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Genética

As influências genéticas e ambientais no


comportamento humano

Carolina Gomes da Silva Nº 6 12º C

Professora: Emília Fidalgo

Disciplina: Psicologia B

2021/2022
Indice:

1. Introdução _______________________________________________________3

2. Estudos_________________________________________________________3

2.1. Estudo sobre gémeos ___________________________________________3

2.2. Estudo sobre famílias ___________________________________________4

2.2.1. Doenças hereditárias_______________________________________5

2.3. Estudo sobre adoção ___________________________________________7

2.4. Estudo sobre anomalias_________________________________________7

2.4.1.1. Doenças derivadas de anomalias genéticas_______________8

3. Conclusão_______________________________________________________9

4. Webgrafia_______________________________________________________10
1. Introdução
Neste trabalho irei falar sobre as influências que o ambiente e a genética têm em nós.

Vou falar da importância que os estudos têm em alguns parâmetros para


compreendermos os gémeos, a importância da família no nosso comportamento, vou
falar também nos casos de adoção e nos casos em que as crianças nascem com
anomalias.

2. Estudos

Genótipo: parte da composição genética de uma célula e, portanto, de qualquer


indivíduo, que determina uma de suas características.

Fenótipo: Expressa a informação contida no genótipo (características observáveis ou


caracteres de um organismo ou população) mas também reúne informação que não
se manifesta.

Preocupados em compreender o papel da hereditariedade e do ambiente, os


cientistas da genética comportamental exploram as influências que cada uma destas
forças tem no ser humano, recorrendo, a quatro métodos de investigação:

• Gémeos
• Família
• Adoção
• Anomalias

2.1 Estudos sobre gémeos

Os gémeos têm uma elevada proporção de genes partilhados:

Monozigóticos:
Imagem 1: Bebés
Esses gémeos, também conhecidos como gémeos univitelinos ou idênticos, são
sempre do mesmo sexo, de maneira geral, muito parecidos, chegando ao ponto de
serem indistinguíveis. Eles têm genomas iguais e por isso tendem a desenvolver-se a
partir de um único espermatozoide e partilham a mesma placenta.Imagem 1: bebés

Dizigóticos:

Estes gémeos, também conhecidos como gémeos fraternos ou bivitelinos, podem ser
do mesmo sexo ou sexo oposto e parecer dois irmãos quaisquer. Do ponto de vista
genético, eles têm em média 50%de compartilhamento genómico. Gémeos fraternos
são formados por dois espermatozoides fertilizando dois óvulos.

Imagem 2: gémeos univitelinos e gémeos bivitelinos

2.2 Estudos sobre famílias

Em comparação com pessoas que não pertencem à nossa árvore genealógica, temos
mais semelhanças genéticas com os membros da família. Mas a possibilidade de
compartilhar características com nossos familiares varia dependendo do grau de
parentesco que mantemos com eles.
O grupo familiar é importante na determinação e organização da personalidade, pois
podem influenciar significativamente o comportamento individual por meio de ações
educativas e medidas tomadas no ambiente familiar.

O ambiente familiar é vital para o desenvolvimento de crianças e jovens, pois as


relações estabelecidas neste ambiente são os determinantes do comportamento
antissocial ou pró-social.

Relação ou grau de parentesco Genes


partilhados

Gémeo idêntico 100%

Gémeo fraterno: irmão/irmã; pai/mãe; filho/filha 50%

Avó/avô ou neto/neta; tio/tia ou sobrinho/sobrinha 25%

Primos em 1º grau 12,5%

Primos em 2º grau 6,25%

Sem relação 0%

2.2.1 Doenças hereditárias

• Síndrome de Down
• Síndrome de Marfan
• Hemofilia
• Cancro

Síndrome de Down
Já ouviste falar sobre um cromossomo a mais de
amor? Esta é uma forma usada por muitas pessoas
para explicar o que é a Síndrome de Down, também
chamada de Trissomia 21. Em resumo, o indivíduo
com esta condição apresenta um cromossomo a
mais, totalizando 47, ao invés de 46 cromossomos.

Imagem 3: Menina com síndrome de Down


O principal impacto da síndrome é no desenvolvimento físico e cognitivo do portador.
Além disso, a pessoa possui mais chances de desenvolver algumas doenças,
principalmente cardíacas. Porém, é importante lembrar que são pessoas como todas
as outras, capazes de desempenhar as suas funções, socializar, e apresentar
personalidades únicas.

Síndrome de Marfan
A Síndrome de Marfan é uma doença genética
multissistêmica, ou seja, afeta vários sistemas e órgãos no
corpo, com foco principalmente no coração, esqueleto e
olhos. Em muitos casos ela é herdada de um pai ou mãe
com Síndrome de Marfan. Mas em outros casos também
pode acontecer em uma família sem nenhuma história
anterior. As principais características são alta estatura,
membros desproporcionalmente longos, escoliose e
lordose, subluxação ou luxação do cristalino, dilatação da
raiz da aorta entre outros.
A Síndrome de Marfan é causada por uma alteração em um
único gene. Este gene se chama FBN1 – o nome está
relacionada com a proteína que ele produz, a fibrilina.
Fibrilina é uma glicoproteína, essencial para a formação de
Imagem 4: Menino com Síndrome de
fibras elásticas do tecido conjuntivo.
Marfan

