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DE PRODUÇÃO EM
SAÚDE DA FAMÍLIA
TRABALHOS NACIONAL DE NO III CONCURSO
PREMIADOS EXPERIÊNCIAS EM
SAÚDE DA FAMÍLIA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PREMIADOS Brasília – MS
2008
EXPERIÊNCIAS EM
SAÚDE DA FAMÍLIA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
PREMIADOS Brasília – MS
2008
EXPERIÊNCIAS EM
SAÚDE DA FAMÍLIA
© 2008 Ministério da Saúde. Supervisão Geral:
Todos os direitos reservados. É permitida a Claunara Schilling Mendonça
reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada à fonte e que não seja para venda ou Coordenação Geral:
qualquer fim comercial. Antonio Dercy Silveira Filho
A responsabilidade pelos direitos autorais de tex-
tos e imagens desta obra é da área técnica. Equipe Técnica:
A coleção institucional do Ministério da Saúde Célia Regina Rodrigues Gil
pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtu- Cinthia Lociks de Araújo
al em Saúde do Ministério da Saúde: http://www. Estela Márcia Saraiva Campos
saude.gov.br/bvs Maria Angélica Curia Cerveira
1. Atenção Básica. 2. Atenção à Saúde. 3. Programa Saúde da Família. I. Título. II. Série.
CDU 613.9-055
_______________________________________________________________________________
Índice
1. Apresentação 9
4. Anexos 21
14
2. Metodologia de avaliação dos trabalhos
A cada edição da Mostra da Saúde da
Família observa-se o anseio de seus
participantes em compartilhar suas vivências,
mais justas de concorrência
entre pares.
Após uma pré-avaliação
seu modo de fazer saúde e colaborar na quanto ao cumprimento
construção do SUS. Nessa 3ª edição, foram dos critérios exigidos para
registrados 4.490 (quatro mil, quatrocentos participação no Concurso,
e noventa) trabalhos para apresentação. Es- 1.090 (mil e noventa)
paços de discussão e reflexão como esses são trabalhos foram aceitos e
essenciais para o fortalecimento da Saúde da submetidos ao processo
Família, constituindo oportunidades singula- de avaliação de conteúdo
res de socialização de elementos teóricos e propriamente dita.
práticos na busca de subsídios para a conso- Para seleção dos trabalhos a
lidação desse modelo de atenção. serem premiados foi desen-
Com o objetivo de valorizar aqueles que no volvido um criterioso proces-
cotidiano operam e modelam a Saúde da Fa- so de avaliação, envolvendo
mília, além de identificar, divulgar e estimular 78 pareceristas que realiza-
experiências exitosas que contribuam para o ram a análise do conteúdo
fortalecimento da Saúde da Família, o Minis- dos trabalhos, com base
tério da Saúde realiza, durante a III Mostra em critérios previamente
Nacional de Produção em Saúde da Família, definidos no “Manual do
o III Concurso Nacional de Experiências em Participante”, divulgado no
Saúde da Família. site da III Mostra (Anexo I).
Quase dois mil trabalhos foram inscritos para Para garantir a idoneidade
concorrer a esse prêmio, em três diferentes do processo de seleção dos
categorias: trabalhos premiados no
- Relato de Experiência de Equipe de Saúde III Concurso, a Comissão
da Família, Científica designou uma
- Relato de Experiência de Agente Comuni- subcomissão de premiação
tário de Saúde, responsável pela elabo-
- Estudos e Pesquisas em Atenção Básica / ração da metodologia de
Saúde da Família. avaliação e coordenação de
A criação de uma categoria específica para todo processo.
premiação de experiências de ACS nessa edi- Como forma de garantir a
ção do Concurso justifica-se pela necessidade legitimidade dos resultados
de valorizar cada vez mais esses profissionais, finais da premiação, a com-
elos imprescindíveis entre as equipes de
saúde e a comunidade, e garantir condições
posição da equipe de avalia-
dores dos trabalhos buscou
15
2. Metodologia de avaliação dos trabalhos
a representação dos mais vios dos trabalhos, eram representantes formais
diferentes segmentos dos dos serviços das três esferas de governo,
serviços e das instituições representantes dos conselhos de gestores
de ensino e pesquisa. O (CONASS e CONASEMS), entidades de
processo de avaliação foi classe e representantes das instituições de
desenvolvido em quatro ensino públicas e privadas. Cabe ressaltar
etapas, ao longo de três que todos os trabalhos foram avaliados
meses, e culminou com em duplo cego, sem possibilidade de iden-
uma oficina de avaliação tificação dos autores dos trabalhos pelos
cujos componentes, além diferentes pareceristas. A tabela abaixo
de terem sido avaliadores pré- descreve a dimensão desse processo de
avaliação.
