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Maria Elis Costa profissional esteja paramentado com

pijama cirúrgico, propés e touca


N1 HABILIDADES MÉDICAS II
3. Estéril: parte do centro cirúrgico com
Técnicas Cirúrgicas menor grau de contaminação, só pode
transitar usando máscara. Composta por:
Assepsia: conjunto de medidas que corredor de acesso, lavabo e sala de
utilizamos para impedir a penetração de operação
microrganismos num ambiente que não os
tem. Ex: preparo da equipe cirúrgica e do
ozpaciente, esterilização e controle do
ambiente hospitalar
Antissepsia: conjunto de medidas propostas
para inibir o crescimento de microrganismos
ou os remover de um determinado ambiente.
Diminui a flora bacteriana permanente e
elimina a transitória. Ex: escovar os dentes
 Degermação: ato de remover
mecanicamente detritos e impurezas
depositadas sobre a pele (a maior parte da
Instrumentos cirúrgicos:
flora transitória). Ex: lavagem das mãos
 Antissépticos: 1. De diérese: dividem os tecidos
 Degermantes (“detergente”): soluções  Bisturi: em cabos número 3 é utilizado
de PVPI (compostos de iodo tem pouca lâminas numero 10, 11, 12 e 15, em
ação residual e podem provocar cabos numero 4 é utilizado lâminas
irritação na pele) e clorexidina (não é número 20 a 25
alergênico e tem boa ação residual, fica  Tesouras:
até 6 horas)  De Mayo: para fáscias e corte de
 Soluções alcoólicas: não tem ação fios
residual e seu uso prolongado pode  Metzenbaum: diérese mais delicada
causar fissuras na pele de tecidos, mais longas e finas, bem
Solução antisséptica ideal: amplo espectro utilizadas em cavidades
de ação, efeito residual, baixa toxicidade, não
corrosivo, custo acessível e disponibilidade
Esterilização: processo de destruição de
TODAS as formas de vida microbiana
mediante aplicação de agentes físicos ou
químicos em objetos inanimados
Zonas do centro cirúrgico:
1. De proteção: área em contato direto com o
2. De hemostasia:
restante do hospital (mais propensa a
 Pinças:
contaminação), composta por: vestiário,
área de transferência e expurgo  Crile: ranhuras transversais em
2. Limpa: setores de apoio e suporte situados toda a extensão da sua parte
no centro cirúrgico, composta por: conforto preensora
médico, recuperação pós anestesia,  Kelly: ranhuras que ocupam 2/3 da
lavabos e área de acondicionamento de sua extensão
materiais e equipamentos. Requer que o
 Kocher: ranhuras transversais em
toda sua parte preensora, possui
“dente de rato” na sua extremidade
 Mixter: maior curvatura em sua
ponta
 De campo: finalidade de fixar os
panos de campo, sendo as FARABEUF GOSSET BALFOUR
principais a Backhaus e a Roeder
 Pinças de dissecção: imobilizam
(pequena esfera)
tecidos para que sejam seccionados ou
suturados
 Anatômica com ou sem dente
 Allis
 Babcok
 Foerster

CRILE KELLY KOCHER

ALLIS BABCOK

MIXTER BACKHAUS ROEDER FOERSTER PINÇA ANATOMICA


P

3. De síntese: responsáveis pelas manobras Paramentação cirúrgico tipo I: touca,


de fechamento da ferida cirúrgica, através uniforme privativo, propé e máscara
da aplicação de sutura Paramentação cirúrgico tipo II: capote e
 Pinça porta-agulha: luvas estéreis
 Mayo Hegar
Divisão da mesa cirúrgica em 4
quadrantes:

4. Auxiliares: criam condições propícias para


a atuação de outros instrumentos
 Afastadores:
 Farabeuf:
 Gosset
 Balfour
3) Palpação: expansibilidade torácica
(manobra de ruault (ápices pulmonares) e
laségue (bases)) e frêmito toracovocal (33)
4) Percussão: som claro pulmonar (pulmão),
timpânico (espaço de traube) e maciço
(coração e fígado)
5) Ausculta:
 Sons normais: traqueal, brônquico,
bronco vesicular e murmúrio vesicular
 Sons patológicos descontínuos:
 Estertores finos: ocorrem no final da
inspiração, agudos e de curta
duração, não se modificam com a
tosse, mas podem se modificar com
a posição
 Estertores grossos: no inicio da
inspiração e em toda a expiração,
frequência menor e duração maior,
sofre alteração com a tosse, mas
P
não se modificam com a posição
Semiologia respiratória  Sons patológicos contínuos:
 Roncos: originam-se nas vibrações
das paredes brônquicas quando há
estreitamento desses ductos
 Sibilos: originam-se de vibrações
das paredes brônquicas (brônquio
espasmo)
 Estridor: obstrução da laringe ou da
traqueia
1) Inspeção estática: coloração da pele,  Atrito pleural: os folhetos parietais e
mucosas, formato do tórax, abaulamentos, viscerais deslizam um sobre o outro
retrações e cicatrizes recobertos de exsudato, produzindo
ruídos mais intensos na inspiração

