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Noções de Administração em
Unidades de Enfermagem
Belém-PA
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Objeto é aquilo sobre o que se trabalha, ou seja, algo que provem diretamente da
natureza, que sofreu ou não modificação decorrente de outros processos de trabalho, e
que contem em si a potencialidade do produto ou serviço em que irá ser transformado
pela ação do ser humano. Assim, a matéria observada ou manipulada sem a finalidade de
ser transformada, não é um objeto de trabalho porque não é contemplada com essa
intenção. Já a aproximação desse material na perspectiva do trabalho enseja uma série
de vislumbres do que ele poderá vir a ser e, assim, se constitui num objeto de trabalho.
Pode-se dizer que o objeto de trabalho do ensino são os indivíduos que querem aprender
algo. Eles são observados pelos envolvidos nesse processo de trabalho como alguém
que vai aprender alguma coisa e será transformado por esse aprendizado.
Agentes são os seres humanos que transformam a natureza, ou seja, são aqueles que,
tomando o objeto de trabalho e nele fazendo intervenções, são capazes de alterá-lo,
produzindo um artefato ou um serviço. O agente necessariamente tem a intenção de
transformar a natureza em algo que para ele tem um especial significado. Por isso e para
isso desenvolve suas ações, até obter a transformação desejada. O agente é aquele que
realiza o trabalho. Ele pode ser concomitantemente o produtor e consumidor daquele
trabalho ou pode produzir um bem ou serviço para outrem consumir. Quando o ser
humano produz para o outro ser humano consumir, estará ingressando no mercado de
trocas, em que o seu trabalho adquire um valor que lhe permitirá trocá-lo pelos produtos
dos trabalhos dos outros homens, ou acumular essa possibilidade.
A finalidade do trabalho é a razão pela qual ele é feito. Ela vai ao encontro da
necessidade que o fez acontecer e que dá significado à sua existência. Se algo é feito
sem a consciência da necessidade humana que o gerou, não é trabalho. Mesmo quando
o trabalho é parcelado, ainda assim, algum grau de consciência sobre o trabalho está
presente. Por exemplo, quando o profissional de enfermagem faz uma das operações de
preparo ou desinfecção de material empregado numa retirada de pontos, está atendendo
à finalidade de prover material para o cuidado a ser prestado, mesmo que não processe
integralmente o material até deixá-lo pronto para o novo uso, ou que não faça, ele
mesmo, a retirada de pontos. Às vezes as finalidades são compartilhadas por trabalhos
diferentes e é isto que dá o sentido de se trabalhar em equipe. O trabalho em saúde, por
ser muito complexo e atender a necessidades vitais literalmente, é compartilhado por
vários agentes. Em alguns momentos, os instrumentos de trabalho são os mesmos para
diferentes profissionais, a finalidade é a mesma e o objeto a ser transformado pode até
ser o mesmo, mas diferentes sempre são os métodos.
A administração e a enfermagem
A profissão da enfermagem surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde
no decorrer dos períodos históricos, as quais de forma instintiva foram os primeiros
movimentos de prestação do cuidado, que ganharam vida por meio de homens e
mulheres abnegados que cuidavam dos doentes, idosos e deficientes, firmando-se depois
entre os religiosos como um sacerdócio. No século XVI, a Enfermagem passa a ser vista
como uma atividade profissional institucionalizada e, no século XIX, como Enfermagem
moderna na Inglaterra, tendo a contribuição da American Nurse Association (ANA), que
definiu os seguintes padrões para a profissão:
• Educar para saúde.
• Cuidar dos problemas de saúde.
• Ter habilidades em prever doenças.
• O cuidado do paciente.
Essa visibilidade do século XIX ocorreu devido ao trabalho de Florence
Nightingale no período de guerra. Florence colocou em prática o que considerava uma
"boa enfermagem": alimentação adequada dos doentes; a limpeza e ventilação do
ambiente; troca de roupas de cama; a separação entre doentes e feridos; higiene,
privacidade e lazer dos pacientes. Essas ações destacaram sua capacidade
administrativa e organizacional.
Ao introduzir essas práticas, foi registrada uma queda importante na mortalidade
dos soldados feridos em combate, o que foi possível de ser observado a partir de sua
preocupação em organizar e manter registros estatísticos para documentar o que
ocorresse com a vida dos soldados.
