistema estomatognático.

 Esternocleidomastóideo (rotação e elevação da cabeça)


Função: rotação e elevação da cabeça.
 Trapézio

 Posteriores do pescoço
- Escaleno
- Elevador da escápula
- Esplênio da cabeça e do pescoço
FISIOLOGIA: sinergia das ATM – influência mútua.

Exodontia / Extração dentária – 05/03/2020

INDICAÇÕES:
 Cárie grave
 Dentes em que o tratamento endodôntico não pode ser executado ou falhou
 Doença periodontal grave
 Razões ortodônticas
 Dentes mal posicionados / fraturados
 Raízes abandonados
 Dentes decíduos próximos à erupção do permanente
 Indicação protética
 Dentes impactados,
 supranumerários
 Dentes associados com lesões patológicas
 Terapia pré- radiação
 Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares
 Finalidade estética
 Motivos econômicos.

CONTRA INDICAÇÃO
→ Locais:
 História prévia de radioterapia

 Dentes localizados dentro de uma área de tumor maligno

 Pacientes com pericoronarite grave

 Infecção gengival aguda (GUNA)

 Extração de pré – molares e molares superiores durante uma sinusite maxilar aguda

→ Sistêmicas
 Gestação

 Paciente com discrasias sanguíneas graves

 Pacientes em uso de anticoagulantes

 Pacientes em uso de drogas como corticoides, imunossupressores e quimioterápicos


para tratamento de câncer;
 Doenças metabólicas graves não-controladas

 Leucemia não-controlada e linfomas

 Paciente com isquemia miocárdica grave (apresentando angina instável ou com infarto
do miocárdio recente)
 Hipertensão grave não-controlada

 Pacientes com disritmia cardíaca não controlada

AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS DENTES PARA EXTRAÇÃO


→ Acesso ao dente
 Extensão de abertura de boca paciente

 Localização e posição do dentes no arco dentário


→ Mobilidade do dente
→ Condições da coroa
 Cáries extensas
 Grandes restaurações nele e nos dentes adjacentes
 Presença de cálculo.

EXAME RADIOGRÁFICO:
→ Raízes
 Curvaturas, número, formato, tamanho, cárie radicular, reabsorção radicular e
presença de tratamento endodôntico prévio.
 Relação com estruturas anatômicas
 Associação a patologias
 Condições do osso circunvizinho

PROCEDIMENTOS USADOS NA EXODONTIA PELO MÉTODO FECHADO:


 Desinsercção dos tecidos moles de ligação do dentes
 Luxação do dentes com uma alavanca dental – caso a utilização do fórceps não seja
possível
 Adaptação do fórceps ao dente
 Luxação do dente com o fórceps
 Remoção do dente do alvéolo.

POSIÇÃO DO PROFISSIONAL PARA EXTRAÇÃO A FÓRCEPS


 Braços próximos ao corpo
 O cotovelo do profissional fica na mesma altura da cabeça do paciente e da cadeira
 A angulação entre o braço / antebraço deve ser em cerca de 90°
 A angulação entre o punho e a mão deve ser de 180°

PRINCÍPIOS PARA O USO DE FÓRCEPS


→Objetivos:
 Expansão do osso alveolar pelo uso dos mordentes do fórceps, que funcionam como
uma cunha e os próprios movimentos do dentes com o fórceps
 Remoção do dente do alvéolo.
OBSERVAÇÕES SOBRE O USO DE FÓRCEPS:
 O polegar e o indicador da outra mão, repousam sobre a junção mordente/ dente
durante os movimentos de luxação do dente superior
 Para dentes inferiores, um dos dedos da mão oposta deve estar localizado sobre a
superfície oclusal do dente, enquanto que o outro dedo, deve ser colocado na borda
inferior ou na lateral da borda da mandíbula, para estabilizá-la
 Sempre deve estar apoiado sobre estrutura sadia
 Não segurá-lo junto ao mordente
 O longo eixo do mordente deve estar paralelo ao eixo axial do dente
 Antes de firmarmos o fórceps ao dente, introduzi-lo ao máximo no sentido apical
 Verificar se os mordentes do fórceps não estão apoiados sobre os dentes adjacentes.

