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ÁFRICA OCIDENTAL
DISCENTES:
IVAN PANTOJA
JOAO CARLOS C.SOUZA
JACKLINE K. REIS DOS REIS
PATRICIA COLARES DE OLIVEIRA
AFRICA OCIDENTAL
E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse
também os povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas
no evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num
estágio cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do
alfabeto como instrumento de dominação não apenas cultural, mas econômica também,
os europeus estavam em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do
desenvolvimento humano e da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e
Cultura, corroborando com essa distorção. Por isso, a história da África, pelo menos antes
do contato com o mundo ocidental, em particular antes da colonização, não pode ser
compreendida tomando-se como referência a organização dominante adotada pelas
sociedades ocidentais. Normalmente fica no esquecimento, dado ao fato colonial, que não
existe uma África anterior, a que se convencionou chamar África tradicional, diversa e
independente, com suas particularidades sociais, econômicas e culturais.
NOK:
HTTPS://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cultura_Nok
O Mito possui diversos conceitos podendo ser interpretado por diversos campos
da ciência para elucidação da concepção de origem do mundo ou do universo, e dos
fenômenos naturais vistos pelos povos sendo ou não atribuíveis, entretanto, na
antropologia este (mito) e compreendido como a etnogênese de uma cultura podendo ter
base na oralidade e na escrita, imbuídos de ritos/ritualísticas e símbolos por meio de
narrativas transmitidas tradicionalmente por uma determinada cultura tida como
estratégia de afirmação de identidade. A maioria dos mitos envolvem uma força
sobrenatural ou uma divindade, mas alguns são apenas lendas passadas oralmente de
geração em geração.
RELIGIÃO E MITOLOGIA
RELIGIÃO NA ÁFRICA
Dicionário dos simbolos
https://www.dicionariodossimbolos.com.br
2) África centro-sul: desde a Rep. Dos Camarões, Quênia…, até o extremo sul.
Esta parte da África, povoada principalmente por tribos aborígenes, é dominada pelas
religiões tradicionais, exceto uma relevante percentagem que praticam o cristianismo, o
islamismo e até o hinduísmo.
ESPIRITUAL E MATERIAL
A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade: aquilo que é
visível, físico, matéria, e aquilo que é invisível e espiritual. Estes dois aspectos fundem-
se entre si: nenhuma coisa do mundo físico é tão material que não contenha em si
elementos do mundo espiritual. Isto conduziu à crença de que há espíritos nas pedras, nas
montanhas, nos rios, nas árvores, nos trovões, no Sol e na Lua… Daí a religião tradicional
africana ser muitas vezes chamada também de religião animista por acreditarem que
existem espíritos que vivem por toda parte, dão vida e protegem todas as coisas. Assim,
segundo a mentalidade animista há espíritos nas rochas, nas árvores, nas sementes, na
água, e nas pessoas estejam estas últimas vivas ou mortas. Eles acreditam que esses
espíritos podem atrair tanto coisas ruins, como boas, assim os espíritos combatem as
doenças e as secas, mas também castigam com enfermidades e tragédias. Para que os
espíritos desistam de causar danos, ou para obter algum benefício que se queira alcançar
por meio dos espíritos, é preciso oferecer sacrifícios aos mesmos. Assim, por exemplo o
sacrifício de uma galinha pode agradar os espíritos e se obter uma boa colheita, ou amarrar
um laço de cabelo (simpatia) para que um coqueiro produza bons cocos, etc. O sacrifício
ocupa um lugar central nas religiões, seja de modo simbólico, como no cristianismo, ou
com a imolação de animais (como no islã, no judaísmo e nas religiões de origem
africanas), ou de vegetais e minerais (como nas religiões de origens africanas e orientais),
pois eles permitem restabelecer a ordem e a energia do universo, dos deuses e dos homens.
Marcel Mauss e Hubert, no livro Sobre o Sacrifício (2005), analisam esse fenômeno
religioso.
SÍMBOLOS
OS RITOS
Ritos, cerimônias e preces são algumas das modalidades através das quais o ser
humano procura se expressar e alcançar sua própria harmonia com o todo. Mas o que
importa é a atitude interior que caracteriza a vida dos povos tradicionais, uma atitude
profundamente religiosa. Cada fato cotidiano, banal ou importante, é colocado num
contexto que supera a dimensão material. O ritual sacraliza os momentos importantes da
vida: nascimento, adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso, uma grande
variedade de ritos: de iniciação, purificação, propiciação, comemoração, ação de graças
etc. Os ritos de iniciação garantem a boa integração na comunidade dos vivos, e os ritos
fúnebres garantem a benevolência dos antepassados: por isso, devem ser bem feitos.
