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CASA DE CARIDADE SANTA RITA

HOSPITAL AGNELLO CIÓTOLA


CNPJ: 28.572.311/0001-44

PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E USO DE ALCOOL GEL

Data da elaboração: 12/2022


Responsável: Dênisson Ferreira da Silva
Revisado por: Cristiane Pontes de Oliveira Brasil
Aprovado por: Paulo Leonardo Kano

O objetivo desse protocolo é proceder uma lavagem adequada das mãos e


garantir o uso de alcool gel de maneira correta e no momento adequado.

1. INTRODUÇÃO

A higienização das mãos de forma correta e nos momentos adequados é a


medida mais eficaz para o controle das infecções na unidade de diálise. Quase todos
os elementos que tocamos contém bactérias ou outros microrganismos que implicam
em risco de vida para os pacientes. Um programa cuidadoso de higienização das mãos
ajudará a prevenir infecções por vírus e/ou bactérias.
As infecções para a higiene das mãos podem integrar-se em cinco momentos
durante a prestação assistencial. Conhecer, compreender e reconhecer esses
momentos são os pilares sobre os quais se baseiam uma higiene de mãos efetiva. Se
os profissionais de saúde identificam estas indicações (momentos) prontamente e
reagem a elas efetuando as medidas adequadas de higiene das mãos, é possível
prevenir as IRAS causadas pela transmissão cruzada através das mãos. Realizar a
ação adequada no momento apropriado é garantir um cuidado de saúde seguro.

2. ONDE AS INFECÇÕES PODEM OCORRER ANTES, DURANTE E DEPOIS DA


DIÁLISE E COMO EVITÁ-LAS?

A OMS define 5 momentos de higiene das mãos, e correspondem ao conceito


da área do paciente, área da atenção geral, contato com o paciente e com seu redor,
os quais são aplicáveis a todas as atividades de cuidados na clínica:

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1ª. Antes de tocar o paciente: Quando? Lavar as mãos antes de tocar o paciente,
quando se aproximar dele. Por quê? Para proteger ao paciente dos agentes
patológicos nocivos em suas mãos.
2ª. Antes de realizar um procedimento: Quando? Lavar as mãos imediatamente
antes de executar um procedimento limpo/asséptico. Por quê? Para proteger o
paciente contra os microrganismos nocivos que poderiam entrar em contato em seu
corpo, incluindo os do próprio paciente.
3ª Depois de risco a exposição a liquídos corporais: Quando? Lavar as mãos
imediatamente após o risco de exposição a fluídos corporais e após a remoção das
luvas. Por quê? Para proteger a si mesmo e ao ambiente de tratamento dos patogenos
prejudiciais ao paciente.
4ª. Depois de tocar no paciente: Quando? Lavar as mãos depois de tocar o paciente
e a área circundante, quando deixar o local do cuidado ao paciente (cadeira, máquina).
Por quê? Para proteger a si, a área circundante e os demais pacientes, dos patogenos
que o paciente possa ter.
5ª. Depois do contato com o entorno do paciente: Quando? Lavar as mãos depois
de tocar em qualquer objeto ou peça de mobiliário na área circundante ao paciente.
Isto se aplica tanto na sala geral, isolamento funcional ou áreas de isolamento físico.
Por quê? Para proteger a si mesmo e ao ambiente de tratamento dos microrganismos
prejudiciais ao paciente.

a. Área do paciente

A area de atendimento ao paciente inclui o paciente, objetos destinados ao seu


atendimento, e superfícies que o rodeiam, e que podem entrar em contato com ele.
Inclui ainda as superfícies que possam ser tocados por profissionais de saúde quando
atendem o paciente, tais como monitores, alavancas, botões, e outras superfícies de
contato. A área de atendimento ao paciente não é uma área espacial estática, inclui
tudo que entra em contato com o paciente desde a sua entrada até sua saída da
CNBP. O ambiente do paciente está contaminado pela flora do próprio paciente,
portanto tudo que vai ser reutilizado deve ser previamente descontaminado ao entrar
ou sair do ambiente do paciente. Pertences pessoais são considerados parte da área

