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propriamente dita. Desta forma, o processo de trabalho do
enfermeiro gerente é amplo e complexo e deve atender as
necessidades da unidade para que o objetivo final, o cuidado, seja
feito de forma efetiva, eficiente e segura. A passagem de plantão e a
visita aos leitos, são pontos chaves para organização da assistência,
pois, serve para estabelecer conhecimento, habilidade e atitude,
além de competência para delegar o trabalho em equipe, facilitando
a tomada de decisão através do planejamento e organização. O
processo de enfermagem engloba a sistematização da assistência de
enfermagem - SAE, que também é uma atividade privativa do
enfermeiro que orienta o trabalho da equipe de enfermagem. É uma
atividade que ajuda o enfermeiro no processo de decisão e avaliação
da assistência prestada pela equipe. A disciplina possibilita a
elucubração e construção do saber e fazer enfermagem e seus
processos administrativos que não devem ser dissociados da
assistência e que devem ser continuamente avaliados.
INTRODUÇÃO
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A enfermagem moderna surgiu na segunda metade do
século XIX, com Florence Nightingale, sendo que seu início como
profissão científica se deu juntamente com o surgimento da
administração como ciência. A utilização dos conhecimentos
administrativos pela enfermagem vem da necessidade de estar-se
organizando um ambiente terapêutico nos hospitais, constituindo
um saber de administração em enfermagem (3).
Assim, a administração em enfermagem é uma função
pertinente ao trabalho do enfermeiro, pois, não dá para fazer
enfermagem sem usar os conhecimentos da administração. Pode ser
realizada a partir de dois momentos: a gerência do cuidado e a
gerência da unidade sendo que nos dois momentos o enfermeiro
assiste e administra em níveis diferentes.
Em resumo pode-se dizer que na enfermagem, a função
administrativa, consiste no planejamento da assistência, no
provimento de recursos físicos, humanos, materiais e financeiros,
bem como a tomada de decisão, na supervisão e na liderança da
equipe de enfermagem, provisão de recursos necessários à
implantação do plano terapêutico de Enfermagem, utilizando no
decorrer desse processo ações de comando, coordenação,
(4)
acompanhamento, orientação e avaliação da equipe de trabalho .
Além de tudo, é importante ressaltar ainda que consta na Lei
7498/86 que dispõe sobre a regulamentação do Exercício da
Enfermagem em seu art. 11 como atividades privativas do
enfermeiro - direção do órgão de Enfermagem integrante da
estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia
de serviço e de unidade de Enfermagem; organização e direção dos
serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares
nas empresas prestadoras desses serviços; planejamento,
organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de
(5)
assistência de Enfermagem .
Dessa forma o objetivo desse trabalho é relatar as
experiências vivenciadas em aula prática de Administração em
Enfermagem Hospitalar.
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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internação, e assim evitar que a assistência de enfermagem fique
ameaçada. Quando realizada de forma efetiva, a passagem de
plantão pode trazer muitos benefícios para a instituição, para o
paciente e para todos os profissionais envolvidos, garantindo a
continuidade do cuidado (6).
É uma atividade dinâmica e cabe ao enfermeiro coordená-la
e planejá-la, pois se trata de uma forma rápida de transmitir, receber
e delegar atribuições, podendo também, dependendo de como que é
conduzido, levar o paciente a contribuir, cooperando para um
(6)
melhor atendimento de enfermagem .
Após receber o plantão, os enfermeiros fazem a escala de
serviço dos técnicos de enfermagem, atribuindo a cada um a
responsabilidade pelos cuidados integrais dos pacientes. Fazendo
uma divisão por grau de complexidade de assistência, promovendo
uma rotatividade entre eles. Pois a média de permanência na
unidade é de 30 dias de internação, assim, um paciente em cuidados
de maior complexidade não fica a cargo de um único profissional,
evitando sobrecarrega-lo. Essa escala é confeccionada no sistema e
fixada em local de fácil visualização, e depois fixada ou transcrita no
Livro de Escala de Enfermagem.
É importante destacar que quando tem absenteísmo na
equipe de enfermagem maior do que o normal fica difícil fazer a
escala de atividades, pois, há uma sobrecarga de trabalho entre eles.
Dessa forma, carga horária extensa, com poucos funcionários e
muitos pacientes, prejudica a qualidade de assistência de
enfermagem, principalmente devido à complexidade dos cuidados
e estado geral dos pacientes.
O perfil do enfermeiro contemporâneo segue uma
tendência, lhe é exigido que seja um gestor de uma unidade, tenha
competências gerenciais e de liderança, com conhecimento e
entendimento da dimensão da administração do serviço e da
assistência(7). Assim, é importante que ele tenha controle da escala
geral dos funcionários, para que esse desfalque na equipe seja
evitado e com isso não há sobrecarg a de trabalho e
consequentemente uma assistência efetiva e eficiente.