TIPOS DE FÓRCEPS
Fórceps para dentes inferiores – ângulo entre o seu cabo e o mordente é de cerca de 90°

 Fórceps n° 151: incisivos a pré – molares


 Fórceps n° 17 : molares inferiores
 Fórceps n° 23 ou ‘’chifre de vaca’’: molares com a coroa com grande destruição
 Fórceps n° 69: restos radiculares

Fórceps para dentes superiores – ângulo entre o seu cabo e o mordente é de cerca de 180°.

 Fórceps n° 150: incisivos a 2° pré-molares


 Fórceps n° 18R: molares direitos
 Fórceps n° 18L: molares esquerdos
 Fórceps n° 65 ou em “baioneta”: restos radiculares

MOVIMENTOS REALIZADOS PELO FÓRCEPS


 Pressão apical
 Pressão vestibular ou bucal
 Pressão lingual ou palatina
 Pressão de rotação
 Pressão de tração

ALAVANCAS
Indicações:
 Luxação do dente para facilitar o uso de fórceps
 Luxação dos dentes insensíveis (dentes inclusos)
 Luxação de raízes localizadas abaixo do processo alveolar

Contra indicações:
 Quando a extração pode ser realizada apenas com o uso do fórceps
 Dentes adjacentes que apresentem periodontopatias

Tipos de Alavancas

 Reta
 Reta com angulação
 Reta apical
 Curva (par)
 Seldin (par)
 Polt (par)

Observações:
 O cabo da alavanca deve repousar sobre a palma da mão e o dedo indicador o mais
perto possível da sua parte ativa
 Os dedos da mão oposta devem proteger os tecidos de possíveis “acidentes”.
 Deve ser posicionada entre o dente e o osso alveolar
 Não apoiar a alavanca na mesial ou distal de dentes que apresentem ponto de contato

Movimento utilizados pela Alavanca:


 Movimento de alavanca – elevação do dente
 Movimento de cunha – forçar a alavanca para dentro do espaço do ligamento
periodontal de modo a expandi o osso e forçar o dente para fora do alvéolo
 Movimentos de roda e eixo – usado principalmente com as alavancas do tipo seldin

Precauções com alavancas:


 Controlar a pressão evitando pressão excessiva
 Guiar a ponta do instrumento com a mão oposta
 Não usar o dente vizinho como apoio
 Evitar pressão apical, principalmente nos molares e pré-molares superiores

CUIDADOS COM O ALVÉOLO DENTÁRIO APÓS A EXODONTIA


 Debridamento do cálculo
- Curetagem apical
-Curetagem superficial
*Caso não haja lesão periapical ou detritos dentro do alvéolo, o mesmo não deve ser curetado.
 Remoção de tecido de granulação
 Remoção de espéculas ósseas
 Irrigação do alvéolo
 Manobra de Chompret
 Sutura

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

 Irrigação e limpeza da boca com soro fisiológico


 Morder firmemente um rolo de gaze por 30 minutos para formação de coágulo
 Falar pouco, principalmente no dia da extração
 Alimentação fria/morna e líquida
 Evitar cuspir e bochechar (para não estimular sangramento e evitar complicações)
 Evitar sol e esforços físicos por 5 dias
 Manter a cabeça elevada (dormir com 2 travesseiros)
 Escovar os dentes normalmente, porém no local onde ocorreu a extração só deve ser
limpo em volta
 Compressa de gelo sobre a face por 30 minutos
 Prescrição, deve ser lida e explicada ao paciente
 No dia seguinte após a extração o paciente deve fazer o uso de clorexidina (banhando
a região e sem bochechar). Após o almoço e antes de dormir.

