Você está na página 1de 20

Fundamentos técnicos

Guia de estágio

Matheus Filipe Freire Moura


Metas internacionais de segurança do paciente

1. Identificar, com segurança, o paciente como sendo a pessoa para a qual se destina o serviço e/ou
procedimento. Normalmente se faz pulseira de identificação nos pacientes internados. A pulseira
deve conter os dois identificadores preconizados (nome completo e data de nascimento).
2. Desenvolver uma abordagem para melhorar a comunicação entre os prestadores de cuidado,
estabelecendo uma comunicação efetiva, oportuna, precisa, completa, sem ambiguidade e
compreendida pelo receptor. A melhora da comunicação tanto quanto entre profissionais e entre
pacientes.
3. Desenvolver e implementar estratégias e mecanismos que promovam a segurança do paciente e
dos profissionais envolvidos no processo de utilização de Medicamentos de Alta Vigilância-MAV. Os
MAV possuem risco aumentado de provocar danos significativos nos pacientes quando ocorre falha
na utilização dos mesmos.
4. Essa meta visa aperfeiçoar a comunicação entre os profissionais envolvidos no processo; assegurar a
inclusão do paciente na marcação do local da intervenção; garantir cirurgias e procedimentos
invasivos no local de intervenção correto, procedimento correto no paciente correto.
5. Promover a prevenção e controle das infecções em todas as unidades de atendimento a pacientes,
por meio de um programa efetivo, com ênfase na importância da prática da higienização das mãos.
6. Elaborar, implementar e monitorar ações preventivas para reduzir lesões decorrentes de quedas
Biossegurança

“Diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores
dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em
geral.” NR 32 – BRASIL, 2005

Higienização das mãos:

Higienização simples: com sabonete líquido e água

Finalidade: remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor,
a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
microrganismos. Duração do procedimento: a higienização simples das mãos deve ter duração mínima de
40 a 60 segundos.

Técnica:

1. Retirar todos os adornos;

2. Molhar as mãos com água;

3. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das
mãos;

4. Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si;

5. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa;

6. Entrelaçar os dedos e friccione os espaços interdigitais;

7. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimentos de vai-e-vem e vice-versa;

8. Esfregar o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de movimento circular e
vice-versa;

9. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo
movimento circular e vice-versa.
Higienização antisséptica: com antisséptico degermante e água

Finalidade: promover a remoção de sujidades e da microbiota transitória, reduzindo a microbiota residente


das mãos, com auxílio de um antisséptico. É recomendada em casos de precaução de contato para
pacientes portadores de microrganismos multirresistentes ou em casos de surtos. Duração do
procedimento: a higienização antisséptica das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.

Técnica:

A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos,
substituindo-se o sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como antisséptico
degermante.

1.3 - Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica

Finalidade: a utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras
(na concentração final de 70%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir
a higienização com água e sabonete líquido quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. A fricção
antisséptica das mãos com preparação alcoólica não realiza remoção de sujidades. Duração do
procedimento: a fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de, no mínimo,
20 a 30 segundos.

Técnica:

1. Retirar todos os adornos;

2. Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma mão em forma de concha para
cobrir todas as superfícies das mãos;

3. Friccione as palmas das mãos entre si;

4. Friccione a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa;

5. Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;

6. Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento vai-e-vem e vice-versa;

7. Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular
e vice-versa;

8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um
movimento circular e vice-versa;

9. Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras.

Observação: A fricção antisséptica com preparação alcoólica após o uso de luvas somente deverá ser
realizada em caso de luvas isentas de talco.
Antissepsia cirúrgica das mãos

Finalidade: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além De proporcionar
efeito residual na pele do profissional. Deverá ser realizada no pré-operatório, Antes de qualquer
procedimento cirúrgico (indicada para toda equipe cirúrgica), antes da Realização de procedimentos
invasivos. Exemplos: inserção de cateter intravascular central, Punções, drenagens de cavidades, instalação
de diálise, pequenas suturas, endoscopias, entre outros.Duração do procedimento: a antissepsia cirúrgica
ou preparo pré-operatório das mãos deve Durar de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3
minutos para as cirurgias Subsequentes.

Técnica:

1. Retirar todos os adornos;


2. Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos;
3. Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e Cotovelo. No
caso de escova impregnada com antisséptico, pressione a parte da Esponja contra a pele e espalhe
por todas as partes. As escovas devem ser de cerdas Macias e utilizadas em leito ungueal,
subungueal e espaços interdigitais;
4. Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas;
5. Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos,
mantendo as mãos acima dos cotovelos;
6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo
do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto sensor;
7. Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando
pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da
compressa estéril para regiões distintas.

