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Ética

- Profa. Laura Antunes -


Justiça social,
equidade e
solidariedade.
Ética da Saúde global

Principais Valores
• A visão de saúde como um bem global significa que ninguém deve ser
excluído de sua posse ou consumo e que sua utilização não deve impedir
que outros a usufruam. Assim, nenhuma pessoa, país ou região deve ser
excluído, e todos devem poder usufruir deste bem. Os principais valores
compreendidos na ética da saúde global são justiça social, equidade e
solidariedade.
Justiça

- Aspecto fundamental no convívio em sociedade

- Valor que aproxima a ética individual e a ética coletiva.

A justiça social no contexto de saúde global diz respeito a um importante aspecto

desta, que é o aporte, a alocação e a distribuição de recursos entre países, sejam eles

humanos, técnicos ou econômicos.


Equidade
• Acesso equitativo à saúde no mundo inteiro

• O principal objetivo da saúde global

• Objetivo: redução de desigualdades

sociais e sanitárias pelo mundo.


Solidariedade
Internacional

Possui um papel fundamental na ética

da saúde global, por intermédio da

assistência e da cooperação entre países.


Considera a reciprocidade e a necessidade das pessoas enquanto seres sociais, que é

justificada pela ética da proximidade. Mesmo que aquele a quem se está ajudando não seja

próximo o suficiente para se valer dessa premissa, o pertencimento à humanidade faz as

pessoas ao redor do mundo se sentirem próximas, e a globalização acaba por aproximar ainda

mais as pessoas por meio de canais de comunicação globais.

Ações de solidariedade em saúde devem ser tratadas de forma horizontal, sem que

haja relações dominantes e de forma a respeitar a cultura dos países envolvidos.


Ética na
Prática Clínica
• Com os avanços da sociedade
em relação à medicina, a
tecnologias biomédicas e a
novos tratamentos, surge a
necessidade de se pensar sobre a
ética médica, ética em saúde, ou
bioética.
• Reich -- Enciclopédia de Bioética:

“Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais – incluindo visão

moral, decisões, conduta e políticas – das ciências da vida e atenção à

saúde, utilizando uma variedade de metodologias é ticas em um cenário

interdisciplinar [...]”
Atualmente

• A bioética é uma área que cuida de questões


éticas que dizem respeito ao início e ao fim da
vida humana (métodos de fecundação,
engenharia genética e formas de eutanásia),
bem como temas referentes a transplante de
órgãos e pesquisas com seres humanos.
Atendimento
Clínico

• Alguns princípios para um


atendimento ético:

- Respeito à autonomia
- Beneficência
- Não maleficência
- Justiça.
• O profissional de saúde
poderá se deparar com
diversos conflitos éticos na
prática de sua profissão,
porém, aplicando estes
citados acima e agindo de
acordo com o código de ética
de sua profissão, ele será
capaz de resolver tais
questões.
Moral

Regula o

comportamento

humano na vivência

e interação com

os outros.
Moral

- O ser humano não nasce pronto e vai fazendo sua história, assim como a

moral também segue a historicidade.

- A moral não é universal, cada sociedade e cultura institui uma moral com seus
valores relativos ao bem e ao mal, à conduta correta e comportamentos
permitidos ou proibitivos para seus integrantes.
Em culturas com diferenças muito

profundas e sociedades fortemente

hierarquizadas podem possuir várias

morais, segmentando os valores

conforme as classes sociais vigentes.


À medida que mais pessoas aceitam determinado ato ético ele

poderá se tornar coletivo e virará uma representação moral.


“[...] a moral procura responder à pergunta:

como havemos de viver? a ética (meta normativa

ou meta ética) defronta-se com a questão:

porque havemos de viver segundo

x ou y modo de viver?”
ÉTICA – Conduta do profissional Psicólogo
• RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05

- Aprova o Código de Ética.

• R E S OLV E:

-Art. 1º - Aprovar o Código de Ética

Profissional do Psicólogo.

-Art. 2º - A presente Resolução entrará

em vigor no dia 27 de agosto de 2005.

