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EEEFM EUNICE WEAVER

DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSOR: MARCEL ROLIM DA SILVA


TURNO: MANHÃ SÉRIE: 1º ANO TURMA:
ALUNA(O):

APOSTILA 1

A PRÉ-HISTÓRIA
AS ORIGENS DO SER HUMANO, O PALEOLÍTICO, O NEOLÍTICO E OS PRIMEIROS HABITANTES DA AMÉRICA

O PALEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA LASCADA (DO SURGIMENTO DO HOMO HABILIS ATÉ 10000 A.C.)

A Pré-História é tradicionalmente dividida em dois grandes períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada e
Neolítico ou Idade da Pedra Polida. Alguns estudiosos falam ainda em uma Idade dos Metais, período normalmente
visto como um momento de transição entre a História e a Pré-História. O surgimento do Homo sapiens se deu no primeiro
destes períodos, o Paleolítico.

OS PRIMEIROS ANCESTRAIS DO HOMEM


É o período que se iniciou há cerca de 3 milhões de anos, e se estendeu até cerca de 12 mil anos atrás (10 mil a.C.).
Foi no Paleolítico que surgiram os primeiros ancestrais da moderna espécie humana: ocorreu o processo conhecido como
hominização, ou seja, o conjunto de transformações físicas e psicológicas sofridas pelos hominídeos e que levaram à
formação da espécie humana. Foi também no Paleolítico que os ancestrais do homem começaram a fazer ferramentas de
pedra lascada. Daí deriva o nome dessa era: no grego, palaios significa “antigo” e lithos significa “pedra”.
A constituição da espécie humana de maneira gradual, através de milhões de anos, é explicada pelo evolucionismo,
corrente da biologia que tem em Charles Darwin, autor de “A Origem das Espécies”, um de seus mais importantes teóricos.
De acordo com os postulados do evolucionismo, há cerca de 6 milhões de anos, alguns grupos de primatas teriam começado
a desenvolver um estilo de vida diferente dos demais: desceram das árvores e liberaram seus membros superiores para
outras funções além da escalada. Ao poucos, ao longo dos milênios, os descendentes destes primatas sofreram
transformações em suas anatomias e cérebros, o que lhes afastou dos demais primatas. Caminhavam cada vez mais eretos,
tinham visão binocular e polegares cada vez mais adaptados. Era o nascimento da família dos hominídeos.
O mais antigo exemplar de hominídeos conhecido hoje é Toumai, fóssil de um hominídeo da espécie Sahelanthropus
tchadensis encontrado no centro-norte do continente africano. Toumai tem idade aproximada entre 6 e 7 milhões de anos.
Na África foram encontrados os fósseis de diversos outros gêneros e espécies de primatas hominídeos, como por exemplo
o gênero dos Australopithecus, ao qual pertencem o Australopithecus afarensis e o Australopithecus africanus; ou o gênero
Paranthropus, no qual se incluem as espécies Paranthropus boisei, Paranthropus aethiopicus e o Paranthropus robustus.
Estes dois gêneros possuíam arcadas dentárias bastante semelhantes à do homem moderno.
Em algum momento – ainda não definido pelos pesquisadores – um gênero se separou dos Australopithecus e
Paranthropus (todos extintos atualmente) e se diferenciou enormemente. Era o gênero Homo, no qual a espécie humana
atual está incluída. Entre 2 e 3 milhões de anos atrás, surgiu a espécie do Homo Habilis, a primeira espécie do gênero Homo
a utilizar ferramentas de pedra. O Homo habilis tinha em média 1,40m de altura, o que o tornava mais alto de que os
Australopithecus. Além disso, possuíam um crânio maior, que comportava um cérebro mais potente. Tinha ainda polegares
oponíveis nas mãos, o que facilitava o manuseio de instrumentos. Até onde se sabe, o Homo habilis e as demais espécies
do gênero Homo de sua época não saíram do continente africano, estando restritos à região entre as atuais Etiópia e África
do Sul.
Há cerca de 1,5 milhões de anos, surgiu a espécie dos Homo erectus. Essa espécie tinha cerca de 1,60m, a caixa craniana
maior de que a do Homo habilis e caminhava com o corpo mais ereto de que seus ancestrais. Os Homo erectus aperfeiçoaram
os instrumentos de madeira e pedra. Há cerca de 500 mil anos, essa espécie teria dominado a utilização do fogo. Dele
evoluíram as espécies posteriores de hominídeos: os Homens de Neandertal (Homo neanderthalensis, encontrado na

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Alemanha) e o Homem de Cro-Magnon, exemplar encontrado na França de Homo sapiens, nossa espécie (surgida entre
200 mil e 100 mil anos atrás, provavelmente também na África).