Risco biológico: Vestimenta adequada; Não Uso de Adornos; Sapatos Fechados; Medidas de Precaução
Tipos de precaução
Tipo de limpeza

Desinfecção: eliminação de microrganismos, exceto esporulados, de materiais ou artigos inanimados,


através de processo físico ou químico, com auxílio de desinfetantes.

Esterilização: destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, através de processo químico


ou físico.

Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-


los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou
desinfetantes.

Degermação: diminuição do número de microrganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele


com água e sabão.

Tipos de Banho

Banho de Aspersão: Um paciente com um problema de saúde pode ter dificuldade em tomar banho no
chuveiro ou banho de aspersão. Se for o caso, pode ser feito com auxílio de um profissional, dependendo
do estado físico do paciente.

Banho de Imersão: Este é um banho dentro de uma banheira, pode ser mais confortável em alguns casos.
Isso é mais relevante para os pacientes que não conseguem tomar o banho de aspersão.

Banho de Ablução: Um tipo de banho no qual pequenas partes de água são derramadas sobre o corpo é
conhecido como “banho parcial”, popularmente um “banho de balde” ou “de panela”. É realizado no
banheiro.

Banho no leito: O procedimento é realizado em pacientes acamados que necessitam de repouso extremo.
Nesses casos, o tratamento é realizado principalmente em pacientes sedados, inconscientes e imóveis
devido à idade avançada, cirurgia recente ou sintomas graves.

Posicionamento:

1- Decúbito dorsal horizontal: DORSAL: costas

2- decúbito ventral: ventral ou prone(pessoa que deita de bruços). É a posição em que o paciente fica
deitado sobre o abdomén, com a cabeça lateralizada .

É indicada para exames da coluna vertebral e região cervical

3- decúbito lateral direito; O utente assume posição lateral direita

4- decúbito lateral esquerdo: O utente assume posição lateral esquerda .

O membro inferior que está sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve
permanecer flexionado. Essa posição é utilizada para, por exemplo, a realização de enemas.

5- semi decúbito de fowler: (variável da supina, porém a cabeceira é elevada a um ângulo de 45° a 60° e os
joelhos estão ligeiramente elevados) Posição em que o utente fica semi-sentado, com apoio sob os joelhos.
É indicada para descanso e conforto no leito, para utentes com dificuldades respiratórias
6- posição de sims: (similar a posição lateral, mas o peso do paciente é colocado no ilíaco anterior, úmero
e clavícula)

7- posição sentado.

Dados Vitais

O termo TÉCNICO para a medida dos dados vitais é AFERIR e podem ser aferidos:

- Frequência de pulso;
- Frequência Cardíaca;
- Pressão Arterial;
- Frequência Respiratória;
- Saturação de Oxigênio/Saturimetria/Oximetria;
- Temperatura;
- Dor;
- Glicemia Capilar;
- Nível de Consciência.

Frequência de pulso

FREQUÊNCIA:

Normal: 60 a 100ppm

Taquisfigmia: pulso > 100ppm

Bradisfigmia: pulso < 60ppm

COMPLASCÊNCIA OU FORÇA:

FORTE OU CHEIO: dificilmente obliterado.

FRACO OU FILIFORME: facilmente obliterado

REGULARIDADE:

RÍTIMICO: intervalos iguais entre os pulsos.

ARRITIMICO: intervalos desiguais entre os pulsos

SIMETRIA:

Pulsos iguais bilateralmente

Pulsos Periféricos: usados rotineiramente.

1) Higienizar as mãos;
2) Separar os materiais: relógio de ponteiro;

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;

4) Posicionar o paciente sentado ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°);

5) Higienizar as mãos e palpar diretamente na pele com auxílio dos dedos médio e indicador sobre a artéria
escolhida;

6) Contar o pulso durante 1 minuto completo e avaliar:

FREQUÊNCIA; COMPLASCÊNCIA/FORÇA; REGULARIDADE e SIMETRIA.

Pulsos Centrais: usados rotineiramente em situações de emergências.

Higienizar as mãos;

Calçar luvas de procedimento, colocar óculos de proteção e máscara cirúrgica simples;

3) Separar os materiais: relógio de ponteiro;

4) Posicionar-se ao lado do paciente;

5) Palpar diretamente sobre a pele a cartilagem tireóidea com auxílio dos dedos médio e indicador
esticados paralelamente e escorrega-los rumo ao sulco carotídeo proximal a você. No caso do femural,
expor a pele do paciente e palpar a região inguinal proximal a você;

6) Contar o pulso durante 5 a 10 segundos e verificar se está presente ou não.

