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História da legislação básica de

Enfermagem no Brasil
Tássia Cristine R. Lopes
Enfermeira Esp. em Oncologia

Codó-MA
2018
História e o desenvolvimento das
práticas de Enfermagem
Associado ao trabalho
Surgiu do feminino, caracterizado
desenvolvimento e pela prática do cuidar.
evolução das práticas de
saúde no decorrer dos
períodos históricos.
Práticas instintivas

Prática domiciliar de Fase do empirismo


partos e atuação pouco Enfermagem como prática
clara de mulheres de leiga – entre os séculos V
classe civil elevada. e XIII
-Revolução Industrial O avanço da
Influência dos fatores o século XVI;
sócio- econômicos e medicina vem a
políticos. E aplicação favorecer a
de valores que dão -Surgimento da reorganização dos
característica à Enfermagem Moderna hospitais.
enfermagem. -Florence Nightingale
Trajetória de Florence
Nascida em 12 de maio de 1820, em
Florença, Itália

Possuía inteligência incomum,


tenacidade de propósitos,
determinação e perseverança

1854-Guerra da Criméia (reduziu a


taxa de mortalidade de 40 para 2%).
-Dama da Lâmpada

Fundou a Escola de Enfermagem do


Hospital Saint Thomas

Morreu em 1910
Enfermagem não mais como saber empírico
desvinculada do saber especializado.
História da Enfermagem no Brasil
 A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira -
compreende desde o período colonial até o final do século XIX –
Santas Casas de Misericórdia.

 Ana Neri (1814-1880)- pioneira da enfermagem no Brasil;

 Final do século XIX - propagação de doenças infectocontagiosas -


saúde passa a constituir um problema econômico-social.

 Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, Rio de Janeiro,


foi a primeira escola de Enfermagem brasileira. Criada pelo Decreto
Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890. Atual Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de
Janeiro - UNI-RIO.
• 1923- o Decreto 16.300 de 31/12/1923 aprova o regulamento do
Departamento Nacional de Saúde, fiscalização do exercício profissional
da enfermagem e outras profissões e criação de uma escola de
Enfermagem, atualmente a Escola de Enfermagem Anna Nery (RJ).

• 1931- o Decreto 20.109 de 15/06/1931 declara em sua ementa a pretensão de


regular o exercício da Enfermagem no Brasil e fixar as condições para
equiparação das escolas de Enfermagem.
• 1932- o Decreto 20.931 , de 11 .01 .32, ao dispor sobre a regulamentação e
fiscalização do exercício da medicina , odontologia e medicina veterinária ,
regulava também as profiss6es do farmacêutico, da parteira e da enfermeira.

• 1949- A Lei 775, de 06 .08 . 1949, dispunha sobre o ensino de enfermagem no


país, mas incluiu um preceito referente ao exercício profissional no art. 21 ,
dispondo que "as instituições hospitalares, públicas ou privadas, decorridos sete
anos após a publicação desta lei , não poderiam contratar, para a direção dos
seus serviços de enfermagem, senão o enfermeiros diplomados"
• 1955- Lei n°. 2 .604 , de 1 7 .09.55, que definiu as categorias que poderiam
exercer a Enfermagem no País.
• 1961- o Decreto n°. 50 .387, de 28.03.61, veio regulamentar o exercício da
enfermagem. Pela primeira vez houve uma tentativa de definição do exercício da
enfermagem.

• 1976- Parecer do Conselho Federal de Educação n°. 3.814/76 define as funções


para o técnico e auxiliar de enfermagem.

• 1973- Lei n° 5.905 de 13 de julho de 1973 criou os Conselhos Federal (COFEN)


e Regionais de Enfermagem (COREN), estes em âmbito estadual.

• A Lei 7.498, de 25-06-86 e o Decreto 94.406 de 08-06-87, constituem os atuais


dispositivos legais do exercício profissional da Enfermagem, e vieram substituir
a Lei 2.604/55 e o Decreto 50.387/61.
• 1994- a Lei n° 8967 de 28-1 2-94 , veio alterar a redação do art. 23 da Lei
7.498/86 , assegurando "aos atendentes de enfermagem admitidos antes da
vigência desta Lei, o exercício das atividades elementares de enfermagem", sob
supervisão do enfermeiros.
Sistema COFEN/COREN’s
 Criados a partir da Lei n° 5.905 em 12 de julho de 1973.
 São órgãos disciplinadores do exercício da Profissão de
Enfermeiros , Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de
Enfermagem;
 Em cada estado existe um Conselho Regional os quais
estão subordinados ao Conselho Federal;
 Direção- Os Conselhos Regionais de Enfermagem, são
dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa
e concorrem a eleições.
 A formação do plenário do COFEN é composta pelos
profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos
CORENs.
 Receita - a manutenção dos Sistema COFEN/CORENs é
feita através da arrecadação de taxas emolumentos por
serviços prestados, anuidades, doações , legados e outros,
dos profissionais inscritos nos CORENs;

 Finalidade- São entidades públicas de direito privado


vinculadas ao Poder Executivo, na esfera da fiscalização
do exercício profissional.

O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos


profissionais de Enfermagem, pelo respeito ao Código de
Ética dos Profissionais de Enfermagem e cumprimento da
Lei do Exercício Profissional.
Competências do COFEN
• Normatizar e expedir instruções, para uniformidade de
procedimento e bom funcionamento dos Conselhos
Regionais;
• Esclarecer dúvidas apresentadas pelos COREN's;
• Apreciar decisões dos COREN's, homologando, suprindo ou
anulando atos praticados por este;
• Aprovar contas e propostas orçamentária de autarquia,
remetendo-as aos órgãos competentes;
• Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento
profissional;
• Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por
lei.
Competências dos COREN’s
• Deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento;
• Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes
gerais do COFEN;
• Executar as instruções e resoluções do COFEN;
• Expedir carteira e cédula de identidade profissional;
• Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional impondo as
penalidades cabíveis;
• Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento
interno, submetendo-os a aprovação do COFEN;
• Zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem;
• Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do Exercício Profissional;
• Eleger sua diretoria e seus delegados eleitores a nível central e regional;
• Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73
e pelo COFEN.
Sistema de Disciplina e Fiscalização
O Sistema é constituído dos seguintes objetivos:
 Área disciplinar normativa- estabelecendo critérios de
orientação e aconselhamento, para o exercício de
Enfermagem;
 Área disciplinar corretiva- instaurando processo em
casos de infrações ao Código de Ética do Profissionais de
Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e
empresas;
 Área fiscalizatória- realizando atos e procedimentos para
prevenir a ocorrência de infrações à legislação que
regulamenta o exercício da Enfermagem;
Referências
 GEOVANINI, T. et al. História da Enfermagem: versões e
Inter- pretações. Rio de Janeiro: Revinter, 1995.
 Lei 5.905, de 12 de julho de 1973. Dispõe sobre a cria- ção
dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e dá
outras pro- vidências. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de
jul. 1973. Seção I, p. 6.825.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Documentos
Básicos de Enfermagem.
 OGUISSO, T. História da legislação do exercício da
Enfermagem no Brasil. R Bras. Enferm. , Brasilia, v. 53, nA,
p. 1 97-207, abr./jun. 2001. Disponível em: http://
www.scielo.br/pdf/reben/v54n2/v54n2a05.pdf. Acesso em: 20
de novembro de 2018.
BOA
NOITE!

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