EXODONTIA DE DECÍDUOS
 Não curetar
 Não suturar
 Não usar alavanca
 Cuidado com molares decíduos, possuem raízes afiladas longas e em íntima relação
com o pré-molar sucessor
 Fórceps para dentes decíduos superiores nº 150
 Fórceps para dentes decíduos inferiores nº 151

Incisões e Suturas – 18/04/2020


MANOBRAS CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS
 Instrumental apropriado
 Planejamento cirúrgico
 Técnica correta

ATOS CIRÚRGICOS
 Diérese
 Exerese (retirada da lesão)
 Hemostasia
 Síntese

DIÉRESE
 Incisões
 Divulsão
 Punção

SÍNTESE - Sutura: variam de acordo com a região e a técnica que otimizam o resultado do pós
operatório. *ponto simples, contínuo ou em X (alvéolo)
FIOS DE SUTURA: são biomateriais utilizados para selar vasos sanguíneos e aproximar os
tecidos. * +espesso (0) ao - espesso (6).

 Absorvíveis: sutura interna (planos e ligadura devasos)


- catgut simples ou cromado (+resistente) de origem animal
- Sintéticos (multi ou monofilamentos): poligalactina, poligreclapone poilidixionanona

 Não absorvíveis: são aqueles que se mantém no sítio onde foram instalados. Podem
ser de origem:
- Animal (seda) * na síntese dos alvéolos utiliza-se fios de seda ou linho
- Mineral (aço)
- Vegetal (algodão ou linho)
- Sintéticos(poliamida, poliéster ou poliproprileno)

INCISÃO
→ “Pena de escrever”

Em mucosa bucal:
 Intra oral: sobre mucosa aderente ao osso
 Extra oral: sem apoio ósseo (face)

FORMAS DE INCISÃO
 Retas (vertical = relaxante
 Curvas
 Mistas
*Acesso Caldweel lua acesso horizontal reta.
*De acordo com a necessidade cirúrgica, o campo que ser abordado

POSTULADOS DE SCHIELE
 Base do retalho larga
 Conhecer trajetos dos vasos (anatomia da região)
 Boa visualização
 Tamanho da incisão
 Traço retilíneo
 Permitir adaptação e sutura do retalho em seu sítio primitivo passivamente

TIPOS DE INCISÕES:
 Newmann
 Newmann modificada
 Triangular
 Semi – lunar ou arco de Partch
 Quadrangular ou Wassmund
 Sulcular ou envelope (abóbada palatina ou lingual)

INCISÕES PLÁTICAS
 Para corrigir defeitos ou anomalias que necessitam ser corrigidas por meio de incisões
especiais
 Zetaplastia – fechamento de fístula

DIFERENTES TIPOS DE RETALHO


 Total ou mucoperiósteo
 Parcial – epitélio e conjuntivo
 Dividido – combinação de total + dividido

EVITAR
 Infecção
 Afastamento traumáticos
 Injúrias desnecessárias
 Necrose
 Cicatrização por segunda intenção

SÍNTESE: É o conjunto de manobras executadas pelo cirurgião com a finalidade de aproximar


ou reunir os tecidos que foram separados durante os atos cirúrgicos, ou seja, aqueles tecidos
que foram objetos de uma incisão (divulsão)
Objetivo: reconstituição da zona operada aproximando e reunindo os tecidos, plano por
plano, de maneira que voltem as condições iniciais.

TIPOS DE SUTURA CONTÍNUA


 Pontos separados
 Simples (contínua)
 Contínua festonada
 Contínua em “U” ou sutura em grega
 Intradérmica
 Sutura suspensória

REMOÇÃO DA SUTURA: deve ser executada em período determinado.


