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Malformações Congênitas

Praticamente todas doenças humanas são o resultado da interação entre fatores


genéticos e ambientais como dieta, agentes infecciosos, ou substâncias químicas
tóxicas. Avanços científicos da genética tem aumentado nossa compreensão de
que variações genéticas contribuem para doença e saúde humana, vários genes
já foram identificados como os da fibrosis cística, anemia falciforme, algumas
formas de câncer, etc.

Tecnologias de screening bioquímico que detectam erros inatos de metabolismo


aumentam progressivamente sua amplitude de patologias, em atendimentos do
SUS identifica-se regularmente: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito,
Anemia Falciforme; O Laboratório da APAE Salvador está capacitado para
detectar além de Malformações cromossômicas (bandas, eletroforese)

Como resultado do Projeto Genoma Humano e outros esforços de investigação, a


maioria –senão a totalidade dos aproximadamente 100.000 genes humanos serão
encontrados até o ano 2005.

Identificando porém quais fatores ambientais que interagem com estas variações
genéticas para produzir doença promete conduzir a oportunidades novas para
prevenção de doença, antes mesmo e ainda que os recursos da terapia gênica
estejam disponíveis, supõe-se por exemplo que 35% dos casos de câncer
dependem de fatores nutricionais enquanto apenas para 5% dos casos de câncer
identifica-se um padrão de herança definido.

Substancias químicas genotóxicas por sua vez tem sido responsáveis pelo maior
dano populacional até agora registrado, sob a forma de malformações congênitas
foram milhares de casos causados por medicação não testada para esse risco (a
talidomida) e também por efluentes industriais de uma fábrica de acetaldeído na
baía de Minamata no Japão 2909 casos de intoxicação por mercúrio com 887
mortes, 38% das crianças nascidas entre 1953 e 1960 nessa região apresentavam
deficiência mental

Malformação congênita é uma condição presente ao nascimento onde a


hereditariedade não pode ser imediatamente excluída e não está necessariamente
causando a anomalia que se apresenta.. (Thompson & Thompson, 1976,1993)
Pode ser definida portanto como qualquer defeito na constituição de algum órgão
ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural
presente no nascimento por causa genética , ambiental ou mista. (OPAS, 1984)

Essa definição abrange todos os desvios em relação à forma, tamanho, posição,


número e coloração de uma ou mais partes capazes de ser averiguadas
macroscopicamente ao nascimento e/ou por ser discreta não tenha sido verificada
na ocasião em que a criança nasceu e só se manifeste clinicamente mais tarde.
(OPAS, 1984)

Nesse sentido não se distingue de "erros inatos do metabolismo" ou


“enfermidades genéticas" no sentido amplo de desvios do estado de saúde
devido total ou parcialmente à constituição genética do indivíduo.

(OPAS, 1984) embora a condição de deficiência (handicap), mesmo associado


às malformações graves (com perda de função da área afetada) não
correspondem exatamente à noção de ausência de saúde.

As malformações por sua vez, (mesmo menores), necessariamente distinguem-


se da variação individual média, pelo seu caráter de tudo ou nada em vez da
transição gradativa das características individuais comparadas.

Do ponto de vista clínico distingue-se maiores e menores

Considerando

A maioria dos desequilíbrios genéticos decorrentes de aberrações


cromossômicas exerce ação altamente prejudicial sobre a morfogênese, de modo
que o produto da concepção não consegue sobreviver. Os quadros compatíveis
com a vida, geralmente apresentam malformações múltiplas, graves e na maioria
dos casos apresentam retardo mental (Simith, 1985; Mota, 1985)

A tal conjunto de alterações gênicas e cromossômicas se somam os danos


ocasionados por processos teratogênicos químicos, físicos ou mecânicos dos
diversos fatores exógenos (ambientais) como carências específicas de nutrientes
(avitaminoses), anoxia, exposição a drogas, agentes tóxicos, infecções, radiação,
temperatura, lesões traumáticas, restrição do espaço fetal, etc. que também tem
sido identificados como causa de malformações.