Nos dias de hoje, o marco tradicional da administração aplicada a enfermagem, vem
sendo substituído por um novo marco progressista, através de concepções que passam
pela sensibilidade, criatividade, iniciativa, visão estratégica, participação, liderança
integrativa, caminhando para um referencial humanístico da administração das
organizações e dentre elas da enfermagem (ERDMANN, et al, 1994).
A administração é uma ciência multidisciplinar visto que os conhecimentos da mesma se
advêm e se aplica em diversas áreas, no qual a importância desta ciência nos serviços de
enfermagem também são preciosismos.
Exercício
1. A administração é necessária toda vez que duas ou mais pessoas interagem para
alcançar certo objetivo. Assim a administração não está presente apenas nas grandes
empresas, mas por exemplo em famílias, clubes, organizações públicas dentre outras.
Explique porque a administração é universal.
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Serviço de enfermagem
O serviço de enfermagem é administrado pelo enfermeiro, ele planeja e organiza as
atividades da unidade juntamente com a sua equipe, que é constituída por técnicos e
auxiliares de enfermagem.
Para administrar, é necessário fazer a previsão de recursos materiais e humanos.
O técnico de enfermagem deve contribuir com o enfermeiro na previsão do material
necessário para executar os procedimentos sob sua competência e comunicá-lo quando
houver baixo estoque ou falta desses recursos na unidade. Deve cuidar também dos
materiais e equipamentos, protegendo-os contra possíveis danos e extravios.
Exercício
PRONTUÁRIO DO PACIENTE
HISTÓRICO
Hipócrates, no século 5 A.C., dizia que o registro médico deveria refletir exatamente o
curso da doença e indicar as suas possíveis causas. Seu registro era sempre feito em
ordem cronológica, ou seja, era um registro médico orientado ao tempo
SIGNIFICADO
A palavra prontuário deriva do latim promptuariu que significa lugar onde se guarda aquilo
que deve estar à mão, o que pode ser necessário a qualquer momento.
DEFINIÇÃO
A resolução CFM 1638/ 2002 define o prontuário como ―documento único constituído de
um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos,
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A TI (Tecnologia da Informação) trouxe uma luz ao mostrar que não basta anotar e
guardar um dado. É importante poder resgatá-lo quando precisar.
Para isso, os bancos de dados são estruturados em forma de telas e campos numerados,
para facilitar registrar os dados, processar com rapidez, guardar e também resgatar. Só
assim é que os programas e os sistemas informatizados funcionam.
Conclusão: os formulários são para o prontuário o que as telas são para a informática. Na
informática médica, eles podem ser desenvolvidos simultaneamente. É assim que o
prontuário físico evolui para um prontuário eletrônico.
Exercício
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REGISTROS DE ENFERMAGEM
Registros ou anotações de enfermagem consistem na forma de comunicação escrita de
informações pertinentes ao cliente e aos seus cuidados. Entende-se que os registros são
elementos imprescindíveis no processo de cuidado humano visto que, quando redigidos
de maneira que retratam a realidade a ser documentada, possibilitam à comunicação
permanente, podendo destinar-se a diversos fins (pesquisas, auditorias, processos
jurídicos, planejamento e outros).
A comunicação representa uma troca de informação e compreensão entre as pessoas,
com o objetivo de transmitir fatos, pensamentos e valores. É um processo humano de
emissão e recepção de mensagens, no qual existem dois meios de transmissão: o verbal
e o não-verbal. O verbal contempla a linguagem falada e escrita, enquanto os gestos, as
expressões corporais e o toque fazem parte da forma não-verbal.
As anotações efetuadas pela enfermagem consistem no mais importante instrumento de
prova da qualidade da atuação da enfermagem com informações inerentes ao cuidado do
cliente, é indiscutível a necessidade de registros adequados e freqüentes no prontuário do
paciente. A adequação das anotações, embora seja de difícil definição, pode ser
entendida como o registro exato ou aquele que mais se aproxima da realidade em que o
fato ocorreu e/ou foi percebido.
Do ponto de vista gerencial/administrativo, outra área inerente à atuação do
enfermeiro, os registros de enfermagem completos consistem em um dos mais
importantes indicadores de qualidade.
