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Prezado aluno,
O curso de Saúde mental tem o objetivo de apresentar em suas unidades o que é, como
identificar e obter estratégias de saúde mental na Atenção Primária. Para tanto foi organizado
um espaço como este contendo vários recursos de aprendizagem que auxiliem no
entendimento do aluno ao longo do conteúdo.
Esperamos que consiga aproveitar ao máximo todas as informações aqui passadas e que o
trabalho nessa área seja cada vez mais eficiente.
Bons estudos!
Objetivos de Aprendizagem:
Após um longo processo de luta, o movimento brasileiro culminou com o que ficou
conhecido como Reforma Psiquiátrica no Brasil, com a promulgação em 2001 da
Lei nº 10216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, no qual o usuário
deve ser tratado preferencialmente em serviços comunitários de saúde mental e a internação,
em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se
mostrarem insuficientes (Brasil, 2001).
Vários avanços foram conquistados desde então, com a instituição de diversos serviços
voltados para assistência à saúde mental como os Centros de Atenção Psicossocial, Serviços
Residenciais Terapêuticos e o Programa de Volta para Casa, para pessoas com longo histórico
de internação hospitalar e o Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares
(PNASH/Psiquiatria), que estabeleceu normas e diretrizes para a internação hospitalar em
psiquiatria.
O primeiro CAPS do Brasil foi criado em 1987, na cidade de São Paulo e em março de
2017 houve a comemoração dos 30 anos do serviço. O serviço recebe o nome de “CAPS Prof.
Luis da Rocha Cerqueira, sendo mais conhecido como CAPS Itapeva. Em 1991, surgiu o primeiro
CAPS do estado do Ceará no município de Iguatu.
Em 1989 foram criados, em Santos, os Núcleos de Apoio Psicossocial (NAPS), com
atenção 24 horas, posteriormente denominados de CAPS III. Há 2.241 Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) no Brasil, dos quais 384 são especializados no atendimento em álcool e
drogas (CAPS AD), segundo dados do Ministério da Saúde (BRASIL, 2015).
CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias;
indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes;
CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo também
atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas,
conforme a organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com população
acima de setenta mil habitantes;
CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona serviços
de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de
semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde
mental, inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões com população acima de
duzentos mil habitantes;
CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto
da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou
regiões com população acima de setenta mil habitantes;
CAPS AD III: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contínuos.
Serviço com no máximo doze leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24
horas, incluindo feriados e finais de semana; indicado para Municípios ou regiões com
população acima de duzentos mil habitantes; e
CAPS i: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes e os que
fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço aberto e de caráter comunitário indicado
para municípios ou regiões com população acima de cento e cinquenta mil habitantes.
Link do PDF:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/conheca_raps_rede_atencao_psico
ssocial.pdf
http://www.scielo.br/pdf/icse/v22n66/1414-3283-icse-1807-576220170473.pdf
http://www.scielo.br/pdf/icse/v22n66/1414-3283-icse-1807-576220170473.pdf
Práticas Integrativas e Complementares (PICs)
A equipe de profissionais das PICs deverá atua em parceria com os profissionais das
respectivas equipes de Saúde da Família, nos territórios sob responsabilidade destas últimas,
compartilhando suas práticas em saúde com todos os níveis de atenção e promovendo assim a
integralidade na estratégia (SENAD, 2014). Como implantar os serviços de PICS? acesso o link:
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares
Acesso ao link:
http://www.lex.com.br/legis_27357131_PORTARIA_N_849_DE_27_DE_MARCO_DE_2017.aspx
Objetivo: Conhecer e compreender termos básicos no que tange ao tema da Saúde Mental,
aplicando-os no diagnóstico e no tratamento de algumas síndromes clínicas.
Saúde Mental
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde mental não é apenas a
ausência de transtornos mentais, é definida como um completo estado de bem-estar, no qual o
indivíduo tem consciência de seu potencial, consegue lidar com os problemas do dia a dia,
pode trabalhar produtivamente e está apto a contribuir com sua comunidade. Ressalte-se,
ainda, que não existe definição oficial de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos
subjetivos e outras teorias afetam o modo como a saúde mental é definida (WHO, 2007).
Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou
emocional, podendo ser considerada como um estado mental sadio. Ademais, pode incluir a
capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre suas atividades e
esforços para atingir objetivos pessoais (WHO, 2007).
