• BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, Centro de Documentação e Informação, 1986.
• Leia também o Decreto nº 94.406/1987:
• BRASIL. Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987. Regulamenta a
Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério Do Trabalho E Previdência Social (MTPS), 1987. • Mediante o exposto na lei e no decreto-lei que regulamentam a profissão, o enfermeiro é um profissional que atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. Além disso, deve assistir o paciente dentro de uma visão holística. Essa visão é voltada ao equilíbrio, interação e harmonia de um indivíduo e da coletividade de um todo funcional, ou seja, de todos os aspectos, qualidades e potencialidades que cada um tem. • O enfermeiro como profissional pode realizar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica que exijam conhecimentos de base científica, capacidade de tomar decisões imediatas e participa de várias atividades como integrante da equipe de saúde, como profissional liberal ou trabalhador autônomo e em atendimento domiciliar ou home care. • Para que sua inserção no mercado de trabalho tenha sucesso é muito importante que você, enquanto profissional, utilize todo o seu potencial; o primordial, é claro, é o conhecimento teórico-prático, sem esquecer de outros métodos importantes, que contribuem para a inserção no mercado de trabalho. Alguns desses métodos se referem à conquista do primeiro emprego por meio de: 1. processo seletivo; 2. concursos públicos; 3. indicação de colegas. Portanto, se o maior índice para se conseguir o primeiro emprego é atribuído ao processo seletivo, isso significa que suas habilidades devem ser pautadas no conhecimento e atitude profissional. • Habilidade técnica é diferente de capacidade técnica e, na busca por um profissional qualificado, é possível perceber que em muitos casos ocorre certa confusão entre essas habilidades. É importante que você entenda que a qualidade profissional não está pautada exclusivamente na habilidade técnica, que se refere à destreza e agilidade para a realização de procedimentos, mas na capacidade de integrar e utilizar seus conhecimentos em situações da realidade profissional, levando em consideração a ética e se baseando em evidências científicas • Enquanto profissional você terá de identificar o que deve ser feito, tomar uma decisão e agir. Sua ação definirá todo o processo do desenvolvimento do seu trabalho. Capacidade, habilidade e atitude (C.H.A.) são competências que fazem toda a diferença para um bom desempenho profissional. Com base nessas competências, as instituições têm adotado um sistema de gestão por competências, a fim de identificar e gerir perfis profissionais com o ideograma C.H.A., que proporciona um maior retorno, identificando os pontos de excelência e fortalecendo as oportunidades de melhoria, completando as lacunas e agregando conhecimento. • Atualmente o mercado de trabalho é composto de uma quantidade considerável de enfermeiros, dando a oportunidade para as empresas escolherem os mais capacitados. Diante disso, os empregadores selecionam aqueles com melhor formação e/ou maior experiência profissional. • O cuidado é a principal ação do enfermeiro e é um serviço que deve ser prestado de acordo com os padrões estabelecidos, seguindo a ética. É considerado como prática da enfermagem que deve associar- se ao conhecimento das ciências sociais, comportamentais, biológicas, fisiológicas, das teorias de enfermagem, de valores sociais, autonomia profissional, senso de comprometimento e comunidade, além do conhecimento do código de ética da profissão. • A excelência da prática de enfermagem, a habilidade de interpretar situações clínicas, o raciocínio crítico e a tomada de decisões complexas são os fundamentos da enfermagem, a base do avanço de sua prática e do desenvolvimento da ciência. • A inserção do enfermeiro no mercado de trabalho e sua permanência dependerão do seu profissionalismo e do atendimento aos pré- requisitos da profissão, que são: • 1. a educação extensa dos que a praticam, além de ter fundação liberal; • 2. um corpo teórico de conhecimento que gera habilidades e normas definidas; • 3. fornecer um serviço específico; • 4. autonomia nas tomadas de decisões e na prática; • 5. possui um código de ética para a sua prática. • O enfermeiro deverá desenvolver a prática profissional seguindo determinados