Nesse âmbito, com o propósito de planejar, executar e avaliar continuamente a
atuação da sua equipe e do cuidado por ela prestada, o gerente ou líder deve pautar a
sua atuação em dados e fatos que, na maioria das vezes, são extraídos dos registros no
prontuário do cliente.
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem • Arts. 186, 927, 951 – Código Civil •
Art. 18, inciso II – Código Penal • Lei 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor • Lei
Estadual 10.241/98 (SP) – Direito do Usuário.
Constituição Federal
"Art. 5º (...)
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;"
Lei nº 7.498/86 (dispõe sobre o exercício da Enfermagem)
Cabe ao enfermeiro:
"Art. 11 (...)
I – privativamente (...) c) planejamento, organização, execução e avaliação dos serviços
de assistência de enfermagem; (...) i) consulta de enfermagem; j) prescrição da
assistência de enfermagem;" Decreto nº 94.406/87.
Cabe ao técnico de enfermagem:
"Art. 10 (...)
II – executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do
enfermeiro e as referidas no art. 9º deste Decreto;"
Anotações de Enfermagem
As Anotações de Enfermagem fornecem dados que irão subsidiar o enfermeiro no
estabelecimento do plano de cuidados/prescrição; suporte para análise reflexiva dos
cuidados ministrados, respectivas respostas do paciente e resultados esperados e
desenvolvimento da Evolução de Enfermagem.
Assim, a Anotação de Enfermagem é fundamental para o desenvolvimento da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), pois é fonte de informações
essenciais para assegurar a continuidade da assistência. Contribui, ainda, para a
identificação das alterações do estado e das condições do paciente, favorecendo a
detecção de novos problemas, a avaliação dos cuidados prescritos e, por fim,
possibilitando a comparação das respostas do paciente aos cuidados prestados.
(CIANCIARULLO et al, 2001).
Algumas regras são importantes para a elaboração das Anotações de Enfermagem,
dentre as quais:
• Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas; •
Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional ao
final de cada registro; • Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços; •
Conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados, de
rotina e específicos; • Devem, ainda, constar das respostas do paciente frente aos
cuidados prescritos pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e sintomas observados; •
Devem ser registradas após o cuidado prestado, orientação fornecida ou informação
obtida; • Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm,
mm, etc.), quantidade (ml, l, etc.), coloração e forma; • Não conter termos que deem
conotação de valor (bem, mal, muito, pouco, etc.); • Conter apenas abreviaturas previstas
em literatura; • Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior
aprofundamento científico.
Não é correto, por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados referentes
ao exame físico do paciente, como abdome distendido, timpânico; pupilas isocóricas, etc.,
visto que, para a obtenção destes dados, é necessário ter realizado o exame físico prévio,
que constitui ação privativa do enfermeiro.
Transferência de unidade/setor:
• Motivo da transferência; • Data e horário; • Setor de destino e forma de transporte; •
Procedimentos/cuidados realizados (punção de acesso venoso, instalação de oxigênio,
sinais vitais, etc.); • Condições (maca, cadeira de rodas); • Queixas. Alta: • Data e horário;
• Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas); •
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Administração de medicamentos:
Atenção: Somente a checagem do(s) item(ns) cumpridos(s) ou não, através de símbolos,
como /, pou, respectivamente, não cumpre(m) os requisitos legais de validação de um
documento, conforme mencionado no capítulo "Conceitos", por isso a importância de
registrar, por escrito, na Anotação de Enfermagem a administração ou não da medicação.
• Item(ns) da prescrição medicamentosa administrada(s); • Se injetável, também registrar
o local onde foi administrado: IM (glúteo, deltoide, vasto lateral, etc); EV (antebraço, dorso
da mão, região cefálica, membro inferior, etc), SC (abdome, região posterior do braço,
coxa, etc) e ID. Não esquecer de fazer referência se do lado esquerdo ou direto; • No
caso de administrar através de um dispositivo já existente, como intracath, duplo lumem,
acesso venoso periférico, injetor lateral do equipo ou outro, anotar por onde foi
administrado o medicamento endovenoso; • No caso de não administrar o medicamento,
apontar o motivo.