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de atenção e não devem ser removidos do mesmo. Objetos e superfícies expostas
temporariamente ao paciente, tais como superfícies do banheiro, a poltrona de diálise,
a cadeira de rodas, a máquina de hemodiálise, também devem ser descontaminadas
após ser usados pelo paciente.

b. Área geral de atendimento

A área de atendimento se refere às superfícies do espaço em que se desenvolve


a atenção geral da sala de diálise, ou seja, áreas de atendimento aos outros pacientes,
posto de enfermagem, áreas limpas e sujas, corredores, etc. A área geral de
atendimento é caracterizada pela presença de numerosos e diversos microrganismos,
incluindo multirresistentes. Realizar a higiene das mãos aplicando os 5 momentos
visando atender os pacientes em suas respectivas áreas de atendimento contribui para
proteger a área geral de atendimento de contaminação dos diferentes patogenos que o
paciente possa ter.

c. O contato com o paciente e com áreas circundantes

O paciente é uma pessoa que recebe tratamento mediante o contato direto ou


indireto com pessoas e/ou objetos. Os diferentes tipos de contato são: O contato com
objetos pessoais e a pele intacto do paciente; o contato com materiais ou dispositivos
médicos invasivos de pontos críticos de risco para o paciente; o contato real ou
potencial com um fluído corporal que implica um risco para o profissional de saúde. Ou
o contato com mucosas e pele não intacta; o contato com objetos circundantes ao
paciente.

3. MÉTODOS PARA A REALIZAÇÃO DA HIGIENE DAS MÃOS

Material necessário:
 Pia destinada aos profissionais;
 Dispensador de sabão líquido;
 Dispensador de papel toalha;

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 Dispensador de álcool gel;
 Lixeira com tampa e pedal para descartar o papel toalha.
a. Lavagem das mãos com água e sabão
Indicações: As mãos devem ser lavadas com água e sabão.

1. Uso de água e sabão


 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais;
 Quando é necessário retirar as luvas no caso de punção acidental ou ruptura;
 Antes e depois de usar o banheiro e nas áreas sujas;
 Ao entrar na sala de tratamento;
 Ao sair da sala de tratamento;
 Antes e depois das refeições;
 Antes do preparo e manipulação de medicamentos.

Procedimento
1. Molhar as mãos com água;
2. Aplicar quantidade suficiente de sabão para cobrir toda a superfície das mãos;
3. Friccionar o sabão em ambas as palmas das mãos até fazer espuma;
4. Friccionar a palma de uma mão sobre o dorso da outra, incluindo os espaços
interdigitais e os dedos; realizar o mesmo movimento com a outra mão;
5. Friccionar palma contra palma incluindo os espaços interdigitais e os dedos;
6. Com as mãos em posição de concha, friccionar o dorso dos dedos sobre a
palma da outra mão e vice-versa;
7. Friccionar de maneira rotativa o polegar de uma mão seguido pelo polegar da
outra mão;
8. Friccionar de maneira rotativa a ponta dos dedos sobre a palma da outra mão e
vice-versa;
9. Enxaguar as mãos com abundante quantidade de água até que todo o sabão
seja eliminado das mãos;
10. Fechar a torneira com o cotovelo ou retirando as mãos da área do sensor, no
caso de não dispor destes sistemas de torneira deve permanecer aberta;

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11. Secar completamente as mãos com uma toalha de papel descartável;
12. No caso da torneira não ter o sistema de fechamento foto sensível ou pedal,
utilizar a mesma toalha para a fechar a torneira;
13. Descartar o papel na lixeira acionando a tampa com o pedal, sem tocá-la;
14. As mãos já estão seguras para realizar os procedimentos;

b. Método de fricção das mãos (uso de álcool gel):