Frequência cardíaca

Também chamada de frequência apical e configura-se como o melhor método para determinação da
frequência cardíaca. Amplamente utilizada na neonatologia e pediatria. A unidade de medida utilizada é o
Batimentos/minuto = BPM. Sendo comum na prática clínica o registro da Frequência Cardíaca com a sigla
FC.

FREQUÊNCIA:

Normal: 60 a 100ppm

Taquicardia: pulso > 100ppm

Bradicardia: pulso < 60ppm

Passo a Passo:

1) Higienizar as mãos;

2) Separar os materiais: relógio de ponteiro; estetoscópio; algodão e almotolia de álcool 70%;

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;


4) Posicionar o paciente sentado ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°);

5) Realizar a desinfecção do estetoscópio com auxílio do algodão embebido de álcool 70% (olivas, hastes,
conduto, campânula e diafragma);

6) Posicionar o estetoscópio no foco de ausculta mitral (5° espaço intercostal esquerdo), contar o pulso
durante 1 minuto completo e avaliar:

Pressão Arterial

Pressão Arterial:

Normal: PAS = 90 a 140mmhg x PAD 60 a 89mmhg

Hipertenso: PAS > 140mmhg x PAD >90mmhg

Hipotenso: PAS < 90mmhg x PAD <60

É a pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias sendo que a razão é dada pela força de contração do
coração, do débito cardíaco e da resistência periférica das artérias. Tem dois limites um superior chamado de
sistólica aferida durante a sístole cardíaca e outro menor chamado de diástole, durante a diástole cardíaca.

PASSO A PASSO:

1) Higienizar as mãos;

2) Separar os materiais: estetoscópio e esfigmomanômetro;

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;

4) Posicionar o paciente sentado com as pernas descruzadas, os pés apoiados no chão, dorso apoiado no
encosto da cadeira; ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°) com os braços esticados ao lado do corpo e pernas
descruzadas; ou de pé. Em qualquer uma o braço deve ser mantido na altura do coração, a mão voltada para
cima e as roupas não devem garrotear o membro

5) Higienizar as mãos;

6) Pedir ao paciente fique em repouso em ambiente calmo por 3 a 5 minutos;

7) Certificar-se de que o paciente não:

- Está com a bexiga cheia.

- Praticou exercício físico há pelo menos 60 minutos.

- Ingeriu bebidas alcóolicas, alimentos ou café.

- Fumou nos últimos 30 minutos.

8) Selecionar o manguito adequado para o braço do paciente:

9) Colocar o manguito sem deixar folgas 2 a 3cm acima da fossa antecubital;

10) Centralizar o meio do manguito (indicado pela seta) sobre a artéria braquial;
11) Estimar a pressão arterial sistólica (PAS) – palpar o pulso radial enquanto insufla o manguito até a
obliteração do pulso da artéria radial, tomar nota do valor obtido e desinsuflar o manguito;

12) Aguardar de 2 a 5 minutos;

13) Palpar a artéria braquial na fossa antecubital e posicionar a campânula sobre ela sem fazer compressão;

14) Insuflar a pêra até 20 a 30mmhg acima do valor de obliteração do pulso radial e fechar a válvula da pêra;

15) Soltar a válvula lentamente auscultando a artéria braquial:

1° som de Korotkoff = PAS (FASE I)

Imediatamente após o último som = PAD (FASE V)*

Se diminuir até o zero, considerar o valor no abafamento.

15) Medir em ambos os membros se for o primeiro contato, considerar a maior;

16) Informar ao paciente o valor e orientar e anotar sem “arrendodamentos

Frequência Respiratória

Determinada pela quantidade de incursões respiratórias por minuto. Caracteriza o estado de ventilação

(entrada e saída de ar) do organismo. Então depende do centro respiratório (tronco cerebral: bulbo).
Fatores que influenciam: exercício; dor aguda; ansiedade; tabagismo; anemia; posição corporal; uso de
medicações etc.

PASSO A PASSO:

1) Higienizar as mãos;

2) Separar os materiais: relógio de ponteiro;

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;


4) Posicionar sentado ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°) com os braços esticados ao lado do corpo e
pernas descruzadas;

5) Fazer como se estivesse palpando o pulso do paciente e inspecionar o tórax, contar as incursões
torácicas por 1 minuto.

