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GESTÃO EM ENFERMAGEM

O PROCESSO
ADMINISTRATIVO E
GERENCIAL NO TRABALHO
DE ENFERMAGEM
CONCEITOS E TEORIAS

ORGANIZAÇÕES
 Uma organização é uma entidade
social, articulada e coordenada para
atingir objetivos determinados em uma
sociedade.
 Uma grande empresa ou pequena
oficina; um laboratório; um corpo de
bombeiros, um hospital ou uma escola
são exemplos de organizações que
compõem uma sociedade, onde existe
uma combinação de esforços individuais
para realizar propósitos coletivos.
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ORGANIZAÇÕES

 O trabalho em saúde é realizado dentro


de organizações que fornecem meios e
produtos (serviços de saúde, saneamento,
água, lazer, alimentação, educação em
todos os níveis) para o atendimento das
necessidades humanas.
 Assim, as organizações assumiram,
desde a sociedade moderna, uma
importância significativa na vida das
pessoas.

ORGANIZAÇÕES

 Por sua importância social e econômica, as


organizações necessitam ser administradas
adequadamente para que cumpram seu papel,
sua missão na sociedade, causando impactos
positivos na qualidade de vida das populações.
 A forma de administrar, os modelos de
gestão e o pensamento administrativo,
administrativo, com
bases científicas e teóricas, foram construídos
ao longo da história a partir de pesquisas
fundamentadas nas necessidades do trabalho
cotidiano.
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ORGANIZAÇÕES

 O trabalho em saúde é essencial a vida e


acompanha o desenvolvimento das
sociedades, fazendo parte do setor de
serviços, mas com características de trabalho
que se completa no ato de sua realização.
 Esse trabalho se dá por meio de
relacionamentos (profissionais e usuários) e
emprego de tecnologias (conhecimentos
estruturados, materiais, equipamentos,
técnicas, procedimentos, e outros).

ORGANIZAÇÕES
 Esse trabalho se desenvolve para assistir ao
indivíduo ou à coletividade nos vários níveis
de assistência, conforme suas necessidades,
necessidades,
desde a atenção básica até clínicas e
hospitais.
 Para atender as necessidades e
proporcionar melhor qualidade de vida, a
estrutura organizacional dos serviços de
saúde acompanha as transformações da
sociedade, respondendo desde as demandas
diagnósticas e tecnológicas até as questões
cotidianas e ambientais.
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ORGANIZAÇÕES

 As atividades desenvolvidas para dar


condições à execução do processo
assistencial são as relacionadas com o
processo de trabalho “administrar”,
realizado principalmente pela enfermeira,
a partir de modelos e tecnologias que
sofreram influência das teorias
administrativas no fazer cotidiano das
organizações.

ORGANIZAÇÕES

 Portanto, administrar é um processo


sistematizado e organizado para dirigir
ações e recursos ao alcance de objetivos
predefinidos.
É um processo que envolve tomada de
decisões sobre estratégias, uso racional
de recursos para se obterem resultados
com o melhor desempenho, ou seja, se o
seu trabalho é eficiente e eficaz.
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ADMINISTRAÇÃO
 A administração trata, desde seus
primórdios, de organizar o trabalho de forma
racional.
 A necessidade da administração existe
desde as mais antigas sociedades, todavia foi
com a expansão do processo de produção
industrial na Inglaterra, França e EUA que as
mudanças na organização do trabalho, com a
separação entre a concepção, execução e
controle, fizeram com que a prática e a teoria
da administração/gerência do trabalho
ganhassem impulso.

ADMINISTRAÇÃO

A palavra administração vem do latim


ad (direção, tendência para) e minister
(subordinação ou obediência), e tem
como significado a realização de uma
função sob o comando de outrem, ou
seja, a prestação de um serviço a outro.
 Em sua origem, a administração e o
controle tinham como características a
rigidez e a coerção.
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ADMINISTRAÇÃO
● Com a evolução da prática e da teoria
geral da administração, as formas de
controle foram se transformando,
incorporando flexibilidade, participação e
negociação como estratégias.
 Segundo Henry Fayol ADMINISTRAR é
prever, organizar, comandar, coordenar e
controlar.
 É dirigir uma organização utilizando
técnicas de gestão para que ela alcance
seus objetivos de forma eficiente, eficaz e
com responsabilidade social e ambiental.