Recomendações da OMS sobre o método de fricção com o álcool para a higiene das
mãios:
 A eficácia do esfregar as mãos com alcool gel se reduz em presença de matéria
orgânica;
 Se as mãos estão visivelmente sujas devem ser lavadas com água e sabão;
 O método de fricção das mãos com alcool gel não é efiz contra esporos. Se
algum profissional de saúde tem contato com organismos que formam esporos,
deve realizar lavagem de mãos com água e sabão;
 Os emolientes contidos na solução para realizar a fricção das mãos se
acumularão na pele provavelmente ao longo do tempo. Para remover o acúmulo,
as mãos devem ser lavadas com água e sabão.
 Não se deve tocar no dispensador para evitar qualquer contaminação do frasco;
 Requer-se menor tempo para a aplicação que a lavagem das mãos;
 Tem secagem rápida e completamente sem necessidade de utilizar toalhas
descartáveis.

Procedimento:
1. Com uma mão, acionar o dispensador de gel e álcool e com a outra mão aparar
o alcool gel dispensado. Observar se a quantidade é suficiente para cobrir toda a
superfície da mão;
2. Friccionar o álcool gel nas palmas das mãos entre si;
3. Friccionar a palma de uma mão sobre o dorso da outra, entrelaçando os dedos
para cobrir os espaços interdigitais e vice versa;
4. Friccionar palma contra palma incluindo os espaços interdigitais e os dedos;

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5. Com as mãos em posição de concha, friccionar o dorso dos dedos sobre a
palma da outra mão e vice-versa;
6. Friccionar em forma rotativa o polegar de uma mão, seguido pelo polegar de
outra mão;
7. Friccionar em forma rotativa a ponta dos dedos sobre a palma da outra mão e
vice-versa;
8. Observar se o álcool gel foi completamente evaporado das mãos para que o uso
seja efetivo e as mãos estejam seguras para realizar os procedimentos;

4. INDICADORES DE MONITORAMENTO PARA ADESÃO AS PRÁTICAS DE


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

O presente serviço realiza a monitorização das práticas para adesão a


higienização das mãos. A principal ação realizada é a observação direta, tanto das
práticas, dos momentos, e oportunidades de higienização das mãos. Outro método
aplicado é a verificação do consumo de sabão líquido e consumo de álcool gel. Os
indicadores são: Indíce de consumo de álcool gel (total de álcool gel usado nas
áreas de tratamento/ número sessão mês) com a meta de mais do que 5ml; Índice
de consumo de sabão líquido (total de sabão líquido usado nas áreas de
tratamento/ nº sessão mês) com a meta de mais do que 3 ml; consumo de álcool
gel por mês em ml nas áreas de tratamento; consumo de sabão líquido por mês
(em ml) no mês nas áreas de tratamento.

5. ESTRATÉGIAS DE ENGAJAMENTO DOS PACIENTES E ACOMPANHANTES


À PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

São realizadas periodicamente ações de promoção em saúde, com a temática


relacionada a prevenção de infecção nos serviços de saúde. As ações de educação em
saúde na higienização das mãos tem como principal proposta inserir o paciente e seu
respectivo acompanhante no processo de prevenção de patogenos. Além disso
banners, folders, informativos e figuras estão em todas as dependências da CNBP,

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com a finalidade de proporcionar uma estratégia visual à adesão da higienização das
mãos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RDC ANVISA nº36 de 26/07/2013 – Institui ações para segurança do paciente


RDC ANVISA nº42 de 25/10/2010 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização
de preparação alcóolica para fricção antisséptica das mãos pelos serviços de saúde do
país.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria 529 de 1 de abril de 2013 – Institui o programa
nacional do plano nacional de segurança do paciente.
ANVISA. Manual de higienização das mãos em serviços de saúde, Brasília, 2007.

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