Profissional do Psicólogo.
• Toda profissão define-se a partir de
um corpo de práticas que busca
atender demandas sociais, norteado
por elevados padrões técnicos e pela
existência de normas éticas que
garantam a adequada relação de
cada profissional com seus pares e
com a sociedade como um todo.
• Um Código de Ética profissional, ao
estabelecer padrões esperados quanto às
práticas referendadas pela respectiva
categoria profissional e pela sociedade,
procura fomentar a auto-reflexão exigida
de cada indivíduo acerca da sua práxis, de
modo a responsabilizá-lo, pessoal e
coletivamente, por ações e suas
consequências no exercício profissional.
• A missão primordial de um código de
ética profissional não é de normatizar
a natureza técnica do trabalho, e, sim, a
de assegurar, dentro de valores relevantes
para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta
que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.
• Por constituir a expressão de valores universais,
tais como os constantes na Declaração Universal
dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que
refletem a realidade do país; e de valores que
estruturam uma profissão, um código de ética
não pode ser visto como um conjunto fixo de
normas e imutável no tempo.
Psicologia

• A formulação deste Código de Ética, o


terceiro da profissão de psicólogo no
Brasil, responde ao contexto organizativo
dos psicólogos, ao momento do país e ao
estágio de desenvolvimento da Psicologia
enquanto campo científico e profissional.
Construção

• Este Código de Ética pautou-se


pelo princípio geral de aproximar-
se mais de um instrumento de
reflexão do que de um conjunto
de normas a serem seguidas pelo
psicólogo.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
• I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

• II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das


pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade

social, analisando crítica e historicamente.

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por


meio do contínuo aprimoramento profissional,
contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
como campo científico de conhecimento e de
prática. a realidade política, econômica, social e
cultural.
• V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população
às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões
éticos da profissão.

• VI. O psicólogo zelará para que o exercício

profissional seja efetuado com dignidade,

rejeitando situações em que a Psicologia

esteja sendo aviltada.


• VII. O psicólogo considerará as
relações de poder nos contextos
em que atua e os impactos dessas
relações sobre as suas atividades
profissionais, posicionando-se
de forma crítica e em
consonância com os demais
princípios deste Código.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos
dispositivos legais ou regimentais:

a) Advertência;

b) Multa;

c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad

referendum do Conselho Federal de Psicologia.

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal

de Psicologia.
"Em processos que chegam à Comissão de Ética, percebemos que há alguns
psicólogos que desrespeitam os princípios éticos da profissão em nome da
relação hierárquica da instituição na qual trabalha", revela a presidente da
Comissão de Ética do CRP SP, Patrícia Garcia. A orientação dela é para que na
dúvida, o profissional tome a atitude conforme determina o Código de Ética.
"O psicólogo pode e deve se recusar a cumprir toda e qualquer ordem superior
que fira a ética da categoria, posicionando-se, inclusive, com o respaldo do
Código de Ética da Profissão".

PSI - Jornal - Edição 148 - Questões éticas (crpsp.org.br)


Para aprender...

• Em seu trabalho no Hospital do Coração, em São Paulo, a psicóloga Sílvia Cury


Ismael, lida com situações onde a Bioética está presente, como pacientes que
recusam tratamento. Ela é coordenadora do Serviço de Psicologia do HCor e
coordenadora do Programa de Controle do Fumo do HCor. "Houve um caso em
que as questões da Bioética fi caram bastante evidentes", relata Silvia. "Era um
paciente que havia sido operado e retornara após alguns anos com um quadro
físico deteriorado, insufi ciência cardíaca e um problema renal grave".
• O diagnóstico médico indicava diálise, mas o paciente, apesar de estar informado sobre
seu quadro, não queria fazer o tratamento. Suas filhas, entretanto, queriam que ele fi
zesse a diálise e perguntaram a opinião de Sílvia. "Expliquei que eu havia conversado
com ele; que estava perfeitamente consciente, não queria fazer diálise e desejava ir para
casa", conta a psicóloga. A diálise acabou sendo feita porque os médicos consideraram
que, além de ser o tratamento indicado, problemas renais podem deixar a pessoa em
confusão mental. O paciente morreu pouco tempo depois. "Para mim ficou a impressão
de uma situação muito agressiva", diz Sílvia, "porque o paciente havia deixado muito
clara sua decisão".
• Para Sílvia, os psicólogos não devem simplesmente aceitar decisões técnicas, sem
considerar o paciente em primeiro lugar e as consequências do ponto de vista da
Bioética. "O psicólogo não convence ninguém a fazer nada, a gente conversa,
compreende o problema, avalia a situação e conscientiza o paciente da melhor
forma possível das consequências, mas a decisão é dele, com todos as
responsabilidades que ela implica."
ÉTICA E PSICOLOGIA
ALGUNS PROBLEMAS ÉTICOS QUE
ENVOLVEM A PSICOLOGIA