Objetivos de Aprendizagem:
Transtornos Mentais
Admite-se que o conceito de saúde mental é mais amplo do que a ausência de transtornos
mentais. Assim, classificar uma mente como saudável, se é que essa qualidade de mente
realmente existe, não é tarefa simples. Trata-se de conceito extremamente complexo,
permeado por questões ideológicas, políticas, sociais, culturais, entre outras, uma vez que em
cada tempo e espaço os indivíduos foram classificados como mais ou menos normais, de
acordo com os padrões vigentes. “Existia um médico que considerava que normal era alguém
que não foi devidamente examinado” (AMARANTE, 2007; WAGNER, 2006).
Objetivo: Saber diferenciar a depressão de outras condições clínicas, patológicas ou não, além
de adquirir expertise mínima quanto ao diagnóstico e ao tratamento mais
adequado/conveniente para a depressão de acordo com a apresentação clínica de cada
paciente.
Entendendo o problema
Objetivo: Saber diferenciar a depressão de outras condições clínicas, patológicas ou não, além
de adquirir expertise mínima quanto ao diagnóstico e ao tratamento mais
adequado/conveniente para a depressão de acordo com a apresentação clínica de cada
paciente.
Contextualizando
Em uma sociedade com tantas cobranças, tornam-se cada vez mais comuns problemas
relacionados à ansiedade com prejuízos individuais e coletivos, como doenças orgânicas,
transtornos mentais, faltas no trabalho, baixo desempenho acadêmico e ocupacional, etc. Em
muitas pesquisas, os transtornos ansiosos aparecem como o grupo de transtornos mentais
mais prevalentes na população.
Ansiedade é um estado de emoção normal e experimentado por todas as pessoas. Ela costuma
se manifestar em situações de perigo ou diante de eventos negativos da vida (perda de entes
queridos, demissão, adoecimento, situações de abandono, etc.),
funcionando como um alerta para a adoção das medidas
necessárias para resolver a situação. Assim, a ansiedade é uma
reação fisiológica essencial para a adaptação do indivíduo a novas
situações.
A ansiedade se torna patológica quando surge na ausência de um
estímulo externo ou representa uma resposta desproporcional a
este com intensidade, frequência e duração aumentadas, causando
sofrimento e prejuízo funcional. Nesses casos é descrita como uma
emoção desagradável, geralmente associada a diferentes sintomas
físicos.
A ansiedade pode ser desencadeada diretamente por um ou mais agentes estressores
específicos e costuma cessar após o término destes. Nesses casos, a pessoa não apresenta
queixas prévias à ocorrência do evento. Então, tende-se a pensar em uma reação ou transtorno
de ajustamento. Para isso deve-se antes excluir outros possíveis diagnósticos.
Intoxicação ou abstinência de substâncias psicoativas bem como doenças neurológicas
(neoplasias cerebrais, TCE, AVE, etc.) e condições sistêmicas (LES, endocrinopatias, uremia,
hipoglicemia, intoxicações, etc.) devem ser sempre cogitadas e descartadas em casos de
ansiedade aguda e em grande intensidade.
Depressão-ansiosa
"Na verdade, mais de 50% das pessoas atendidas na APS têm sofrimento emocional
significativo, a maior parte com intensidade grave o suficiente para ser considerada um
transtorno mental. Este transtorno será muito provavelmente um quadro de depressão-
ansiosa", diz, lembrando que "o fato de os pacientes apresentarem depressão associada à
ansiedade agrava o prognóstico".
Explicar o problema e garantir a existência de tratamento para as crises e o transtorno,
assim, como um bom relacionamento médico-paciente é fundamental. Durante as crises, pode-
se inicialmente recorrer a técnicas de respiração e/ou práticas de relaxamento, se não houver
melhora dos sintomas pode-se fazer uso de ansiolíticos.
Os pacientes devem ser tratados com uma combinação de farmacoterapia e
psicoterapia. Dentre as medicações, usam-se os antidepressivos. Elas devem ser iniciadas e
progredidas de forma semelhante ao que se faz na depressão. Costuma-se tentar retirar a
medicação após um ano em que o paciente se mantém sem crises. Após o tratamento, 30%
apresentam remissão do quadro; 40-50%, melhora parcial (redução importante da frequência,
mas ainda sintomáticos); e 20-30% referem sintomas iguais ou levemente piores.
Objetivos de Aprendizagem:
Contextualizando
Na atenção primária, é comum a lida com pacientes com queixas clínicas cujos diagnósticos
não se conseguem estabelecer apesar de exaustiva investigação. Muitos desses sintomas
podem ser secundários a transtornos mentais, sendo originados ou potencializados por
conflitos psíquicos conscientes ou inconscientes. Geralmente, esses pacientes se destacam por
uma difícil relação médico-paciente, menor adesão ao tratamento e pior resposta terapêutica.