 5 a 7 dias (pouca tensão)
 5 a 14 dias (região com grande tensão)
 Remoção deve ser feita com prévia antissepsia da região

Receituário – 02/04/2020
→ Data, assinatura e carimbo
→ Normas – especialização que já foi registrado
 Amarelo – remédios psiquiátricos
 Especial – neurológicos (validos por 30 dias), antibióticos (10 dias), corticoide
 Azul – (B) tranquilizantes, controlados
 Comum – remédios populares (dipirona)

PROTOCOLO DE PREENCHIMENTO
 Nome do paciente
 via de administração (ex: uso oral)
 Apresentação do remédio
Ex: Novalgina (nome comercial registrado) 500mg – 10 comprimidos dipirona monoidratada
 Posologia – Ex: tomar 1 comprimido de 6/6h nas primeiras 24 e após só em caso de dor
09/04/2020

Infecções odontogênicas
Bactérias indígenas: quando em desequilíbrio inicia-se o processo infeccioso. Essas bactérias
são as mesmas que formam as placas bacteriana sub e supragengival.

Bactérias Indígenas: (disse que não precisava copiar)

 Cocos aeróbios Gram-positivos


 Cocos anaeróbios Gram-positivos
 Bastonetes anaeróbios Gram-negativos

Bactérias aeróbias 5% (maior virulência)


Bactérias anaeróbias 35%
Bactérias aeróbias e anaeróbias 60%

Origem das infecções odontogênicas:

→ Periapical: mais comum


Nerose pulpar: causada por Cárie ou trauma.

→ Periodontal: Cáculo subgengival/ sobrecontorno/ Dente sem contato proximal e com


inclinação.

Progressão da doença → Inoculação → osso esponjoso → lâmina cortical mais fina → tecido
mole . TOXÊMICO

Gravidade da doença:

 Duração (se está durando muito ou poucos dias)


 Sintomas aumentaram ou diminuíram (se os sintomas diminuem não precisa de
intervenção)
 Rapidez da progressão da doença (avaliar a progressão junto ao paciente)

Dor → Tumor → Calor →Rubor → perda de função

Paciente toxêmico: paciente com baixa resistência, as suas defesas humorais e celulares não
conseguem combater o microorganismo invasor.

 Hipertermia (febre), taquipneia (respiração muito fegante);


 Pulso e pressão arterial são pouco afetados na infecção. São mais alterados devido a
ansiedade.
 Aspecto do paciente toxemico: Face tóxica: sudorese, mal estar, fadiga, cala frio e
desidratação.

Exame Físico (infecção grave):

 Temperatura ( acima de 38°)


 Pulso (acima de 100)
 Respiração (acima de 20)

Celulite x Abscesso:

Duração dor Tamanho Localização Textura Pus Gravidade Bactéria


Celulite Aguda Severa e grande Bordos endurecido Não tem Alta Aeróbia
(rápida) generalizada difusos

Abscesso Crônica Dor Pequeno Bem Flutuante Presente Pequena Anaeróbia


(devagar) localizada circunscrito

Gravidade da Doença:

 Progressão rápida
 Dificuldade de respiração
 Dificuldade de deglutição
 Envolvimento de espaços faciais
 Temperatura elevada
 Trismo
 Aparência Toxêmica
 Imunodepressão

*Nesses casos citados acima o paciente já deve ser encaminhado para o hospital

Primários da mandíbula:

 Submentoniano: incisivos inferiores


 Sublingual: Incisivos inferiores e pré-molares

Critérios para encaminhar o paciente ao especialista: progressão rápida da infecção,


dificuldade respiratória e de deglutinação, envolvimento dos espaços faciais, febre alta, trismo
acentuado e toxemia.
Angina de Ludwig: é uma celulite aguda e tóxica que invade os espaços submandibulares,
sublingual e submentoniano bilateralmente. Os quadros unilaterais são denominados de
anginóides.

Espaços:

Tratamento:

 Diagnóstico precoce
 Manutenção das vias aéreas permeáveis
 Antibiótico terapia intensiva
 Hidratação parenteral
 Se for o caso, extração do dente causal
 Drenagem precoce

* Penicilina G em altas doses, intravenoso.

