Você está na página 1de 21

UNIVERSIDADE PAULISTA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA


CURSO GESTÃO HOSPITALAR

PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR IX

SÃO PAULO
2016
UNIVERSIDADE PAULISTA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
CURSO GESTÃO HOSPITALAR

Carla Rosa Santana Martins RA 1433573 (Polo Anália Franco- São Paulo)
Noemi Lima de Aguilar RA1403300 (Polo Cosmópolis-São Paulo)
Thamiris D’Avila RA 1225763 (Polo Saúde- São Paulo)
Jesue Manoel Gonçalves Junior RA 1407364 (Polo Cachoeiro de Itapemirim)
Débora Queiroz Werneck RA 1415616 (Polo Cachoeiro de Itapemirim)

SÃO PAULO
2016
RESUMO

O PIM IX tem por objetivo apresentar, através das teorias já publicadas, a


Estrutura e Funcionamento do Sistema Público e Privado de Saúde, a Gestão
do Plano de Saúde e a Auditoria Hospitalar e Metodologia do Trabalho
Acadêmico, com foco na Gestão Hospitalar. Este trabalho foi realizado por
meio de pesquisa na Instituição escolhida, o Hospital Evangélico de
Cachoeiro de Itapemirim - HECI e apoiado às teorias estudadas e
pesquisadas, sendo estas as metodologias utilizadas para realizá-lo. Espera-
se que essa pesquisa e estudos ampliem nossos conhecimentos sobre os
temas mencionados, além de nos colocarem frente à realidade vivida no
hospital, dando-nos uma visão real da funcionalidade e importância desses
conteúdos para o nosso treinamento. A pesquisa realizada atendeu às nossas
expectativas, entretanto, infelizmente, percebeu-se que a realidade da saúde
brasileira, baseada na pesquisa realizada, não é uma das melhores e que
ainda há muitos desafios a serem enfrentados.

Palavras-chaves: Gestão Hospitalar, Gestão de Plano de Saúde e Auditoria


Hospitalar, Estrutura e Funcionamento do Sistema de Saúde Pública e
Privada, Metodologia do Trabalho Acadêmico.
ABSTRACT

The purpose of PIM IX (Integrated Multidisciplinary Project) is to present,


through theories already published, on the Structure and Functioning of the
Public and Private Health System, Health Plan Management and Hospital
Audit and Methodology of Academic Work. Focus on Hospital Management.
This work was carried out by means of research in the chosen Institution, the
Evangelical Hospital of Cachoeiro de Itapemirim - HECI and support of
theories studied and researched, these being the methodologies used to carry
it out. It is hoped that this research and studies will broaden our knowledge on
the subjects mentioned, besides putting us face to face with the reality lived in
the hospital, giving us a real vision of the functionality and importance of these
contents for our training. The research carried out met our expectations,
however, unfortunately, it was realized that the reality of Brazilian health,
based on the research carried out, is not one of the best and that there are still
many challenges to be faced.

Keywords: Hospital Management, Health Plan Management and Audit


Hospital, Structure and Operation of the Public Health System and Private,
Academic Work Methodology.
SUMARIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6
2 GESTÃO DE PLANO DE SAÚDE E AUDITORIA HOSPITALAR ..................... 7
2.1 Gestão de Plano de Saúde
2.2 Auditoria Hospitalar
3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA E
PRIVADA ........................................................... Erro! Indicador não definido.
3.1 A saúde pública e privada no Brasil ................................................................ 10
3.2 Avaliação do atual modelo da gestão pública do SUS quanto ao financiamento
público na saúde ............................................................................................. 11
3.3 Administração pública e a gestão da saúde ................................................... 12
3.4 O direito à saúde que o SUS deve garantir e gerir ......................................... 12
3.5 O público e o privado: complementaridade dos serviços públicos.................. 13
4 METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO ............................................ 14
4.1 Importância da Metodologia do Trabalho Acadêmico no Ensino Superior ..... 14
4.2 Os Pré-Requisitos Lógicos do Trabalho Científico ......................................... 17
5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 19
6 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 20
6

