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O filme “Tempo de Despertar” é um filme maravilhoso, ele nos coloca um freio sabe aquilo
que te faz parar pra pensar e nos leva inicialmente a duas reflexões: a primeira, sobre a
importância de “despertar” para novas experiências e viver a vida como se cada dia fosse
o último; a segunda, sobre o quão importante é lembrar que os pacientes, por mais
“silenciosos” ou “adormecidos” que estejam, são seres humanos carentes de atenção, que
sofrem por não conseguirem se fazer compreender ou por não identificarem mais em si a
pessoa que foram.
Todos nós temos uma ideia clara de em que ponto do tempo de nossa vida estamos,
vivemos uma vida de forma linear onde tudo dos nossos padrões e conveniências morais
que nos são impostas pela sociedade nos dá certeza de um controle absoluto sobre nosso
futuro e destino e nela caminhamos de forma ordenada, contando os anos e os dividindo
em meses, dias, horas, minutos e segundos. E nessa caminhada única certeza que temos,
dentre as quais que todos envelheceremos de forma mais ou menos gradual, essa outra
reflexão que o filme nos trás a finitude do tempo o quão nos damos conta disso.
Como seria então viver congelado no tempo como se os anos passassem sem que fossem
captados pela percepção? Como seria viver preso em si mesmo? Seria possível um
despertar súbito após longas décadas de paralisia? E como estaria o mundo deixado por
nós no passado, como ele estaria nesse momento do despertar para esse presente,
evoluído mas será que melhor? De onde tiraríamos forças para lutar por nós mesmos?
Me fiz todas essas perguntas e muitas outras, olhando para dentro de mim como pessoa
e também como profissional da área da psicologia como acolher esses pacientes nesse
despertar, como conduzi-los nesse caminho de renascimento e descobertas.
No ano de 1969, quando a L-DOPA, uma droga experimental, passou a ser um pouco mais
em conta, Sayer e sua equipe passou a ministrá-la a esse grupo de pacientes. Paralisados
desde a década de 20 (ou até mesmo antes) e, em grande parte, tendo sido atingidos pela
moléstia ainda na juventude
Durante os relatos de Sayer fica muito claro que fatores emocionais, ou seja, relações
humanas foram cruciais para determinar o maior ou menor sucesso da medicação nos
pacientes. Muitos se agarraram ternamente aos que lhes eram queridos: pais, irmãos e
filhos. Outros se entregaram desalentados ao perceberem que não tinha restado ninguém.
Então concluo que a conduta incrivelmente ética, empática e humana do Dr. Sayer nos diz
como esse tipo de tratamento faz total diferença no trato com o paciente mesmo que isso
não significa a cura, mas o olhar dele por aqueles que estavam esquecidos totalmente pela
sociedade trouxe uma experiencia única para eles de despertar para a vida, para viver o
tempo que lhes era permitido sem perder tempo e nos deixando uma lição de que temos
que viver por tudo é finito e o tempo não volta,
FRASE DO FILME
“MAS A REALIDADE É QUE NÃO SABEMOS O QUE DEU CERTO OU QUE DEU
ERRADO, O QUE SABEMOS QUE COM FECHAR DA JANELA QUIMICA OUTRO
DESPERTAR ACONTECEU QUE O ESPIRITO HUMANO É MAIS FORTE QUE
QUALQUER DROGA E ISSO QUE PRECISA SER ALIMENTADO”