Saturação de Oxigênio

- Normal: 90 a 100% de O2
- Dessaturação leve: 85 a 90% de O2
- Dessaturação moderada: 80 a 85% de O2
- Dessaturação grave: spo2 < 79% de O2

*Valores menores de 40% de O2 não são confiáveis pois a perfusão deve estar muito alterada.

Também conhecida como saturimetria ou oximetria de pulso, pois a aferição fundamenta-se na avaliação da
saturação das hemácias por meio do uso de um aparelho que emite uma banda de luz vermelha e outra
infravermelha sobre o pulso capilar.

PASSO A PASSO:

1) Higienizar as mãos;

2) Separar os materiais: oxímetro dedo; monitor de oximetria ou monitor multiparâmetro com sensor de
oximetria;

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;

4) Posicionar sentado ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°) com os braços esticados ao lado do corpo;

5) Instalar o oxímetro de dedo com o Led para cima, ou o sensor conforme o desenho do dedo. Após
formar a curva fazer a leitura da sarutação e do pulso

Temperatura

Temperatura Axilar:

- Normal: 36.8 a 37.3°C


- Subfebril: 37.3 a 37.5°C
- Febril: Tax. > 37.5°C
- Hipertermia: Tax. > 40°C
- Hipotermia: Tax. < 35ºc

O corpo humano é protegido além da pele pelo tecido subcutâneo e pelo tecido adiposo adjacente.
Temperaturas ambientais muito extremas podem alterar o metabolismos geralmente nos limites

inferiores de 21° e 42°C. A aferição pode ser feita com termômetros:

- Coluna de mercúrio;
- Digitais;
- Laser infravermelho;
- Sensores de temperatura (pele e esôfago).

Locais de aferição:
- Oral;
- Axilar;
- Retal;
- Esofagiana

PASSO A PASSO:

1) Higienizar as mãos;

2) Separar os materiais: relógio de ponteiro, termômetro de mercúrio, termômetro digital, almotolia de


álcool 70% e algodão;

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;

4) Posicionar sentado ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°) com os braços esticados ao lado do corpo;

5) Termômetro de mercúrio: higienizar as mãos e realizar a desinfecção do termômetro com auxilio de um


algodão embebido em álcool, friccionar por 45 segundos toda a extensão do termômetro, em seguida zerar o
termômetro com movimentos circulares firmes até que a coluna esteja abaixo de 35°C. O digital não precisa
ser zerado;

6) Expor as axilas do paciente e secá-las com auxílio de papel toalha;

7) Encostar o bulbo do termômetro diretamente na pele do paciente e fechar o braço em torno dele, medir
por 2 a 5 minutos. O digital emitirá um apito ao término do aferição;

8) Retirar o termômetro e proceder a verificação do valor medido;

9) Anotar e realizar novamente e desinfecção do termômetro para guardá-lo

Glicemia Capilar

- Normal: 90 a 100mg/dl
- Hipoglicemia Leve: 80 a 90mg/dl
- Hipoglicemia Moderada: 70 a 80 mg/dl
- Hipoglicemia Grave: </=69mg/dl
- Hiperglicemia: > 110mg/dl

Não é necessariamente um dado vital, mas uma informação bioquímica importante que impacta

diretamente na manutenção da homeostase corporal. Alterações agudas dos níveis glicêmicos

podem gerar coma ou alteração ácido-básico importantes. A aferição da glicemia capilar é realizada

com auxílio de um aparelho chamado glicômetro. A unidade de medida para glicemia capilar é
mg/dl (no caso mg de glicose por dl de sangue.

PASSO A PASSO:

1) Higienizar as mãos;

2) Separar os materiais: glicosímetro, lancetas, fita reagente, algodão seco.

3) Se apresentar e explicar o procedimento ao paciente;


4) Posicionar sentado ou em decúbito dorsal (Fowler ou 0°) com os braços esticados ao lado do
corpo;

5) Higienizar as mãos novamente e calçar luvas de procedimento;

6) Selecionar um dedo do paciente, e fazer uma pressão na polpa digital, concentrando o sangue
capilar;

7) Limpar a polpa do dedo selecionado com algodão seco (sem álcool);

8) Fazer um furo com a lanceta ou agulha 13x4,5 (insulina), ordenhando o dedo para formar um gota
de sangue.