Hemofilia
A hemofilia é uma doença do sangue que
causa problemas de hemorragias. As pessoas
com hemofilia quando têm uma hemorragia,
não sangram mais rapidamente do que as
outras pessoas, mas sangram durante mais
tempo pois o sangue não tem a quantidade
suficiente de fator de coagulação.
A hemofilia pode ser classificada em três graus
dependendo da quantidade de fator de
coagulação:
Ligeira (5 – 40% dos níveis normais de fator de
coagulação)
Moderada (1- 5% dos níveis normais de
coagulação)
Imagem 5: Exemplo de um ferimento numa
pessoa saudável / uma pessoa com hemofilia
Grave (< 1% dos níveis normais de fator de coagulação)
Na maioria dos casos a hemofilia é hereditária, ou seja, passa de um dos progenitores
para a criança através de um gene defeituoso localizado no cromossoma X.
Como as mulheres têm dois cromossomas X são normalmente chamadas portadoras
e não têm a doença. Como os homens têm um cromossoma X e um cromossoma Y,
são eles que normalmente têm a doença.
Por vezes a hemofilia aparece sem história familiar devido a uma mutação espontânea
do gene no cromossoma X.
A hemofilia é uma doença crónica que requer uma gestão cuidadosa e constante.

Cancro
No cancro, as células começam a dividir-se descontroladamente, o que acontece
devido a uma lesão no ADN (genético) ou também nos mecanismos da sua regulação
(o que se chama dano epigenético). O ADN está presente no núcleo de todas as
células e fornece o código genético que determina todas as características individuais
das pessoas. Todos nós podemos herdar dos nossos pais este dano produzido no
ADN, existindo uma percentagem de casos em que o cancro é hereditário, ainda que
essa percentagem seja baixa.
Entre 10 e 20% do total de
casos de cancro desenvolve-
se em pessoas com um
histórico familiar (o que se
chama cancro hereditário).
Tal acontece porque as
mutações de um ou dos dois
progenitores podem
transmitir-se à geração
seguinte. Ter esta mutação
não significa que se vá sofrer
de cancro de forma
irremediável, já que tudo depende da natureza da mutação, além de que existem
muitos outros fatores de risco que se podem controlar.
Imagem 6: Forma de um possível cancro

2.3 Estudo sobre adoção


Enquanto os pais biológicos partilham dos mesmos genes, os pais adotivos partilham
o mesmo ambiente que a criança.
Alguns estudos realizados no âmbito da adoção têm procurado explicar a influência
das duas forças – hereditariedade e ambiente – na inteligência. Neste campo, as
pesquisas revelam que ambos os fatores exercem o seu poder, na medida em que se
observa uma similaridade modesta quer entre as crianças adotadas e os seus pais
biológicos quer entre elas e os seus pais adotivos.
Vocês já pararam para pensar como a vossa vida seria completamente diferente se
não vivessem no ambiente que vivem agora?
Vamos refletir um pouco sobre isso.

2.4 Estudo sobre anomalias


Estas anomalias acontecem devido a alterações no número e na estrutura de
cromossomas. Pode ser causado por alguma falha no processo de divisão celular. No
entanto, nem todas as alterações cromossómicas causam doenças nos portadores,
mas podem aumentar as chances de tais anomalias se apresentam nos seus filhos.

2.4.1 Doenças derivadas de anomalias

• Autismo
• Daltonismo
• Alzheimer
• Anemia falciforme

Autismo
O autismo, cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é uma
síndrome caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no
comportamento, geralmente, diagnosticada entre os 2 e os 3 anos de idade.
Esta síndrome faz com a criança apresente algumas características específicas, como
dificuldade na fala e em expressar ideias e sentimentos, mal-estar em meio aos outros
e pouco contato visual, além de padrões repetitivos e movimentos estereotipados,
como ficar muito tempo sentado a balançar o corpo para frente e para trás.
Alguns dos sintomas e características mais comuns do autismo incluem:
-Dificuldade na interação social, como contato visual, expressão facial, gestos,
dificuldade em fazer amigos, dificuldade em expressar emoções;
-Prejuízo na comunicação, como dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso
repetitivo da linguagem;
-Alterações comportamentais, como não saber brincar a fazer de conta, padrões
repetitivos de comportamentos, ter muitas "manias" e apresentar intenso interesse por
algo específico.
Daltonismo
O daltonismo é a incapacidade ou diminuição da capacidade de ver a cor ou perceber
as diferenças de cor em condições normais de iluminação. O daltónico é o indivíduo
que padece de daltonismo, ou seja, significa que é incapaz ou tem dificuldade em
distinguir as diferenças de cor. Por este motivo, a visão de um daltónico é, muitas
vezes, apelidada de “cegueira para cores” ou “deficiência de visão das cores”.
Alguém com visão normal pode identificar e distinguir 150 tons de cores diferentes, no
entanto, no daltónico este número começa a cair à medida que tem menos
possibilidades de criar misturas de cores.
O daltonismo afeta uma percentagem significativa da população. Existe a
possibilidade de as pessoas daltónicas pertencerem a ambos os sexos. Contudo, o
daltonismo em homens (masculino) é mais frequente que o daltonismo em mulheres
(feminino), devido à hereditariedade e aos cromossomas envolvidos. Veja mais
informação em hereditariedade do daltonismo.
Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que se caracteriza por
perda progressiva de funções cognitivas, as quais se associam a alterações do
comportamento e incapacidade funcional.
A doença de Alzheimer é o subtipo de demência mais frequente.
Uma demência designa uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas
que traduz a perda de funções cognitivas.
Anemia falciforme
Anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos)
caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os
parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana
alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que
transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde
de todos os órgãos do corpo. Essa condição é mais comum em indivíduos da raça
negra.

2.5 Conclusão
Com este trabalho podemos aprender um pouco mais sobre a influência que a
genética e o ambiente têm sobre nós e sobre algumas das doenças derivadas da
genética.

2.6 Webgrafia / Bibliografia


https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Manual do Aluno de Psicologia B – Pág. 16 a 21.

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