ETAPAS DE AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS INSCRITOS NO CONCURSO DA III MOSTRA
NACIONAL DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE DA FAMÍLIA
ETAPA I
CATEGORIAS ACS ESF Est / Pesq TOTAL
Nº TRABALHOS 103 605 376 1.090 08 a
Nº PARECERISTAS 5 30 34 71 23/05/2008
TRABALHOS
SELECIONADOS 50 300 170 520
ETAPA II
Nº PARECERISTAS 5 30 22 57 29 / 5 a 15/ 06
TRABALHOS
SELECIONADOS 20 60 44 124
ETAPA III
Nº PARECERISTAS 4 12 8 24 23/06/08 a
Nº DUPLAS 2 6 4 12 29/06/08
TRABALHOS
SELECIONADOS 8 12 8 28
ETAPA IV - OFICINA
Nº PARECERISTAS 4 12 8 24
Nº DUPLAS 2 6 4 12 30/06 a 01/07
16 TRABALHOS
SELECIONADOS 9 8 8 25
2. Metodologia de avaliação dos trabalhos
As três primeiras etapas de avaliação foram da premiação.
realizadas à distância e individualmente, en- Mais da metade (55,5%)
quanto a classificação final dos trabalhos se dos trabalhos concorrentes
desenvolveu de forma presencial e consensual, foi inscrita na categoria de
envolvendo equipes (uma para cada categoria premiação, “Relato de Ex-
de premiação) compostas por 8 a 12 parece- periência de Equipe de Saú-
ristas, selecionados com base na sua notória de da Família”, seguidos
experiência sobre o tema. Essa oficina de ava- pela categoria “Estudos e
liação final foi realizada em Brasília nos dias 31 Pesquisas da AB/SF” (35%)
de junho e 1º de julho do corrente ano e teve e Relato de Experiência de
como produto a classificação dos trabalhos fi- ACS (10%).
nalistas em 1º, 2º e 3º lugares e 5 a 6 menções A distribuição geográfica
honrosas por categoria de premiação. apontou uma participação
Durante oficina estabeleceu-se que as ex- maior das regiões Sudeste
periências finalistas seriam visitadas para o e Nordeste, seguidos das
conhecimento do trabalho e elaboração de regiões Sul, Centro-Oeste e
artigos para a Revista da Saúde da Família. As Norte, e os estados de São
experiências foram visitadas por pareceristas e Paulo, Minas Gerais, Paraná
profissionais da equipe de comunicação do De- e Rio Grande do Sul foram
partamento de Atenção Básica. Desta maneira, aqueles que contribuíram
constituiu-se mais uma etapa no processo com o maior volume de tra-
classificatório, que foi decisiva para a definição balhos (Anexo II).
Distribuição por região dos trabalhos participantes no III Concurso
Nacional de Experiências em Saúde da Família - Brasil - jun/2008
2,3%
4,3%
Região Nordeste
6,4%
Região Sul
25,6%
Região Centro-
Oeste
Região Norte
Base Nacional
22,7% 17
2. Metodologia de avaliação dos trabalhos
A análise por área temática apontou uma na categoria Relato de ACS
concentração maior de trabalhos relaciona- (15%).