9) Recolher a gota com a fita reagente e esperar a leitura da glicemia;

10) Após a leitura faze compressão no dedo puncionado para cessar o sangramento;

11) Fazer um rodízio entre os dedos utilizados durante as aferições;

12) Descartar a agulha ou lanceta na caixa coletora de resíduos perfurocortantes.

Escala de Coma de Glasgow

ABERTURA OCULAR

CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO

Olhos abertos previamente à estimulação. Espontânea 4

Abertura ocular após ordem em tom de voz normal ou em voz alta. Ao som 3

Abertura ocular após estimulação da extremidade dos dedos. À pressão 2

Ausência persistente de abertura ocular, sem fatores de interferência. Ausente 1

Olhos fechados devido a fator local. Não testável NT

RESPOSTA VERBAL

CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO

Resposta adequada relativamente ao nome, local e data. Orientada 5

Resposta não orientada, mas comunicação coerente. Confusa 4

Palavras isoladas inteligíveis. Palavras 3

Apenas gemidos. Sons 2

Ausência de resposta audível, sem fatores de interferência. Ausente 1

Fator que interfere com a comunicação. Não testável NT


MELHOR RESPOSTA MOTORA

CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO

Cumprimento de ordens com duas ações. A ordens 6

Elevação da mão acima do nível da clavícula ao estímulo na cabeça ou pescoço. Localizadora 5

Flexão rápida do membro superior ao nível do cotovelo, padrão predominante não anormal. Flexão
normal 4

Flexão do membro superior ao nível do cotovelo, padrão claramente anormal. Flexão anormal 3

Extensão do membro superior ao nível do cotovelo. Extensão 2

Ausência de movimentos dos membros superiores/inferiores sem fatores de interferência. Ausente


1

Fator que limita resposta motora. Não testável NT

REATIVIDADE PUPILAR

CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO

Bilateral 0

Unilateral -1

Inexistente -2

3. Pontuação e grau de lesão

Após avaliação e pontuação de todos os critérios, a fórmula aplicada é:

Pontuação final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade


Pupilar [0 a 2]

Grau de lesão de acordo com a pontuação:

Entre 13 e 15 – LEVE;

Entre 9 e 12 – MODERADA;

Entre 3 e 8 – GRAVE;

Menor que 3 – COMA;


Eletrocardiograma E Habilidades

Conhecendo as ondas do ECG:

Onda P: Refere-se a despolarização atrial que antecede a contração dos átrios.

Onda QRS: -Refere-se a despolarização ventricular que antecede a contração dos ventrículos.

Onda T: Refere-se a repolarização ventricular.

Ritmo Sinusal:

- P positiva que precede e conduz todos os QRS? Sinusal

O intervalo R:R é regular? Ocorrência regular

- Qual a FC? 60 a 100 bpm.

- Morfologia do QRS? Até 0,12 segundos

- Intervalo PR? Entre 0,12 e 0,20 segundos

Derivações precordiais ou plano frontal: são 6 representadas pela letra V seguida dos números 1 a 6.

V1: registra os potenciais dos átrios, de uma parte do septo interventricular e da parede anterior do
ventrículo direito.

V2: está acima da parede do ventrículo direito

V3: O eletrodo é localizado sobre o septo interventricular

V4: O eletrodo desta derivação está localizado no ápice do ventrículo esquerdo, onde a espessura é maior.

V5 e V6: Derivações localizadas no ventrículo esquerdo.

V1 e V2 são predominantemente negativos e V3,V4, V5 e V6 positivos.


Técnica do eletrocardiograma:

O aparelho é composto por:

Monitor; bobina de papel quadriculado; cabos; perinhas; pazinhas.

Outros materiais:

-Gel condutor; Álcool 70%; Papel toalha; Maca; Escadinha; Biombo

Fazendo:

1. Higienizar as mãos.
2. Separar os materiais e preparar a sala.
3. Se apresentar para o paciente e explicar o procedimento.
4. Pedir que o paciente retire dos bolsos ou do corpo itens metálicos, inclusive adornos para evitar
interferências.
5. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com os braços ao longo do corpo.
6. Pedir que suba ou abra a camisa.
7. Ligar o aparelho.
8. Demarcar com auxílio do gel de ECG os pontos anatômicos para posicionamento das perinhas.
9. Posicionar as perinhas e as pás (passar gel diretamente nas pás).
10. Registrar o ECG conforme as determinações do fabricante.
11. Tomar o registro e avaliar se foi realizado com padrões de qualidade (linha de base, DII positivo).
12. Retirar as perinhas e pás e ajudar o paciente e se limpar entregando a ele papel toalha.
13. Identificar o exame.
14. Liberar o paciente para sala do médico (em caso de alterações levar o paciente para observação de
cadeira de rodas e acionar o médico).
15. Arrumar a sala, lavar as perinhas e pás e guardar o equipamento organizadamente.