HOMO SAPIENS E HOMO SAPIENS SAPIENS


O Homo sapiens se provou a mais adaptável das espécies de
hominídeos. Adaptou-se a diferentes climas e paisagens, com mudanças
físicas que acompanhavam as particularidades de cada local. Embora não
possuísse armas naturais como garras e presas, ou mesmo a proteção contra o
frio proporcionada pelos grossos pelos de outros mamíferos, essa espécie
conseguiu prevalecer através da produção de uma rica gama de utensílios para
compensar essas desvantagens naturais: armas, ferramentas, roupas e,
eventualmente, habitações. Com o tempo, desenvolveu a capacidade de se
expressar simbolicamente, utilizando a linguagem oral para se comunicar.
Como resultado do pensamento simbólico, desenvolveram também formas
iniciais de expressão artística: os homens desse período deixaram nas artes
rupestres indícios de suas vidas. Sua capacidade intelectual era a maior de
suas vantagens (especula-se que o homem de Neandertal pode ter tido
capacidade igual ou superior, pois seu crânio era maior de que o do homem
moderno). É daí que vem o nome da espécie: Homo (“homem”) sapiens
(“inteligente” ou “sábio”). Atualmente, se considera que o homem moderno é
uma subespécie do Homo sapiens, conhecida como Homo sapiens sapiens (ou
“homem verdadeiramente inteligente”). Uma espécie que produzia cultura.
Os homens do Paleolítico eram nômades. Ou seja, mudavam-se
constantemente de uma região para a outra, em busca de alimentos. Isso
porque, estes povos eram caçadores-coletores – caçavam animais e
coletavam frutos outros vegetais na natureza. Uma das marcas desse período
Biface de San Isidro. Esta biface tem cerca de
é o fato de que os hominídeos muitas das vezes se fixavam temporariamente 200 mil anos. Encontra-se atualmente no Museu
em cavernas. Por isso que costumam ser chamados de homens das cavernas. Arqueológico Nacional da Espanha. As bifaces
foram os primeiros instrumentos líticos (de
Assim como as outras espécies do gênero Homo do Paleolítico, o Homo pedra) produzidos pelo homem.
sapiens utilizava instrumentos de pedra lascada.

A arte rupestre (“rupestre” = relativo à rocha) diz respeito às gravuras realizadas em paredes rochosas de grutas, cavernas ou paredões a céu
aberto. Podiam ser pinturas ou relevos escavados com instrumentos líticos.
Imagem da esquerda: Pintura rupestre representando auroques. Gruta de Lascaux, França.
Imagem da direita: Arte rupestre em baixo-relevo, encontrado em Florianópolis, Santa Catarina (Brasil).

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O NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA (10000 A.C. – 3500 A.C. APROXIMADAMENTE)

Iniciou-se por volta de 10 mil a.c. (cerca de 12 mil anos atrás). Este período ficou marcado pela utilização de
ferramentas de osso e de pedra polida pelo homem (daí o nome do período: Neo significa “novo” e lithos significa
“pedra”).
A REVOLUÇÃO NEOLÍTICA
Ao final do Paleolítico, ocorreu uma importante mudança climática: era o fim da última glaciação ou último
Período Glacial. As paisagens foram se transformando e trazendo novas possibilidades de sobrevivência para o ser
humano e para outras espécies animais, todos buscando as áreas próximas a rios e lagos, onde a vegetação era abundante.
Ocorreu o que ficou conhecido como Revolução Neolítica ou Revolução
Agrícola.
A Revolução Neolítica foi um conjunto de profundas e importantes
transformações no modo de vida de alguns agrupamentos humanos, das quais
as mais importantes foram a domesticação de animais e o desenvolvimento
da agricultura. Em conjunto, estas duas inovações possibilitaram aos homens
pré-históricos uma oferta maior (e mais estável) de alimentos. A oferta
controlada de alimentos, com produção de excedentes, permitiu ao homem se
fixar e construir habitações duradouras, constituindo as primeiras povoações
fixas, em geral nas proximidades dos grandes rios. Ocorriam os primeiros
casos de sedentarização dos homens, em pequenas povoações nas quais
prevalecia a propriedade coletiva da terra.