Anotações do pré-operatório
Exemplos de anotação da equipe de enfermagem Importante relembrar e acrescentar
que, ao final de cada Anotação de Enfermagem, após a identificação do profissional deve
ser inutilizado o espaço restante da linha (não deixar espaços em branco) e a próxima
anotação deverá ser registrada na linha subsequente.
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Anotações do pós-operatório
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Anotação Evolução
Dados brutos Dados analisados
Elaborada por toda equipe de
enfermagem (enfermeira, técnico e Elaborada apenas pelo enfermeiro
auxiliar de enfermagem)
Referente a um momento Referente ao período de 24h
Dados pontuais Dados processados e contextualizados
Registra uma observação Registra a reflexão e análise de dados
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Planos de cuidados
A etapa de planejamento refere-se ao estabelecimento das prioridades e objetivos de
atenção frente às duas primeiras etapas do processo de enfermagem. Cabe ao
enfermeiro assegurar o registro dos cuidados realizados ao cliente . Acrescenta-se que o
plano deve promover a comunicação entre os cuidadores, direcionar o cuidado e a
documentação, de ser utilizado para avaliar, pesquisar e para questões legais, e registrar
a necessidade de cuidados para reembolso dos convênios. (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
Horta (1979, p. 65) complementa que o plano de cuidados ―é a determinação global da
assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico
estabelecido‖. O plano de cuidados é a resultante da análise do diagnóstico de
enfermagem, examinando-se os problemas de enfermagem, as necessidades humanas
básicas afetadas e o grau de dependência do indivíduo, da família e da comunidade.
Timby (2001, p. 40) acrescenta que no planejamento ―a enfermeira prioriza os problemas
identificados, identifica resultados ou metas mensuráveis, seleciona intervenções
adequadas e documenta no plano de cuidados‖.
Entretanto, existem diversas classificações de intervenções de enfermagem, destaca-se:
a Classificação das Intervenções em Enfermagem (NIC), sendo esta elaborada pela North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA) que está em consonância com a
taxonomia de diagnósticos de enfermagem.
Portanto, o enfermeiro estabelece as intervenções de enfermagem que serão prescritas
sob a forma de ações/cuidados de enfermagem, como estratégias de reunir as condições
que venham satisfazer as necessidades do indivíduo, da família e da comunidade.
Conclui-se que nesta fase, após a coleta de informações e da elaboração dos
diagnósticos de enfermagem é que serão identificadas as intervenções de enfermagem
que quando aplicadas buscarão resultados apropriados para a prevenção de
complicações. A manutenção, a recuperação e/ou a reabilitação da saúde do cliente, da
família e da comunidade.
Cuidado e atenção: essas são duas palavras que sintetizam as funções básicas de
qualquer enfermeiro, independentemente de sua especialidade. São esses profissionais
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que sabem, melhor que ninguém, como confortar e amparar um paciente nas condições
por ele apresentadas. Afinal, estar doente não requer somente cuidados à saúde física,
mas à emocional também, exigindo total sensibilização e carinho por parte dos
enfermeiros.
No entanto, embora todo profissional de enfermagem precise zelar e assistir os pacientes,
não cabe a todos realizar certas atividades específicas.
É nesse momento que entram os diferentes tipos de profissional de enfermagem. Todos
esses profissionais integram a equipe de saúde e promovem a saúde nos diferentes
ambientes de cuidado.
Confira quais são elas e suas atribuições!
ENFERMEIRO
O enfermeiro propriamente dito, é o profissional que está no alto da hierarquia de
enfermagem. Para exercer a profissão, é necessário diploma de curso superior com até 5
anos de duração.
Entre suas principais funções, que são privativas do enfermeiro, pode-se destacar:
É responsável pelos cuidados que exigem maiores níveis de conhecimento
científico e técnico;
Prescreve medicamentos estabelecidos na unidade de saúde;
Prepara os pacientes para o atendimento médico;
Cuida pessoalmente de pacientes que estejam em nível crítico de saúde, como os
internados em Unidades Intensivas de Tratamento (UTI);
Realiza procedimentos nos pacientes (sondagem vesical, inserção de cateter
central de inserção periférica, sondagem gástrica, etc.);
Avalia feridas e escolhe o tipo de curativo a ser utilizado;
Realizar diagnósticos de enfermagem e prescrições de enfermagem;
Prestação de assistência durante o parto.
