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ALUNO(A):_______________________________________________________________________________________
Revisão de História
Por conta desse modo de vida, os agrupamentos humanos eram constituídos de poucos
membros, pois um número muito grande implicaria a falta de controle sobre o quanto se caçava e
dificultaria a locomoção. Esses grupos mudavam frequentemente de lugar para locais com mais
recursos naturais, prática chamada de nomadismo.
Com o fim do último período de congela- mento do planeta, alguns grupos de ancestrais do ser
humano moderno começaram a domesticar alguns animais e a cultivar vegetais, o que encerrava
a necessidade de se mudar constantemente, possibilitando, também, agrupamentos maiores.
Esse período, entre 10 e 5 mil anos a.C., marcado, também, pelo domínio do fogo por parte dos
seres humanos primitivos e pelo uso de instrumentos feitos de pedra polida, é chamado de Idade
da Pedra Polida, ou neolítico.
Como dito antes, o trabalho agrícola deu às pessoas uma fonte de comida constante, o que
consequentemente permitiu a sua permanência nas regiões. O ser humano começou a
abandonar a vida nómade e a se organizar em aldeias agrícolas, em regiões de solo fértil. A esse
processo de fixação na terra, damos o nome de sedentarização. Com as facilidades
proporcionadas pelo sedentarismo, as pessoas começaram a organizar suas moradias,
construindo casas de material mais duráveis, como madeira, pedra e adobe (uma espécie
primitiva de tijolo feito de barro e secado ao sol). Importante saber: esse processo não se deu
repentinamente nem da mesma forma em todas as partes do mundo.
o desenvolvimento humano pôde ser acelerado por conta dessa mudança no estilo de vida, e, por
volta de 5 mil anos a.C., o uso dos metais, com técnicas de fundição de cobre, ferro e bronze,
tornara-se generalizado em algumas regiões do planeta. Era o início da Idade dos Metais, última
fase da Pré-História, finalizada com o desenvolvimento da escrita, aproximadamente em 4 mil
anos a.C.
O aumento dos agrupamentos propiciou o surgimento das aldeias, que foram seguidas pelo
nascimento das primeiras cidades e, por sua vez, dos Estados. Os espaços de cada povoado
foram se definindo, a proteção a possíveis ataques forneceu estímulos ao nascimento dos
primeiros exércitos, e uma divisão mais diversificada do trabalho pôde ser verificada.
Uma vez que havia excedente de alimento e a população não precisava mais se dedicar
exclusivamente à caça, à pesca ou à coleta,
o surgimento de mais especializações dentro das comunidades teve lugar na História.
As comunidades, então, começaram a trocar esses alimentos excedentes por artigos que não
produziam. Por exemplo, se uma aldeia precisasse de ferramentas para arar o campo, mas, nela,
não houvesse quem soubesse lidar com tal oficio, então as pessoas dessa aldeia iriam levar seus
excedentes de alimentos para uma comunidade que soubesse produzir tais ferramentas. Eles aí
o início do comércio. Essa prática já era comum por volta de 8 mil anos a.C., mas não envolvia
dinheiro: baseava-se unicamente em trocas. A isto, deu-se o nome de escambo.
Um último fato interessante é que, dentro do seio das comunidades, nasceu também o conceito
de propriedade, que, primeiramente coletiva, cujos frutos pertenciam a todos, passou à privada,
sendo reclamada pelas famílias que se proclamavam suas donas.
Complexidade social, metal e domínio de terras
Uma das maiores consequências da estabilidade humana nos territórios foi a possibilidade de os
grupos humanos desenvolverem sociedades mais complexas, com costumes e normas. Com
isso, surgiram formas de organizar o poder dentro das aldeias: começou a ficar definido quem
dava as ordens nas aldeias, quem devia obedecer, quem tomava as decisões sobre os rumos da
comunidade e, até mesmo, quem podia opinar.
Além da atribuição dos poderes, as aldeias começaram, cada uma à sua maneira, a criar modos
de vida, Linguagens e crenças: surgia, assim, a cultura.
Ao final do Neolítico, alguns povos desenvolveram técnicas de fundição de metais: por melo do
aquecimento, deram formas variadas aos minérios de metal. Primeiramente, o ser humano
começou a manipular o cobre; depois, o ouro, o estanho e o bronze, que é a mistura do cobre e
do estanho.
Nos tempos atuais, nem mesmo é preciso visitar diferentes localidades no Brasil para avistar
diferentes tipos de pessoas. São diversas as faces, diversos os corpos, diversas as crenças e
culturas que formam o nosso país. O povo de uma região tem muitas características comuns,
especialmente tratando-se de dialetos, sotaques. costumes e conhecimentos, mas, mesmo
dentro de uma mesma cidade ou bairro, é nítida a diversidade étnica e cultural.
Embora seja possível afirmar que as principais etnias que formaram a base do povo brasileiro
sejam a europeia, a africana e a indígena, nós somos formados, também, por árabes, japoneses
e muitos outros. Somos descendentes de vários povos que contribuíram de forma marcante para
a construção da nossa identidade. Todos nós fazemos parte da história do Brasil.
Da relação entre pessoas das três principais etnias, nasceram diferentes tipos de pardos.
Essa diversidade enriquece nossa nação, mas a história de como isso aconteceu não é bela
como o povo que se originou dela. A relação entre essas etnias não se deu de forma equilibrada.
Assim que os europeus chegaram às nossas terras, eles exploraram as nossas riquezas naturais
e guerrearam contra os nativos, que resistiram contra a escravidão e o extermínio de seu povo e
de sua cultura.
preto; 1,1%, como amarelo, ou indígena. É preciso tentar entender o porquê de quase toda a
população se autodeclarar branca ou parda
Levantar questionamentos sobre o que aconteceu aos indígenas, que hoje constituem em torno
de 1% da população, também é importante, já que nossas terras eram habitadas apenas por eles
quando os europeus aqui chegaram. Pensar sobre isso nos dá uma dimensão do extermínio de
indígenas que aqui houve para a formação do território brasileiro.
É essencial compreender que a formação do povo brasileiro se deu a partir de relações de
dominação, exploração, imposição e aproveita- mento entre pessoas de várias etnias.
Afinal, é preciso saber o que aconteceu historicamente para podermos entender quem somos e
como seremos.
E, mesmo sabendo que atualmente não existe algo como etnia pura no Brasil, por exemplo, há
leis vigentes cujo fundamento é diminuir diferenças históricas da relação entre as etnias matrizes.