1 INTRODUÇÃO

Este projeto integrado multidisciplinar (PIM IX) destina-se a


apresentar a empresa do ramo de saúde Hospital Evangélico de Cachoeiro
de Itapemirim - HECI, ressalta-se que a sigla HECI será utilizada para se referenciar
ao Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, empresa que atua na área de
medicina preventiva, mas que tem como foco fundamental a medicina curativa,
tendo em vista que é no hospital onde acontecem os internamentos das mais
distintas patologias para diagnóstico e terapêutica.
Situado na rua Anacleto Ramos bairro Ferroviários – Cachoeiro de
Itapemirim – ES. É o maior prestador de Serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS)
da região, com 286 leitos, mais 33 leitos de UTI, sendo 10 leitos de UTI Geral, UTI
Cardiológica 08 e 15 de UTI Neonatal.
A partir do ano de 1991 foram feitos esforços no sentido de instalar novos
serviços, objetivando a melhoria do grau de resolução, não apenas para suprir as
necessidades locais, mas também regionais. Isso levou à realização de obras de
reformas e ampliações, e adquiridos instrumentais e aparelhos.
Atualmente o HECI possui residência médica nas especialidades de
Clínica Médica, cirurgia geral, Cardiologia, Anestesiologia, ginecologia/Obstetrícia,
Neonatologia e cancerologia clínica além de residência multiprofissional para
Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem e Serviço Social em dois eixos:
oncologia e intensivíssimo. É com base nesse hospital, que falaremos das matérias
a seguir:
A disciplina de Gestão de Plano de Saúde e Auditoria Hospitalar tem como
objetivo contribuir para a compreensão dos processos, contexto e desafios da
auditoria médica e sua integração com a gestão de custos, qualidade e riscos no
setor de saúde suplementar. Optou-se por um estudo na área de auditoria médica
do Hospital em foco. Esta escolha foi reforçada pelo interesse em analisar as
questões de integração entre as partes acordadas, que têm como objetivos centrais
preservar a valorização do profissional e proporcionar qualidade na assistência
à saúde.
A matéria Estrutura e Funcionamento do Sistema de Saúde Pública e
Privada, tem intuito de mostrar que, a tarefa de administrar um hospital não é das
mais fáceis. É de responsabilidade do gestor cuidar desde a implantação de rotinas
7

diárias de um estabelecimento de saúde, até os equipamentos necessários para o


seu bom funcionamento. Escolhemos o Hospital Evangélico como fonte de pesquisa,
para analisarmos como fica o ambiente hospitalar, em meio as adversidades do
sistema Público de Saúde, e em meio aos tantos problemas de Políticas Públicas,
ao qual envolvem a gestão de governo, que é um dos grandes empasses nesses
últimos dias.
E para finalizarmos falaremos sobre a disciplina Metodologia do Trabalho
Acadêmico, que objetiva analisar a importância da metodologia no ensino superior e
quais os benefícios que essa disciplina oferece na vida acadêmica do aluno, uma
vez que, observa-se que alunos recém chegados a Universidade têm dificuldades ou
desconhecem regras básicas de elaboração de trabalhos científicos, e dificuldades
de identificar a importância da metodologia adotada pela Instituição para o
desenvolvimento das práticas acadêmicas e didáticas no ensino superior, para a
formação de profissionais capazes de produzir trabalhos embasados em pesquisas
cientificas e empíricas, pois, almeja levar o aluno a comunicar-se de forma correta,
inteligível, demonstrando um pensamento estruturado e convincente, através de
regras que facilitam e estimulam à prática da leitura, da análise e interpretação de
textos e consequentemente a formação de juízo de valor, crítica ou apreciação com
argumentação coerente.
Todas essas disciplinas serão apresentadas por meio de embasamento
teórico que fundamentaram as pesquisas realizadas no HECI, pois são as teorias
que nos levarão a um questionamento crítico quanto ao funcionamento do hospital e
as possíveis soluções para os problemas levantados.
As pesquisas no hospital foram feitas a parti de levantamentos de dados em
documentos disponibilizados para pesquisa, e por depoimentos formal e informal
dados pelos funcionários, alguns coordenadores e chefes de equipes que trabalham
no hospital.