*Em caso de alergia: Clindamicina

1ª imagem: Inoculação → osso esponjoso → lâmina cortical mais fina → tecido mole (mucosa)

2ªImagem: drenagem intraoral

3ª imagem: pinça hemostática (entra no abscesso com a pinça fechada)

4ª imagem: abre a pinça dentro do abscesso, gira devagar de um lado para o outro e retira a
pinça aberta

5ª imagem: em seguida coloca-se o dreno de penrose e fixa para que não saia da cavidade.
Antibiótico: Ajudam na defesa do hospedeiro.

 Atuam na virulência da bactéria.


 Antibiótico não cura o pus
 O pus só pode ser removido por meio cirurgico
 Não erradica a infecção, ela é irradicada pela defesa do hospedeiro.

Indicações para uso de antibióticos:

 Infecção aguda
 Tumefação difusa
 Comprometimento das defesas do hospedeiro
 Envolvimento de espaços faciais
 Pericoronarite grave
 Osteomielite

‘’ O antibiótico deve ser usado quando há clara evidência de invasão bacteriana nos tecidos
subjacentes, que excede a capacidade das defesas do paciente de repeli –la.”

Fazer uso de antibióticos:

 De espectro reduzido (quanto mais específico melhor)


 De reduzidos efeitos colaterais e tóxicos
 Bactericidas, quando possível
 Custo reduzido, quando possível

Tratamento:
Antibióticos de uso frequente
Eritromicina:

 Cocos G(+) e anaeróbios orais


 Bacteriostático
 Segunda escolha para infecção odontogênica
 Indicado para pacientes com infecções moderadas
 Resistência a droga: 50% dos S. aureus, Strep. Vingans

Problemas no uso de antibióticos:

 Falta de obediência do paciente


 O medicamento não alcança o local
 Dosagem muito baixa
 Diagnóstico bacteriano errado
 Antibiótico errado

Profilaxia:

Vantagens:

 Reduz a incidência de infecção


 Reduz os custos com os cuidados de saúde
 Reduz o uso total dos antibióticos
 Permite o surgimento de menos bactérias resistentes

Princípios:

 O risco de infecção deve ser significativo


 Escolha correta do antibiótico
 A concentração do antibióticos deve ser na dose exata
 Ocasião correta para o uso do antibiótico
 Tempo de exposição mais curto possível para ser eficaz

Lesões cardíacas valvulares que podem predispor à endocardite:

 Válvula cardíaca protética


 A maioria das malformações cardíacas congênitas
 Doença valvular reumática
 Doença valvular degenerativa
 Estenose subaórtica hipertrófica idiopática
 Prolapso da válvula mitral com insuficiência cardíaca
 Episódio prévio de endocardite bacteriana

Intervenções odontológicas que requerem profilaxia da endocardite

 Extração dentária
 Cirurgia periodontal
 Profilaxia dentária subgengival
 Cirurgia endodôtica
 Incisão e drenagem das infecções

Esquema de antibióticos na profilaxia da endocardite bacteriana

Esquema Padrão:

 Amoxicilina 2g VO 1h antes da cirurgia

Paciente ALÉRGICO a Penicilina:

 Clindamicina 300 mg VO 1h antes da cirurgia


 Eritromicina 1g VO 2h antes da cirurgia

Preceitos básicos em Cirurgia Bucomaxilofacial - 16/04/2020

Terminologia

Posições do paciente:

 Decubito ventral
 Decubito dorsal
 Decubito lateral
 Trendelenburg
 Proclive

INCISÃO:

 É o procedimento em que fazemos a abertura de órgão ou cavidade.

DIÉRESE:

 É o procedimento cirúrgico que consiste em separar os tecidos, os planos anatômicos, para


abordar uma região ou órgão.
TIPOS DE DIÉRESE:

 Punção
 Divulsão
 Descolamento
 Curetagem
 Dilatação

PUNÇÃO:
 É o tipo mais simples de diérese. Realiza-se com agulha que penetra nos tecidos,
separando-os sem seccioná-los.

