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TUMOR DE PRÓSTATA E

DIAGNÓSTICOS
DIFERENCIAIS

Acadêmicos: Luísa Cristina Fortuna da Silva e Maria Eduarda Jucá de Brito


Disciplina: Diagnóstico por imagem
SUMÁRIO

1. Anatomia da próstata
2. Epidemiologia e características tumor de próstata
3. Diagnóstico tumor de próstata
4. Exames de imagem
5. Tratamento tumor de próstata
6. Diagnósticos diferenciais
ANATOMIA DA PROSTÁTA

Glâdula do sistema genital masculino;


Ao redor da uretra prostática;
Formato de noz (cone invertido);
3 cm de comprimento
4 cm de largura
2 cm de profundidade
ANATOMIA DA PROSTÁTA

Divisão anatômica:
porção glandular (2/3)
porção fibromuscular (1/3)
zona muscular anterior
zona central (glandular)
zona periférica (glandular)
zona de transição (mista)
ANATOMIA DA PROSTÁTA
CARACTERÍSTICAS DO
TUMOR DE PRÓSTATA

Tipos de câncer: origem


epitelial ou origem
estromal
Adenocarcinoma (95%):
zona periférica
5% correspondem a
sarcomas, linfomas e
carcinomas uroteliais
EPIDEMIOLOGIA

Segundo tipo de
câncer com maior
incidência na
população masculina
Segundo tipo de maior
mortalidade de câncer
entre a população
masculina
EPIDEMIOLOGIA

Fatores de risco:
Idade: incidência aumenta a partir dos
40 anos, tendo seu pico entre 65 a 74
anos;
Histórico familiar: de câncer de
próstata ou outros tipos de câncer
diagnosticados antes dos 50 anos;
Fatores genéticos: mutação dos genes
BRCA-1 e BRCA-2
DIAGNÓSTICO

A maioria dos casos de câncer de próstata cresce de


forma muito lenta e raramente provoca sintomas na
fase inicial;
Uma parcela dos pacientes apresenta doença agressiva
com rápida progressão e surgimento relativamente
precoce;
DIAGNÓSTICO
Sintomas de fase inicial:
Aumento da necessidade de urinar,
principalmente durante a noite;
Dificuldade ou demora em começar a
urinar;
Interrupção involuntária do jato de urina;
Jato de urina mais fraco ou com menos
pressão;
Sensação de que a bexiga não foi esvaziada
completamente depois de urinar;
Urina ou esperma com sangue.
DIAGNÓSTICO
Sintomas de fases avançadas:
Dor na região pélvica;
Dor e sangramento no reto, especialmente ao evacuar;
Inchaço das pernas.
Sintomas de metástase:
Perda do apetite;
Perda de peso;
Fadiga;
Anemia;
Dor nos ossos (metástase óssea);
Pele amarelada, náuseas e vômitos (metástase no fígado);
Tosse e falta de ar (metástase no pulmão).
DIAGNÓSTICO

exame do toque retal

Avalia-se a glândula em
busca de alterações como
nódulos (caroços), partes
endurecidas, mudanças no
contorno e aumento de
tamanho.
DIAGNÓSTICO

PSA(ANTÍGENO
PrOSTÁTICO ESPECÍFICO)

É uma proteína produzida


normalmente pela próstata;
Quando a glândula apresenta algum
problema, maior quantidade de PSA
atinge a corrente sanguínea;
DIAGNÓSTICO
PSA(ANTÍGENO
PrOSTÁTICO ESPECÍFICO)

Dosagem de PSA:
Até 4ng/mL: na maioria dos
casos, indica ausência de
câncer de próstata;
De 4 a 10 ng/mL: indica 25%
de chance de ter a doença;
Acima de 10 ng/mL: indica
50% de chance de ter a
doença;
BIÓPSIA