2 GESTÃO DE PLANO DE SAÚDE E AUDITORIA HOSPITALAR

2.1 Gestão de Plano de Saúde


8

Administrar um hospital é uma tarefa que exige do gestor uma grande


competência, visto que, a área da saúde não é umas das mais organizadas no
Brasil, tanto ao que tange a saúde pública, como a particular. Contudo, falar de
plano de saúde exige muito mais que uma competência de gestão hospitalar, pois o
plano saúde é um serviço que não depende necessariamente de funcionar dentro ou
vinculo a um hospital especifico, ele pode ser independente e prestar seus serviços
aos clientes em clínicas próprias ou vinculado a mais de um hospital.
Além disso, o plano de saúde está direcionado para a venda o que exige da
gestão uma posição competitiva e de estratégias perante a concorrência, já que,
conforme os dados da Agência Nacional de Saúde, citado por Zilber e Lazarini
(2008), em maio de 2004 estavam registradas como operadoras nesse segmento
1.159 empresa, fazendo com o setor seja caracterizado como muito competitivo.
Apesar de em 2004 os planos de saúde estarem altamente disputados, uma
reportagem exibida pelo Fantástico, no dia 30 de outubro de 2016, mostrou que mais
dois milhões de brasileiros perderam ou deixaram o plano de saúde nesse ano, isso
por que uma crise financeira assolou o país, causando impacto até mesmo em
setores que normalmente não sofrem muito, pois são considerados como prioridade
na vida das pessoas.
Com isso, a crise vem exigindo dos gestores de planos de saúde estratégias
e medidas rápidas para manter os clientes ativos. Mas qual seria a função do gestor
de plano de saúde frente as adversidades? E como funciona uma gestão de plano
de saúde?
A resposta para essas perguntas é única, estratégia. Na pesquisa realizada
por Zilber e Lazarini (2008), apontou que o gestor de planos necessita averiguas
quais sãos as principais fontes de vantagens, e como chegar a elas respeitando o
cliente e suas necessidades. Como resultados dessas pesquisas foram revelados os
principais fatores que influenciam os clientes na escolha de um plano de saúde e
para surpresa de muitos gestores o fator preço ficou em terceiro lugar, e em primeiro
lugar ficou agilidade e atendimento.
Isso mostra que o gestor de planos necessita conhecer seu público alvo,
quais são suas necessidades e como ele pode enquadra a realidade da empresa a
realidade do cliente. Precisa ter um planejamento financeiro para se adequar ao
valor que o cliente possa pagar, precisa ter um planejamento de marketing para
alcançar esse cliente e precisa acima de tudo preparar bem sua equipe, e se
9

associar com locais preparados, para atender seus clientes com agilidade e
qualidade, sem nunca se esquecer que quando o seu cliente for utilizar o serviço e
passa a ser também paciente e que necessitará de todo o apoio para que que sinta
bem durante o atendimento, que deve ser humanizado.
O HECI, aonde foi realizada nossa pesquisa, é um hospital filantrópico, que
atende pelo SUS, particular e convênios, ele não possui um plano de saúde próprio
fazendo com que tenha que se conveniar a vários planos de saúde. Por um lado,
isso é bom, pois amplia a quantidade de pacientes a serem atendidos no hospital,
visto que ele é referência em oncologia, cardiologia e gestação de alto risco, por
outro lado a público que frequenta o hospital acha que seria mais fácil, rápido e
eficaz se o hospital possuísse um plano próprio.

2.2 Auditoria Hospitalar

As novas tecnologias têm feito com que mude o sistema de saúde, tanto
público como privado. Além disso, os cliente e/ou pacientes têm sido cada vez mais
exigentes quanto a transparência e ao que tange aos seus direitos. Essas questões
vinculadas ao fato do SUS não ser o único provedor de serviço à saúde, mas que
segundo o Art.149, as iniciativas privadas estão sujeitas a regulação, fiscalização e
controle pelo Estado (Brasil, 1998), fez com que a cobrança fosse ainda maior para
ambos. A auditoria, no entanto, é algo antigo e importante para que haja
transparências dentro da gestão hospitalar. E segundo Santos e Barcellos
Existem diferentes conceituações para auditoria, variando conforme o autor
e de acordo com sua finalidade. Holmes (1956) postula que auditoria é o
exame de demonstrações e registros administrativos. Para Sá (2002), o
auditor observa a exatidão, a integridade e a autenticidade de tais
demonstrações, registros e documentos. Conforme assevera Chiavenato
(2006), a auditoria é um sistema de revisão de controle para informar a
administração sobre a eficiência e a eficácia dos programas em
desenvolvimento, não sendo sua função somente indicar os problemas e as
falhas, mas também apontar sugestões e soluções, assumindo, portanto,
um caráter educador. (Santos e Barcellos, 2009)