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Visita aos leitos
A visita aos leitos ou corrida de leitos, é o momento em que
há o conhecimento recíproco entre enfermeiro e paciente. Nessa
hora, o profissional identifica o estado de saúde do paciente e suas
necessidades, de forma a determinar prioridades e assumir o
compromisso de uma assistência de enfermagem contínua e de
(8)
qualidade .
Proporciona a interação entre pacientes, familiares e equipe
multidisciplinar, facilita o esclarecimento de dúvidas quanto à
evolução do estado de saúde e à terapêutica adotada e aos
procedimentos a serem realizados. Estimula, ainda, um sentimento
de confiança, favorecendo que os pacientes se sintam seguros e
satisfeitos, o que, diminui a ansiedade e a tensão que podem
influenciar o quadro clínico. Para que seja efetiva e alcance seu o
objetivo, a visita deve ser realizada todos os dias e em todos os
turnos de trabalho dos enfermeiros (8).
Na Clínica Médica a ronda era realizada pelo enfermeiro, o
mesmo já é bem conhecido por todos os pacientes, nota-se o
vínculo criado entre eles, pois, ele realiza todos os dias. Quando é
um paciente novo, ele se apresenta, fala para paciente em caso de
qualquer intercorrência pode chamar ele ou o técnico responsável
por pelo paciente (ele diz o nome do técnico). O enfermeiro avalia o
estado geral dos pacientes, verifica os dispositivos, faz a conferencia
da identificação e também dos riscos que o paciente se encontra.
Nessa ação vemos o potencial como instrumento
estratégico para dar suporte ao planejamento das atividades que
devem ser realizadas.
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deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem(10).
No hospital, a SAE começou a ser implementada neste ano.
Na Clínica Médica, os enfermeiros estão realizando gradativamente,
cada turno faz um determinado número de pacientes com o
objetivo de contemplar todos os pacientes. No período matutino, o
enfermeiro realizava a coleta de dados, através de anamnese;
histórico e exame físico, depois fechava os diagnósticos de
enfermagem, fazia planejamento, realizava a prescrição de
enfermagem e por fim, a evolução. A prescrição de enfermagem é
impressa e anexada ao prontuário físico, o mesmo orienta aos
técnicos sobre as atividades prescritas que devem ser realizadas.
Quanto à SAE, identificam-se pontos que atrapalham o
alcance dos seus objetivos: quando os cuidados prescritos são
relacionados aos procedimentos rotineiros e básicos, observa-se
que estes são implementados antes de sua leitura e, posteriormente,
checados. Com isto, a finalidade de orientar a equipe no cuidado ao
paciente não é atingida, uma vez que os cuidados prescritos são de
conhecimento da grande maioria dos auxiliares e técnicos de
enfermagem.
Isto evidencia que a necessidade de educação permanente
junto aos colaboradores de enfermagem para que os cuidados
prescritos pelos enfermeiros sejam efetivos e que realmente
interfiram positivamente no estado clínico do paciente.
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DIAGRAMA DO PROCESSO GERENCIAL DO ENFERMEIRO
Realiza Prescrição de
Enfermagem;
Exames
Serve para estabelecer
Conhecimento, habilidade e atitude
Competência
Mapa Real
Processo Gerencial do Enfermeiro AÇÕES
Planejamento
Mapa Mental
Organização Direção Controle
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CONCLUSÃO
Administrar em enfermagem não é uma tarefa fácil, e na
maioria das vezes não é considerada uma tarefa nobre. Na
enfermagem para muitos o valor do profissional está em assistir
diretamente ao paciente e também, consideram a administração
em enfermagem a culpada pelo distanciamento do enfermeiro da
assistência direta.
Porém, administração em enfermagem faz parte do
cotidiano de trabalho do enfermeiro, que precisa saber realizar as
funções administrativas e aplicar os conhecimentos
administrativos de modo correto, para que se possa alcançar uma
assistência de enfermagem de qualidade.
Dessa forma, a disciplina possibilita a elucubração e
construção do saber e fazer enfermagem e seus processos
administrativos que não devem ser dissociados da assistência e
que devem ser continuamente avaliados.
REFERÊNCIAS
1 Pinheiro TXA. Administração Pública. Rev. Adm. Públ; 3(11); 95-101, 1998.
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6 Pereira MMM. À beira do leito: sentimentos de pacientes durante a passagem
de plantão em Unidade de Terapia Intensiva. Dissertação (mestrado) -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2011, 92 f.
8 Pereira BT, Brito CA, Pontes GC, Guimarães EMP. A passagem de plantão e
a corrida de leito como instrumentos norteadores para o planejamento da
assistência de enfermagem. reme - Rev. Min. Enferm.;15(2): 283-289, abr./jun.,
2011.
9 Andrade EF, Grando SR, Boing JS,Viecelli AM, Silva JBS. Sistematização da
assistência de enfermagem: a criação de uma ferramenta informatizada. s/d.
Disponível em:
http://www.abennacional.org.br/2SITEn/Arquivos/N.121.pdf.
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