Psicólogos vivem em seu cotidiano, inúmeras situações que os colocam


diante da problemática da moral:

Psicologia Jurídica, eutanásia, transplante de órgãos, fertilização → falta de


modelos éticos a serem seguidos → medo e insegurança.
Como os psicólogos
devem se posicionar
diante dos inúmeros
problemas éticos
vivenciados por eles
enquanto cidadãos e
profissionais?
A Teoria...

o Deve se articular com a prática

→ o que isso significa?

o Traz embutida uma dimensão ética.


• Não existe prática psicológica
neutra.

O que isso significa?


Ao escolher as “ferramentas”
teóricas, técnicas e
metodológicas, os psicólogos
definem seu compromissos
ético e moral → contribuição
para a autonomia do sujeito.
• Indivíduo que não se submete ao desejo do
outro;

• Tem condições de escolher o caminho mais


adequado para o seu bem-estar.
A Psicologia e os Direitos Humanos

- Direitos Humanos

• Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada em


10/12/1948, após a II Guerra Mundial;

• Sociedade passa a responsabilizar os governos pelos sofrimentos e


crimes a que os indivíduos são acometidos e submetidos;
• Objetivos: compromisso
com a liberdade da pessoa,
respeito à sua dignidade,
igualdade de direitos e defesa
da justiça e da paz mundial
Como podemos relacionar a prática da
Psicologia com a Declaração Universal
dos Direitos Humanos?
Cecília Coimbra (2000):

“Quanto aos psicólogos (...) não lhes é permitido


acomodar-se diante da violência contra os
Direitos Humanos e, muito menos, usar seu saber
e suas ferramentas profissionais para levar os
indivíduos a se acomodarem diante de seu
sofrimento físico e mental”.
Como podemos relacionar a
ética com a prática da
Psicologia?
• Profissão:

- Exercício continuado de uma tarefa que tem em vista atender aos


interesses de outra pessoa

- Pressupõe competência teórica e técnica → busca de atualização e


reconhecimento dos próprios limites: eu tenho condições de fazer/realizar
determinada tarefa?
- Capacidade emocional e postura ética;

- Deve agir sabendo o porquê, a quem serve, o que pretende atingir,


quais as consequências do seu fazer, reflexão sobre a sua prática;

- Importância da escolha consciente da profissão → prazer, forma de realização


• A escolha por
determinada profissão
anuncia seu
compromisso e
comprometimento a
exercer essa profissão
na sociedade.
O que significa ética
profissional?
Passos (2007):

“É uma postura humana diante da vida e do


mundo, embora seja explicitada por meio
de valores que orientam a conduta das
pessoas que desenvolvem uma
determinada profissão”
O que se espera de um profissional?
Em qualquer área profissional deve haver um compromisso com os
interesses e as necessidades sociais → os profissionais fazem parte
da sociedade → são pessoas dotadas de razão e discernimento que
devem agir com autonomia e responsabilidade.
* Um fazer sério e comprometido
→ comportamento moral;

* Sigilo → é diferente de omissão;


- Competência → formação como processo continuado;

- O avanço científico e tecnológico deve ser incorporado à


prática de maneira cuidadosa e criteriosa.
REFERÊNCIAS:
Passos, E. Ética
e Psicologia-
Cap III.
teoria e
prática.Vetor
Editora
Psicologia clínica e a dimensão ética

• Problemas que podem ferir os valores e convicções


do TERAPEUTA.

• Atitude crítica e de julgamento x respeito, zelo e


cuidado.

• A atitude ética acertada seria trabalhar para que


houvesse a compreensão da situação e sua superação,
de forma mais livre, autônoma e portanto, saudável.
Psicologia clínica e a dimensão ética

• Desafio: saber ouvir e acolher, mantendo postura profissional adequada, qual


seja, a de não confundir suas questões pessoais com aquelas da pessoa atendida.

• Tripé:

- estudos teóricos.