Dentro desses conceitos apresentados vários pontos de cada um deles


podem ser destacados para que se chegue ao conceito de auditoria hospitalar, que
segundo os mesmos autores teve início nos Estados Unidos como auditoria de
saúde e com algumas diferenças das que existem hoje, mas que vem em crescente
10

e ganhando um espaço de suma importância para o desenvolvimento dos serviços


de saúde públicos e privados.
A auditoria pode acontecer em vários âmbitos, e acontece de forma diferente
em cada âmbito.
No HECI, por se tratar de um hospital filantrópico, que atende particular, SUS
e convênio, são necessárias várias auditorias em âmbitos diferentes, além disso
com atendimento de vários convênios diferentes e como regras diferentes para
autorização do serviço, o recurso de glosa tem se mostrado uma evolução eficaz na
auditoria hospitalar.
O HECI possui um setor especifico que funciona diariamente para manter o
controle das contas hospitalares e fazer o que é chamado de auditoria interna, e
como diferencial, o hospital investe em curso para treinamento dos funcionários do
setor, prezando sempre por uma boa qualidade de serviço e pela transparência.
Além disso é realizada uma vez por ano uma auditoria externa, onde vem uma
equipe especializada para verificar se a auditoria interna está sendo capaz e
competente no trabalho efetuado.

3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE


PÚBLICA E PRIVADA

3.1 A saúde pública e privada no Brasil

Sabe-se que a saúde é um tema que sempre gera polêmicas e


opiniões diversas. Gera, também, certos sentimentos nas pessoas que elas
próprias nem pensariam que poderiam agir de tal forma. Raiva, ódio,
sentimento de descrença, de inutilidade ao ver tantas coisas ruins, tristes, que
poderiam, muitas vezes, com tão pouco serem resolvidas.
No Brasil, a saúde passa por momentos nada agradáveis. Por mais
que se tente, ou ao menos se diga que tente, as coisas andam devagar.
Sempre se fala, em jornais, televisão, que a saúde está doente. Muitos
hospitais sem leitos para seus pacientes, sem remédios, meses aguardando
por uma consulta, negligências em certas cirurgias, a queixa de muitas
11

pessoas que alegam terem sido abandonadas, sem os cuidados necessários,


sendo tratado como qualquer coisa sem valor, sem sentimento, um mero
objeto. Sem dizer dos profissionais que não honram o belo juramento de
Hipócrates, levando a uma séria desconfiança de que esses profissionais
exerçam a profissão apenas pelo retorno financeiro e não por amor ao
próximo. Mas claro que ainda há profissionais que mereçam méritos! Mas isso
não é “privilégio” somente da saúde pública. Sabemos também das
dificuldades de pacientes que procuram se curar no sistema privado. Há
muitas privações e proibições dentre muitas doenças ou tratamentos que se
possa vir a necessitar. Encontramos dificuldades para poder se tratar de
problemas mais sérios, que requeiram maiores cuidados.
E isso não ocorre somente no Brasil. Em outros países também se
pena para conseguir bons atendimentos na saúde. Nos Estados Unidos, por
exemplo, há uma dificuldade, um abuso em certos casos. Pessoas que tem
que escolher qual dos dedos, cortados em um acidente com uma máquina,
quer recolocar, claramente apresentados com uma grande diferença de preço
entre um e outro.

3.2 Avaliação do atual modelo da gestão pública do SUS quanto ao


financiamento público na saúde

A demanda de se estudar e discutir o atual modelo de gestão e


financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é muito oportuna. Essa
avaliação é essencial para que sejam valorizados os acertos e identificados
os erros para sua devida correção. São muitos os acertos e avanços pouco
valorizados pelo destaque que universalmente se dá aos erros e
descaminhos.
A proposta deste artigo é analisar os princípios legais da gestão do
financiamento da saúde no Brasil e os números históricos e atuais do
financiamento. A conclusão a que chego, baseando-me em inúmeros escritos
meus, é que os princípios legais em relação ao financiamento SUS não vêm
sendo cumpridos. Esse é o grande nó da gestão do financiamento com suas
duas vertentes conhecidas: a insuficiência de recursos e a ineficiência de
seus gastos.
12

Os recursos hoje destinados à saúde são insuficientes para a tarefa de


se executar um sistema universal de saúde. A comprovação dessa verdade
será apresentada comparando-se o gasto per capita com Saúde Pública no
Brasil e ao de outros países do mundo, em moeda pareada segundo o poder
de compra.

