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1- ENTENDER A ACONDROPLASIA E OS SEUS FATORES GENÉTICOS.

A acondroplasia é uma síndrome genética e a forma mais comum de nanismo, a qual afeta a ossificação
endocondral. É provocada por mutações no gene codificante do receptor de crescimento dos fibroblastos 3,
o FGFR3 (esse que normalmente regula o crescimento ósseo e, portanto, essa mutação resulta na inibição
anormal ou excessiva do crescimento).
O gene relacionado à acondroplasia é o FGFR3 e ele está localizado no braço curto do cromossomo 4, banda
p16.

A acondroplasia é herdada como autossômica dominante, as pessoas portadoras de acondroplasia precisam


herdar apenas uma mutação genética para possuir o diagnóstico da mesma. Dessa forma, se um dos parentais
possuir esse transtorno, ele tem 50% à 25% de chance de transmitir os dois genes para seu filho e, caso os
dois genes mutados sejam herdados, é uma condição fatal, visto que a maioria das crianças morrem ao
nascimento ou pouco tempo depois.
As pessoas que a possuem apresentam, baixa estatura, tronco e membros desproporcionais, deformidades na
coluna, atraso no desenvolvimento motor, dificuldades respiratórias, entre outros efeitos fenotípicos sem
haver, no entanto, comprometimentos nas funções cognitivas.
É necessária a busca por ajuda de diferentes profissionais da saúde logo na infância, para que eles
estabeleçam tratamentos a longo prazo que possam ajudar a reduzir os impactos causados pela patologia,
tanto sobre a criança quanto sobre a família. Profissionais como Neurocirurgião, Geneticista, Pneumologista,
Fisioterapeuta, Ortopedia Pediátrica, Cirurgião Ortopédico, Pediatra, Endocrinologista Pediátrico,
Psiquiatra, Otorrino, Psicólogo e Nutrólogo formam a grande rede de apoio necessária durante a infância de
crianças diagnosticadas com acondroplasia.
Pais com mais de 45 anos, podem aumentar as chances, pois são propensos a terem filhos com desordens
genéticas.
2- COMPREENDER A MUTAÇÃO GÊNICA E OS SEUS TIPOS.
A mutação- alteração no material genético de um organismo, a qual pode ocasionar uma mudança
correspondente no fenótipo do indivíduo.
As mutações germinativas, são transmitidas aos descendentes, originando um novo indivíduo possuindo
todas as células com a alteração. De forma espontânea, ocorre devido a erros na replicação do DNA.
As mutações somáticas, podem acontecer em qualquer divisão celular, não são transmitidas para a geração
seguinte, entretanto, a célula com a mutação irá transmitir a alteração para todas as suas células
descendentes. São frequentemente causadas por fatores ambientais, como a exposição à radiação ultravioleta
ou a determinados produtos químicos e podem desencadear várias doenças, sendo principalmente
encontradas no câncer. De forma induzida, quando o organismo é exposto a um agente mutagênico, como a
radiação.

Tipos:
Mutação Cromossômica: refere-se a qualquer alteração no número ou estrutura dos cromossomos, podendo
ser de dois tipos:
Mutações numéricas: podem ser aneuploidias e euploidias.
Aneuploidia ocorre quando há perda ou acréscimo de um ou mais cromossomos, devido a erros na
distribuição dos cromossomos durante a mitose ou meiose. Este tipo de mutação é responsável por causar
distúrbios e doenças em humanos (síndromes);
Euploidia ocorre quando há perda ou acréscimo de genomas completos. Surge quando os cromossomos se
duplicam e a célula não se divide. Neste tipo de mutação podem ser formados indivíduos triplóides (3n),
tetraplóides (4n), entre outros casos de poliploidia.
Mutações estruturais: São alterações que afetam a estrutura dos cromossomos, ou seja, o número ou o
arranjo dos genes nos cromossomos.
Deficiência ou deleção: quando falta um pedaço ao cromossomo;
Duplicação: quando o cromossomo tem um pedaço repetido;
Inversão: quando o cromossomo tem um pedaço invertido;
Translocação: quando um cromossomo tem um pedaço proveniente de um outro cromossomo.
Alterações gênicas: mutações que ocorrem na sequência do DNA.
Mutação Gênica: alterações do código de bases nitrogenadas do DNA, que originam novas versões dos
genes. Essa condição pode produzir novas características nos portadores da mutação.
Substituição: ocorre a troca de um ou mais pares de bases;
Inserção: quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula
durante a replicação ou a transcrição.
Deleção: ocorre quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a
replicação ou a transcrição.
Ainda pode ser silenciosa: quando a substituição de um determinado nucleotídeo do DNA não provoca
alterações nos aminoácidos sintetizados.
3- COMPREENDER A FISIOLOGIA DOS HORMÔNIOS DO CRESCIMENTO.
O hormônio do crescimento, ou GH (Growth Hormone). Atua além do crescimento, ele também faz
a regulação do metabolismo, influenciando aspectos importantes para o desenvolvimento de uma vida
saudável.
O crescimento normalmente requer o hormônio do crescimento, os hormônios da tireoide, a insulina e os
hormônios sexuais na puberdade. O crescimento também requer dieta adequada e ausência de estresse
crônico.

O hormônio do crescimento é secretado pela adeno-hipófise e estimula a secreção de fatores de crescimento


semelhantes à insulina (IGFs) pelo fígado e por outros tecidos. Esses hormônios promovem o crescimento
dos ossos e dos tecidos moles. A secreção do hormônio do crescimento é controlada pelo hormônio
liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e pelo hormônio inibidor do hormônio do crescimento
(somatostatina).
Em crianças, a falta de GH se mostra no atraso da mesma com relação a expectativa de crescimento, o
chamado nanismo. Já em adultos, a produção do hormônio do crescimento pode ser afetada por traumas.