ADMINISTRAÇÃO
 Assim, administrar diz respeito ao
desempenho da organização como um
todo, em um determinado contexto.
 O DESEMPENHO, por sua vez, está
relacionado aos conceitos de eficiência,
eficácia e efetividade.
 EFICIÊNCIA é a utilização adequada
dos recursos; está ligada aos meios –
métodos, procedimentos. Diz respeito a
quem consegue obter o mesmo resultado
com menos recursos.
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ADMINISTRAÇÃO

 EFICÁCIA é a capacidade de alcançar


os objetivos propostos; está ligada aos fins
– o que se pretende alcançar. É fazer um
trabalho que atinja plenamente um
resultado que se espera.
 EFETIVIDADE é realizar a coisa certa
para transformar a situação existente (para
modificar a realidade). A efetividade é que
vai servir para fazer a avaliação de todo o
processo.

ADMINISTRAÇÃO

 Assim, uma organização é eficaz


quando consegue atingir seus objetivos
propostos e é eficiente quando, ao
atingi-lo, consegue ainda utilizar
adequadamente ou reduzir recursos
(material, tempo, mão de obra).
 Uma organização pode ser eficaz e não
ser eficiente e vice-versa, dependendo da
forma como é administrada.
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ADMINISTRAÇÃO
 Desse modo, atribui-se ao administrador,
ou gerente, a responsabilidade de combinar
a utilização dos recursos de que dispõe, na
proporção adequada e necessária, para o
alcance de seus objetivos e da organização.
 A administração é necessária em todas as
organizações/instituições/empresas/serviço,
uma vez que seu corpo de conhecimentos
pode ser aplicado em todos os níveis de
uma organização e por todas as áreas de
conhecimento.

ADMINISTRAÇÃO

 Na enfermagem não é diferente uma


vez que os enfermeiros realizam a
assistência de enfermagem, para, com e
através de pessoas.
 A atuação do enfermeiro não é isolada,
trabalha-se com auxiliares e técnicos de
enfermagem e, portanto, o trabalho deve
ser estruturado, através de ações
hierarquizadas distribuídas segundo
graus de complexidade.
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ADMINISTRAÇÃO
Na enfermagem, a função administrativa,
consiste no planejamento da assistência, no
provimento de recursos físicos, humanos,
materiais e financeiros, bem como a tomada
de decisão, na supervisão e na liderança da
equipe de enfermagem, provisão de
recursos necessários à implantação do
plano terapêutico de Enfermagem.
No decorrer desse processo, utiliza ações de
comando, coordenação e controle da equipe
de trabalho.

ADMINISTRAÇÃO
 Assim, cabe ao enfermeiro garantir a
unidade e organização desse trabalho
coletivo, planejar e desenvolver novos
processos, métodos e instrumentos.
 Na prática, a administração em
enfermagem envolve a aplicação do processo
administrativo.
 Esse processo é descrito pelas seguintes
funções administrativas:
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E
CONTROLE.
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FUNÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO

 PLANEJAMENTO – diz respeito às


decisões sobre objetivos, definição de
planos para alcançá-los e programação
de atividades.
 ORGANIZAÇÃO – envolve os recursos
para realizar as tarefas a fim de atingir
os objetivos; contratação de pessoal;
atribuição de autoridade e
responsabilidade a pessoas.

FUNÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO

 DIREÇÃO OU COORDENAÇÃO – trata-se da


função interpessoal de dar ordens, instruir, liderar;
envolve comunicação, liderança e motivação do
pessoal para atingir os objetivos.
 CONTROLE – verifica se o objetivo
estabelecido na função de planejamento foi
alcançado; abrange a definição de padrões para
medir desempenho, corrigir discrepâncias e
garantir que haja compatibilidade entre objetivos
esperados e resultados alcançados, ou seja, que o
planejamento seja realizado.
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ADMINISTRAÇÃO

 O mercado profissional espera dos


enfermeiros uma capacidade para trabalhar
conflitos, enfrentar problemas, negociar,
dialogar, argumentar, propor e alcançar
mudanças, com estratégias que nos
aproximem da equipe e dos usuários
contribuindo para a qualidade do cuidado.
 Para realizar este trabalho a enfermagem
se operacionaliza por diferentes processos
ou dimensões:

ADMINISTRAÇÃO

De assistência à saúde – cuidar;


De gerenciamento dessa assistência –
administrar;
De investigação científica ou pesquisar
(gerando o saber necessário à produção);
De ensino – formar, capacitar e aperfeiçoar
profissionais de enfermagem; educar, orientar
e informar indivíduos, família e comunidade
para melhoria da qualidade de vida;
De participação política.
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ADMINISTRAÇÃO

 Em sua complexa função de administrar,


ou seja, planejar, organizar, dirigir e
controlar o processo de trabalho, os
gestores devem buscar modelos a serem
seguidos, baseados em princípios, valores
e filosofias que nortearão o
direcionamento de sua gestão.
 Para isso são utilizadas as teorias
administrativas,
administrativas para o melhor
desempenho das organizações.

ADMINISTRAÇÃO

 Administrar em enfermagem não é uma tarefa


fácil, e muitas vezes não é considerada uma
tarefa nobre.
 Entretanto, para que possamos prestar
assistência direta ao paciente é necessário
utilizar das ferramentas da ciência
administração.
 Apesar disso, para muitos, a Administração em
enfermagem é a “culpada” pelo distanciamento
do enfermeiro da assistência direta.
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ADMINISTRAÇÃO

 No entanto, sem aquele que pensa e


sabe o que deve ser feito, no como se deve
fazer, que providencia os recursos para que
se possam realizar as ações, que avalia se
a forma como foi proposta a realização do
trabalho foi adequada ou não, ou não se
faria nada, ou se faria muito pouco, ou se
levaria o dobro do tempo para realizar o
trabalho, ou até a ação seria desenvolvida,
mas sem a satisfação esperada e desejada.

ADMINISTRAÇÃO

 A Administração em Enfermagem faz parte do


cotidiano de trabalho do enfermeiro, que precisa
saber realizar as funções administrativas e
aplicar os conhecimentos administrativos de
modo correto, para que se possa alcançar uma
assistência de enfermagem de qualidade.
 Isso porque, a Administração em Enfermagem
é uma forma de organização do trabalho do
enfermeiro adequado à realidade, não
dicotômica, onde o administrar é subsídio para o
assistir.
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ADMINISTRAÇÃO

 A busca constante pela qualidade e


excelência dos serviços trouxe mudanças nos
modelos de gestão e, consequentemente, a
forma de gerir as pessoas também mudou.
 O investimento nas pessoas é hoje
valorizado, uma vez que tem ocorrido forte
tendência de abandonar o enfoque científico
da administração por um enfoque mais
sofisticado, o das relações humanas, como
veremos a seguir.

TEORIAS DA
ADMINISTRAÇÃO
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TEORIA CIENTÍFICA
 A Teoria Científica (de Frederick Taylor) –
fundamentada na eficiência, na produtividade,
divisão do trabalho e padronização das tarefas.
 Sua concepção dos princípios da administração
envolvem: seleção e treinamento de pessoal,
salários altos e baixos custos de produção,
identificação de como executar a tarefas da
melhor maneira possível e cooperação entre
trabalhadores e administração.
 A administração Cientifica legitima a
exploração dos operários, em prol dos interesses
patronais.

TEORIA CLÁSSICA
A Teoria Clássica (de Henry Fayol) – criada
após a 1a guerra mundial – baseada na hierarquia
de poder, definição de papéis e atribuições do
trabalhador, para melhor desempenho.
A teoria clássica aborda a constituição de uma
organização baseada em uma cadeia de
comando, pela qual existe um corpo executivo
que controla todo um grupo de pessoas, que são
subordinadas hierarquicamente.
Estabeleceu os princípios da boa administração,
sendo dele a clássica visão das funções do
administrador: organizar, planejar, coordenar,
comandar e controlar.
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TEORIA BUROCRÁTICA
● A Teoria Burocrática foi criada por Max
Weber – voltada exclusivamente para a
racionalidade e a eficiência.
● Em suas dimensões essenciais muitos dos
aspectos do modelo burocrático podem ser
encontrados em Taylor e Fayol: a divisão do
trabalho baseada na especialização funcional;
hierarquia e autoridade definidas; sistema de
regras e regulamentos que descrevem direitos e
deveres dos ocupantes dos cargos; sistema de
procedimentos e rotinas; impessoalidade nas
relações interpessoais, promoção e seleção
baseadas na competência técnica, dentre outros.