3.3 Administração pública e a gestão da saúde

Contudo, para se implementar esse direito, reconhecido com muitos


anos de atraso, faz-se necessário ter um Estado que se harmonize com esse
dever, tanto do ponto de vista dos meios e processos de execução (o agir
administrativo), quanto da garantia dos recursos financeiros. Por isso, a
efetividade do direito à saúde passa obrigatoriamente pela melhoria ‘das
condições executivas’ da Administração Pública, as quais não ocorreram a
contento até os dias de hoje. Por isso, urge que se dê nova conformação à
Administração Pública para conter um sistema que está sobrando por todos
os lados, não cabendo nesse formato de gerir a máquina pública.
Essa questão traz nefastas consequências à efetividade do direito à
saúde por não ter sido possível criar uma cultura social que inclua entre seus
ideários a efetividade desse seu direito, não fazendo parte da crença e
valores de cidadania manter um sistema público, universal, equitativo e de
qualidade para todos os brasileiros. Não se construiu o conceito de direito à
saúde; prevalece o conceito de consumidores de saúde, com a população
idealizando ter renda para ter um plano de saúde privado. As políticas
públicas que se consagraram são aquelas que se estruturam como valores e
crenças sociais. É importante a visão comum de que determinado bem deve
se constituir num direito social.

3.4 O direito à saúde que o SUS deve garantir e gerir

É de fundamental importância definir as atribuições dos órgãos e entes


que compõem o SUS antes de adentrar no aspecto da sua gestão técnica e
jurídico-administrativa. Demarcar seu campo de atuação é essencial para fixar
as responsabilidades dos entes federativos, que, muitas vezes, se veem
obrigados a arcar com deveres que nem sempre estão nas atribuições do
13

sistema público de saúde ante uma má compreensão dos contornos jurídicos


do direito à saúde expressos no artigo 196 da Constituição Federal (CF),
onerando o seu financiamento e o planejamento da saúde.
Todos nós sabemos que o direito à saúde no Brasil foi garantido
tardiamente – somente em 1988. O que veio tarde, veio em abundância e
generosidade, ainda que estejamos falando teoricamente e não em relação à
sua operacionalidade e efetividade. A garantia do direito à saúde no nosso
país dá-se nos mais amplos termos.
Com a saúde sendo compreendida como a resultante das condições de
vida da sociedade, deixou-se de lado a concepção de saúde como
biogenética e passou-se para o conceito de que a saúde de uma sociedade é
o reflexo das condições econômicas, sociais e culturais daquela nação (artigo
3º da lei n.º 8.080/1990 e artigo 196 da CF), lembrando, ainda, que a
Constituição garantiu saúde para todos, sem exceção, diferente de outras
constituições europeias, como a italiana, que protege a saúde, mas apenas
‘garante serviços de assistência à saúde’ aos indigentes.

3.5 O público e o privado: complementaridade dos serviços públicos

O próprio SUS não escapou dessa necessidade de participação do


setor privado na complementaridade dos serviços públicos de saúde. A
Constituição de 1988 tratou desse tema ao permitir ao Poder Público recorrer
aos serviços privados de saúde quando os próprios fossem insuficientes. E
diante do baixo financiamento da saúde, impeditivo do aumento das
atividades públicas, e principalmente, em razão das dificuldades da gestão
pública, essa complementaridade se expandiu além daquilo que se previa
inicialmente.
É necessário que o interesse público se imponha sob qualquer modelo,
dando as cartas no sentido de proteção dos direitos sociais, dizendo as
regras, controlando, fiscalizando e, principalmente, planejando as ações e os
serviços públicos que precisam ser executados de maneira eficiente, eficaz e
qualitativa. Sem planejamento não se vai muito longe.
14

