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Suprabular Frontalbular
Kuhn I Kuhn II
Medial
o O Draf 3 pode ser feito pela técnica inside out (do recesso à janela septal, identificando a primeira
fibra olfatória por último) ou outside in (incisão em U pouco anterior à axila da concha média,
descolamento da mucosa posterior até encontrar a primeira fibra olfatória, confecção da janela septal
e dissecção pelas laterais, drenando o recesso frontal por último);
Cuidados pós-operatórios:
Tamponamento nasal: Draf I e IIa não necessitam. IIb e III é recomendado, já que facilita a
reepitelização do osso exposto na parede anterior ao frontal e evita crostas e sinéquias na região. Não
absorvível, permanecer de 2-7 dias.
Splints nasais: no Draf III pode facilitar a reepitelização. Posicionado superiormente, como um U
invertido, recobrindo a área desnuda com o tamponamento inferior a ele, comprimindo-o contra o osso.
Debridamentos: o Draf I e IIa necessitam de lavagens nasais com solução salina e debridamento
frequentes, minimizando infecções e excesso de tecido de granulação, diminuindo o potencial de
reestenose. Já o IIb e III exigem cuidados mais intensos pelo potencial de neoosteogênese na área do
osso exposto. Primeiro debridamento feito entre 7-10 dias após a cirurgia, com intervalos > 1 semana
de acordo com a evolução.
O tratamento clínico é feito na fase aguda de fístulas por TCE acidentais, na tentativa de
reduzir ou não permitir a elevação da pressão liquórica por 10 dias. São utilizadas medidas posturais
(manter cabeceira elevada), punção lombar, laxantes intestinais (evitar esforço) e diuréticos
(acetazolamida). O uso de antibióticos profiláticos é controverso. Nos casos de fístula ativa,, fazer a vacina
antipneumocócica (risco de infecção do SNC como complicação).
O tratamento cirúrgico pode ser feito por via endonasal (menores taxas de morbimortalidade,
sem necessidade de internação em UTI, menor tempo de internação), via neurológica (quando
procedimento neurocirúrgico é imprescindível, como nas aberturas extensas de base de crânio, traumas
com exposição cerebral ou tumores) ou via externa (fístula de seio frontal, inacessível por via
endoscópica). Deve-se identificar a localização precisa da fístula na meninge (muitas vezes o orifício ósseo
não coincide).
Os enxertos podem ser utilizados com fáscia, mucoperiósteo, músculo, gordura, osso, cartilagem e
retalhos de concha nasal e mucoperiósteo septal. Pode ser utilizada cola biológica para dar mais
estabilidade aos tecidos. O dreno lombar hoje não é preconizado.
A valsalva feita pelo aumento da pressão intracraniana avalia a eficácia do fechamento da fístula. Se
ocorrer saída de fluoresceína após o fechamento da fístula, constata-se tratamento ineficaz.
A recidiva corre em torno de 10% nas traumáticas, 25% nas espontâneas e 8% nas reintervenções.
Questões:
1) O acesso ao seio frontal (SF) é, historicamente, o mais desafiador entre os seios paranasais. É
fundamental que o cirurgião tenha conhecimento profundo da anatomia básica do recesso
frontal. Sobre o mesmo, assinale a assertiva correta:
a. Limite anterior: bula etmoidal frontal beak ou agger nasi;
b. Limite posterior: seio esfenoidal bula etmoidal;
c. Limite medial: lamela vertical da concha média;
d. Limite lateral: lamela horizontal da concha média lâmina papirácea;
2) Existe uma cirurgia para acesso ao Seio Frontal que consiste na abertura de um espaço entre
lâmina papirácea e septo nasal e é útil para doenças não inflamatórias do Seio Frontal como
pequenos osteomas. Qual é o nome dessa cirurgia?
a. Draf 1
b. Draf 2A
c. Draf 2B
d. Lothrop modificado
8) Fátima, 40 anos, obesa mórbida, refere meningites de repetição. Refere coriza com aspecto de
água de rocha unilateral. Sobre sua principal hipótese diagnóstica, assinale a assertiva correta:
a. Vacina meningocócica é a mais importante vacina nos casos de fístula liquórica pneumocócica;
b. Glicofita é um método prático, rápido e barato para aferir glicose no líquido nasal e por isso possui
alta recomendação positiva até na presença de lágrima, baixa especificidade;
c. Provavelmente é um caso de fístula liquórica espontânea com pressão intracraniana normal
e a pesquisa de beta-traço proteína possui alta especificidade.
d. A fluoresceína intratecal ée um procedimento bom para identificar o local da fístula, no entanto o
paciente precisa assinar o termo de consentimento pois não há evidências de ser seguro seguro;