O médico utiliza uma agulha


especial, guiada por uma sonda
de ultrassom introduzida também
no reto, retirando cerca de 12 a 18
amostras de tecido glandular;
No laboratório, se confirmado o
câncer, classifica-se sua
agressividade conforme a escala
de Gleason
EXAMES DE IMAGEM

Funções:
finalizar diagnóstico;
determinar tratamento;
avaliar estadiamento do CaP;
Guias para realizações de
biópsias.
Exames utilizados:
Ultrassonografia
(transabdominal e transretal);
Ressonância magnética;
PET-CT com PSMA;
TC e RX.
EXAMES DE IMAGEM

USG transabdominal:
Exame mais utilizado como primeira escolha para avaliação prostática;
Ampla disponibilidade;
Achados suspeitos:
1. Formação nodular ou assimetria;
2. Extensão extraprostática;
3. Linfonodomegalia pélvica periprostática
Dimensões da próstata: 3 centímetros de altura, 4 centímetros de
comprimento e 2 centímetros de largura, pesando entre 20 e 30 gramas
EXAMES DE IMAGEM
USG transretal:
Obtenção de imagens mais precisas dos tecidos e da estrutura da próstata
A imagem é coletada através do reto, com preparação do paciente para
realização do exame.
Realizado quando há necessidade de biópsias
EXAMES DE IMAGEM

USG transabdominal: USG transretal:


EXAMES DE IMAGEM

USG transretal:
EXAMES DE IMAGEM

Ressonância Magnética
Uso de bobina endorretal. Descartável, revestida por preservativo e lubrificada
com anestésico tópico (xilocaína)
Jejum de quatro horas e preparo retal, para maior conforto do paciente
Brometo de N-butilescopolamina EV ou escopolamina (peristaltismo).
Localização e estadiamento.
Intervalo de 6-8 semanas entre a biópsia e o exame de RM.
Tamanho, localização, se cresce para fora da próstata, se invade outros órgãos
e sem tem metástases para os linfonodos
Planejamento de tratamento.
EXAMES DE IMAGEM

Ressonância Magnética - Estadiamento local


EXAMES DE IMAGEM

Ressonância Magnética - Estadiamento regional


EXAMES DE IMAGEM

Ressonância Magnética com espectroscopia


Quantidade de determinadas substâncias químicas em algum local específico
Informa as concentrações metabólicas e realizada em combinação com a RM
endorretal;
Os metabólitos analisados são: colina, creatina, citrato;
As áreas sob os picos correlacionam-se com a concentração de cada
metabólito no tecido prostático.
Aumenta a especificidade da RM, estadiemento e volume tumoral;
Agressividade tumoral não invasiva:
1. Elevação da colina e níveis moderados de citrato em tumores de baixo grau;
2. Acentuada elevação da colina e redução/ausência de citrato nos tumores de
alto grau;
EXAMES DE IMAGEM
Ressonância Magnética com espectroscopia

Citarato: etabólito sintetizado


pela próstata normal,
notadamente na zona periférica
(diminui no CaP)
Colina marcador de
metabolismo celular. Niveis
elevados em tecidos malignos.
EXAMES DE IMAGEM
Ressonância Magnética pós-contraste

Aplicação de contraste ( como o gadolínio);


Obtém uma série sem contraste,
Repetidas séries pós-contraste (< 20 séries por segundo)
cerca de 5 a 10 minutos, buscando avaliar o comportamento
hemodinâmico de todo o tecido prostático.
EXAMES DE IMAGEM
Ressonância Magnética pós-contraste

Pico de contraste e
clareamento subsequente.
Tumores apresentam realce
mais rápido, intenso e fugaz
que os tecidos
principalmente
apresentarem vasos
neoformados com maior
permeabilidade.
EXAMES DE IMAGEM
PET-CT COM PSMA
''Tomografia por emissão de prótons'';
É injetado no paciente um líquido especial (radiotraçador)
juntamente com o PSMA, que é o que vai permitir ao exame
visualizar a presença das células do câncer de próstata.
Precisão para detectar tumores
Avaliar todo o corpo, permite verificar a presença ou não da
doença em outras regiões do organismo.
Suspeita de recidiva;
EXAMES DE IMAGEM
PET-CT COM PSMA
EXAMES DE IMAGEM
PET-CT COM PSMA
TRATAMENTO