Síndromes respiratórias
1) Brônquicas: manifestam-se clinicamente
por dispneia acompanhada de sensação
de constrição ou aperto no tórax, tosse e
sibilância
 Asma: broncoconstrição crônica das vias
2) Inspeção dinâmica: tipo de respiração
aéreas de origem alérgica, é reversível e
(profunda, superficial ou tiragem –
manifesta sibilos em ambos os campos
intercostal, subcostal ou de fúrcula
pulmonares
esternal) e ritmo e amplitude
 Bronquite: inflamação dos brônquios, dispneia que se agrava lentamente, raio-x
geralmente antecipada por uma infecção com aumento da transparência pulmonar
das vias aéreas, excessiva secreção de
muco na arvore brônquica, estertores
grossos em ambos os hemitórax, podendo
ser aguda ou crônica
 Bronquiectasia: dilatação irreversível dos
brônquios em consequência de destruição
dos componentes elásticos e musculares
da parede destes ductos, tosse produtiva
crônica com expectoração mucopurulenta
abundante, frequente hemoptise
3) Pleurais:
 Derrame pleural: acumulo de liquido na
cavidade pleural, raio-x forma uma
parábola, com velamento
do seio cardio frênico e
costo frênico (se ainda
tiver duvidas pedir raio-x
lateral – laurel)
2) Pulmonares:
 Pleurite: inflamação dos folhetos pleurais
 Consolidação pulmonar: ocupação dos
(faz atrito pleural), dor no hemitórax ao
espaços alveolares por exsudato, mas as
respirar, podendo ser aguda ou crônica
passagens de ar estão
 Pneumotórax: acumulo de ar na cavidade
abertas. Principais causas
pleural, que penetra através de uma lesão
são pneumonia e embolia
traumática, ruptura de
pulmonar, raio-x com uma
bolha subpleural ou
região opacificada.
afecções pulmonares,
 Atelectasia: obstrução das vias aereas
dor no hemitórax
causando colpaso dos alveolos pelo
comprometido
impedimento da entrada de ar, comumente
causado por corpos estranhos. Raio-x da
de ver o deslocamento da traqueia. Se a
oclusão se situar em um
bronquio principal, ocorre
atelectasia do pulmão
inteiro, se estiver em
bronquios lombares, fica
restrita a um lobo
 Caverna pulmonar: processo destrutivo
do parênquima pulmonar, Semiologia cardíaca
comum na tuberculose, se
1) Inspeção e palpação: abaulamentos,
manifesta com hemoptoica
retrações, ictus cordis, batimentos ou
e vômica, raio-x com “bolas
movimentos e frêmito cardiovascular
no pulmão’
2) Ausculta: bulhas, focos cardíacos e
 Enfisema pulmonar: obstrução crônica
sopros (vibrações decorrentes de
do fluxo aéreo, causada
alterações do fluxo sanguíneo)
por tabagismo. Aumento
 B1) fechamento da mitral e tricúspide,
anormal dos espaços
corresponde a sístole, coincide com o
aéreos distais ao
ictus cordis e com o pulso carotídeo
bronquíolo terminal,
 B2) fechamento da aórtica e da regurgitação, localizado na área
pulmonar, corresponde a diástole tricúspide. Manobra de Rivero Carvallo
 B3) ruído protodiastólico de baixa é positiva
frequência que se origina das  Pulmonar: dilatação do anel valvar por
vibrações da parede ventricular hipertensão na artéria pulmonar. Sopro
subitamente distendida pela corrente diastólico, audível após a 2a bulha
sanguínea que penetra na cavidade 3) Comunicação:
durante o enchimento ventricular  Interatrial: sopro sistólico de ejeção na
rápido. Mais audível na mitral, com o área pulmonar com desdobramento
paciente em DLE constante e fixo da 2ª bulha, causado
 B4) ruído débil que ocorre no fim da não pelo defeito, mas pela estenose
diástole ou pré sístole e pode ser pulmonar pelo hiper fluxo no ventrículo
ouvida mais raramente em condições direito
normais nas crianças  Interventricular: sopro sistólico de
regurgitação que se localiza em uma
Manobra de riviero carvalho: serve para
faixa transversal que vai da área mitral
diferenciar quando no paciente observa-se um
à tricúspide
sopro em foco mitral ou tricúspide. Coloca-se
 Persistência do canal: Sopro contínuo
o estetoscópio em foco tricúspide e pede para
sistólico de intensidade maior e de
