Professor(a) : Luana Turma : 9 ano Pesquisa Mutações Genéticas
Mutações são alterações anormais no DNA de um gene. Os blocos de
construção do DNA são denominados de bases. A sequência dessas bases determina o gene e a sua função. As mutações envolvem mudanças no arranjo das bases que compõem um gene. Até mesmo uma única mudança na base, de um gene entre as milhares de bases que o compõem pode ter um grande efeito. Uma mutação genética pode afetar a célula de várias maneiras, algumas interrompem a produção de proteínas, outras podem alterar a proteína em si, fazendo com que não funcione mais como deveria ou não funcione definitivamente. Algumas mutações podem levar o gene a uma condição de "sempre ligado”, produzindo mais proteínas do que o habitual. Algumas mutações não têm um efeito perceptível, mas outras podem levar a uma doença. Por exemplo, determinada mutação no gene para a hemoglobina causa a anemia falciforme. As células se tornam células cancerosas em grande parte devido às mutações em seus genes. Muitas vezes, várias delas são necessárias antes que uma célula se torne cancerosa. As mutações podem afetar diferentes genes que controlam o crescimento e a divisão celular. Alguns destes genes são chamados de genes supressores de tumor. As mutações podem também tornar alguns genes normais em genes cancerígenos conhecidos como oncogenes. Nós temos 2 cópias da maioria dos genes, um de cada cromossomo em um par. Para que um gene pare de funcionar completamente e potencialmente provoque câncer, ambas as cópias têm que ter mutações. Tipos de mutações
Existem 2 tipos principais de mutações genéticas Mutação Herdada está
presente no óvulo ou no espermatozoide. Depois que o óvulo é fertilizado pelo espermatozoide é formada uma célula chamada zigoto que em seguida se divide para formar o feto (que posteriormente será um bebê). Já que todas as células do organismo vêm desta primeira célula, esse tipo de mutação se encontra em cada célula do corpo e pode ser transmitida à geração seguinte. Este tipo de mutação é também denominada germinativa (porque as células que se desenvolvem em óvulos e espermatozoides são chamadas de células germinativas) ou mutação hereditária. Acredita-se que as mutações herdadas são a causa direta de apenas uma pequena fração dos cânceres. Mutação Adquirida - Não está presente no zigoto, mas é "adquirida” em algum momento da vida. Ocorre em uma célula e em seguida é transmitida a quaisquer novas células que são a sucessão da original. Este tipo de mutação não está presente no óvulo ou espermatozoide que formou o feto, de modo que não pode ser transmitida à próxima geração. Mutações adquiridas são muito mais comuns do que as mutações herdadas, e a maioria dos cânceres é causado por essas mutações. Este tipo de mutação é também denominado esporádica ou somática.
Câncer
Especialistas concordam que é preciso mais do que uma mutação em uma
célula para que o câncer ocorra. Quando alguém herda uma cópia anormal do gene, isso torna mais fácil (e rápido) que diversas mutações ocorram para que a célula se torne cancerígena. É por isso que os cânceres herdados tendem a ocorrer mais cedo na vida do que mutações adquiridas do mesmo tipo que não tem essa característica. Ainda, se você nasceu com genes saudáveis, alguns deles podem mutar ao longo de sua vida. Estas mutações adquiridas causam a maioria dos casos de câncer. Algumas dessas mutações podem ser provocadas por elementos aos quais estamos expostos no ambiente, incluindo dieta, radiação, hormônios e fumaça de cigarro, outras não têm uma causa clara e parecem ocorrer aleatoriamente quando as células se dividem. Quando ocorre o sinal para uma célula se dividir e se tornar duas novas células, todo o seu DNA deve ser copiado. Com tanta informação no DNA, às vezes acontecem erros na nova cópia (como erros de digitação), ocasionando mutações no DNA. Toda vez que uma célula se divide, é uma nova oportunidade para que ocorram mutações. O número de mutações aumenta com o tempo, por isso temos maior risco de câncer à medida em que envelhecemos. É importante entender que mutações genéticas acontecem nas nossas células o tempo todo. Geralmente, a célula detecta a alteração e a repara. Se isso não acontecer, ela sinalizará que irá morrer em um processo denominado apoptose. Mas, se a célula não morrer e a mutação não for reparada, pode levar ao desenvolvimento de um câncer. Isso é mais provável ocorrer se a mutação afeta um gene envolvido com a divisão celular ou um gene que normalmente faz com que uma célula defeituosa morra. Algumas pessoas têm um alto risco de desenvolver câncer por herdarem mutações em determinados genes.