padrões, que são: padrões da prática (que descrevem um nível competente de cuidados de enfermagem teórico-técnico- científico, demonstrados pelo modelo de pensamento crítico conhecido como o processo de enfermagem, que é divido em histórico/coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação, evolução/avaliação e prognóstico) e padrões de desempenho (que descrevem o nível de competência e de comportamento no papel profissional). • Responsabilidade e papel profissional – outro pré-requisito para desenvolver a prática profissional: além de prestar cuidado e conforto enquanto completa suas funções específicas, outras responsabilidades expandiram o papel da enfermagem, como a promoção da saúde e a prevenção de doenças, bem como a consideração pelo cliente como um todo. • A autonomia é uma das características dessa responsabilidade, pois existem intervenções de enfermagem independentes que o enfermeiro terá de iniciar sem a prescrição médica. Com o aumento da autonomia, aumenta a responsabilidade, tanto profissional como legal, para o tipo e para a qualidade do cuidado oferecido. É preciso manter-se atualizado e competente no conhecimento científico e nas habilidades técnicas. A responsabilidade e competência do enfermeiro estão designadas às suas funções: assistir, administrar, educar e pesquisar, que são controladas por auditorias pela prática padronizada, envolvendo o enfermeiro como cuidador, como advogado do cliente, como educador, como comunicador e como gerente. • O pensamento crítico é uma habilidade desejável nos enfermeiros e indispensável em estudantes de enfermagem que se deparam cada vez mais com o avanço tecnológico, com complexas questões éticas e legais e com a assistência aos pacientes cada vez mais graves, o que exigirá o uso da interpretação, análise e avaliação. • Ao empregar o pensamento crítico na enfermagem, o profissional terá condições de fazer interpretações precisas das respostas de patologias humanas, de modo que as intervenções sejam as mais apropriadas e que os resultados esperados sejam alcançados. Dessa forma, ele está alicerçado no processo de enfermagem, assim como o método científico de resolução de problemas. O método é então composto pelas seguintes fases: avaliação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. • O pensamento crítico é como um processo de reflexão sobre os meios em que realizamos as nossas ações e ideias, da mesma maneira que os outros, reconhecendo como o contexto transforma comportamentos, assim gerando um resultado com novas formas e alternativas de viver e pensar. Sendo assim, para identificar o pensamento crítico, pode-se considerar as seguintes categorias ou temas: • a) é uma atividade positiva e produtiva; • b) é um processo e não um resultado; • c) a maneira como ele se manifesta varia de acordo com o contexto em que ocorre; • d) pode ser originado tanto por negativos como por positivos Com o pensamento crítico incluso ao processo decisório, a procura por soluções alternativas pede que se utilize a criatividade para o alcance de mudanças. No entanto, é notório que os enfermeiros têm algumas dificuldades em relação à criatividade que podem ser explicadas pelas seguintes razões: • a) menos uso do pensamento imaginativo do que do pensamento crítico; • b) receio de arriscar e medo do desconhecido; • c) falta de vontade ou incapacidade de analisar, objetivamente, as capacidades e as forças dos indivíduos; • d) manutenção de métodos, conformismo, e padrões tradicionais; • e) inabilidade de selecionar de modo repentino as ideias como forma de resolver um problema para mudança. Para que você desenvolva o pensamento crítico, é necessário que trabalhe a humildade intelectual e o questionamento, mesmo em situações emergenciais. • O pensamento crítico inclui: • A reflexão: desenvolvimento da capacidade de observação, crítica, análise, autonomia de ideias e pensamento, para que o profissional se torne agente ativo nas transformações da sociedade, e busque interagir com a realidade, ampliando os horizontes. • A linguagem: emprego de uma linguagem clara e precisa. • A intuição: o sentimento interno de que determinada coisa é de uma dada forma. Na vida profissional, esse sentimento aperfeiçoa-se à medida que esse profissional adquire experiência clínica. • O raciocínio e o aprendizado: aprender a pensar a respeito do estado do paciente e antecipar-se às necessidades dele. Obrigada!!!!