Para Freire-Maia (1976) em termos de estatísticas vitais ainda não está


demonstrada a importância desse conjunto de causas (teratogênicas) pois o
grande número das malformações congênitas que permanece sem explicação
etiológica é extraordinariamente maior (cerca de 60%) atribuídas à interação entre
fatores genéticos e ambientais não identificados ou conhecidos.

O ponto de vista clínico geralmente expressa a maior ou menor gravidade do


quadro. Anomalias Discretas (Minor) são alterações morfológicas que não
acarretam conseqüências sérias para o paciente, seja do ponto de vista médico
ou estético. A vantagem do diagnóstico dessas anomalias baseia-se no fato de
servirem de indicadores gerais de morfogênese anormal, assim como de pista
capaz de levar ao diagnóstico de um determinado conjunto de malformações.
(Smith, 1985)
As anomalias morfológicas que se afastam das variações individuais médias,
levando a fortes restrições na vida normal do indivíduo são consideradas
malformações graves. O parâmetro de maiores denota a gravidade do caso e
indica, portanto a perda de função do(s) órgão(s) ou parte(s) do corpo afetada(s).
Observe-se que malformações (mesmo as menos graves) são não-métricas
(traços sim ou não) não formam uma transição da grave até atingir o normal
(Smith,1985), como assinala Thompsom & Tomphsom (1993) convém ter em
mente que a variação morfológica é comum e que nem todas as variantes são
anomalias.

As anomalias podem sim, ser únicas ou múltiplas, estar associadas ou não, ser
conseqüência de um processo de desenvolvimento alterado (seqüências) ou ser
tão freqüentes a manifestação do conjunto de anomalias que mesmo ignorando-
se as razões da sua associação (co-etiologia) são reconhecidas como síndromes
e estudadas clínicamente como tal. A principal distinção de Síndromes para
Seqüências são as evidências de que nesse último caso trata-se de
malformações secundárias (Disrupções ou rupturas) quebras ou interferências em
um processo originalmente normal como por exemplo membros que se
desenvolveriam normalmente mas em função de alterações vasculares ou
nervosas tiveram seu curso de desenvolvimento alterado (Smith,1985; Opiz,1984).
Nas sindromes acredita-se que as múltiplas anomalias são independentes em vez
de sequenciais, embora tenham uma única causa básica.( Smith,1985)

Epidemiologia

A epidemiologia é definida como o estudo dos fatores que determinam a


freqüência de doenças nas coletividades humanas seu desenvolvimento

A epidemiologia genética é um campo emergente com diversos interesses, onde


o mesmo representa uma importante interação entre as duas disciplinas que o
originaram: Genética e Epidemiologia. Epidemiologia genética difere da
epidemiologia por sua explicita consideração aos fatores genéticos e semelhança
familiar, ela difere da genética de populações por seu foco sobre a doença e
também difere da genética médica por sua ênfase na população investigando
simultaneamente o impacto dos fatores ambientais. (Khoury et al., 1993)

Analisando-se as malformações congênitas da espécie humana que representam


cerca de 5 a 10% dos nascimentos distingue-se as malformações maiores - que
determinam a perda da função - das menores ou afastamentos do
desenvolvimento normal não previstos e presentes na constituição normal do ser.

Uma mutação é definida como qualquer alteração permanente do material


genético ou mais específicamente uma alteração da sequência dos nucleotídeos
ou rearranjo do DNA no genoma., (Lima, 1996, Thompson & Thompson, 1993).
Em termos genéricos pode ser classificada como: 1 - uma mutação do genoma ou
seja uma alteração do conjunto de genes que compõe o indivíduo onde a mutação
representa perda ou acréscimo de material genético ocasionado geralmente por
não disjunção dos cromossomos. 2 - uma mutação dos cromossomos ou um
rearranjo do material genético (sem perda) 3 - uma mutação gênica ou alterações
dos pares de base que compõem o DNA por substituição, deleção ou inserção,
antes do desenvolvimento da genética molecular era identificada como uma
mutação de ponto, não dependente de rearranjo cromossômico detectável.
(Thompson, J.S.; Thomson, 1976, 1993)

Todo polimorfismo ou variação natural da espécie bem como as doenças


genéticas hereditárias onde se incluem muitos tipos de câncer são decorrentes de
mutações na linhagem germinativa ou seja são hereditárias, transmissíveis para
geração seguinte. A medida de sua ocorrência ou a taxa de mutação de um gene
é expressa como o número de mutações novas pelo local ou posição esperada
para o gene "normal" no cromossomo (locus) por geração, situa-se na ordem de 1
X 10 -5 a 10 -6 por locus por geração, ou que significa que uma entre cada 10
pessoas recebeu um gene modificado de um dos seus genitores.