No entanto o enfermeiro é responsável por questões administrativas também, como:
organização e direção dos serviços de enfermagem; supervisão geral dos auxiliares e
técnicos; controle de infecções hospitalares e danos ao atendimento; treinamento e
capacitação; participação de projetos arquitetônicos dentro de estabelecimentos de
saúde; contratação do pessoal de enfermagem.
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O próximo da hierarquia é o técnico em enfermagem. Para exercer a profissão, é
necessário Ensino Médio completo e diploma de curso técnico com duração de 2 anos.
Suas funções, embora tão importantes como a do enfermeiro, estão concentradas em
nível básico e médio de cuidados. Em outras palavras, são voltados para pacientes basais
ou em estágios semicríticos de saúde.
Esse profissional pode auxiliar no tratamento de pacientes na UTI ou no pós-operatório,
desde que supervisionados pelo enfermeiro. Ele assiste o enfermeiro no planejamento
das atividades de assistência em todos os níveis de complexidade.
Preparar os pacientes para consultas, exames e tratamentos;
Executar tratamentos prescritos;
Prestar cuidados de higiene, conforto e alimentação;
Zelar pela segurança do paciente;
Executar atividades de desinfecção e esterilização.
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PARTEIRO(A)
Embora menos citado e conhecido, existem também os parteiros, sendo necessário curso
com diploma de no mínimo 2 anos para realizar sua profissão.
O parteiro está sempre acompanhado pelo enfermeiro obstetra (voltado à gravidez), de
forma que o parto ocorra corretamente e com todo o cuidado necessário. Além disso,
cabe ao parteiro prestar auxílio após o operatório, cuidando da mãe e do recém-nascido.
DOULA
A doula é a profissional que dá suporte físico, emocional e informativo para a mulher
antes, durante e após o trabalho de parto.
Durante a gravidez, a doula orienta o casal sobre as expectativas em relação ao parto e
ao pós-parto, e ajuda a mulher a se preparar para o trabalho de parto de diferentes
formas.
Durante o trabalho de parto, a doula é o elemento intermediário entre a equipe de saúde e
o casal. Ele ajuda a mulher a encontrar posições confortáveis, lidar com a dor e
compreender os termos e técnicas médicas utilizados, além de ajudar o pai a atuar nesse
momento.
Ela não é considerada uma profissional de enfermagem pois não executa nenhuma
cuidado médico e não cuida do recém-nascido. Suas ações são unicamente como
acompanhante da parturiente.
O Técnico em enfermagem
O Técnico em Enfermagem é o profissional que atuará, em conjunto com o enfermeiro, na
prestação de cuidados aos pacientes em situações críticas e emergenciais, em todas as
unidades hospitalares como: Centro Obstétrico, Centro Cirúrgico, UTI e Sala de
Emergência. Este profissional é ainda responsável pelo apoio a tarefas administrativas,
como por exemplo, elaboração de escalas de trabalho.
Campos de Atuação
coleta de materiais para exames), nas enfermarias das escolas, em indústrias, creches e
empresas em geral.
O mercado de trabalho para técnico em Enfermagem também possibilita ao profissional
trabalhar com uma empresa que ofereça serviços de home care. A prática consiste na
assistência e nos cuidados à saúde do paciente fora do hospital, ou seja, na casa de
quem contrata o serviço. O principal objetivo é oferecer serviços que contribuam para a
melhora da qualidade de vida do paciente. Nesse caso, o atendimento costuma ser
voltado a idosos, pessoas em fase de recuperação de cirurgias ou pessoas que precisam
de acompanhamento por algum outro motivo (como pacientes com câncer).