TEORIA BUROCRÁTICA

● A teoria burocrática é uma espécie de


organização humana baseada na
racionalidade, ou seja, os meios devem ser
analisados e estabelecidos de maneira
totalmente formal e impessoal, a fim de
alcançarem os fins pretendidos.
● Dessa forma, na teoria burocrática há
grande ênfase na eficiência.
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TEORIA DAS RELAÇÕES


HUMANAS

● A Teoria das Relações Humanas (idealizada


em 1930) possui como característica principal a
visão do homem como um ser social e não
apenas um ser econômico, como vinha sendo
suposto pelas teorias científica e clássica da
administração.
● Esta teoria não se opõe totalmente ao modelo
da teoria de Taylor (científica), entretanto,
engloba fatores como a motivação humana e o
trabalho grupal para se atingir o nível de
produção esperada pela empresa.

TEORIA DAS RELAÇÕES


HUMANAS

 A liderança é um aspecto que começa a ser


trabalhado por esta teoria e emprega aos
dirigentes a maneira pela qual ele irá se
relacionar com os empregados.
 Desse modo, a forma e com quem os
operários se relacionam no trabalho (aspectos
sociais) passam a ser considerados, bem como o
reconhecimento profissional e a maneira de
motivá-los (aspectos psicológicos), que passam
a ser implementados, estudados e
desenvolvidos pelas chefias.
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TEORIA DAS RELAÇÕES


HUMANAS

● A preocupação com as máquinas e os métodos


de trabalho voltados para a tarefa e para a divisão
da estrutura e atribuições bem definidas pela
gerência (preconizados pelas teorias científica e
clássica da administração), cedem lugar à
percepção de que as pessoas e os grupos sociais
são importantes para fazer acontecer os objetivos
estabelecidos pela organização.
● Defende a participação do trabalhador nas
decisões que envolvem a tarefa, porém essa
participação sofre restrições e deve estar de
acordo com o padrão de liderança adotado.

TEORIA DAS RELAÇÕES


HUMANAS
Isso porque constatou-se que o
relacionamento do trabalhador com seu chefe,
ou supervisor imediato, interferia na produção
mais do que qualquer fator fisiológico.
Ou seja, o nível de produção era determinado
muito mais pelas relações sociais, pela
integração no grupo, do que pela condição física
do trabalhador.
 Um ambiente amistoso, sem pressões,
diminui a tensão e aumenta a satisfação no
trabalho, e, desse modo, os trabalhadores são
mais produtivos.
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TEORIA COMPORTAMENTAL

Outra teoria de fundamental importância


a ser levada em consideração para a
gestão em enfermagem é a Teoria
Comportamental da Administração.
A Teoria Comportamental representa um
desdobramento da Teoria das Relações
Humanas, com a qual se mostra
eminentemente crítica e severa.

TEORIA COMPORTAMENTAL

 Ainda que compartilhe alguns dos seus


conceitos fundamentais, utilizando-os apenas
como pontos de partida ou de referência e
reformulando-os profundamente, a Teoria
Comportamental rejeita as concepções
ingênuas e românticas da Teoria das Relações
Humanas.
 Esta teoria tem como foco a motivação
humana, que deve ser avaliada pelos
administradores para melhorar a qualidade de
vida nas empresas e, assim, sua produtividade.
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TEORIA COMPORTAMENTAL

 Para isso, busca-se o conhecimento da


Teoria da Motivação Humana de Maslow e
da Teoria sobre os dois fatores de Hertzberg
(Fatores Higiênicos – extrínsecos, e Fatores
Motivacionais – intrínsecos ao indivíduo), no
sentido de atender as necessidades e
compreender a motivação e satisfação das
pessoas no trabalho.

