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BIOSSEGURANÇA: Você está fazendo isso errado.

Samara Valêncio
Os cinco principais erros em Biossegurança:

Erro 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais
importante para a prevenção e o controle das infecções em
serviços de saúde.
O papel das mãos na transmissão de microrganismos por
contato é baseado na capacidade da pele de abrigá-los e
transferi-los de uma superfície para outra, direta ou
indiretamente. O contato frequente das mãos com pacientes,
artigos, mobiliário e equipamentos, durante o processo
assistencial, evidencia a importância dessa forma de
transmissão no processo assistencial.
Técnica: “Higiene Simples das Mãos com Sabonete Líquido e Água ”
- Retirar acessórios (anéis, pulseiras, relógio).
- Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se na pia.
- Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as
superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
- Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
- Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos
e vice-versa.
- Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
Porém, se você realiza a correta higienização das mãos, mas toca em maçanetas, mesas,
cadeiras e, principalmente, o Celular, você esta fazendo isso errado!

Dica 1

- Proibir o uso de celular na sala clínica;


- O profissional deverá guardar o celular no escritório e/ou recepção;
- Caso o aparelho celular seja importante para o registro de fotos,
este deve ser higienizado com lenço de álcool isopropílico (este
procedimento deverá ser realizado a cada troca de paciente);
- Solicitar que o paciente guarde o celular (em bolsas ou mochilas);
- Caso o paciente não tenha onde guardar: solicitar que ele deposite
seus pertece em caixa organizadora (que será higienizada a cada
troca de paciente); ou sacolas individuais; ou lenço de álcool
isopropílico.

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Erro 2 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O uso de EPI é indicado durante o atendimento ao paciente, no reprocessamento dos


artigos e nos procedimentos de limpeza do ambiente.
Os equipamentos de proteção individual, que são dispositivos ou produtos, de uso
individual, utilizado para a proteção da saúde e a integridade física do trabalhador.
Todo EPI deverá apresentar: o nome comercial, o nome do fabricante, o lote de fabricação
e o número do Código de Autorização.
Por isso, não se atentar a estas especificações, você esta fazendo isso errado!

Dica 2
Luvas de Procedimentos
- Constituem uma barreira física eficaz que previne a infecção
cruzada e a contaminação do profissional de saúde e reduz os
riscos de acidentes.
- As luvas de látex e nítrico são indicadas para procedimentos
clínicos.
- As luvas nitrílicas apresentam maior resistência e são mais
anatômicas.
- Luvas de vinil é indicada para procedimentos não invasivos, em pele integra. São rígidas,
sem elasticidade e rompem com facilidade.
- É necessário ter disponibilização de mais de um tipo de luva. Pois, muitos profissionais e
alguns pacientes podem ser alérgicos ao látex.
- Durante os procedimentos (com luvas), não atenda telefone, nem abra ou feche portas
usando a maçaneta, não toque com as mãos locais passíveis de contaminação.
Importante: O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização das mãos com
preparação alcoólica ou água e sabonete.

Erro 3 – ÁLCOOL 70
O álcool 70, em solução liquida, é um dos produtos indicados para a desinfecção de
superfície. Trata-se de germicida de nível intermediário.
Para a remoção de matéria orgânica e correta desinfeção com álcool 70 deve-se realizar
inicialmente limpeza com água e detergente, sob fricção (utilizando-se movimentos
circulares), posterior enxágue e posteriormente desinfecção pela aplicação do álcool 70%
(p/v) por 30 segundos nas superfícies.
Se este produto é aplicado sem limpeza prévia da superfície e sem fricção, você esta
fazendo isso errado!

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Dica 3
Optar por saneantes mais potentes e que requerem menor tempo de aplicação. Exemplo:
Ácido peracético 0,2 a 0,5%; Clorexidina 2 a 4%; Peróxido de Hidrogênio 3%; e Quaternário
de 5ª Geração.

Erro 4 – EMBALAGEM PARA ESTERILIZAÇÃO


O papel grau cirúrgico é a embalagem para esterilização em autoclave gravitacional, mais
conhecido e utilizado. Porém, se você reutiliza, não sela, e não disponibiliza os
instrumentais corretamente, você está fazendo isso errado!

Dica 4

Papel Grau Cirúrgico:


- Os instrumentais articulados devem estar abertos;
- A embalagem deve ser hermeticamente fechada com
seladora, deixando livre espaço de 2cm para abertura. Em
casos de envelopes, estar atendo para o correto fechamento,
sem dobras ou fissuras;
- Identificar a embalagem com data, horário e nome do
profissional;
- Não reutilizar a embalagem.

Erro 5 – MONITORAMENTO DA ESTERILIZAÇÃO


O processo de esterilização deve ser comprovado por meio de monitoramento físico,
químico e biológico.
O monitoramento biológico deve ser registrado, juntamente com a data da esterilização,
lote, validade e equipamento utilizado, se você não realiza este registro, você está
fazendo isso errado!

Dica 5

Teste Biológico:
- As ampolas teste e controle devem ser do mesmo lote;
- Incluir o pacote contendo os indicadores na autoclave próximo à porta,
junto ao dreno ou no meio da câmara.
- Ao final do processo de esterilização, aguardar a ampola teste resfriar, por,
pelo menos 15 minutos.
- A mini incubadora deve ser ligada 30 minutos antes de iniciar o teste;
- Certifique-se que ao quebrar o vidro da ampola, para incluir na incubadora,
que o liquido entrou em contato com a tira de papel;
- Realiza leitura previa de 12h e final em 24h.
- Registre os resultados;
- Realizar semanalmente.

REFERÊNCIAS: ANVISA.

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