4 METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO

4.1 Importância da Metodologia do Trabalho Acadêmico no Ensino Superior

Diversos segmentos da educação vêm discutindo a aplicação mais


cedo da Metodologia Científica no meio educacional, a partir da exigência das
normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, já no
ensino fundamental, para que desta forma o aluno possa despertar o
interesse pela leitura e na organização das suas ideias. Assim, ao chegar na
Universidade estará mais apto a realizar os trabalhos acadêmicos, não
engrossando as estatísticas de deficiência e baixa qualidade na elaboração
de trabalhos acadêmicos pelos universitários.
Este estudo objetiva conhecer os vários tipos de metodologias usadas
pelas Instituições acadêmicas no nível superior assim como identificar a
importância da metodologia que cada Instituição adota para o
desenvolvimento das práticas acadêmicas e as contribuições dessa disciplina
para a formação de profissionais capazes de produzir trabalhos
fundamentados em pesquisas cientificam, pois, a metodologia almeja levar o
aluno a comunicar-se de forma inteligível, demonstrando um pensamento
estruturado, plausível e convincente, através de regras que facilitam e
estimulam à prática da leitura, da análise e interpretação de textos e
consequentemente a formação de juízo de valor com argumentação plausível
e coerente e consequente fuga do senso comum. A necessidade do estudo
em questão pode ser considerada na medida em que ela irá abordar a
importância da disciplina de Metodologia Científica no desenvolvimento
técnico, ideológico e científico do aluno de nível superior melhorando a sua
produtividade e a qualidade das suas produções. A Metodologia estuda os
meios ou métodos de investigação do pensamento correto e do pensamento
verdadeiro, e procura estabelecer a diferença entre o que é verdadeiro e o
que não é, entre o que é real e o que é ficção (OLIVEIRA, 1997).
A Metodologia Científica, mais do que uma disciplina, significa
introduzir o discente no mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais,
base da formação tanto do estudante quanto do profissional, pois ambos
15

atuam, além da prática, no mundo das ideias. Podemos afirmar que a prática
nasce da concepção sobre o que deve ser realizado e qualquer tomada de
decisão, fundamenta-se naquilo que se afirma como o mais lógico, racional,
eficiente.
Metodologia do trabalho acadêmico trata-se de um estudo sobre um
tema especifico ou particular, com suficiente valor representativo e que
obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em
profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos,
dependendo dos fins a que se destinam. (SALOMAN 1999).
Dentre os vários tipos de metodologia podemos elencar as principais
modalidades de trabalhos acadêmicos: artigo e uma publicação ou parte de
um trabalho maior, com autoria declarada, que apresenta e discute ideias,
métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do
conhecimento; dissertação e um estudo teórico de natureza reflexiva, que
consiste na ordenação de ideias sobre um determinado tema.
A característica básica da dissertação é de cunho reflexivo- teórico,
pois o ato de dissertar pressupõe atribuir ênfase ao debate, a discussão, ao
questionamento; ensaio e um estudo bem desenvolvido, formal, discursivo e
concludente, consistindo em exposição lógica e reflexiva e em argumentação
rigorosa com alto nível de interpretação e julgamento pessoal; estudo de caso
e um tipo de trabalho acadêmico que retrata uma experiência acadêmica ou
profissional de pessoas ou entidades e que podem contribuir com a formação
do aluno; monografia consiste no desenvolvimento de um trabalho
acadêmico, sua abordagem em um único assunto, um único problema com
tratamento especifico; o artigo cientifico que normalmente é escrito para ser
apresentado em congressos, um papel, em geral, submete-se a um menor
número de regras quando comparado com uma monografia, varia entre 8 e 20
páginas; projeto de pesquisa: e um documento que contempla a descrição da
pesquisa nos seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da
pesquisa, a qualificação dos pesquisadores e a todas as instancias
responsáveis, o ponto mais importante de um projeto de pesquisa e o perfeito
conhecimento e identificação do problema a ser investigado; relatório final de
estágio e um instrumento destinado ao registro do desenvolvimento do plano
de estágio; resenha é um pequeno texto discorrendo sobre outro texto que
16