TEORIA COMPORTAMENTAL

 Além disso, esta Teoria traz novas


proposições sobre os estilos de administrar,
a maneira de tomar decisões e resolver
conflitos, desenvolvendo modelos e
estratégias mais democráticas de atuação.
 Para os comportamentalistas, a percepção
do comportamento e satisfação individual e
dos grupos no trabalho determinará a sua
cooperação, produtividade e permanência no
trabalho.
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TEORIA COMPORTAMENTAL

 A implantação desta teoria nas


organizações proporciona uma resolução
mais democrática frente aos problemas.
 Nesta caracterização a variável pessoa é
vista como fundamental para o alcance dos
objetivos.
 É uma concentração em busca de
mecanismos de motivação dos trabalhadores
e do estudo dos comportamentos para o
alcance dos objetivos propostos.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Portanto, para uma administração


satisfatória, os gestores e as instituições
hospitalares devem investir na
capacitação dos recursos humanos ,
considerando os contextos sócio político-
econômicos e de saúde vigentes.
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A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

● Na 2a metade do século XIX, o modelo proposto


por Florence Nightingale na Inglaterra, influenciado
pela lógica de organização capitalista do trabalho,
instituiu a divisão entre trabalho intelectual e
manual e a hierarquização no trabalho da
enfermagem, ainda tão presente em nossos dias.
● Neste modelo a enfermeira desempenha a
função de gerente centralizador do saber, que
domina a concepção do processo de trabalho de
enfermagem e delega atividades aos demais
trabalhadores de enfermagem.

A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

● A teoria da administração científica, que tem


influenciado a organização e gestão do trabalho
industrial, também tem influenciado os serviços
de saúde e a enfermagem.
● Como herança desta teoria, presente até os
dias atuais, destaca–se: a ênfase no "como
fazer", a divisão do trabalho em tarefas, a
excessiva preocupação com manuais de
procedimentos, rotinas, normas, escalas diárias
de distribuição de tarefas, fragmentação da
assistência, dentre outros.
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A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

● O enfermeiro gerencia o trabalho da equipe com


muitas características das abordagens taylorista,
fayolista e burocrática.
● Volta–se para o cumprimento de normas rotinas e
tarefas, reproduzindo aquilo que outros profissionais
e a instituição esperam, deixando, muitas vezes, de
priorizar as necessidades do doente e gerando
descontentamento e desmotivação nos
trabalhadores de enfermagem.
●O poder de decisão é centralizado no enfermeiro/a,
enfatiza–se a disciplina, desconsiderando as pessoas
e as relações interpessoais.

A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

● Herda da teoria burocrática a excessiva


burocratização.
● O pessoal de enfermagem assume
características de técnicos especializados, com
comportamento e posições definidas
institucionalmente, valorizando normas e regras.
● As chefias de enfermagem assumem um papel
administrativo voltado para os interesses da
instituição; a vontade do enfermeiro se sobrepõe a
dos demais trabalhadores, caracterizando um
processo de dominação, impessoalidade, relações
hierárquicas e ênfase na comunicação formal.
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A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

● Influenciada pelo movimento das relações


humanas surge a discussão acerca da
importância da liderança e da comunicação na
formação do enfermeiro, para qualificar o seu
trabalho com o pessoal de enfermagem.
● A busca por novas formas de gestão nos
serviços de saúde torna necessária a
incorporação de novos conhecimentos e
habilidades, sintonizados a uma prática
administrativa mais aberta, mais flexível e
participativa.

A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

● Atualmente tem-se debatido a necessidade


de mudança na gestão e organização do
trabalho na enfermagem, destacando–se:
➔ As contribuições teóricas e práticas
envolvendo a defesa e implementação dos
chamados "cuidados integrais";
➔ O envolvimento da equipe de enfermagem,
bem como do usuário e família no
planejamento e avaliação da assistência;
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A ENFERMAGEM NO CONTEXTO
DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

➔ A gestão participativa dos serviços de


enfermagem;
➔ O trabalho em equipe;
➔ A educação no trabalho, como forma de
garantir o desenvolvimento contínuo dos
trabalhadores e também como fator de
motivação para o trabalho.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Nesse sentido, o gerente de recursos


humanos de Enfermagem, assim como os
demais gerentes em saúde, devem
proporcionar condições que garantam a efetiva
contribuição dos profissionais e trabalhadores
na obtenção dos objetivos institucionais.
 Para isso é necessário o estabelecimento de
relações de colaboração entre os
trabalhadores,, usuários e instituições e suas
respectivas gerências.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

● Por definição, GESTÃO EM


ENFERMAGEM é o conjunto de medidas
adotadas para planejar, organizar, fazer
funcionar e avaliar o grande número de
elementos inter-relacionados do sistema de
saúde.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