Tratamento conforme o estágio do tumor:


O estadiamento costuma ser feito pelo sistema TNM (tumor
localizado -> linfonodos -> metástase) + dosagem de PSA +
Escore de Gleason
TRATAMENTO

1. Cirurgia de remoção da próstata (prostatectomia radical)


2. Radioterapia externa e/ou interna
3. Terapia hormonal
4. Quimioterapia
5. Cirurgia paliativa
6. Tratamento para metástases ósseas
TRATAMENTO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
diagnóstico diferencial

No diagnóstico diferencial do câncer de próstata, entram as patologias que


determinam elevação de PSA e/ou alteração de toque retal.
Destacam-se: Hiperplasia prostática benigna e prostatite crônica
Outras patologias menos comuns são a hiperplasia de pequenos ácinos
(ASAP), a hiperplasia pós-atrófica e a neoplasia intraepitelial de alto grau
(PIN)
Hiperplasia prostática benigna

Proliferação de células da zona de transição -> aumento da zona de


transição da próstata -> obstrução da uretra prostática
Sintomas de urgência, ardência e dificuldade de urinar
Prostatite crônica
Causada pela reincidência de uma infecção bacteriana aguda após meses
ou anos se causar sintomas.
Além da sensação de ardor ao urinar, pode sentir: dor na região abaixo da
bolsa escrotal (perineal), dor nos testículos, no pênis ou na região da bexiga
e ejaculação dolorosa
referências

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cancer_da_prostata.pdf
https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-e-a-orientacao-atualizada-do-ministerio-
da- saude-para-rastreamento-e-prevencao-do-cancer-da-prostata/
https://medprev.online/blog/doencas/cancer-de-prostata/
https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata-tipos-de-
cancer/cancer-de-prostata-tratamento-9
SARRIS, A. et al. CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA BREVE REVISÃO ATUALIZADA.
Visão Acadêmica, v. 19, 18 maio 2018.
ONCOGUIA, I. Exames de Imagem para Câncer de Próstata. Disponível em: .
Acesso em: 15 nov. 2022.
referências

SANTOS, V. C. T.; MILITO, M. A.; MARCHIORI, E. O papel atual da ultra-


sonografia transretal da próstata na detecção precoce do câncer prostático.
Radiologia Brasileira, v. 39, n. 3, p. 185–192, 2006.
LOPES, P. M. et al. O papel da ecografia transretal no diagnóstico do câncer
da próstata: novas contribuições. Radiologia Brasileira, v. 48, n. 1, p. 7–11,
2015. PRADO JÚNIOR, L. M. et al. One-year experience with 68Ga-PSMA
PET/CT: applications and results in biochemical recurrence of prostate
cancer. Radiologia Brasileira, v. 51, n. 3, p. 151–155, 21 maio 2018.
BARONI, R. H. et al. Ressonância magnética da próstata: uma visão geral
para o radiologista. Radiologia Brasileira, v. 42, p. 185–192, jun. 2009.
referências

PET/CT PSMA: como é feito, indicações e preparo | PET PSMA. Disponível


em: <https://imeb.com.br/pet-ct-com-psma-exame-fundamental-no-
tratamento- do-cancer-de-prostata-pet-psma/>. Acesso em: 15 nov. 2022.
TUTMOD142020: [PROBLEMA 5] - Seu Dadá, vamos investigar. Disponível
em: <https://edisciplinas.usp.br/mod/page/view.php?id=2931002>. Acesso
em: 15 nov. 2022.

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