o paciente inspirar fundo e segurar o ar, se a
qualidade rude, enquanto o diastólico é
intensidade do sopro aumentou nesse foco
mais fraco e menos rude, localizado na
então o sopro é tricúspide, se continuou com
área infraclavicular
a mesma intensidade é mitral
4) Insuficiência cardíaca:
Síndrome cardíaca  Ventricular esquerda: congestão
venocapilar pulmonar, decorrente da
1) Estenose valvar: dificuldade da valva de ineficiência do miocárdio ventricular
abrir esquerdo. Manifesta-se com dispneia,
 Mitral (EM): sopro diastólico em ruflar, tosse, expectoração hemoptoica, e os
1° bulha hiperfonética, metálica e seca estertores pulmonares
em decorrência dos folhetos da valva  Ventricular direita: ingurgitamento
 Aórtica (EA): sopro diastólico de ejeção jugular, hepatomegalia, edema, refluxo
(diamante), dificuldade de esvaziar o hepatojugular, derrames cavitários, e
ventrículo esquerdo, turbilhamento do cianose
sangue ao passar  Congestiva
 Pulmonar (EP):sopro sistólico em
diamante, 2° bulha hipofonética e Semiologia abdome
desdobrada
2) Insuficiência valvar: dificuldade de valva
de fechar
 Mitral: folhetos da valva não se fecham
adequadamente durante a sístole
ventricular, permitindo refluxo de para o
átrio. A primeira bulha fica mascarada Requisitos do exame físico: posição
(recoberta) pelo sopro. relaxada e confortável, decúbito dorsal,
 Aórtica: o refluxo de sangue para o braços ao lado do corpo, exposição total do
ventrículo esquerdo na diástole. Sopro abdome, esvaziar bexiga, aquecer mãos e
diastólico logo após a 2a bulha no foco estetoscópio, unhas curtas, examinar pelo
aórtico. É mais audível sentado e lado direito do paciente e deixar o exame de
durante a apneia expiratória áreas dolorosas para o final
 Tricúspide: secundário à dilatação do
1) Inspeção: cicatrizes, estrias, circulação
anel orovalvar. sopro sistólico de
colateral (tipo cava inferior, cava superior
e portal), erupções, lesões, fistulas, ser aguda ou crônica, alta (origem no
cicatriz umbilical, hérnias, diástase do reto intestino delgado) ou baixa (no cólon)
abdominal e contorno do abdome  Disenteria: infecção por micro-
organismos (ex: cólera e amebíase),
presença de pus, muco ou sangue nas
fezes associada a tenesmo (vontade
constante de evacuar), sendo tratada
com antibiótico ou antiparasita
 Má absorção: resulta de enfermidades
que interferem na absorção dos
nutrientes, defeito de digestão (pré-
2) Ausculta: permanência por entérica) ou de absorção (entérica)
2 a 5 minutos, analisando  Neoplasia: fezes ficam retidas no
ruídos hidro-aéreos e sopros
colón distal e estimulam a secreção da
vasculares
mucosa, de consistência heterogênea,
3) Palpação: monomanual (superficial) ou
com parte endurecidas (cíbalos) e parte
bimanual (profunda)
liquefeita
 Fígado: 2) De Irritação peritoneal (abdome agudo):
 Chauffard resulta da penetração e colonização de
 Mathieu bactérias patogênicas na cavidade
 Lemos Torres abdominal. Sinais: rigidez abdominal, dor,
 Baço: Blumberg positiva, distensão abdominal,
 Bimanual do baço náuseas, vomito, diarreia, etc
 Schuster  Inflamatória: apendicite, colecistite,
 Vesícula: diverticulite
 Murphy  Perfurativa: traumatismo abdominal,
 Courvoisier Terrier perfuração de víscera oca
 Chiray-Pavel  Infecciosa: septicemia, peritonite
 Aorta abdominal bacteriana espontânea
 Apêndice  Hemorrágica: ruptura de aneurisma,
 Blumberg pancreatite necro-hemorragica
 Rovsing  Isquêmica: infarto mesentérico,
 Ascite trombose de via porta
 Macicez móvel  Neoplásica: tumores de viscera
 Piparote abdominais
 Semicírculo de Skoda 3) Ascítica: acumulo de líquido na cavidade
4) Percussão: sons timpânicos e maciço abdominal, caracterizado por abdome
 Fígado: globoso, pele lisa e fina, presença ou não
 Hepatimetria de circulação colateral. Principais causas:
 Hepática: cirrose
 Torres-homem (jobert)
 Baço:  Cardiocirculatória: trombose venosa