DIVULSÃO:

 É o afastamento dos tecidos, sem seccioná-los. Realiza-se, aproveitando o plano de


clivagem ou sua constituição fasciculada, como ocorre no tecido muscular. A divulsão pode
ser feita com tesoura de borda rombas (tesoura de Metzenbauer), pinça Kotcher.

DESLOCAMENTO:

 É a separação romba dos tecidos através de um espaço anatômico. Ex: Descolamento do


periósteo.

CURETAGEM:

 É um tipo de diérese realizado com um instrumento em forma de colher, com bordas


cortantes, o qual raspa a superfície do órgão.

DILATAÇÃO:

 É o procedimento que visa aumentar o calibre de vias naturais. Ex: dilatação do colo do
útero.

EXÉRESE:

 É a separação cirúrgica com extirpação de um tecido ou órgão.

SÍNTESE:

 É o conjunto de métodos usados para a coaptação dos bordos de uma ferida traumática ou
cirurgia, com o objetivo de restituir a função e acelerar a cicatrização.

TIPOS DE SÍNTESE:

 Sutura: É a aproximação dos bordos de uma ferida por meio de nós dados com fio
cirúrgico, que perfura o tecido e nele se apoia.
 Ligadura: Consiste em utilizar fios que não perfuram os tecidos, mas os aproximam e
mantêm.
HEMOSTASIA: é o conjunto de manobras que o cirurgião usa para prevenir, deter o
sangramento.

AFIXOS E CIRURGIA

 Incisão: Tomia

Ex: Frenotomia
Laparotomia

 Excisão: (retirada, extirpação) – ECTO


Ex: Frenectomia
Gastrectomia
Apêndicectomia

 Sutura: rrafia
Ex: Gastrorrafia
Periniorrafia
Tarsorrafia

 Punção: CENTESE
Ex: Paracentese
Artrocentese

 Reparação plástica: PLASTIA


Ex: Rinoplastia
Hernioplastia

 Imobilização: DESE
Ex: Artrodese
Tenodese

 Remoção de cálculos – LITOTOMIA


Ex: Sialolitotomia
Colelitotomia
Técnicas de Biópsia – 30/03/2020

A biópsia pode ser feita de células de praticamente qualquer parte do corpo. Como as
amostras são coletadas, depende da localização da lesão e o tipo de tecido. Por exemplo, as
técnicas utilizadas para biópsias de pele são muito diferentes daquelas feitas para biópsias
cerebrais.

EXAMES CITOPATOLÓGICOS

 Estuda as células e os demais componentes presentes na amostra.


 Estuda a relação entre o núcleo eo citoplasma celular.

1. Raspado/Citopatologia esfoliativa

- Pele, mucosas

2. Punção por agulha grosa (PAG)

- Secreções: conteúdos de cistos, saliva (fenômenos de retenção)

- Líquidos: líquido amnlótico

3. Punção por agulha fina (PAAF)

- Nódulos e tumores: tiroide, mama, linfonodos, glândulas salivares

Exame citopatógico por raspagem ou citopatologia esfoliativa

Indicações:

Embora a citopatologia esfoliativa tenha uma indicação restrita, esta técnica pode fornecer o
diagnóstico preciso de algumas doenças. Ela pode ser realizada em lesões superficiais:

1. Lesões brancas: leucoplasias, candidose Pseudomembranosa, Leucoplasia Pilosa


2. Lesões vermelhas: Eritroplasias, Candidose Eritematosa
3. Lesões bolhosas: Pênfigo vulgar, Herpes simples
4. Ulcerações e exulcerações: Paracoccidioidomicose, Carcinoma de células escamosas,
úlceras por vírus (HSV, CMV)
Citopatologia esfoliativa

5. Exame de triagem – campanhas de saúde


6. Acompanhamento de pacientes em radioterapia
7. Por motivos religiosos
8. Pacientes que apresentam dificuldade em abrir a boca

Vantagens da citopatologia esfoliativa:

 Rápida
 Baixo custo
 Fácil execução
 Não invasiva
 Indolor
 Infecções secundárias menos frequentes

Desvantagens:

