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Introdução

O Presente trabalho pretende abortar questões referentes ao tema: O Povoamento de


Moçambique e os primeiros Estados Bantu.

Segundo a teoria do linguista J.H. Greemberg, o povoamento da população Bantu na África


Austral teria resultado de um processo de expansão encetado na Orla Noroeste das Grandes
florestas congolesa a cerca de 300 anos, para a bacia do Congo e para África Oriental e de
uma migração relativamente rápida para o sul.

O termo Bantu foi usado originalmente por W.H.I Bleek (1827-1857) com significado de
povo, como é referido em muitos idiomas, boa parte usa a palavra “ ntu” ou uma derivavao
como referencia a um ser humano , “ Ba “ é um prefixo comum em muitas línguas, que indica
o plural.
Objectivos

Objectivo Geral:

Analisar O Povoamento de Moçambique e os primeiros Estados Bantu.

Objectivos específicos:

 Identificar as causas da fixação Bantu;


 Descrever as teorias e rotas na África Ocidental e Austral;
 Explicar o processo migratório e a fixação Bantu.
O Povoamento de Moçambique e os Primeiros Estados Bantu (século III/IV-XV)

As primeiras Comunidades Em Moçambique

O território Moçambicano foi inicialmente habitado por comunidades pertencentes a dois


grupos: Os Khoi-khoi e San, conjuntamente designados Khoisan.

Em virtude de terem na caça e na recolecção as suas actividades económicas principais são


também conhecidos como Caçadores e Recolectores. Trata-se de comunidades com formas
de vida económica, politica e sócio-cultural bastantes simples.

A base da economia das comunidades Khoisan limitavam-se a caçar ou recolher frutos,


mel, ovos, folhas e outros produtos disponíveis no meio em que viviam. Essas comunidades
não desenvolviam qualquer actividade produtiva.

Na comunidade, todos os membros envolviam-se na vida económica e social, mas cada um


ocupava-se de tarefas que estivessem de acordo com a sua capacidade física.

As crianças e as Mulheres e os velhos realizavam tarefas relativamente menos pesadas e


menos perigosas como: A recolecção, a limpeza dos acampamentos a cozinha e outras
tarefas, e os Homens iam a caça. Esta era a divisão natural dos Khoisan.

Para a realização das suas actividades eram usados instrumentos pouco aperfeiçoados
geralmente feitos de pedra, madeira, ossos, chifres. Tanto na caca assim como na recolecção
essas actividades cujo produto era para o consumo imediato, por isso a economia destas
primeiras comunidades caracterizaram por aquilo que se chama de Imediatismo de produção
ou consumo.

Eles foram os primeiros habitantes da África Austral, habitavam em cavernas ou mesmo ao ar


livre eram nomados, os seus instrumentos de trabalhos eram muito rudimentares, foram eles
quem produziu os desenhos e pinturas nas rochas que encontramos em algumas zonas do
país.
A Expansão e Fixação Bantu em Moçambique

Agropecuária e Metalurgia de Ferro

Substituindo a comunidade primitiva e o predomínio da caca e da recolecção, vários grupos


populacionais foram chegando a Moçambique desde há cerca de 1700, povoando
gradualmente as básicas fluviais costeiras e quase ao mesmo tempo as encostas e os planaltos
do interior. Este processo ficou conhecido por expansão Bantu.

Por volta dos anos 200/300 ou pouco antes, concretamente nos anos 1700, a região Austral da
África, sofreu uma penetração do povo Bantu, grupo etnolinguístico conhecedor da técnica de
ferro, agricultura e pecuária. Foram estes que introduziram ou inauguraram a idade de ferro
nesta região.

Segundo a teoria do linguista J.H. Greemberg, o povoamento da população Bantu na África


Austral teria resultado de um processo de expansão encetado na Orla Noroeste das Grandes
florestas congolesa a cerca de 300 anos, para a bacia do Congo e para África Oriental e de
uma migração relativamente rápida para o sul.

A difusão quase em simultâneo da nova tecnologia de ferro na zona dos grandes lagos e na
África Austral entre cerca de 500 anos aC e no ano 0, teria acelerado o processo nos três anos
seguintes.

Causas da Expansão Bantu Em Moçambique

A Expansão Bantu foi um fenómeno que ocorreu resultante do conhecimento da difusão do


ferro, do conhecimento e difusão das actividades agro-pecuária e do aumento populacional

 Procura de terras férteis;


 Aumento populacional;
 O conhecimento e difusão da actividade agro-pecuaria, criou uma estabilidade no
núcleo Proto-Bantu, que entre outros aspectos representou uma melhoria das suas
condições de vida, ocasionando, o aumento populacional que levou a disputa das
terras férteis para a prática da agricultura, dai o movimento populacional.

No que se refere a nova tecnologia de ferro, teve sua importância na migração Bantu, uma
vez que a descoberta deste metal permitiu a esta população o fabrico de instrumentos
mais cortantes, resistentes e eficazes, contribuindo desta maneira no aumento da
população e da produtividade o que criou condições para o surgimento de excedente.
Dentre vários cerais cultivados pelo povo Bantu pode se destacar a Mapira e a Mexoeira.