As alterações cromossômicas são também freqüentes , estima-se que


aproximadamente 60% dos abortos espontâneos e 6% dos Natimortos 0.6% dos
Nascidos Vivos apresentam um cariótipo anormal. (Opitz,1984; Thompson &
Thompson, 1993).

Defeitos de nascimento são a causa principal de mortalidade infantil nos Estados


Unidos, enquanto respondendo por mais que 20% de todas as mortes infantis. De
cerca de 120,000 bebês norte-americanos nascido cada ano com um defeito de
nascimento, 8,000 dado durante o primeiro ano deles/delas de vida. Além, defeitos
de nascimento são a causa quinto-principal de anos de vida potencial perdida e
contribuem substancialmente a morbidez de infância e inaptidão a longo prazo.
Porque as causas de cerca de 70% de todos os defeitos de nascimento são
desconhecidas, o público continua estando ansioso aproximadamente se poluente
ambientais causam nascimento trai, inaptidões desenvolventes, ou outros
resultados de reproductive adversos. O público também tem muitas perguntas
aproximadamente se vários riscos profissionais, fatores dietéticos, medicamentos,
e comportamentos pessoais causam ou contribuem a defeitos de nascimento.

Em cedo 1998, Congresso passou o Nascimento Defeitos Prevenção Ato de 1998


que se tornaram Lei 105-168 Pública. Esta conta autorizou CDC para (1)
colecione, analise, e faça dados disponíveis em nascimento trai; (2) opere centros
regionais para epidemiologic aplicado pesquise na prevenção de defeitos de
nascimento; e (3) informe e eduque o público sobre a prevenção de defeitos de
nascimento. O Centro Nacional para as atividades de Saúdes Ambientais em cada
destas áreas foi fortalecido significativamente em 1998 e o Nascimento Trai e Filial
de Genéticas Pediátrica é carregada com levar a cabo os mandatos do Ato.
-http://www.cdc.gov/nceh/cddh/BD/bdpghome.htm
Birth defects are the leading cause of infant mortality in the United States,
accounting for more than 20% of all infant deaths. Of about 120,000 U.S. babies
born each year with a birth defect, 8,000 die during their first year of life. In
addition, birth defects are the fifth-leading cause of years of potential life lost and
contribute substantially to childhood morbidity and long-term disability. Because
the causes of about 70% of all birth defects are unknown, the public continues to
be anxious about whether environmental pollutants cause birth defects,
developmental disabilities, or other adverse reproductive outcomes. The public
also has many questions about whether various occupational hazards, dietary
factors, medications, and personal behaviors cause or contribute to birth defects.

In early 1998, Congress passed the Birth Defects Prevention Act of 1998, which
became Public Law 105-168. This bill authorized CDC to (1) collect, analyze, and
make available data on birth defects; (2) operate regional centers for applied
epidemiologic research on the prevention of birth defects; and (3) inform and
educate the public about the prevention of birth defects. The National Center for
Environmental Health's activities in each of these areas were significantly
strengthened in 1998 and the Birth Defects and Pediatric Genetics Branch is
charged with carrying out the mandates of the Act.

Branch activities include:


Folic Acid National Education Campaign
Birth defects research
Birth defects surveillance

State Services
Algunas variaciones en los genes fueron ya identificadas por su papel en
enfermedades infantiles (como fibrosis quística, anemia de células falciformes,
asma), enfermedades crónicas (como cáncer, enfermedades cardiovasculares,
enfermedad de Alzheimer), enfermedades relacionadas con el trabajo (como
cáncer de la vejiga), e enfermedades infecciosas (como VIH/SIDA).

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