pode ser um livro, um artigo, um texto qualquer ou mesmo um filme com uma
abordagem crítica; TCC é um trabalho de investigação cientifica, de natureza
sistemática e produtiva de conhecimento; tese representa o resultado final de
um estudo cientifico sobre um tema único, inédito e bem delimitado, deve ser
elaborado com base em investigação original, (PREVIDELLI, CANONICE,
2008).
Os trabalhos acadêmicos segundo Previdelli e Canonice (2008) apesar
de servir como instrumento de avaliação, diferenciam-se fortemente das
avaliações realizadas em sala de aula por diversos motivos, dentre os quais
está o ambiente, e condições de desenvolvimento dos mesmos, tempo e local
do desenvolvimento do trabalho e custo da pesquisa.
Ao realizar trabalhos acadêmicos, os alunos estão sendo avaliados e
estão ao mesmo tempo em processos de aprendizagem que é o foco das
instituições e dos que buscam uma qualificação superior, é nesses trabalhos
que os alunos passam a desenvolver o senso crítico de forma coerente e
baseada em fatos comprovados.
A importância da disciplina na atualidade em relação à formação
profissional está relacionada com alguns princípios como: reconhecer a
importância da Metodologia no processo ensino-aprendizagem, como
instrumento teórico-prático, envolvendo a pesquisa, extensão e a prática de
ensino na escola ou outras instituições; expressar-se nos documentos
técnicos e específicos e nas relações interpessoais; interagir em diferentes
contextos organizacionais e sociais; ser flexível e adaptar-se em função da
resolução de problemas; articular o conhecimento sistematizado com a ação
profissional; analisar, interpretar e relacionar conceitos; ler, avaliar, afirmar
posições no contexto.
A pesquisa de campo nos mostra que não há uma regra geral na
metodologia para serem adotadas pelas Instituições de ensino superior, elas
têm autonomia em escolher o tipo de trabalho que será utilizado pelos
acadêmicos.
Verificou-se através dessa pesquisa que a metodologia é importante
para os acadêmicos, pois os auxilia a fundamentar suas ideias e organizar
seus pensamentos para que ao redigir seus trabalhos possam estar coerentes
e dentro das normas da ABNT. Na avaliação o conteúdo é o mais importante,
17

porém a estrutura física do trabalho deve ser levada em consideração para


que este esteja bem organizado e apresentável.
Os trabalhos acadêmicos não podem ser elaborados de qualquer
forma.Com a metodologia os alunos passam a conhecer as diversas etapas
pelas quais precisam passar para realizar suas pesquisas, precisam aprender
a se organizar, adaptando-se as condições as quais se encontram como: o
tempo, dedicação da qual devem dispor, ambiente, local e custo da pesquisa,
até mesmo uma pesquisa bibliográfica tem seu custo. Para o acadêmico a
metodologia funciona não apenas como método para elaboração de
trabalhos, mas também como um instrumento na busca pelo conhecimento.

4.2 Os Pré-Requisitos Lógicos do Trabalho Científico

O trabalho científico em geral, do ponto de vista lógico, é um discurso


completo. Tal discurso, em suas grandes linhas, pode ser narrativo, descritivo
ou dissertativo. No sentido em que é tratado neste texto, o trabalho científico,
assume a forma dissertativa, pois seu objetivo é demonstrar, mediante
argumentos, uma tese, que é uma solução proposta para um problema,
relativo a determinado tema.
A demonstração baseia-se num processo de reflexão por
argumentação, ou seja, baseia-se na articulação de ideias e fatos, portadores
de razões que comprovem aquilo que se quer demonstrar. Essa articulação é
conseguida mediante a apresentação de argumentos. Esses argumentos
fundam-se nas conclusões dos raciocínios e nas conclusões dos processos
de levantamentos e caracterização dos fatos.
O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos
são logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos.
Tal Processo lógico pode ser dedutivo ou indutivo. Dedução e indução, são
processos lógicos de raciocínio.
O raciocínio é o momento amadurecido do pensamento, raciocinar é
encadear juízos e formular juízos é encadear conceitos. Por isso pode-se
dizer que o conhecimento humano se inicia com a formação dos conceitos.
O levantamento e a caracterização de fatos são realizados mediante o
processo de pesquisa, sobretudo da pesquisa experimental, de acordo com
18

técnicas específicas. Um trabalho científico de alta qualidade exige, portanto,


o uso adequado de um vocabulário técnico e, eventualmente de um
vocabulário específico. A percepção de tais significados diferenciados é
também condição essencial para a leitura científica e para o estudo
aprofundado. O discurso científico é fundamentalmente raciocínio, ou seja,
um encadeamento de juízos feito de acordo com certas leis lógicas que
presidem a toda atividade de pensamento humano.