Além destas oportunidades, o profissional que conclui o curso técnico em Enfermagem
também pode optar por atuar de forma autônoma, oferecendo atendimento domiciliar
Exercício
Um constante interesse para alcançar os objetivos propostos deve nortear a equipe, onde
cada elemento necessita do trabalho do outro através de uma estreita colaboração. É
imprescindível que os participantes da equipe apresentem requisitos como sejam:
a. Administrador Hospitalar
b. Médico
c. Enfermeiro
d. Téc. de Enfermagem
e. Assistência Social
f. Nutricionista
g. Psicólogo
h. Terapeuta
i. Farmacêutico
j. Odontólogo.
visivelmente sujas. 3. Lave as mãos com água e sabão, com antisséptico ou as higienize
com uma formulação alcoólica antes e após a realização de procedimentos. 4. Nunca use
simultaneamente produtos à base de álcool com sabão antisséptico. 5. O uso de luvas
não substitui a necessidade de higienização das mãos. 6. Na ausência de pia com água e
sabão, utilize solução à base de álcool. 7. Encoraje os pacientes e suas famílias a solicitar
que os profissionais higienizem as mãos. 8. Estimule os familiares e visitantes a higienizar
suas mãos, antes e após o contato com o paciente.
CIRURGIA SEGURA
Este passo apresenta medidas para tornar o procedimento cirúrgico mais seguro e ajudar
a equipe de saúde a reduzir a possibilidade de ocorrência de danos ao paciente,
promovendo a realização do procedimento certo, no local e paciente corretos. A utilização
de uma ou de várias listas de verificação (check-list) traz inúmeras vantagens. Os
serviços devem elaborar suas listas específicas, dependendo da complexidade dos
procedimentos que são realizados.
Segundo dados de 56 países mostraram que no ano de 2004 houve um crescimento
anual no número de cirurgias com complicações na saúde pública. Sendo assim, muitos
casos podem ser evitados através da realização da cirurgia segura que tem como objetivo
definir padrões de segurança para ser aplicado em todos os países. O protocolo de
cirurgia segura visa procedimentos cirúrgicos adequados no local e no paciente correto
através de uma lista de verificação de cirurgia segura criada pela OMS (OMS, 2009).
Atenção!
1. A marcação cirúrgica deve ser clara e sem ambiguidade, devendo ser visível mesmo
após o paciente preparado e coberto. 2. O local é marcado em todos os casos que
envolvam lateralidade (direito/ esquerdo), múltiplas estruturas (dedos das mãos/pés,
lesões) ou múltiplos níveis (coluna vertebral). 3. Se houver recusa do paciente em
demarcar determinada região, ou o paciente não estiver orientado, a instituição deverá
adotar mecanismos que assegurem o local correto, a intervenção correta e o paciente
correto.
Comunicação efetiva entre a equipe multiprofissional é fundamental para segurança do
paciente, pois a troca de informações, estratégias e as metas alcançadas são necessárias
para interação das equipes e assim promover segurança para o paciente. A comunicação
não se refere só aos profissionais de saúde, mas também a família do paciente que
precisam estar informada sobre o estado clínico de seu parente explicando de maneira
clara e adequada para cada situação (HC-UFTM, 2014).
Medidas sugeridas
I – Passagem de plantão
1. Transmita informações sobre o paciente em ambiente tranquilo, livre de interrupções e
com tempo disponível para esclarecer as dúvidas do outro profissional. 2. Comunique as
condições do paciente, os medicamentos que utiliza, os resultados de exames, a previsão
do tratamento, as recomendações sobre os cuidados e as alterações significativas em sua
evolução. 3. Informe sobre os procedimentos realizados e, no caso de crianças, qual
familiar acompanhou sua realização. 4. Registre as informações em instrumento
padronizado na instituição para que a comunicação seja efetiva e segura.
II – Registro em prontuário
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PREVENÇÃO DE QUEDA
A avaliação do risco de queda é intervenção essencial para a prevenção de quedas
(Chang et. al, 2004), sendo para isso importante a correta utilização da Escala de Quedas
de Morse (EQM).
O Enfermeiro visa diariamente a excelência no seu exercício profissional pelo que a
prevenção de complicações, nomeadamente a referente às quedas, é um dos seus focos
de atenção. Segundo a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE)
versão 2.0 (ICN, 2011, p.42) Cair é: ―realizar: descida de um corpo de um nível superior
para um nível inferior devido a desequilíbrio, desmaio ou incapacidade para sustentar
pesos e permanecer na vertical‖, que se traduz pelo ―evento ou episódio – Queda‖. Por
sua vez, de acordo com Saraiva (2008, p.29), a queda pode ainda ser compreendida
como ―um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial
com incapacidade de correção em tempo útil‖. Sendo as quedas uma preocupação
enquanto indicador da qualidade em saúde uma vez que são a segunda causa de morte
por acidente a nível mundial (OMS, 2012), os enfermeiros têm um papel fundamental na
formação e criação de ambientes seguros e normas que visem a sua prevenção.