Hormônio do crescimento e outros hormônios: Sem quantidades adequadas de GH, as crianças


simplesmente deixam de crescer. Os hormônios da tireoide, a insulina e os hormônios sexuais na puberdade
também desempenham papéis diretos e permissivos.

Dieta adequada que inclua proteínas, energia (ingestão calórica) suficiente, vitaminas e minerais: os
aminoácidos essenciais devem vir de fontes alimentares. Entre os minerais, o cálcio, em particular, é
necessário para a formação adequada dos ossos.

Ausência de estresse crônico: O cortisol tem significativos efeitos catabólicos que inibem o crescimento.
As crianças que estão sujeitas a ambientes estressantes podem apresentar uma condição conhecida como
falha no crescimento, que é marcada pelo crescimento anormalmente lento.

Genética: O tamanho adulto potencial de cada pessoa é determinado geneticamente na concepção.


4- DISCUTIR O NANISMO DE ITABAIANINHA E OS SEUS FATORES
GENÉTICOS.
(deficiência isolada de GH)
O hormônio do crescimento (GH), polipeptídio produzido e secretado por células especializadas localizadas
na hipófise anterior, tem por principal função a promoção do crescimento e do desenvolvimento corporal.
Além disto, participa da regulação do metabolismo de proteínas, lipídios e carboidratos. A deficiência de
GH pode ser congênita ou adquirida. As causas congênitas são menos comuns e podem ou não estar
associadas a defeitos anatômicos.
As causas adquiridas incluem tumores e doenças infiltrativas da região hipotálamo-hipofisária, tratamento
cirúrgico de lesões hipofisárias, trauma, infecções e infarto hipofisário ou radioterapia craniana3,4.
A deficiência de GH ocorre de maneira isolada ou em associação a outras deficiências de hormônios
hipofisários.

5- INVESTIGAR A RELAÇÃO ENTRE ENDOGAMIA E DOENÇAS


GENÉTICAS.
A endogamia é um sistema de acasalamento em que os indivíduos mais aparentados entre si que a média da
população são utilizados como pais da próxima geração. Tem como principal efeito genético o aumento da
homozigose e o aparecimento de genes recessivos que, geralmente, provocam alguma alteração na média do
mérito individual.
A medida do aumento da homozigose é dada pelo coeficiente de endogamia, que se torna expressivo quando
há especificação de algum ponto no passado, em que os ancestrais não são mais procurados, de modo que
todos os genes presentes na população passam a ser não-idênticos por descendência. Esse ponto representa a
população-base e, por definição, tem coeficiente de endogamia igual a zero.

O coeficiente de endogamia depende do tamanho efetivo da população e, quanto menor for o tamanho da
população, em gerações anteriores, maior será o número de ancestrais comuns e maior será o coeficiente de
endogamia.

O baixo nível de endogamia relatado pode ser atribuído a diversas causas, como: animais fundadores de
genealogia desconhecido, a prevenção de acasalamentos entre indivíduos aparentados; o parentesco entre os
indivíduos não ser, em média, elevado; o pequeno número de gerações consideradas na análise.

Como consequências de taxas elevadas de endogamia, tem-se perda parcial do ganho genético obtido por
seleção e redução do valor fenotípico médio, evidenciado, principalmente, pelos caracteres relacionados à
capacidade reprodutiva ou eficiência fisiológica, fenômeno conhecido por depressão endogâmica, ressaltam
ainda a dificuldade de redução do coeficiente de endogamia quando a seleção é praticada em apenas uma
característica.

6- PESQUISAR ACERCA DO TRATAMENTO HORMONAL PARA O


NANISMO.

Os tratamentos visam reduzir complicações. A cirurgia pode ajudar a estabilizar e corrigir o formato da
coluna vertebral. (da coluna corrigir algumas deformidades ósseas/ osteotomia tibial alta é um procedimento
cirúrgico ortopédico que visa corrigir uma deformação em varo com osteoartrite compartimental). Uma
terapia hormonal pode aumentar a altura em alguns casos.
Com o avanço da tecnologia se tornou possível inserir o gene do hormônio do crescimento em bactérias,
como a Escherichia coli, que por sua vez se tornam reprodutores do hormônio do crescimento a ser utilizado
nas mais diversas necessidades clínicas de reposição.

Para a reposição do hormônio do crescimento, quando mais cedo for identificada a necessidade, melhores
serão os resultados.

Pois bem, a literatura científica tem demonstrado uma série de benefícios associados à prescrição do GH,
quando necessária, afetando diversos âmbitos da vida do ser humano.
Um importante estudo publicado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, por exemplo,
identificou que a reposição de GH em indivíduos que apresentavam deficiência deste foi capaz de reverter a
progressão da aterosclerose, acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias.

Em sintonia, outras publicações também já demonstraram que sua reposição melhora o rendimento
cardíaco, a força, a massa muscular, a saúde da pele, o estado de humor, a proteção imunológica e até as
funções sexuais em pacientes. Desta forma, é possível afirmar que o GH é um dos mais importantes
hormônios para os processos de restauro e reparo celulares.

Importante deixar claro que o diagnóstico de uma eventual deficiência ou insuficiência de GH, bem como a
instituição do tratamento deve ser um processo conduzido por um médico bem capacitado, experiente e
qualificado na área.

Quando falamos de crianças se torna mais fácil identificar uma redução no crescimento, entretanto, em um
adulto deve-se ter atenção aos sinais do corpo e acontecimentos, como falamos anteriormente.

Buscar uma vida longa e saudável requer atenção a esses sinais. A remodelação hormonal pode, sim, ajudar
a prevenir patologias. E mais: proporcionar uma vida com mais disposição, energia e bem-estar.

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