Frequentemente, a iniciação é também o ingresso em uma “sociedade secreta”, onde se
aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem secreta. Os africanos
possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas cabanas, altares junto aos
caminhos, cumes de montanhas e as oferendas são feitas para pedir saúde, vida, sucesso.
A oração comunitária é a preferida e exprime-se com danças e cantos. O mesmo acontece
com os ritos: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo.
ELEMENTOS
Moral: Para o africano, moral e religião são praticamente a mesma coisa. As ações
que prejudicam a convivência humana ou o equilíbrio das forças naturais são punidas pela
autoridade tribal ou reparadas por ritos religiosos, pois irritam igualmente os espíritos,
provocando calamidades públicas, como secas, enchentes, enfermidades, mortes. Desta
forma, o africano se vê obrigado a respeitar os bens, a vida e a pessoa do próximo, ainda
que não conheça preceitos morais impostos por Deus. O adultério é também severamente
condenado, embora a vida sexual seja encarada com muita tolerância, pois se trata do
exercício de uma função vital.
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O MITO DA GEMEIDADE
[...] gemeidade que a pressa competitiva de uma das crianças para nascer
primeiro destrói a mãe. Gemeidade e nascimento, com os pés para a frente são sinais de
um parto perigoso, ou de um parto heroico, porque a criança tomará a iniciativa e
tornar-se-á uma espécie de herói, um herói e assassino em certos casos; mas de qualquer
modo ela realiza uma façanha muito importante.
Para strauss o nascimento de gêmeos em uma determinada cultura traz a crença
de vida e morte com sacrifício e renovação ligada ao equilíbrio da criação. Tal afirmação
esta correlacionada a crença mítica dos gêmeos entre os povos da África ocidental (como
os Dogon, os Malinke e os Bambara, por exemplo) dada a importância da gemeidade para
a cultura africana por representar o início da formação de todos os seres vivos pares de
sexo oposto, vivendo num mundo equilibrado, fecundo e harmonioso.
EFIK (NIGÉRIA)
Os efiks estão relacionados com os Annang, os Ibibio, Oron e Eket povos com
ancestrais comuns. Rosto e pintura do corpo carregam um monte de simbolismo para a
tribo Efik. Este grupo étnico, que reside principalmente no sudeste da Nigéria, usa pintura
de rosto para significar o amor e pureza. Durante os velhos tempos na tribo, a pintura de
rostos era uma forma de expressar própria identidade da tribo. Pintura de rosto também
incluiu padrões para identificar famílias e clãs. Para as mulheres solteiras, um rosto
pintado é o equivalente a um rito de iniciação para entrar formalmente na sociedade das
mulheres. Para as famílias, caras pintadas também indicam a sua felicidade por alguma
boa notícia que receberam. A cultura deses povos que vivem na Nigéria e camarões tem
seus costumes e crenças ligadas ao mito da gemeidade, transcrito na narrativa do povo
Efik: Acreditava-se que gêmeos eram uma maldição para Abassi. Eles eram pensados
para ser o mal para uma mãe. A dar à luz a gêmeos; a mulher seria queimada viva e os
gêmeos retirados e abandonados a si próprios. Havia também a opção para que a tribo os
comesse ao em vez de deixá-los no meio do mato. Abassi, o deus criador, e sua esposa
Atai, o mediador, são os principais deuses (se não únicos perante a minha pesquisa) dessa
mitologia.
Em sua cosmogonia Atai convence Abassi de deixar seus filhos, dois seres-
humanos de sexos opostos, morarem na terra. Abassi concorda com a proposta porém
com algumas condições, não deixou-os trabalharem ou se reproduzirem, e quando tocasse
o sino eles teriam que voltar ao céu para o jantar, para que assim não o superassem na
força e na sabedoria. Porém como já previsto, os dois filhos de abassi quebram suas regras
e O Deus Criador os mata. Além disso, ele entrega à raça humana dois "presentes", o caos
e a morte, também se afastou dos humanos e (segundo alguns que seguiam a crença)
Abassi voltou a ouvi-los apenas quando começaram a fazer sacrifícios humanos.
ISOKO (NIGÉRIA)
Por muitos anos e ainda contando, Isoko como uma tribo foi considerado como
um com Urhobo pela maioria das pessoas fora das margens do Estado do Delta. Eles
reconhecem a existência de um sistema cosmológico dual: o mundo espiritual e o mundo
físico. Acredita-se que todos no mundo físico têm uma réplica no mundo espiritual e que
esses dois mundos têm grande influência uns sobre os outros. O poder, no entanto, parece
estar nas mãos dos espíritos, que estão constantemente exigindo e causando problemas
para os vivos, que por sua vez devem apaziguar os espíritos através do sacrifício. A cada
dez anos os Isokos realizam uma grande cerimónia de máscaras para toda a comunidade
para honrar o edjo (espíritos). As máscaras usadas, possuem significados que se ligam
aos rituais de iniciação e aos ritos agrários e funerários. Geralmente usam-se para ilustrar
os processos mitológicos que levaram à constituição dos cosmos tal como cada um destes
povos o percebe. Entre povos como os Marka, os Bozo e os Bambara, em cerimónias
realizadas anualmente, utilizam-se as máscaras para recordar aos homens o valores
primitivos, puros, visto que a passagem do tempo e evolução social os pode colocar em
perigo de esquecimento.