Medidas Obrigatórias
1. Avalie o risco do paciente para desenvolvimento de lesão por pressão na admissão em
qualquer serviço de saúde, realize reavaliações periódicas e utilize escalas específicas. 2.
Proteja a pele do paciente do excesso de umidade, ressecamento, fricção e cisalhamento.
3. Mantenha os lençóis secos, sem vincos e sem restos alimentares 4. Utilize dispositivos
de elevação (elevador, trapézio), rolamentos ou lençóis ao realizar a transferência do
paciente da cama para a maca, da cama para a poltrona, entre outras. 5. Hidrate a pele
do paciente com cremes à base de ácidos graxos essenciais. 6. Realize mudança de
decúbito conforme protocolos institucionais. 7. Incentive a mobilização precoce passiva
e/ou ativa, respeitando as condições clínicas do paciente. 8. Utilize superfícies de suporte
e alívio da carga mecânica para minimizar os efeitos do excesso de pressão causado pela
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Atenção!
1. Não é recomendada a utilização de luvas com água em substituição aos dispositivos de
prevenção. 2. Havendo o aparecimento de lesão por pressão, deve-se repassar o caso ao
enfermeiro, o qual deverá tratá-las conforme protocolos institucionais, monitorando e
documentando sua evolução.
A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA
A industrialização trouxe consigo, além da modernização, o avanço tecnológico e a
valorização da ciência em detrimento do homem e de seus valores. Os avanços
tecnológicos também ocorreram na área da saúde, com a introdução da informática e do
aparecimento de aparelhos modernos e sofisticados que trouxeram muitos benefícios e
rapidez na luta contra as doenças. Essa tecnologia moderna, criada pelo homem a
serviço do homem, tem contribuído em larga escala para a solução de problemas antes
insolúveis e que pode reverter em melhores condições de vida e saúde para o paciente.
Os dias atuais caracterizam-se por profundas e constantes mudanças, onde é
crescente e cada vez mais acelerada a inovação tecnológica, colocando à disposição dos
profissionais e usuários, os mais diversos tipos de tecnologia, tais como: tecnologias
educacionais, tecnologias gerenciais e tecnologias assistenciais.
Vivemos numa era tecnológica onde muitas vezes a concepção do termo
tecnologia tem sido utilizada de forma enfática, incisiva e determinante, porém equivocada
na nossa prática diária, uma vez que tem sido concebida, corriqueiramente, somente
como um produto ou equipamento. A temática tecnologia não deve ser tratada através de
uma concepção reducionista ou simplista, associada somente à máquinas. Entendemos
que a tecnologia compreende certos saberes constituídos para a geração e utilização de
produtos e para organizar as relações humanas (MEHRY E et al, 1997).
As tecnologias na área da saúde foram agrupadas por MEHRY et al (1997) em três
categorias a saber: a) Tecnologia dura: representada pelo material concreto como
equipamentos, mobiliário tipo permanente ou de consumo;
b) Tecnologia leve-dura: incluindo os saberes estruturados representados pelas
disciplinas que operam em saúde, a exemplo da clínica médica, odontológica,
epidemiológica, entre outras e;
c) Tecnologia leve: que se expressa como o processo de produção da comunicação, das
relações, de vínculos que conduzem ao encontro do usuário com necessidades de ações
de saúde. Acreditamos que as três categorias delineadas estão estreitamente interligadas
e presentes no agir da Enfermagem, embora nem sempre de modo transparente.
O limite entre a ciência e a tecnologia não é claramente definido, pois não podemos
imaginar a ciência sem a sua técnica; e como a ciência é incapaz de lidar com questões e
valores, nos diz o que pode ser feito, mas não o que deveria ser feito (MARSDEN, 1991).
Segundo NIETSCHE (2000), a ciência e a tecnologia são valores, muito mais que coisas
ou artefatos, ou mesmo saberes.
Pontos de atenção
1. Conheça as diferentes alternativas tecnológicas, auxiliando na escolha do equipamento
mais adequado. 2. Verifique e aplique as legislações pertinentes. 3. Conheça e siga os
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Exercício