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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

MATÉRIA: HISTÓRIA MEDIEVAL 1

DOCENTE: RENATA RODRIGUES VEREZA

DISCENTE: KAUÃ BRAGA DE ARAUJO LIMA

O Mito da Não História da Bacia do Congo

Para tratar do desenvolvimento histórico do centro da África, se faz necessário ter


ciência de que as línguas faladas ao sul do Sahle, deriva de um grupo linguístico ancestral
conhecido como Níger-congo. O termo Bantu é um neologismo cunhado pelo linguista
alemão Vivian Lake. Bantu é composto pelo “BA” que significa Povo e “NTU” que significa
Coletivo. Grupos falantes de línguas que seriam conhecidas como Bantu, se espalharam ao
longo de séculos pelo sul da África. Tal movimento ficou conhecido como Migrações Bantu.
Estas, marcam a criação de diversas sociedades por quase todo o Sul do Saara e outras, se
formam nas regiões interlacustrinas - região entre os Grandes Lagos - da África . Estas se
desenvolvem por mais de um milênio e são chamadas eventualmente como UREWE.

De acordo com estudiosos historiadores, não existe um motivo explícito sobre o motivo
e a finalidade de tal migração, contudo, as ideias mais aceitas é que os falantes bantu entre o
quarto ou quinto milênio antes da nossa era, saíram de regiões adjacentes a Camarões e
Nigéria e se deslocaram por um período aproximado de 3.000 anos atrás, rumo a África
Oriental, o sul da costa africana do Gabão, a República Democrática do Congo, e Angola.
Outros grupos se direcionaram ainda para as regiões dos Grandes Lagos.

Essas migrações trouxeram como exemplo, a alteração populacional, cultural e política,


tanto para o centro como para o sul da África. Por volta do primeiro milênio, as sociedades
que se expandiram para Kenya, Ruanda, Congo e outras regiões próximas, foram chamadas
de UREWE. Essas comunidades receberam esse nome provavelmente por se constituírem nas
redondezas do Lago Vitória, que também é conhecido como Nam Lolwe, na língua Luo
‘Nnalubaale ou UKEREWE na língua Luganda. Essas comunidades já possuíam a prática da
metalurgia, e através desses meios dominaram quase que toda a região dos Grandes Lagos,
formaram uma estrutura política mais ampla, sendo conhecidas como Kitara Kya Nyamenga,
O Império de Kitara.

Pouco se sabe sobre esse período de Kitara, para além das tradições orais, das dinastias
ABABIITO que habitam Uganda, Ruanda e Borundi. Segundo as tradições, o mundo (a
região dos grandes lagos) foi criado pelo deus Ruhanga e seu irmão Nkya, pai de Kantu,
Kairu, Kahuma e Kakama. Estes foram os responsáveis por darem origem a humanidade e
aos ofícios fundamentais da sociedade, como foi o caso da metalurgia.

O reinado dos filhos de Nkya, ficou conhecido como a dinastia de Abatembuzi. Esta foi
o governo de uma família divinizada e lendária que perpetuou até o desaparecimento do
último líder, Isaza. Com seu desaparecimento, as tradições orais apresentam que os
Abachwezi, outra família divinizada, assumem o vazio do trono e fundam eventualmente o
que é conhecido como Império de Kitara. Os Abachwezi são entendidos como semideuses
que fundaram um estado hegemônico e que lançaram para aquelas sociedades, fundações
políticas para o desenvolvimento das regiões. Durante a metade do século XX, alguns
historiadores apresentavam os Abachwezi, como possíveis estrangeiros - Etíopes, Turcos,
Árabes e até mesmo portugueses e outros. Contudo, tanto os Abatembuzi como os
Abachwezi, pertencem de uma narrativa histórica legitimadora muito própria das dinastias
que governaram as regiões dos grandes lagos por séculos. Ainda segundo as tradições,
posterior aos Abachwezi, os Ababiitos tomam o trono (localizado na Uganda, onde
permanecem até os dias atuais.

Entre os abatembuzi e os Abachwezi, as estruturas políticas se centralizam sobre o


nome de Kitara. Enquanto estado hegemônico, essa comunidade não prosperou, contudo,
após os Abachwezi, a estrutura política se divide em reinos menores, todos pertencentes aos
grupos Bantus originais. Durante a hegemonia do reino de Kitara, os aspectos sociais e
culturais que marcaram o desenvolvimento histórico da África Central, foram eles a: criação
de gado, criação de estruturas administrarias, alistamento militar, o uso da metalurgia, o
plantio de café e terraplanagem com fins defensivos.

Os reinos menores já apresentados, nos mostram mais uma vez que o tempo histórico
da África ocorre de uma forma distinta, e que os intervalos temporais deles são fluidos e
longos do que o que conhecemos. O passado distante vive no presente através das narrativas
politizada, oralizada e através das memoria comunitárias. O aspecto mais importante que
surge sobre o império de Kitara, diz muito sobre as tradições orais.

a hsitória sed uganda só se é comroeendeida de forma oral e que grande parte da


história da áfrica bantu só pode simolesmente entender que o reklato oral não é inferior e que
essa forma de interpretação na africa nigero congolesa e que se faz necessário um olhar
critico e avançado, mobilizar as tradições e o s relatos um contexto que seja compreeensivel
para todos, por natureza, a história da africa bantu foi esquecida e remetida ao tribalismo
ahistórico

Para falar da pafrica antes do contarto com os europeus, é necessário levar em


consideraão a importância dos relatos horaris que cercam uma sociedade rica e compleza em
histórica

E que por muito tempo foi considerada congeladaai

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