Grande parte das manifestações orgânicas de conflitos psíquicos se dá inconscientemente.
Conversão: Quando o estressor psíquico traz sintomas neurológicos, sensoriais e/ou motores
voluntários, chamamos esse processo de conversão. Ex: cegueira e mutismo, paralisia e/ou
anestesia súbitos de um ou mais membros, etc.
Objetivos de Aprendizagem:
Tolerância: À medida que o uso se intensifica, podem ocorrer alterações no SNC de modo que
a dose da substância que fazia determinado efeito passa a não mais a mesma resposta,
necessitando de doses cada vez maiores para obter o prazer desejado (tolerância).
Síndrome de abstinência: Nessa fase, uma tentativa de cessação ou redução abrupta da dose
causar uma série de efeitos físicos, psicológicos e comportamentais específicos para cada
substância (síndrome de abstinência).
Fissura: A fissura, desejo forte e agudo de usar a droga, é cada vez mais intensa e frequente.
Passa a consumir a droga em locais não apropriados, a qualquer momento (tanto faz ser final-
se-semana ou dia comum) e sem motivo. Dessa forma, pode passar a negligenciar outros
interesses e prazeres não associados à droga. Muito tempo passa a ser gasto para obtenção,
utilização e recuperação dos efeitos da droga. Nesse estágio, os prejuízos sociais e individuais
do uso da substância são bem evidentes.
Estágio pré-contemplativo: Quando o paciente sequer cogita o tratamento, muitas vezes nem
admitindo um problema e atenua suas possíveis consequências, dizemos que está em estágio
pré-contemplativo.
Entrevista motivacional: Nesses casos, procura-se fazer o paciente refletir sobre seu padrão
de consumo de drogas e suas consequências pessoais, profissionais e sociais (entrevista
motivacional).
Estágio da ação: No estágio da ação, algum tratamento (medicamentoso ou não) já foi iniciado.
Resta ao profissional apoiar e enfatizar conquistas, além de identificar e procurar solucionar
possíveis dificuldades.
Objetivos de Aprendizagem:
Ações de saúde mental: As gestões municipais precisam expandir as ações de saúde mental
na Estratégia Saúde da Família, criando diretrizes para orientar os profissionais na efetiva
integração da área da saúde mental com o restante da saúde geral, ofertando ações ampliadas
de tratamento, criando instrumentos de avaliação de risco e vulnerabilidade dos usuários;
promovendo condições técnicas e políticas, que estimulem a implantação dessas ações,
priorizando a contratação de profissionais capacitados para realizar o matriciamento em saúde
mental; e articulando políticas intersetoriais no território, utilizando o contexto comunitário
para lidar com os determinantes sociais do sofrimento psíquico dos usuários.
Profissionais: É necessário contratar profissionais para qualificar e fortalecer o apoio matricial
e melhorar a integração da rede de saúde.
Destaca-se que para promover a organização da assistência em saúde mental nas UAPS,
é preciso implantar avaliações de risco e dispositivos de intervenção oportunos, o que ainda
poderia ajudar a melhorar a adesão aos tratamentos. O apoio matricial mostra-se capaz de
promover a integração da equipe de saúde mental à equipe de saúde da família, auxiliando
também na articulação da rede de serviços de saúde quando adequadamente expandida e
implantada. Para tanto, propõe-se o projeto de intervenção a seguir como forma de promover
saúde mental, prevenir transtornos mentais e facilitar o acesso de usuários em sofrimento
psíquico aos serviços de saúde (TAVARES, 2016).
A estratégia de intervenção tem como alvo a rede de poder e o jogo de interesses que
se fazem presentes no campo da investigação, colocando em análise os efeitos das práticas no
cotidiano institucional, desconstruindo territórios e facultando a criação das novas práticas
(ROCHA, 2003). Os procedimentos da intervenção estão estruturados a seguir, detalhando-se
as ações a serem realizadas:
Avaliação: Uma vez levantada uma quantidade mínima de cadastros terá início a
avaliação desta fase do projeto. A avaliação será realizada pela equipe de Saúde da
Família, com o apoio da equipe matricial. Esta avaliação tem como objetivo nortear
a organização do atendimento, baseado nos princípios do sistema único de saúde,
principalmente os da universalidade e equidade.
