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Disciplina: Profissão:
Para ser profissão tem de ser uma disciplina e ter um objeto de conhecimento específico
“Prestar um serviço muito valorizado socialmente e que só as pessoas daquela profissão
prestam, dado que só elas sabem fazer o que os membros da profissão fazem, sustentado num
corpo de conhecimento.”
Se enfermagem não é uma ciência, então não é uma profissão. Se é uma ciência, tem a
possibilidade de ser uma profissão.
Florence N. iniciou o processo de profissionalização de enfermagem, dado que o
conhecimento levou a novas práticas.
O que caracteriza os membros de uma profissão é a exclusividade cognitiva, a tomada de
decisão cuja matéria-prima é conhecimento formal da disciplina, produzido pela profissão.
Ser profissão implica produzir e usar conhecimento científico, foco da disciplina.
Os Enfermeiros são trabalhadores do conhecimento, trabalham com o conhecimento formal.
Não há profissão sem ciência → os trabalhadores utilizam com matéria-prima o conhecimento
→exclusividade cognitiva
Condições inerentes ao processo de profissionalização (Freidson 1980)
Fechamento social
Monopólio sobre o mercado dos serviços que presta →são sustentados por um corpo de
saberes de natureza técnico-científica e exotérica
Monopólio da legitimidade de definir o seu campo de exercícios e autoridade (medicina
adquire-se na universidade de medicina)
Monopólio da seleção e formação dos praticantes
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Sofia Soares
O que caracteriza os membros de uma profissão é a Ser profissão implica produzir e usar
exclusividade cognitiva, é a tomada de decisão (cuja
conhecimento científico (foco da disciplina, os
matéria-prima é conhecimento formal da disciplina,
enf. são trabalhadores do conhecimento).
produzido pela profissão).
O enf. é responsável por dois tipos de ações independente (ações que realizamos ao mobilizar
conhecimento da nossa disciplina) e interdependente (ações que realizamos sob a prescrição de
outra classe profissional).
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Enunciados descritivos:
Cada disciplina tem um objetivo e objeto de estudo (objeto-área sobre a qual se tomam deci-
sões, na medicina são as doenças por exemplo, na enfermagem é o utente)
Empírico/ Sociopolít
Estético Pessoal Ético
Cientifico ico
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Pessoal: O uso terapêutico do self-eu (crenças). Educação, senso comum. É através do conheci-
mento do próprio self que a pessoa é capaz de conhecer outro ser humano como pessoa-É um
processo dinâmico de tornar-se num todo consciente de si reconhecendo o outro na sua im-
portância e totalidade.
Sociopolítico: Importante dominar este conhecimento, para poder ter uma decisão politica-
mente informada, fazer a defesa dos direitos dos cidadãos (empoderamento da pessoa).
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• Os enfermeiros são o maior grupo profissional da saúde a nível mundial-cerca de 27.9 mi-
lhões
• Apenas um número reduzido de enfermeiras são politicamente ativas
• O número dos que participam está a retroceder
• Questões de género;
• Representação social da profissão-estereótipos;
• Carácter submisso da profissão-visão tradicional e paternalista (sem saber e sem po-
der), subvalorização;
• Identidade profissional; unidade profissional e noção de corpo frágil (respeito pelos pa-
res);
• Desconfiança geral dos enfermeiros relativamente aos políticos e processos políticos;
• As enfermeiras são frequentemente consideradas como apocalípticas;
• Falta de conhecimentos e competências necessários para a participação na política de
saúde;
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Liderança
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Meleis, 2005 afirma que → A perspetiva conceptual adotada pelos enfermeiros influ-
encia todo o processo de cuidados
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Modelos conceptuais
Grandes Teorias
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Paradigma da transformação: não posso olhar por partes para a pessoa, a pessoa é
um todo, só posso ajudar a pessoa na função se eu conhecer o significado que a
pessoa atribui a essas alterações devidas à função.
Metaparadigma
Seres Humanos
Saúde
Ambiente
Enfermagem
Cliente
Transições
Interação
Ambiente
Processo de Enfermagem
Terapêutica de enfermagem
Saúde
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Cliente
Transições
Alguém(uma pessoa,
família ou comunidade)
que é beneficiário de um Ambiente
serviço que é prestado Resultam em
pela enfermagem. modificações nas vidas,
saúde, relações e Relações e Interação
ambientes”. Conceptualizado em
sentido lato, envolvendo Processo de
a família, os grupos e enfermagem
comunidades com quem A enfermagem é um
o cliente interage e as processo de construção
condições de relações,
enfermagem como uma Um método eficiente de
físicas(naturais e organizar os processos
artificiais) e energias, relação e um processo
de interação . de pensamento para a
sob as quais vive e se tomada de decisões
desenvolve. clinicas e resolução de
problemas ao planear
cuidados.
Terapêuticas de enfermagem
Saúde
-“Ações realizadas em resposta a
um diagnostico de enfermagem,
com a finalidade de produzir um É um estado e simultaneamente
resultado” a representação mental sobre a
condição individual, o controlo
-O mesmo é dizer: as do sofrimento, o bem-estar
terapêuticas de enfermagem físico e o conforto emocional e
procuram o sentido e a espiritual.
intencionalidade colocada nas
intervenções de enfermagem
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Espera-se segundo Meleis , que o enfermeiro interaja (interação) com um ser humano em situ-
ação de saúde/doença (cliente de enfermagem), que é parte integrante do seu contexto socio-
cultural (ambiente), e que se encontra em algum tipo de transição ou antecipa uma transição
(transição); as interações enfermeiro-doente são organizadas em torno de algum objetivo (pro-
cesso de enfermagem, resolução de problemas, avaliação holística, ou ações de cuidados), e o
enfermeiro utiliza algumas ações (terapêuticas de enfermagem) para melhorar, criar ou facilitar
a saúde (saúde).
Florence Nighthingale
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Virgínia Henderson:
Escola da interação
Escola do Caring
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Caso clínico:
O enfermeiro não se focou na transição que a família e pessoa estava a viver, não identificou
quias os processos de transição, não ajudou a pessoa a consciencializar-se da situação, não
preparou o regresso a casa,
Focou-se nos processos corporais e no autocuidado e que de alguma maneira pelos indicadores
que segue uma perspetiva de autocuidado de Dorothea orem, centra-se na identificação de
autocuidados, avalia e intervém no sentido de tornar a pessoa independente.
O enfermeiro, deve tomar as suas decisões em conhecimento e movê-lo para a prática, esta
família regressa a casa dependentes no autocuidado porque não foi feito um treinamento, nem
foi percebido se a família. Não foram avaliadas as condições da transição (condições que podem
dificultar ou facilitar), sabendo que tem risco moderado de queda o enfermeiro devia ter
averiguado as condições da casa, não avaliadas as condições sociais (possibilidade de colocar o
pai num centro de dia), não avaliada a relação com os familiares (ajudar a filha a trabalhar com
o marido, caso a solução seja levar o pai para casa), não avaliado o potencial da filha para tomar
conta do pai.
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