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Genética de

Populações

Herança Multifatorial e Doenças Comuns


Estudo de Gêmeos
Prof. Msc. Ronaldo Celerino
Centro Acadêmico de Vitória
Universidade Federal de Pernambuco
Herança Multifatorial

Herança multifatorial
O fenótipo ocorre pela
determinação genética e de fatores
do meio ambiente.
Primeiros
Primeiros passos... Passos

Johannsen (1903) – feijão Phaseolus vulgaris

Muitos
genes

Herança
Multifatorial

Fatores
Ambientais

Herança Complexa de características quantitativas


podem ser explicadas pela teoria Mendeliana
Características da Herança
Multifatorial

 Distribuição populacional da
característica em forma de
curva normal;

 Efeito de muitos genes


situados em diferentes loci e
de diversos fatores
ambientais;

 Herdabilidade indica se o
papel dos genes na
determinação de um fenótipo é
grande ou pequena.
Características da Herança
Multifatorial

 Quanto maior o número de genes predisponentes ao risco nos


pais, maior a probabilidade de que eles tenha um filho afetado;

 O risco para parentes diminui quanto mais remoto for o grau de


parentesco;

 O risco de recorrência é maior quando mais de um membro é


afetado;

 O risco aumenta com a gravidade da malformação;

 Onde uma condição multifatorial exibe uma diferença notável de


incidência nos sexos, o sexo afetado com menos frequência
apresenta um limiar de risco mais alto e transmite a condição
mais frequência do que o sexo menos afetado.
Critérios de Reconhecimento da
Herança Multifatorial

1. Distribuição da característica → população


em curva normal → devida segregação
alelos → diferentes lócus.
 Maior o número de lócus → menor probabilidade
de homozigotos ou indivíduos fenotipicamente
extremos maior parte indivíduos distribuídos em
torno valores médios;

2. Efeito de muitos genes em diferentes lócus


e vários fatores ambientais.
 Gene sofre pequeno efeito ambiental →
poligenes sofrerão efeitos somados ou
multiplicados.

3. Semelhanças parentes → expressa em


termos → correlação ou concordância
entre gêmeos.
Herança Multifatorial

 Responsável por características


quantitativas: peso, altura, pressão
sanguínea, IMC, etc;
 Compreende um grande grupo de
doenças;
 Manifesta-se pela ação de um conjunto
de genes aliada a fatores ambientais,
ambos contribuindo para o aparecimento
do fenótipo;
 Recorrem em famílias;

 Não há um padrão de heredograma


definido;
 Implica em grande variabilidade
fenotípica;
 Riscos são empíricos - baseados em
dados populacionais – diferem de acordo
com a população;
Doenças Multifatoriais

Distúrbios
Características Comuns da
Quantitativas Idade Adulta

Distúrbios com
Efeitos de
Limiar
Herança Multifatorial

Malformações congênitas:
Defeitos do tubo neural, defeitos cardíacos
congênitos
Doenças comuns:
Câncer, doença das artérias coronárias, asma,
artrite, depressão, diabetes, esquizofrenia,
autismo, alcoolismo, doença de Parkinson,
Alzheimer, doença bipolar, esclerose múltipla,
lúpus, epilepsia.
Distúrbios Com Efeito de Limiar

 Não seguem um padrão


quantitativo: ou o defeito
está presente ou não
está.

 Parece existir um limiar


para que o distúrbio se
manifeste.

 É comum existirem
diferenças de limiar
entre os sexos.
Susceptibilidade a Doenças

AMBIENTE

GENÉTICA

Sem doença  Normal


Susceptibilidade a Doenças

ELEVADO NÍVEL DE SUSCEPTIBILIDADE


GÉNETICA DOENÇA
Susceptibilidade a Doenças

ELEVADA INFLUÊNCIA
DO AMBIENTE

DOENÇA
Doenças Comuns da Idade
Adulta

 Alcoolismo

 Câncer

 Derrame

 Diabetes mellitus

 Doença Arterial Coronariana

 Doença Celíaca

 Doença de Alzheimer

 Hipertensão

 Obesidade

 Transtornos psiquiátricos
Herança Multifatorial

 Já foram descritos genes associados


a todos os distúrbios citados;
 Distúrbio multifatorial pode ser fator
de risco para outro distúrbio (ex: a
obesidade é fator de risco para
hipertensão);
 As formas mais fortemente herdadas
de doenças complexas quase
sempre têm início precoce (ex:
Câncer de mama, doença de
Alzheimer e doenças cardíacas);
 Quando existe lateralidade, formas
bilaterias às vezes se agrupam mais
fortemente em famílias ( ex: fissuras
labiais/ palatinas)
Importância do Estudo da
Herança Multifatorial

Conhecimento dos fatores


genéticos e ambientais que
influenciam uma doença
multifatorial permitem:
 Propor um risco de recorrência
para novas gestações;
 Afastar os fatores ambientais
que podem aumentar os riscos
nas próximas gestações;
 Estabelecer métodos de
diagnóstico pré-natal
 Prevenir as doenças
multifatoriais em termos
populacionais.
Riscos de Recorrência dos
Distúrbios de Herança Multifatorial

Os riscos serão maiores:

 Quanto mais próximos for o parente


afetado;
 Quanto mais membros da família forem
afetados;
 Quanto mais grave for a expressão da
doença;
 Se o probando for do sexo mais
suscetível;
 Se o parente afetado for do sexo
menos suscetível;
 Se os pais forem consangüíneos.
Herança Multifatorial

Câncer de pulmão

 Influência genética baixa.


 Mudanças no estilo de vida.

Câncer de mama

Influência genética alta.


Histórico familiar.
Métodos de Identificação da
Herança Multifatorial

Estudos na tentativa de separar os efeitos dos


genes e do ambiente agindo sobre uma
determinada característica

Métodos

Estudos de Gêmeos Estudos de Adoção


Tipos de Gêmeos
Estudo de Gêmeos

Gêmeos Monozigóticos
Clones naturais;
Geneticamente idênticos;
Diferenças devido a efeitos ambientais.

Gêmeos Dizigóticos

 Irmãos comuns;
 Geneticamente diferentes;
 Diferenças devido a efeitos ambientais.
Estudo de Gêmeos

 Importância: influência genética;

 Comparações entre pares de gêmeos:

 Concordantes;
 Discordantes;

 Para uma característica totalmente genética a concordância entre gêmeos


monozigóticos deve ser 100% e entre os dizigóticos deve ser em torno de
50%;
Genética de
Populações

Prof. Ronaldo
Celerino
ronaldocelerino@yahoo.com.br

Material didático:
http://ronaldocelerinogenetica.blogspot.com

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