● O gerente em Enfermagem é um
administrador da assistência de
Enfermagem, com atividades voltadas não
só para a admissão de funcionários e
escalas de trabalho, mas também para o
bem estar no local de serviço, com
condições favoráveis à execução das
atividades e a qualidade da assistência
prestada aos pacientes.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 O gestor de enfermagem deve se


colocar como o líder inspirador de sua
equipe para alcançar as metas
estabelecidas no compromisso da
melhoria da assistência.
 Isso porque, a competência de
liderança abrange o desenvolvimento
organizacional dos recursos humanos e a
excelência no atendimento aos clientes.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Como porta-voz, o líder transfere


informação de sua organização para o
ambiente externo.
 Investido de autoridade formal, ele é
chamado a representar sua organização e,
para tanto, ele é possuidor das informações
necessárias para um desempenho efetivo
deste papel.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 A supervisão e a coordenação são


partes importantes do processo de
trabalho do gerente.
 A supervisão é um processo educativo e
contínuo que consiste, fundamentalmente,
em motivar e orientar os supervisionados
na execução das atividades com base em
normas, a fim de manter elevada a
qualidade dos serviços prestados.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Já a coordenação tem como finalidade


harmonizar todos os atos de uma
instituição, buscando seu sucesso,
equilibrando recursos físicos, materiais e
humanos.
 Neste contexto, o trabalho do gerente
contribui para o processo de trabalho em
enfermagem.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 O processo de trabalho em
enfermagem envolve um conjunto de
ações de acompanhamento do
cliente/comunidade, no decorrer de
doenças ou ao longo de processos sócio
vitais: tais como a saúde da criança, do
adolescente, entre outros, com o
propósito de promover, prevenir e
recuperar a saúde.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM
 Entre os desafios enfrentados na gerência
em enfermagem, as principais dificuldades
enfrentadas pelos enfermeiros em relação à
liderança são:
 Insegurança,
 Comunicação ineficaz,
 Resolução de conflitos,
Dificuldades em organizar o trabalho dos
outros profissionais,
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Dificuldades na tomada de decisão,


 Falta de experiência,
Dificuldades em relação às decisões da
administração e equipe médica e em
assumir de fato o papel de líder no
sistema de saúde.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Outros aspectos a serem considerados


em relação aos desafios na gerência
estão relacionados a escassez de
recursos humanos, materiais físicos e
financeiros e a falhas no planejamento.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Tendo em mente que o enfermeiro


gestor é um supervisor da equipe de
Enfermagem, que participa
constantemente de um processo
educativo, é preciso que este adquira o
hábito de motivar e orientar a equipe
para alcançar um serviço de qualidade.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 Os efeitos mais comuns da satisfação


no trabalho recaem sobre a
produtividade, o desempenho, o
absenteísmo, a rotatividade, a saúde e o
bem-estar, profissional, a satisfação na
vida e a satisfação dos clientes.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM
 O absenteísmo é um fator causador de
problemas para a equipe de Enfermagem.
 A ausência de um profissional na equipe,
sobrecarrega o trabalho dos demais,demais,
exigindo um ritmo mais acelerado e
responsabilizando outros por um volume
maior de trabalho no processo de cuidar do
paciente.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM
 Essa sobrecarga poderá prejudicar a
saúde do trabalhador, ocasionando desgaste
físico, psicológico, social e espiritual;
espiritual; e,
como consequência, o adoecimento.
A insatisfação
profissional leva à
exaustão física e
mental, baixa
autoestima e perda
de interesse pelo
conforto do cliente.
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A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

 O gerenciamento tem se tornado fonte


de preocupação das organizações,
inclusive na área da saúde, pois, onde há,
de um lado, a satisfação por aliviar o
sofrimento alheio, do outro está a
insatisfação com a sobrecarga de
trabalho e suas condições precárias.

A GESTÃO EM
ENFERMAGEM

● Este processo desencadeia


comportamentos que vão desde atenção,
alegria, rapidez e eficiência até irritabilidade,
desinteresse, mau humor e indelicadeza.
● Por isso, é necessário que o gerente de
Enfermagem tenha conhecimento sobre as
leis trabalhistas,
trabalhistas, no intuito de organizar o
serviço e ter respaldo quanto aos direitos e
deveres da equipe de Enfermagem.
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Obrigada!

Prof. Marilia de J. Pereira

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