DIVISÃO DO TRABALHO E COMPLEXIFICAÇÃO DA SOCIEDADE


Nessas sociedades em que não era necessário caçar e coletar
constantemente, foi possível também haver a divisão e a especialização do
trabalho. Uma forma recorrente da divisão de tarefas era a divisão sexual do
trabalho, na qual as mulheres ficavam responsáveis pelo plantio e colheita
dos gêneros, além da criação dos filhos, enquanto os homens cuidavam da
caça e coleta, da proteção da povoação e da confecção das ferramentas e
armas. Com o tempo, porém, novas especializações do trabalho foram
surgindo, uma vez que a maior oferta de alimentos liberava parte da população
para outras funções que não a caça e a coleta. É provável que de uma maior
dedicação à reflexão e exercício de um ofício, possibilitados pela
especialização do trabalho, decorra o aprimoramento de técnicas de produção
de ferramentas, pois este foi um período de avanços nas técnicas e tecnologias
das populações pré-históricas. Foi possível desenvolver técnicas mais
aprimoradas, como armas e ferramentas de pedra polida, que davam maior
precisão e eficiência aos trabalhos, além da produção de cerâmicas e de
cestaria, que permitiram a conservação de alimentos por mais tempo. Desde
os últimos milênios do Paleolítico também já era possível encontrar
artesanatos com provável função religiosa, como as estatuetas representando
figuras femininas encontradas no Oriente Médio (datando do Paleolítico Na primeira imagem: artefatos do Neolítico
Superior). No Neolítico, aparecem os monumentos megalíticos na Europa. escavados na Macedônia. Atualmente, se
encontram no Museu Arqueológico da
Há fortes indícios de que algumas destas comunidades já desenvolviam Tessalônica, na Grécia.
crenças sobre os significados religiosos da morte, pois deixaram vestígios de Na segunda imagem: Pontas de lança e pontas de
flecha do período Neolítico encontradas no
ritos elaborados de sepultamento. A fundição de metais foi desenvolvida em Reino Unido. Museu de Yorkshire, York, no
algumas sociedades na passagem desse período para a Antiguidade. Reino Unido.

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A REVOLUÇÃO URBANA: O CRESCENTE FÉRTIL E AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
Com a chamada Revolução Neolítica, diversas populações começam a desenvolver a agricultura e a criação de
animais. Um processo de sedentarização se desenrola no Oriente Médio, sobre a área conhecida como “Crescente Fértil”
(englobando a Palestina, a Mesopotâmia e o Egito). O Crescente Fértil era uma área em que a umidade do clima e a riqueza
do solo favoreciam a agricultura, a criação de animais e, consequentemente, a fixação de comunidades humanas. Tamanha
segurança e oferta de alimentos levaram a significativo aumento populacional. Surgiam as aldeias e, depois, as cidades. Era
a “Revolução Urbana”. Não à toa, nesta região se desenvolveram as primeiras grandes civilizações, com as primeiras
formas de escrita: Mesopotâmia e Egito. Com a invenção da escrita por estes dois povos – que, aliás, mantiveram intenso
contato econômico e cultural entre si – finalmente saímos da Pré-História, e iniciamos a Idade Antiga ou Antiguidade
(3500 a.C.- 476 d.C.).

Moradia neolítica que teria sido habitada entre 3200 e 2500 a.C., no assentamento de Skara Brae, localizado na Escócia.

OS PRIMEIROS HABITANTES DA AMÉRICA

A CHEGADA DOS “PALEOÍNDIOS” AO CONTINENTE AMERICANO


Os pesquisadores da pré-histórica americana costumam chamar de “Paleoíndios” aos grupos humanos que primeiro
habitaram o continente, ainda no período Paleolítico. As origens exatas dos primeiros habitantes do continente americano
ainda são objeto de debate entre os estudiosos da área. Por um lado, a datação precisa da chegada desses povos ao continente
ainda não é um consenso: alguns arqueólogos acreditam que as evidências apontam para uma ocupação datando de cerca
de 50 mil anos atrás, embora a maioria dos pesquisadores acredite em uma datação um pouco mais modesta, de cerca de 20
mil anos no passado.
Também não existe consenso quanto ao caminho trilhado pelos primeiros povoadores da América. Há duas hipóteses
mais aceitas – e que não são mutuamente excludentes – para explicar a chegada do ser humano ao continente americano. A
primeira delas aponta o Estreito de Bering como a possível rota utilizada por levas de caçadores-coletores vindos do
continente asiático. O Estreito de Bering é um canal que une o Oceano Ártico ao Oceano Pacífico. De acordo com essa
teoria, durante o último período glacial do Paleolítico, a diminuição de cerca de 120 metros nos níveis dos oceanos teria
criado uma ponte natural entre Ásia e América, chamada de Beríngia, permitindo a passagem de povos asiáticos para a
América do Norte há cerca de 20 mil anos. A outra hipótese (menos aceita) defende que populações da Austrália e da
Polinésia, de traços mais semelhantes aos dos povos africanos e aborígenes, teriam migrado em canoas através do Oceano
Pacífico.
Outro ponto de debate é a questão do início da ocupação do subcontinente sul-americano. Até recentemente, a
principal hipótese sobre o início da ocupação da América era a chamada Teoria Clóvis. Para os seguidores dela, o sítio
arqueológico mais antigo das Américas era o de Clóvis, no Novo México (EUA). A Cultura Clóvis data de cerca de 13 mil
anos atrás. Portanto, para os defensores desta hipótese, o povoamento das américas não pode ter muito mais de que 13 mil
anos, e teria começado na América do Norte, estendendo-se para a América do Sul nos milênios seguintes.