Alterações Cromossômicas
As alterações cromossômicas são síndromes genéticas provocadas por
alterações estruturais, ocasionadas pela perda ou inversões nucleotídicas ou também numéricas, em conseqüência à falta ou excesso de cromossomos nas células, anormalidade denominada de aneuploidias . Dessa forma, as aneuploidias se manifestam pela mutação, variação maior ou menor na quantidade de cromossomos no interior das células, configurando situações de trissomia ou monossomia, respectivamente pela existência de um filamento de cromatina a mais ou um filamento a menos, com relação ao genoma constante de uma espécie.
Esses problemas no cariótipo podem acontecer durante a formação dos
gametas, na meiose (divisão celular que reduz pela metade o número cromossômico de uma espécie, contida em células haplóides, com posterior restituição na fecundação, formando células diplóides), motivada por eventos de permutações, separação de cromossomos homólogos e separação de cromátides irmãs. Na espécie humana, por exemplo, contendo normalmente 46 cromossomos (22 pares autossômicos e um par alossômico sexual: XX mulher e XY homem) as mutações podem originar distúrbios fisiológicos quando relacionados ao par sexual ou também orgânicos, não ligados ao par sexual. As mais comuns são: a síndrome de Down, a síndrome de Turner e a síndrome de Klinefelter. Contudo, existem outras como: síndrome de Patau (trissomia do 13), síndrome de Edwards (trissomia do 18) e outras.
Síndromes
Síndrome de Down – mutação causada pela trissomia do cromossomo 21, isto
é, os indivíduos portadores dessa síndrome possuem um cromossomo a mais no par 21 autossômico. A normalidade é conter cariótipo com 46 cromossomos, no entanto, esses apresentam 47, sendo que esta alteração determina retardo mental. Alguns sinais fisionômicos percebidos são: pescoço e dedos curtos, linha reta da palma da mão, baixa estatura, extremidade externa dos olhos voltada para cima.
Síndrome de Turner – mutação monossômica que afeta o sexo feminino,
provocada pela ausência de um cromossomo sexual, possuindo apenas um cromossomo X. Os sinais característicos são: tórax largo, ovários não funcionais, pescoço curto e largo e baixa estatura. Síndrome de Klinefelter – também uma mutação no cromossomo sexual, afeta indivíduos masculinos, portadores de dois cromossomos X e um Y, apresentando os seguintes sinais: alta estatura, ginecomastia (desenvolvimento das glândulas mamárias), testículos não funcionais e coeficiente intelectual baixo ou médio.
Síndrome de Patau - Condição em que uma pessoa tem um cromossomo 13 a
mais . O exame pré-natal pode detectar a síndrome de Patau durante a gestação. A síndrome de Patau provoca deficiência mental grave e defeitos físicos. A maioria dos bebês com essa condição não passa da primeira semana de vida. O tratamento varia de criança para criança e se concentra em aliviar os sintomas e controlar as complicações.
Síndrome de Edwards - Doença que provoca atrasos graves no
desenvolvimento devido a um cromossomo 18 extra. O primeiro exame trimestral, que inclui um exame de sangue e ultrassom, oferece informações prévias sobre o risco de um bebê apresentar o problema. Um exame pré-natal no segundo trimestre também pode detectá-lo . Os sintomas incluem baixo peso ao nascer, cabeça pequena de formato anormal e defeitos congênitos em órgãos, muitas vezes fatais. A síndrome de Edwards não tem tratamento e, geralmente, é fatal antes do nascimento ou durante o primeiro ano de vida. Fazendo Ciências 1.O modelo corresponde processo biológico chamado fecundação, O número de cromossomos reduzido pela metade nos gametas é essencial para a manutenção do número de cromossomos de uma espécie, uma vez que ocorre a união dos gametas masculino e feminino. 2. O espermatozóide pode ter o cromossomo sexual X ou Y.O ovócito pode ter o cromossomo sexual X ou X (Ou seja, apenas o X). Sexo feminino é o par XX (o espermatozóide trouxe um X e o ovócito trouxe outro X). Sexo masculino é o par XY ( o espermatozóide trouxe um Y e o ovócito um X ) .Assim a característica do sexo é determinada pelo espermatozóide. .Como na figura o espermatozóide possui 1 cromossomo sexual Y, formará o par XY e o embrião formado será menino Referências Bibliográficas https://mundoeducacao.uol.com.br/ oncoguia.org.b