- treinamento no exercício prático mediante supervisões.

- trabalho sobre a própria subjetividade (psicoterapia).


RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O PREPARO DOS
PROFISSIONAIS E DOS ESPAÇOS DE CUIDADO ONLINE
Segurança
PRÁTICAS MEDIADAS POR COMPUTADOR

• Com o desenvolvimento tecnológico, uma nova forma de atendimento


psicológico também necessitou de regulamentação: as modalidades de
atendimento mediadas por computador. Na década passada, a Psicoterapia
Mediada por Computador constituía-se em uma outra prática não
reconhecida na Psicologia.
• O psicólogo, quando prestar serviços
utilizando-se da internet ou similar,
deverá identificar-se por meio de uma
credencial de autenticação eletrônica,
apresentando um número de cadastro
com hiperlink, selo ou equivalente
conferido pelo CFP, que trarão a
identificação do período de concessão
para o trabalho.
A Resolução CFP 011/2012 resolve:

• Art.1º- São reconhecidos os seguintes serviços psicológicos realizados por meios


tecnológicos de comunicação à distância, desde que pontuais, informativos,
focados no tema proposto e que não firam o disposto no Código de Ética
Profissional do Psicólogo a esta resolução:

• I- Orientações psicológicas de diferentes tipos, entendendo-se por orientação o


atendimento realizado até em 20 encontros em contatos virtuais, síncronos ou
assíncronos;
• II- Os processos prévios de Seleção de Pessoal;

• III- Aplicação de Testes devidamente regulamentados por resolução pertinente;

• IV- A supervisão do trabalho de psicólogos, realizada de forma eventual ou complementar ao


processo de sua formação profissional presencial.

• V- O atendimento eventual de clientes em trânsito e/ou de clientes que momentaneamente se


encontrem impossibilitados de comparecer ao atendimento presencial.

• Parágrafo Único: Em quaisquer modalidades destes serviços, o psicólogo está obrigado a


especificar quais são os recursos tecnológicos utilizados para garantir o sigilo das informações e
esclarecer o cliente sobre isso.

(Para ver na íntegra a Resolução Nº 011 /12 Acessar o site do CFP).


O psicólogo no atendimento remoto

A migração para o atendimento remoto

exige adequações da prática do

psicólogo para o atendimento.


Atendimento SMAPS via tecnologias de
informação e comunicação

Deve seguir o código de ética das categorias profissionais, informações


dos conselhos profissionais e autoridades sanitárias.
Psicólogos: informações práticas

• A prestação de serviços psicológicos por


meio de tecnologias da informação e da
comunicação é regulamentada pela
Resolução do Conselho Federal de
Psicologia (CFP nº 011/2018).
O equipamento
• Assegurar as condições técnicas dos telefones/computadores ou outros
instrumentos de comunicação.

• Desligar as notificações e alertas de mensagens.

• Caso use um laptop, colocar o equipamento em uma superfície plana.

• Criar estratégias caso a internet pare de funcionar.

• Estimular o uso de fones de ouvido para a comunicação.


Segurança

• Manter o programa de antivírus do seu aparelho atualizado para garantir a


segurança dos dados.

• As normas do código de ética são as mesmas para o atendimento remoto,


sendo assim, deve-se redobrar os cuidados para preservar o sigilo dos
atendimentos, que não podem ser gravados, tampouco repassados a terceiros.
Local de atendimento do psicólogo
• Criar um espaço para condução da psicoterapia ou atenção psicossocial, adaptando o ambiente
físico, assegurando a privacidade e evitando ruídos ou outras perturbações durante a chamada.

• Em ligações de vídeo, o profissional deve estar posicionado a frente e ao centro da


câmera/tela.

• Manter maior contato visual do que o necessário em sessões presenciais.

• Procure um cenário de fundo que seja adequado.

• Procure utilizar sempre o mesmo local para a realização das sessões, criando um espaço de
estabilidade e regularidade dos atendimentos. Iluminação – espaço bem iluminado
independentemente da hora do dia. A luz natural é preferível quando possível.
Comunicação
• Definir desde o começo quais os meios de comunicação serão utilizados para os
atendimentos.

• O psicólogo deve identificar e orientar claramente quais serão as plataformas


utilizadas em caso de emergência, bem como o tempo de resposta previsto.