e insuficiência cardíaca
 Esplênica
 Renal: síndromes nefróticas
Síndrome abdome  Inflamatória: tuberculose
 Neoplásica: tumores do fígado, ovário,
1) Diarreica
estomago e carcinomatose
 Diarreia: aumento do numero e volume
4) De massas abdominais: qualquer
das evacuações, pastosas ou
estrutura de consistência solida ou liquida
liquefeitas, podendo ter restos
que não seja aumento de um órgão.
alimentares, é tratada com soro. Pode
Principais causas:
 Fecaloma: grande massa de fezes
endurecidas localizadas no reto
 Neoplasia: distensão de vísceras por
ar ou liquido, consistência dura,
sensação elástica
 Aneurisma: pulsações visíveis e/ou
palpáveis com sopro, consistência
amolecida
5) Obstrutiva: interrupção do trânsito A bexiga normal armazena de 400 a 600ml de
intestinal, apresenta dor tipo cólica, RHA urina, sendo que elimina 200ml a cada
metálicos e vomito diurese. Por dia, uma pessoa adulta urina de
 Oclusão intestinal: abrupta (vólvo) ou 800 a 2500ml.
progressiva (estenoses inflamatórias)
 Íleo paralítico: resulta de irritação Oligúria, anúria, poliúria, disúria, urgência,
peritoneal, anoxia isquêmica ou polaciúria, hesitação, Noctúria, retenção
desequilíbrio hidroeletrolítico urinaria e incontinência urinaria
 Íleo espástico: consequência de um A urina normal é transparente, mas a sua
espasmo segmentar do intestino tonalidade varia do amarelo claro ao escuro
delgado ou cólon
Dor lombar e no flanco: indica distensão da
Semiologia renal cápsula renal
Cólica renal: decorrente da obstrução do
trato urinário alto com dilatação súbita da
pelve renal ou do ureter
Dor hipogástrica: originada no corpo da
bexiga
Estrangúria (micção lenta e dolorosa):
inflamação vesical intensa
Exame físico:
1) Dos rins: o direito é mais baixo que o
esquerdo, só podem ser palpados casos
estejam aumentados
 Guyon
 Israel
Funções: manutenção do volume e da
 Goelet
composição dos líquidos corporais, excreção
 Sinal de Giordano
de escorias metabólicas, eliminação de
2) Dos ureteres
toxinas e seus metabolitos
3) Da bexiga:
Sinais e sintomas do sistema urinário:  Palpação
edema, dor, febre, alterações da micção, 4) Da próstata:
volume e ritmo urinário, alterações das  Palpação
características da urina
Síndrome renal
Pode se afetar a região renal (lesão renal
intrínseca em pequenos vasos, glomérulos, 1) Infecciosa (ITU): classificada em aguda,
etc), pré renal (lesão renal por hiperfusão) ou crônica ou recorrente
pós renal (obstrução das vias urinarias)  Alta (origem renal):pielonefrite
 Baixa (origem bexiga): cistite ou uretrite
2) Obstrutiva: impedimento ao livre fluxo da
urina, obstrução acima da bexiga é
dilatação unilateral e abaixo é bilateral.
Podendo ter causa:
 Intrínseca: dentro do trato urinário
 Extrínseca: fora do trato urinário
 Funcional
3) Nefríticas: os glomérulos são acometidos
por um infiltrado inflamatório com
neutrófilos e células mononucleares
invadindo e destruindo a arquitetura
glomerular
4) Nefróticas: elevação exagerada da
permeabilidade dos glomérulos renais as
proteínas, ocasionando proteinúria maciça

5) Insuficiência renal:
 Aguda: anormalidade funcional ou
estrutural do rim que se manifesta
dentro de 48horas, com súbita
deterioração da função renal
demonstrada pela diminuição da taxa
de filtração glomerular (TFG). Pode-se
considerar portador de IRA todo
paciente que apresentar valores
aumentados da creatinina somada à
diminuição do débito urinário
 Crônica: perda progressiva e
irreversível da função renal. Em sua
fase mais avançada, os rins não
conseguem mais manter a homeostase
do organismo e o paciente precisa
recorrer à diálise ou ao transplante
renal para permanecer vivo. O quadro
clínico decorrente da IRC
descompensada denomina-se uremia
ou síndrome urêmica, em que ocorrem
sinais e sintomas relacionados aos
níveis elevados de ureia e o acúmulo
de toxinas no organismo.

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