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Descobertas mais recentes colocarem em dúvida, entretanto, esta teoria. Sítios arqueológicos encontrados no Brasil
e no Chile apresentam vestígios de ocupação humana que podem datar de mais de 13 mil anos atrás. A arqueóloga brasileira
Niède Guidon defende uma data ainda mais extrema. Guidon é uma partidária da teoria da navegação pelo Oceano Pacífico,
e encontrou no Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí) vestígios de carvão vegetal que podem ter sido restos de fogueiras
e pedras lascadas feitas por seres humanos há cerca de 58 mil anos. Se confirmada a teoria dessa arqueóloga, isso significaria
que a chegada dos seres humanos no continente americano é muito mais antiga de que se supunha antes. Entretanto, a
hipótese de Guidon ainda é muito contestada.

OS PALEOÍNDIOS DO BRASIL
Os paleoíndios brasileiros eram povos nômades, caçadores e coletores,
que ainda conviveram com a Megafauna que habitava as américas. O fóssil
humano mais antigo do Brasil foi encontrado na gruta da Lapa Vermelha, no
município de Pedro Leopoldo (Minas Gerais). Apelidado de Luzia, o fóssil é
de uma mulher que teria vivido na região entre 11500 e 12000 anos atrás, de
acordo com datação feita na década de 1990. Luzia é considerada parte do
povo que ficou conhecido como “Homens da Lagoa Santa”, que teriam
habitado aquela região e depois desparecido sem deixar descendentes. O fóssil
de Luzia já indica que a presença humana no que hoje é o Brasil data de pelo A descoberta da ossada de Luzia ascendeu, na
década de 1990, uma nova polêmica na
menos 12 mil anos atrás. Mas, Luzia não é o único vestígio da presença de comunidade arqueológica: a simulação em 3D
seres humanos na América do Paleolítico. No Parque Serra da Capivara, no de como podem ter sido as feições de Luzia
apontaram para traços mais aproximados aos
município de São Raimundo Nonato (Piauí), foram encontradas pinturas dos povos negros e originárias da África e da
rupestres que podem datar de cerca de 12 mil anos atrás. Oceania. Se este fato for confirmado, isto
Os arqueólogos costumam classificar os povos por eles estudados em poderia indicar que o povo de Luzia não veio
junto com as populações que migraram da Ásia
“tradições”. As tradições são um conjunto de práticas e técnicas de confecção para a América do Norte e, posteriormente,
de objetos que mantém características comuns em um determinado espaço ocuparam a América do Sul, mas, sim, em uma
leva migratória oriunda da Oceania, que teria
geográfico por considerável período. No Brasil, é possível encontrar diversas navegado o Pacífico e se estabelecido na
tradições arqueológicas. Um exemplo é a Tradição Humaitá. Encontrada na América do Sul.