dos a “Promoção da Saúde na AB/SF” (26%), O resultado final do Con-
“Assistência na AB/SF” (25%), “Tecnologias curso foi anunciado no dia
de Cuidado em Saúde na AB/SF” (12%), 6 de agosto, com a entrega
“Avaliação e Monitoramento da AB/SF” dos prêmios aos autores
(9%) e “Processos de Educação e Formação principais dos trabalhos se-
em Saúde na AB/SF” (9%). Experiências re- lecionados, de acordo com
lacionadas à “Intersetorialidade na Atenção a classificação apresentada
à Saúde” tiveram participação significativa nos quadros abaixo:
Ensinando por meio de atividades lúdicas: teatro, Ana Rita de Oliveira Prinzo
Menção Honrosa Canoas RS
uma opção de educação em saúde Cristina Pedruzzi
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2. Metodologia de avaliação dos trabalhos
CLASSIFICAÇÃO
RELATO DE EXPERIÊNCIA - ACS
RELATO DE EXPERIÊNCIA - ACS AUTORES MUNICÍPIO UF
Mariglen Dias Trindade
O ACS como agente motivador da participação Anderson Fribel Moraes
1º Vacaria RS
comunitária. Eliseu Santos de Melo
Juliano Lacerda
Joelma A. Azanha
Grupo domiciliar de aleitamento materno na Estela dos Santos Pereira de Souza Rio de
Menção Honrosa RJ
comunidade de Vila Vintém - Rio de Janeiro Simone França dos Santos Janeiro
Maria do Carmo Magalhães
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2. Metodologia de avaliação dos trabalhos
CLASSIFICAÇÃO
Estudos e Pesquisas em Atenção Básica / Saúde da Família
TRABALHOS AUTORES INSTITUIÇÃO UF
Programa de Saúde da Família (PSF): Rosana Aquino G. Ferreira
1º ISC/UFBA BA
determinantes e efeitos de sua implantação no Mauricio Lima Barreto (orientador)
Marta Cocco
Marta Julia Marques Lopes
Observatório de causas externas na Atenção
Menção Honrosa Maria Alice Dias da Silva Lima UFRS RS
Básica de Saúde de Porto Alegre
Tatiana Gerhardt
Sandra Maria Cezar
20
3. Comissão organizadora e pareceristas
Coordenação Geral Ester Fogel Paciornik
Antonio Dercy Silveira Filho Flavio Magajewski
Francisco Américo Micussi
Comissão de Premiação Gustavo Diniz Ferreira Gusso
Célia Regina Rodrigues Gil Heloiza Machado de Souza
Cinthia Lociks de Araújo Ivana Maria Saes Buato
Estela Márcia Saraiva Campos João Batista Silvério
Maria Angélica Cúria Cerveira João José Batista De Campos
José Fernando Assoni
Colaboradores José Veloso Souto Júnior
Allan Nuno Alves de Souza Josiane Vivan Camargo de Lima
Eglê Santos e Santos Josimari Telino de Lacerda
Flávia Regina de Morais Juçara L. Caovilla Vendrusculo
Letícia Milena Ferreira da Silva Judite Hennemann Bertoncini
Luciana do Nascimento Guedes Juliana Braga de Paula
Marcelina Zacarias Ceolin Karina Barros Calife Batista
Lêda Maria Albuquerque
Pareceristas Leidimar Barbosa de Alencar
Adriana Maura Maset Tobal Lenira Fracasso Zancan
Afra Suassuna Fernandes Léo Kriger
Aluisio Gomes da Silva Junior Lisiane Andréia Devinar Périco
Angela Cristina Pistelli Lubelia Sa Freire da Silva
Antonio Carlos Nascimento Lucia de Fatima Gonçalves Maia Derks
Barbara Turini Luís Cláudio Sartori
Beatriz Francisco Farah Marcelo da Silva Alves
Brígida Gimenez Carvalho Márcia Cecília Huçulak
Carmen Fontes de Souza Teixeira Marcia Hiromi Sakai
Célia Regina Pierantoni Maria Alice Pessanha de Carvalho
Cleide Aparecida de Oliveira Maria do Perpétuo Socorro
Crysthianne Cônsolo de Almeida Albuquerque Matos
Daniela Montano Wilhelms Maria Goretti David Lopes
Danielle Soares Cavalcante Maria Imaculada Ferreira da Fonseca
Djalmo Sanzi Souza Maria Marta Nolasco Chaves
Edson Mamoru Tamaki Maria Raquel Gomes Maia Pires
Edylene Maria dos Santos Pereira Maria Rizoneide Negreiros de Araujo
Eleuza Procópio de Souza Martinelli
Erno Harzheim
Maria Socorro de Oliveira
Maria Teresa Bustamante Teixeira
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3. Comissão organizadora e pareceristas
Marilda Kohatsu
Marta Campagnoni Andrade
Marta Verdi
Nadja de Sá Pinto Dantas Rocha
Nelzira Guedes Oliveira
Newton Sergio Lopes Lemos
Núbia Brelaz Nunes
Paulette Cavalcanti de Albuquerque
Paulo Cobellis Gomes
Paulo Germano de Frias
Pedro Gilberto Alves de Lima
Regina Coelli Pimenta Mello
Reneide Muniz da Silva
Rita Maria Rodrigues Bastos
Rosilene Aparecida Machado
Rosimeira Maria Peres Andrade
Salvyana Carla Palmeira Sarmento Silva
Samuel Jorge Moysés
Sandra Rejane Soares Ferreira
Silvana Martins Mishima
Sonia Maria Coutinho Orquiza
Tereza Cristina Alves Bezerra