Evidências da Expansão em Moçambique

Em Moçambique, as evidências da fixação bantu, são reveladas nos diversos estacões


arqueológicas tais como: Matola, Xai-Xai, Vilanculos, (Chibuene, Bazaruto), Save (Hola-
Hola), Bajone (Zambézia), Monapo, Mavita, Serra Maua (Niassa) e Monte Mitukui.

A maior parte destes estacões arqueológicas, são testemunhos de um conjuntos


populacional que escolheu as planícies costeiras para sua gradual progressão, em relação
ao sul atingindo a Baia do Maputo e Mpumalanga na R.S.A por volta anos 200 n.e.

Os Bantu o Aparecimento do Estado

As migrações Bantu que no século II da n.e ultrapassaram o rio rovuma em direcção ao


Maputo, e que cem anos mais tarde chegaram a região de Manica, tiveram o seu inicio no
primeiro milénio antes da nossa era n.e. Nesse tempo, os antepassados dos Bantu viviam
na zona compreendida entre-os-rios Ubanhui e Chari, na África Ocidental.

Alimentavam-se principalmente através da recolecção e da caca, mas conheciam já a


agricultura e a criação de gado, do boi e da cabra.

O estudo das causas que levaram estes grupos humanos a desenvolver-se e a ter que
procurar novas terras para sua sobrevivência.

Organização social dos Bantu

Os verdadeiros protagonistas das existências individuais e social bantu são os grupos, as


famílias, clã, tribo e o reino, império ou confederação dos reinos.

O Bantu não podia viver sem família clã, pois são dois grupos (primários, por sinal
fundamentais e vitais que dão sentido e consistência a sua vida). A família e o clã são
células iniciais, vivifica mentes essencialmente comunitárias que definem a cultura do
indivíduo bantu. Desta feita, não se pode explicar o indivíduo bantu isolado de uma
comunidade.

As pessoas que viviam nas comunidades bantu acreditavam que o Manicongo tinha poderes
sagrados e que podia influenciar nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Teorias e Rotas na África Austral e Oriental

Existem diversas teorias e rotas históricas na África Austral e Oriental, como: a Rota Do
Marfim; a Rota do Ouro; as rotas comerciais entre cidades-estado da África Oriental, entre
outras. Cada uma delas possui sua própria história e importância na região.

A Rota do Marfim:

Era uma rota comercial que se estendia pela região da África Central e oriental, onde o
marfim era colectado e negociado com comerciantes árabes e europeus. Essa rota
desempenhou um papel importante no comércio entre África e outras partes do mundo.

A Rota do Ouro

Era uma rota comercial que estendia pela região da África Ocidental, onde o ouro era
colectado e negociando com comerciantes árabes e europeus. Essa rota foi importante para
economia da região, e permitiu a criação de grandes impérios africanos como Império do
Mali, e o Império de Gana. A rota do Ouro também permitiu a troca de ideias de culturas
entre diferentes povos da região

A Rota do Escravo

Sistema de comercio de escravos que ocorreu entre séculos XVI e XIX, onde milhões de
africanos foram capturados e vendidos como capturados e vendidos como escravos para
trabalhar principalmente nas plantações da América. Essa rota era controlada por traficantes
de escravos europeus e africanos, que transportavam os escravos em condições desumanas
em condições em navios negreiros para serem vendidos nos mercados nas Americanas.

As Rotas Comerciais

Variavam dependendo da região e época histórica, mas geralmente envolviam o transporte de


mercadorias por terra ou agua entre diferentes pontos de comércio.

O Processo Migratório dos Povos Bantu

Os Povos Bantu são conhecidos por terem realizado grandes processos migratórios ao longo
da história, espalhando-se por diversas regiões da África Subsaariana.

Os processos migratórios dos povos bantu foram caracterizados por deslocamentos em massa,
com grupos inteiros se movendo para outras regiões em busca de novas terras para cultivo e
pastoreio, bem como por motivos políticos e sociais
Relação e o Contacto Entre os Agricultores e as Comunidades dos Recolectores de
Caçadores
Conclusão

Findo a elaboração do trabalho o grupo pode concluir que:

A expansão Bantu foi um fenómeno que aconteceu no continente africano, e tem como
prováveis causas o conhecimento e habilidades como o minério de ferro e com actividades
agropecuária, com essa razão são considerados na actividade matarlugica África, o que
também proporcionou o aumento populacional.

Os Bantu viviam, principalmente, da caça, da pesca e da colecta de alimentos pesca e da


colecta de alimentos (frutos, raízes e vegetais comestíveis). As pessoas que habitavam o
reino, acreditavam que o Manicongo tinha poderes sagrados e que podia influenciar nas
colheitas, guerras e saúde do povo.
Bibliografia

1. Ribeiro Teixeira Luísa. Historia Geral Da África – III Vol.1. 2000.Maputo


2. FERREIRA.A. Fixação portuguesa e a história pré colonial de Moçambique, Lisboa.
1982
3. AAVV. (1983) - Historia Mocambique. Agressão imperialista, volume II, Maputo ,
UEM

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