O caráter consagrado da palavra lhe confere o dom de criar cenários, pois ela
abriga um universo mítico. Seus mestres têm a responsabilidade de estabelecer vínculos
de conexão entre as entidades divinas, os ancestrais e os futuros iorubás, disponibilizando
o legado cultural desta civilização. Os Versos Sagrados de Ifá constituem o meio essencial
para se entender o Cosmos, a cultura, a religiosidade, a educação, a poética, a dança, o
legado musical, a estrutura político-social, as interações sociais, a configuração do
perímetro urbano, o meio-ambiente, a relação com os ancestrais e a ciência praticada
pelos iorubás. Esse conjunto de crenças que inspirou o candomblé é baseado na vida em
harmonia e em comunidade. Não há separação entre homens e animais, que inclusive
agem como humanos. A solidariedade e a prosperidade vêm do trabalho no campo.
Também é importante o culto à ancestralidade, por isso louva-se a continuidade da vida,
por meio da figura feminina. Humanos e divindades são igualmente suscetíveis às
incertezas (mais ou menos como na mitologia grega). Não há o “mal”, mas há
consequências para as ações que não contribuem com o equilíbrio pessoal e do todo.
MITOLOGIA IORUBÁ
A mitologia dos iorubás engloba toda a visão de mundo e as religiões dos iorubás,
tanto na África (principalmente na Nigéria e na República do Benin) quanto no Novo
Mundo, onde influenciou ou deu nascimento várias religiões, tais como a Santería em
Cuba e o Candomblé no Brasil em acréscimo ao transplante das religiões trazidas da terra
natal. A mitologia Iorubá é definida por Itans de Ifá.
MITO DA CRIAÇÃO
Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare.
Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na
qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun. Olorum
criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras.
Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse
o homem.
Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram
rígidos demais. Criou o homem de pedra – era muito frio. Tentou a água, mas o ser não
tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez
um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite
e o vinho sem êxito. Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do
rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu
insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha
novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível,
capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.
OS ORIXÁS
O Culto dos Orixás teve sua maior expansão a partir da cidade nigeriana de Ilê
Ifé, que seria a antiga Capital da Nigéria e foi fundada por um dos mais importantes
Orixás do Panteão Africano que foi Odùduwà (Qualidade de Oxalá). Na cidade de Ilê Ifé,
morava o sacerdote supremo da Cultura de Nok.
PRINCIPAIS ORIXÁS
ORIXÁS:
Exu, orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos
oráculos.
Ogum, orixá do ferro, guerra, e tecnologia.
Oxóssi, orixá da caça e da fartura.
Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca
Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Ayrà, usa cores brancas, tem profundas ligações com Oxalá.
Xapanã (Obaluaiyê/Omolu), Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
Oxumarê, orixá da chuva e do arco-íris.
Ossaim, orixá das ervas medicinais e seus segredos curativos.
Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger
Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro e amor.
Iemanjá ou Yemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de todos os
Orixás de origem yorubana.
Nanã, orixá feminino das águas das chuvas, dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiyê,
Iroko, Oxumarê e Ewá, orixás de origem daomeana.
Yewá, orixá feminino do rio Yewa, senhora da vidência, a virgem caçadora.
Obá, orixá feminino do rio Oba, uma das esposas de Xangô juntamente com Oxum e
Iansã.
Axabó, orixá feminino da família de Xangô
Ibeji, orixás gêmeos
Iroko, orixá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil).
Egungun, ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna.
Onilé, orixá relacionado ao culto da terra.
OrixaNlá (Oxalá) ou Obatalá, o mais respeitado Orixá, Pai de todos os Orixás e dos
seres humanos.
Ifá ou Orunmila-Ifa, orixá da Adivinhação e do destino.
Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
Oranian, orixá filho mais novo de Odudua.
Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká.
Olokun, orixá divindade do mar.
Olossá, orixá dos lagos e lagoas
Oxalufon, orixá velho e sábio.
Oxaguian, orixá jovem e guerreiro.
Orixá Oko, orixá da agricultura.