Identificação: Imprimir e identificar: Nome completo e idade do paciente; Data e hora da


realização; Nome do profissional que realizou

Calculo da FC-Ritmo regular: REGRA 300/150/75/60/50;


REGRA 300: dividir 300 pelo n° de Quadrados grandes entre um intervalo R:R;

REGRA 1500: dividir 1500 pelos milímetros entre um intervalo R:R.

Ostomias

Conceito: são aberturas realizadas na parede cólica e exteriorizadas através da parede


abdominal

Tipos de Ostomias: colostomia (parede cólica); Traqueostomia (traquéia); Esofagostomia


(esofagectomia); Gastrostomia (estômago); Duodenostomia (duodeno); Jejunostomia (jejuno,
metade inicial do intestino delgado); Ileostomia(íleo, metade distal do intestino delgado);
Cecostomia (ceco); Ureterostomia (ureter); colecistostomia (vesícula biliar); Cistostomia (bexiga
urinária

Colostomia: Consiste na exteriorização do intestino grosso, através da parede abdominal, para


eliminação de gases ou fezes.

Quando fazer:

1. Descomprimir
2. Drenar
3. Aliviar tensões de anastomosesintestinais
4. Proteger suturas

Indicações:

1. Desvio do trânsito fecal em intervenções cirúrgicas para tratamento de ferimentos


anorretocólicos;
2. Desvio do trânsito fecal quando há obstruções do cólon terminal ocasionados por
imperfuração anal, neoplasiasouprocessos inflamatórios (doença de Crohn, retocolite
ulcerativa etc.);
3. Como paliativo noscasos de neoplasia inoperável docólon distal com obstrução domesmo;
4. Fístulas reto-vaginais;
5. Perfurações nãotraumáticasde segmentos cólicos, como nadiverticulite;
6. Lesões perineais extensas comonasíndrome de Fournier.

Princípios Básicos: escolha do local-no reto abdominal; 5cm das proeminências ósseas, cicatrizes
e cicatriz umbilical

Tamanho- 3 cm colostomies; 2 cm ileostomies

Complicações da colostomia:

irritação cutânea - evitada pelo uso de bolsas e pomadas protetoras, que evitam o contato

entre o contato fecal e apele;

processo inflamatório que ocorre na serosa da alça exteriorizada;

infecção - da pele e/ou subcutâneo, causando celulite pericolostômica; estenose por abertura
insuficiente da parede abdominal;

estenose temporária decorrente do edema da boca cólica;


angulação do cólon exteriorizado por passagem sinuosa pelos diferentes planos da parede
abdominal;

processo inflamatório que ocorre na serosa da alça exteriorizada;

infecção - da pele e/ou subcutâneo, causando celulite pericolostômica;

hérnia paracolostômica - particularmente nas colostomias terminais;

necrose e retração do coto cólico - ocorre por falta de suprimento sanguíneo no coto
exteriorizado;

fístula - evento raro, ocorre como resultado da fixação da alça à parede abdominal ou a partir de
pequenos focos de necrose na parede da alça;

prolapso ou procidência do coto cólico - é a complicação mais frequente nas colostomias em


alça.

Ostomias por trefinação: derivação criada as cegas, por uma mini laparotomia, onde o segmento
intestinal é escolhido, mobilizado e exteriorizado, originando-se um estoma em alça ou terminal.

CISTOSTOMIA OU VESICOSTOMIA

É uma derivação vesical na qual se coloca um cateter no interior da bexiga

Indicações:

1. obstrução do colo vesical,


2. Estenose da uretra,
3. Pós uretroplastia ou cistoplastias,
4. Aumento da próstata (hiperplasia prostática benigna, CA)
5. Lesão traumática vesical ou dauretra (Fratura de bacia)
6. Doenças congênitas do trato urinário,
7. Impossibilidade de sondagem ou cateterismo.
8. Infecções graves do pênis e saco escrotal (síndrome deFournier)

Complicações:

1. Infecção da ferida operatória,


2. Extravasamento de urina perivesical ou no subcutâneo,
3. Perda de urina ao redordo cateter,
4. Obstrução ou deslocamento do cateter, Infecção urinária,
5. Hematúria.

Você também pode gostar