Com base nas informações dos cadastros, será definido a que grupo o paciente pertence
(pessoa com transtornos mentais severos e persistentes, de transtornos mentais comuns,
transtornos neurológicos, sofrimento psíquico, uso problemático de álcool ou outras
substâncias, dependente de benzodiazepínicos, egresso de internações psiquiátricas, entre
outros) e o grau de gravidade do problema, observando-se o uso de medicação psicotrópica e a
rede social de apoio de que o mesmo dispõe. A partir de uma classificação de risco e
vulnerabilidade, será possível definir a cronologia e os tipos de atendimento a que esse usuário
poderá ser submetido: atendimento individual e/ou em grupo com médico e/ou enfermeiro da
equipe de Saúde da Família, visita domiciliar com abordagem familiar, interconsulta com a
equipe matricial ou referência para serviço secundário ou terciário.
A avaliação dos cadastros será útil também para o levantamento do perfil de saúde mental da
comunidade estudada, identificando os principais problemas para melhor abordá-los através
de atividades comunitárias, sessões educativas, entre outros.
Para que os CAPS possam realizar aquilo a que são propostos, é necessário desafogar
seus ambulatórios. Percebe-se hoje que estes dispositivos realizam praticamente apenas
atendimentos individuais, especialmente por médicos psiquiatras.
Os psiquiatras matriciadores, assim como os psicólogos e outros profissionais não
médicos dos NASF, podem realizar ambulatórios em policlínicas, CAPS ou nas próprias ESF
(quando não houver médico na unidade, por exemplo), de modo que possam oferecer
assistência a usuários que demandem atendimento individual. Os próprios profissionais
encaminharam os pacientes para seus ambulatórios, evitando a empurroterapia por
profissionais pouco comprometidos com seu trabalho.
Para melhor organização das referências, sugere-se que cada psiquiatra seja vinculado a
um determinado território do município. Desta forma, esse psiquiatra seria matriciador das
UAPS desse território, e ele mesmo encaminharia os casos que julgasse necessário para os
demais serviços da rede de atenção psicossocial.
Realização de educação voltada à saúde mental, trabalhando mitos, crenças populares e
o estigma através da promoção de sessões educativas, debates, atividades artísticas e de
grupos de uma maneira geral com temáticas específicas de acordo com a realidade da
comunidade e usando recursos da mesma; e também da incorporação da promoção em saúde
mental nas ações voltadas para grupos específicos: hipertensão, diabetes, saúde da mulher,
criança e adolescente, idoso, entre outros.
A economia solidária será ainda forte aliada na construção desses espaços,
promovendo o empoderamento dessas comunidades.
A terapia comunitária foi criada há 20 anos pelo psiquiatra e antropólogo Adalberto
Barreto, da Universidade Federal do Ceará. O método surgiu na favela do Pirambu, em
Fortaleza, e se alastrou para todo o Brasil, existindo hoje 7 mil terapeutas comunitários. Seus
principais objetivos são reunir pessoas, trocar experiências, participar de vivências, expandir
conhecimentos e pontos de vista sobre emoções que todos nós sentimos, através de ações de
inclusão social e diversidade cultural (MARCHETTI, 2003).
Desta forma, trabalha-se a promoção e a prevenção em saúde mental. Esta técnica é
caracterizada por um espaço de convivência social. Representa uma oportunidade das pessoas
buscarem e encontrarem uma rede social de apoio. Isto, independente de idade, classe social e
nível de instrução. Trata-se de encontrar um grupo social de acolhimento. As vivências
terapêuticas são baseadas em partilhar emoções que fazem parte da vida de todo ser humano.
“Sugere-se implantar, com o apoio do NASF, um serviço de promoção de saúde mental,
que objetivará a realização de sessões educativas, debates e orientação quanto a crenças
populares e preconceito; atividades artísticas e oficinas (pintura, serigrafia, teatro,
corte/costura, artesanato); além de outras atividades comunitárias, como a comemoração
anual do “Dia da Saúde Mental”, a ser realizada no dia já consagrado pela Organização Mundial
da Saúde, dia 10 de outubro de cada ano”.
Muitas vezes, uma pessoa pode apoiar outra por ter vivenciado e encontrado solução
para os mesmos problemas e também ser ajudado simultaneamente, uma vez que o problema
do outro pode ser semelhante ao seu. O resultado terapêutico é atingido de forma individual,
mesmo diante de histórias e narrativas compartilhadas, pois todo participante sente e percebe
de acordo com suas vivências pessoais. A presença e participação do outro é importante e é o
referencial de apoio e das diferenças culturais. A cada encontro, é possível também observar o
resultado coletivo, através das construções e produções do grupo, durante o processo de
terapia (GOMES et al., 2003).