Oxalá foi encarregado por Olorum de criar o mundo com o poder de sugerir (àbà)
e o de realizar (àse). Para cumprir sua missão, antes da partida, Olorum entregou-lhe o
"saco da criação". O poder que lhe fora confiado não o dispensava, entretanto de
submeter-se a certas regras e de respeitar diversas obrigações como os outros orixás. Uma
história de Ifá nos conta como. Em razão de seu caráter altivo, ele se recusou fazer alguns
sacrifícios e oferendas a Exú, antes de iniciar sua viagem para criar o mundo. O Orixá
Oxalá pôs-se a caminho apoiado num grande cajado de estanho, seu òpá osorò ou paxorô,
cajado para fazer cerimônias. No momento de ultrapassar a porta do Além, encontrou
Exé, que, entre as suas múltiplas obrigações, tinha a de fiscalizar as comunicações entre
os dois mundos. Exé descontente com a recusa do Grande Orixá em fazer as oferendas
prescritas, vingou-se o fazendo sentir uma sede intensa. Oxalá, para matar sua sede, não
teve outro recurso senão o de furar com seu paxorô, a casca do tronco de um dendezeiro.
Um líquido refrescante dele escorreu: era o vinho de palma.
Ele bebeu-o ávida e abundantemente. Ficou bêbado, e não sabia mais onde estava
e caiu adormecido. Veio então Odudua, criado por Olorum depois de Oxalá e o maior
rival deste. Vendo o Grande Orixá adormecido, roubou-lhe o "saco da criação", dirigiu-
se à presença de Olorum para mostrar-lhe o seu achado e lhe contar em que estado se
encontrava Oxalá. Olorum exclamou: "Se ele está neste estado, vá você, Odudua! Vá criar
o mundo!" Odudua saiu assim do Além e encontrou diante de uma extensão ilimitada de
água. Deixou cair a substância marrom contida no "saco da criação". Era terra. Formou-
se, então, um montículo que ultrapassou a superfície das águas. Aí, ele colocou uma
galinha cujos pés tinham cinco garras. Esta começou a arranhar e a espalhar a terra sobre
a superfície das águas. Onde ciscava, cobria as águas, e a terra ia se alargando cada vez
mais, o que em iorubá se diz ilè nfè, expressão que deu origem ao nome da cidade de Ilê
Ifé. Odudua aí se estabeleceu, seguido pelos outros orixás, e tornou-se assim o rei da terra.
Quando Oxalá acordou não mais encontrou ao seu lado o "saco da criação".
Despeitado, voltou a Olorum. Este, como castigo pela sua embriaguez, proibiu ao Grande
Orixá, assim como aos outros de sua família, os orixás funfun, ou "orixás brancos", beber
vinho de palma e mesmo usar azeite-de-dendê. Confiou-lhe, entretanto, como consolo, a
tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos, aos quais ele, Olorum, insuflaria
a vida. Por essa razão, Oxalá também é chamado de Alamorere, o "proprietário da boa
argila". Pôs-se a modelar o corpo dos homens, mas não levava muito a sério a proibição
de beber vinho de palma e, nos dias em que se excedia, os homens saiam de suas mãos
contrafeitas, deformadas, capengas, corcundas. Alguns, retirados do forno antes da hora,
saíam mal cozidos e suas cores tornavam-se tristemente pálidas: eram os albinos. Todas
as pessoas que entram nessas tristes categorias são-lhe consagradas e tornam-se
adoradoras de Oxalá
CANDOMBLÉ
O Candomblé é uma religião monoteísta que acredita na existência da alma e na
vida após a morte. A palavra “candomblé” significa “dança” ou “dança com atabaques”
e é uma das religiões africanas mais praticadas no mundo. Esta religião cultua os orixás,
normalmente reverenciados por meio de danças, cantos e oferendas, pois derivada do
animismo africano onde se cultuam os orixás, Voduns, Nkisis dependendo da nação.
Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas
principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo. Cada nação africana tem como
base o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um fenômeno brasileiro em
decorrência da importação de escravos onde, agrupados nas senzalas nomeavam um
zelador de santo também conhecido como babalorixá no caso dos homens e iyalorixá no
caso das mulheres, religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto
chamada de anímica.
https://www.infopedia.pt/$mitologia-da-africa-ocidental
http://www.novaera.blog.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=6:can
domble&id=17:presenca-dos-iorubas-no-conjunto-de-influencias-africanas-no-
brasil&Itemid=2
http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/topoi13/Topoi%2013_artigo%201.pdf
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_19990/artigo_sobre_religiosidade_african
a_e_afro-brasileira:_identidade_e_originalidade
https://www.juntosnocandomble.com.br/2014/08/a-lenda-da-criacao-do-mundo-os-
orixas.html
http://www. https://www.raizesespirituais.com.br/category/itan-dos-
orixas/revistas.usp.br/africa/article/view/115347