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região Sul do país, entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a
Tradição Humaitá é a classificação de grupos que datam de cerca de 6600 a.C.
Eram grupos caçadores-coletores que se dedicavam à pesca e à coleta de
moluscos, raízes e frutos. Fabricaram objetos de pedra lascada e alguns poucos
de pedra polida. Têm como característica marcante a ausência de pontas de
projéteis. Outros exemplos de tradições no Brasil são a de Itararé (no Paraná)
e de Taquara (no Rio Grande do Sul).
(1)
OS SAMBAQUIS
No litoral sul do Brasil e na Amazônia são encontrados sítios
arqueológicos constituídos por grandes montes de cascas de moluscos e restos
de peixes amontoados e fossilizados. Estes montes são conhecidos como
Sambaquis, e os maiores deles podem ter mais de 10 metros de altura. O
termo “Sambaqui” deriva do tupi (tamba = marisco; ki = amontoado). Os
Sambaquis foram gerados pelo acúmulo de conchas de moluscos (ostras,
(2)
mexilhões etc.) e restos de outros mariscos descartados pelas populações que
viviam próximo aos mangues – áreas que, pela oferta de alimento abundante,
permitiam a longa permanência de agrupamentos humanos. A ação do tempo
e das chuvas levaram a uma calcificação desses restos, enrijecendo-os. Alguns
povos indígenas faziam suas habitações sobre os sambaquis, aproveitando-se
da vantagem que era oferecida pela localização elevada. Estes povos eram
(3)
caçadores, coletores e pescadores, chegaram a desenvolver a cerâmica. Graças Artefatos encontrados em sambaquis.
à longa permanência destas populações sobre os acúmulos de restos mariscos, Atualmente, pertencem ao Museu Arqueológico
os sambaquis se tornaram importantes fontes de informações sobre a vida de Sambaqui de Joinville (SC).
(1) Baleia esculpida em rocha.
daquelas pessoas. Suas muitas camadas de depósitos de conchas preservaram (2) Vaso de cerâmica.
ferramentas de pedra e de ossos, restos de fogueiras, cerâmicas e mesmo (3) Pingente de osso de baleia.
sepulturas com fósseis humanos. Os povos dos sambaquis viveram entre 6 mil
e 5 mil anos atrás.

EXERCÍCIOS

1) “Em sua longa história evolutiva, o ser humano adaptou-se a diferentes meios e assim garantiu e ampliou sua subsistência,
desenvolveu o raciocínio e foi capaz de produzir recursos naturais para aperfeiçoar seu estilo de vida. A maior parte dessas
conquistas ocorreu em um período denominado Pré-história”
(BRAICK, P. R; MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio Volume 1. São Paulo: Editora Moderna, 2010, p. 33).
Sobre esse período assinale a alternativa INCORRETA.
a) no Paleolítico, os seres humanos ainda não eram capazes de produzir artefatos de pedra.
b) no Neolítico, foram desenvolvidos instrumentos de pedra mais duráveis e eficientes, além da domesticação de animais.
c) no Paleolíticos, os humanos viviam em cavernas ou em abrigos sobre as rochas.
d) no Neolíticos, os grupos humanos formaram aldeias e praticavam a agricultura.
e) na Pré-história, alguns grupos humanos fizeram pinturas rupestres representando cenas de seu cotidiano.

2) Assinale a alternativa que corresponde às características do homem no Paleolítico:


a) Praticava a agricultura e o comércio nos pequenos núcleos urbanos.
b) Desenvolvia grandes sistemas de irrigação e drenagens, com complexas construções em formas de pirâmides.
c) Trabalhava na metalúrgica, em especial, na fabricação de armas de guerra e instrumentos agrícolas.
d) Vivia de atividades como a caça e coleta de frutos silvestres, habitando em regiões de savanas e utilizando acampamentos
provisórios.
e) abandonou a caça e a coleta, tornando-se sedentário no desenvolvimento de práticas agrícolas e do pastoreio.

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3) Aproximadamente 12 mil anos atrás, a última era glacial chegava ao fim. Nesse período, os grupos humanos da região
do chamado “Crescente Fértil” já haviam aperfeiçoado o uso de ossos, madeira e marfim para fabricar agulhas com furos,
arpões, lanças, pontas e garfos e, usando pedras polidas, começaram a fabricar enxadas, foices, pilões e machados,
inaugurando um período que chamamos de Neolítico. Esse período é caracterizado principalmente pela:
a) Descoberta do fogo e pela invenção da escrita.
b) descoberta da fundição dos metais e pelo surgimento das primeiras cidades.
c) invenção da agricultura e pela sedentarização dos primeiros grupos humanos.
d) invenção da roda e pela mecanização da produção agrícola.
e) invenção dos números e pelo surgimento do capitalismo.

4) Estabeleça uma relação entre a descoberta da agricultura e da pecuária e a sedentarização de comunidades humanas pré-
históricas.

5) Quais são as principais hipóteses que tentam explicar a chegada do ser humano ao continente americano? Qual dessas
hipóteses é a mais aceita?

6) Explique a Teoria Clóvis, indicando, em seguida, os motivos que levaram à contestação desta teoria nas últimas
décadas.

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