Vitor Moreschi Filho
22
23
4. Anexos
24
4. Anexos
5.1. Reorganização da demanda para atendimento
odontológico no Município de Amparo - SP
Autor Principal: dos usuários, sem critério de
MARCELO BACCI COIMBRA risco e sem a participação
Outros Autores: dos outros profissionais da
FRANSSINETE TRAJANO DE MEDEIROS AN- equipe. Esse tipo de organi-
NES zação gerou uma demanda
MARCELO BACCI COIMBRA reprimida de 362 famílias e
ATRÍCIA DIAS BRAZ RODRIGUES um tempo de espera médio
Área Temática: Tecnologias de Cuidado em de quatro anos. Este traba-
Saúde na AB/SF lho relata a experiência de
Local onde o trabalho foi realizado: reorganização do processo
AMPARO – SP de trabalho da saúde bucal
na USF do Jardim Brasil. As
RESUMO: ações tinham como objetivo
Tradicionalmente, as Equipes de Saúde Bucal planejar o acesso ao aten-
têm dificuldade em superar questões organi- dimento odontológico de
zacionais para atendimento da demanda. A forma eqüitativa e integrar
interpretação das necessidades do paciente e toda a equipe com a pro-
o estabelecimento de critérios de risco indi- posta de saúde bucal para
vidual ou familiar exigem geralmente a pre- atendimento familiar. Dis-
sença do dentista e exame clínico, tornando cussão em equipe sobre a
o processo de trabalho muito direcionado problemática da saúde bucal
aos saberes técnicos da Equipe de Saúde Bu- na unidade: a equipe, por
cal. Entretanto, as diretrizes do Ministério da meio de discussões, passou
Saúde em relação à Política Nacional de Saú- a construir conceitos sobre
de Bucal apontam para a reorganização da necessidade, percepção e
atenção garantindo o princípio da eqüidade, atenção. Levantamento dos
buscando o atendimento integral à família, dados da lista de espera: es-
a adscrição da população, a programação, ses dados foram atualizados
o planejamento e a abordagem multiprofis- e separados por micro-áre-
sional. A USF do Jardim Brasil possui duas as. Grupos de recepção para
Equipes de Saúde da Família e uma Equipe explicar aos usuários o novo
de Saúde Bucal. Apresenta 1.650 famílias ca- fluxo, após a conclusão dos
dastradas, com algumas áreas de baixas con- trabalhos. Elaboração de um
dições socioeconômicas. Inicialmente a orga- instrumento de avaliação de
nização do acesso à assistência odontológica risco: a ficha de avaliação
era por meio de lista de espera e o atendi-
mento era conforme a ordem de procura
norteia o ACS com critérios
claros, incluindo informa-
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68
INTRODUÇÃO: METODOLOGIA:
O módulo de saúde Boa Es- Histórico de elevado número de casos con-
106 perança é uma Unidade Bási-
ca de saúde (UBS) do Distrito
firmados de dengue no ano de 2007 e
alguns casos confirmados em 2008. Pou-
RESULTADOS ALCANÇADOS:
Aproximar esses usuários ao serviço de saúde.
Educar para a dengue.
Educar para reciclagem.
Fazer prevenção e educação em saúde.
Atualizar a vacinação desses usuários.
Vincular esses usuários aos ACS da microárea.
RECOMENDAÇOES:
A participação de toda a equipe, com a inclu-
são de outros profissionais, principalmente da
enfermagem e da coordenação, é fundamen-
tal para o sucesso do grupo. A intersetoriali-
107
RESULTADOS ALCANÇADOS:
Desde que se iniciou este trabalho, um nú-
mero de mulheres tem procurado o serviço
de saúde, relatado dentro dos consultórios
as agressões sofridas, procurado os ACS,
solicitando ajuda, as denúncias nas dele-
gacias e posto policiais aumentaram, a so-
licitação por exames clínicos e preventivos
tornou-se rotina para essas mulheres.
RECOMENDAÇÕES:
Capacitar todas as categorias da equipe
para esta abordagem: violência contra a
mulher, para que o trabalho dos ACS, não
fique sem um apoio ou retorno.
109
METODOLOGIA: RESULTADOS
Realizei visitas domiciliares mais freqüentes ALCANÇADOS:
para melhor aproximação e aceitação do A implantação dessa solução
meu trabalho e de minha equipe. Conside- prazerosa e peculiar a esses
rada a dificuldade dos pacientes de identifi- pacientes trouxe a mim e à
car corretamente os medicamentos devido à equipe surpresas como:
maioria serem analfabetos e um deles com – Aceitação do meu traba-
comprometimento de transtorno mental. Ini-
ciei a separação dos medicamentos usando
lho e de minha equipe.
– Aceitação melhor da do-
123
OBJETIVOS:
procurando entendê-lo como
um todo e assim como ocorre
187