 Valor limitado no diagnóstico das lesões bucais


 Avalia a célula isoladamente (não estabelece relação com os tecidos adjacentes)

PUNÇÃO POR AGULHA GROSSA (PAG)

Indicações:

- Soluções fluídas

 Lesões císticas
 Lesões vasculares e medulares
 Abscessos
 Outras lesões de conteúdo líquido

PUNÇÃO POR AGULHA FINA (PAF)

Nódulos e tumores

 Linfonodos
 Glândulas salivares
 Tiróide
 Mama
Vantagens

 A PAAF evita cicatrizes


 Pode ser executada em pacientes acamados em seus domicílios ou em consultórios,
não sendo necessária a internação
 Menos onerosa
 Mais rápida
 Menos estressante

A principal desvantagem é:

 A agulha pode não remover a suficiente quantidade de tecido para um diagnóstico


definitivo.

* Embora a PAAF seja um tipo de biópsia, também é considerada um exame citológico.

Ex: Linfomas
Metástase cervical

TÉCNICA

- Agulha calibre 21, 22, 23


- Seringa 10 a 20 ml
- Êmbolo parcialmente tracionado
- Penetração em várias direções

BIÓPSIA

 Incisional: Remoção parcial


 Excisional: Remoção total

BIÓPSIA EXCISIONAL
Ex: granuloma piogênico

Leucoplasias e eritroplasias

- Lesões extensas
- Localização anatômica de difícil acesso
- Diagnóstico prévio antes da terapia

BIÓPSIA: O QUE FAZER E NÃO FAZER :

Fazer:

 Escolher cuidadosamente o local da biópsia incisional.


 Injetar o anestésico distante da região a ser biopsiada
 Se possível incluir margem do tecido normal na biópsia
 Fixar a biópsia imediatamente após sua remoção
 Relacionar sempre o diagnóstico clínico com o histopatológico
 Rotular o frasco do material e a requisição com o nome do paciente e o remente
 Fazer observações na anamnese, e enviar dados precisos sobre os aspectos clínicos e da
localização

Não fazer:
 Não usar eletrocautério nem LASER. Somente bisturi
 Evitar artefatos pelo uso de pinças ou outros instrumentos

AZUL DE TOLUIDINA

Fixação do material

- Formol tamponado a 10%


- Formol a 3%

TRATAMENTO

 Marsupilização
 Enucleação: é uma técnica cirúrgica para remoção (excisão) de uma massa inteira,
sem dissecação.

Dentes Inclusos – 28/05/2020


ETIOLOGIA

1. Falta de espaço na arcada em virtude de menor desenvolvimento da maxila e da


mandíbula;
2. Dentes muito volumosos;
3. Perda prematura dos dentes decíduos alterando a posição do permanente.

INDICAÇÕES

1. Prevenção da pericoronarite;
2. Dentes sob prósteses dentárias;
3. Prevenção de reabsorção radicular;
4. Prevenção de cistos e tumores odontogênicos;
5. Facilitar tratamento ortodôntico;
6. Prevenção de cárie dentária;
7. Prevenção de doença periodontal.

CLASSIFICAÇÃO

Existem várias formas para classificação de dentes inclusos utilizada por diversos autores, mas
a classificação mais utilizada e a de Winter, por ser considerada de melhor entendimento.
CRTÉRIOS PARA DEIXAR FRAGMENTOS RADICULARES

*Só em casos de 3° molares

1. O fragmento de raiz deve ter no máximo 4 a 5 mm;


2. A raiz deve estar “profundamente” embutida no osso e não superficialmente;
3. O dente envolvido deve estar livre de infecção no ápice radicular.

Observações: para que o fragmento dentário seja deixado, o risco da remoção deste deve ser
maior do que o benefício de sua remoção.

1. A remoção ocasionará uma grande destruição óssea e dos tecidos circunjacentes;


2. A remoção colocará em “perigo” estruturas vitais;
3. A remoção pode deslocar raiz para dentro de espações teciduais.

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