“O raciocínio consiste em obter um novo


conhecimento a partir de um artigo, é a passagem de
um conhecimento para outro. Portanto mostra a
fecundidade do pensamento humano. Comporta
sempre duas fases: a primeira, em que se tem algum
conhecimento, e uma segunda em que se adquire
outro conhecimento. ” (Severino, Antonio Joaquim,
2009)
19

5 CONCLUSÃO

Em virtudes das matérias analisadas conclui-se que, o Sistema de


Gestão Hospitalar da instituição escolhida é basicamente, auxiliar na
gerência de todos os processos médico-hospitalares, desde a recepção e
registros, módulos que controlam, por exemplo, a cobertura do convênio
e gerenciamento dos leitos; entre outros. Então, por tais razões, os
objetivos deste trabalho foram alcançados, uma vez que foram
identificados tantos aspectos relativos à implantação do funcionamento
do SUS no Hospital, por conta disso, sendo um grande desafio, seja ele
qual for, pois cada área tem suas particularidades, pois um paciente
que usa os planos de saúde é diferente dos pacientes que usam o
sistema único de saúde, então é um processo mais complexo, pois é
necessário uma intervenção como um todo, desde, os nutricionistas,
farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapia, psicologia etc.,
para um atendimento no sistema Público, porém o HECI possui todas
essas especialidades, devido ter agora a Residência Multiprofissional,
ou seja, profissionais graduados de todas as áreas, para atender, de
acordo com a especialidade.
Em relação às ferramentas inovadoras dos
Planos de Saúde, tem-se permitido desenvolver praticidade de
procedimentos aos usuários (pacientes), e também gestão de auditoria,
atuando em algumas áreas, com resultados comprovados, ou seja, atuando
de forma direta, de médico-auditor com relação as conferências
internas, e o hospital tem retornos satisfatórios em relação a isso.
Em relação ao método de Trabalho, a instituição é livre para atuar de
maneira a seguir seus padrões éticos, visando sempre a valorização da
empresa, e para os acadêmicos isso auxilia para melhorar, na hora de
articular ideias e fatos, portadores de razões que julgam pertinentes
para a empresa.
20

6 BIBLIOGRAFIA

ZILBER, Moisés Ari; LAZARINI, Luiz Carlos. Estratégias Competitivas na Área


da Saúde no Brasil: um Estudo Exploratório. RAC, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 131-
154, jan. /mar. 2008. Disponível em:
<https://ead.unipinterativa.edu.br/bbcswebdav/pid-1478674-dt-content-rid
25630712_1/orgs/HO/Artigo%2012%20Estrat%C3%A9gia%20Competitiva%2
0na%20%C3%81rea%20de%20Sa%C3%BAde.pdf>. Acesso em: 19 nov.
2016.

G1. Fantástico. Disponível em:


<http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/10/dois-milhoes-de-brasileiros-
perderam-plano-de-saude-nos-ultimos-dois-anos.html>. Acesso em: 01 nov.
2016.

SANTOS, Letícia Costa; Valéria Figueiredo Barcellos. AUDITORIA EM


SAÚDE: uma ferramenta de gestão. Unieuro, Brasília, v. 1, n. 1, p. 1-7, fev.
20. Disponível em: <https://ead.unipinterativa.edu.br/bbcswebdav/pid-
1478719-dt-content-rid-25630918_1/orgs/HO/Artigo 19 Auditoria em saúde
uma ferramenta de gestão.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2016.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo:


Pioneira, 1997.

Portal Hospitais Brasil. Disponível em:


<http://www.revistahospitaisbrasil.com.br>. Acesso em 17 de abril de 2016.

PREVIDELLI, Jose J; CANONICE, Bruhmer Cesar Forone. Manual para


elaboração de trabalhos acadêmicos.1ª Ed. Paraná: Unicorpore, 2008.

SALOMON, Delcio Vieira. Como Fazer Uma Monografia, São Paulo: Martins
Fontes, 1999.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. 21ª. Ed.


São Paulo: Cortez 2000 p.183 - 192.
21

SANTOS, Nelson Rodrigues dos; AMARANTE, Paulo Duarte de Carvalho.


Gestão Pública e Relação Pública e Privada na Saúde (Coleção Pensar
Em Saúde). Rio de Janeiro: CEBES 2010.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em


administração. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

Metodologia no ensino superior. Disponível em


<http://www.pedagogia.com.br/artigos/metodologianoensinosuperior/index.php
?pagina=1 > Acesso em 16 de abril de 2016.

Você também pode gostar