• Escolher aplicativos que sejam protegidos por senha e com mensagens


criptografadas.
Violência

• Providenciar o acesso de mulheres,


crianças, idosos e outros grupos de
maior vulnerabilidade a serviços de
apoio e proteção psicossocial,
especialmente os que estão em
situação de violência ou que
possam estar em risco de violência.
Técnicas terapêuticas

• Realizar a adaptação de técnicas terapêuticas presenciais baseadas em


evidências científicas para uso durante o atendimento remoto, como por
exemplo técnicas de manejo de estresse.

• A utilização de instrumentos psicológicos para avaliação psicológica deve


atender a legislação específica do Sistema de Avaliação de Testes
Psicológicos (SATEPSI-CFP)
Prontuário
• Todos os serviços oferecidos online
devem ser mantidos na forma de
registro documental/prontuário,
com as devidas fundamentações nos
termos das Resoluções CFP 01/2009
e CFP 05/2010 ou legislação vigente.

• Não se configura como prontuário a


gravação dos atendimentos.
• Orientar a pessoa para o atendimento
remoto. O atendimento remoto exige que a
pessoa assuma um papel mais ativo e
cooperativo no processo de tratamento do
que seria no caso presencial.
• A pessoa que será atendida deve
procurar um local que possa ser
garantida a privacidade e o sigilo.

• Evitar ter distrações como: animais,


crianças, fumar, comer durante as
sessões etc.

• Orientar a desligar as notificações e


alertas de mensagens.

• Procurar deixar o espaço confortável,


se possível com lenços de papel e
água.
• Normalizar quaisquer dificuldades
técnicas que possam aparecer e
pensar em alternativas possíveis.

• Em caso de ligação de vídeo é


recomendável o uso de fones de
ouvido para reduzir o barulho e
garantir a segurança sobre o que é
falado.

• Orientar que pacientes não usem


computadores de acesso coletivo,
que coloquem senha nos aplicativos
e nos aparelhos onde serão feitos
os atendimentos.
Recursos.

• Perceber quais os recursos imediatos presentes no espaço. Se a pessoa está por


exemplo em casa, em quarentena, isolamento, etc.

• Identificar recursos internos da pessoa que a ajudem relaxar ou que já tenha usado
em situações de crise anterior.

• Reforçar as orientações de autocuidado.


Casos graves.

• Avaliar os possíveis riscos para a saúde física e psicológica.

• Realizar encaminhamento para cuidado especializado imediato, caso seja necessário.


Para tanto é fundamental que o profissional se informe sobre os tipos de apoio
disponíveis (redes de atenção psicossocial, comunitária, etc) e o funcionamento desses
serviços no estado/município em que o profissional da saúde mora e/ou trabalha.
Seguindo os cuidados...
• É recomendável preparar uma lista com nomes dos serviços, telefone e
endereço logo nas primeiras sessões de atendimento remoto, estando assim
preparado para possíveis encaminhamentos de urgência.

• Realizar um contrato verbal sobre planos de contingência caso seja avaliada


situação de risco, como, por exemplo, histórico de tentativas prévias de suicídio
ou ideação suicida.
• Estabelecer a rede de apoio da pessoa e com quem
o psicólogo entrará em contato (vizinho, familiares,
etc), testar estes números de telefone após
autorização do paciente.

• Não deixar de contatar a pessoa depois de realizar o


encaminhamento.
Informação.
• Transmitir informação de forma correta,
clara e compreensível de acordo com as
necessidades e estado emocional da
pessoa.

• É importante manter-se atualizado e


bem informado visando dar suporte
para que a pessoa consiga fazer escolhas
para a resolução de problemas.
Tempo

Controlar o tempo
da chamada
Particularidades do
atendimento remoto pelo
telefone
Durante a chamada é
preciso:

- Manter um tom de voz amigável


e calmo, falar pausadamente,
com convicção, dar instruções
caso necessário

- Facilitar a comunicação e
encorajar a expressão de emoções,
sentimentos e pensamentos
• Perceber como a pessoa está
falando para reconhecer o que
não está sendo diretamente
expresso por meio das
palavras.

• Prestar atenção ao tom de voz,


velocidade, respiração, pausas
na fala, etc.

• Respeitar o silêncio, mas


também saber quando
interrompê-lo.

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