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Genética e ambiente

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Interação gene - ambiente

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FsMspHwgfWBbjgx&ust=1622066158931000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOCg9Mjp5fACFQAAAAAdAAAAABBB
Herança monogênica: um par de genes determina
dada característica.

Herança poligênica: vários pares de genes determinam


dada característica.

Herança multifatorial: características são determinadas


pelos efeitos combinados de vários genes (herança
poligênica) + associação com fatores ambientais.
Herança multifatorial – resultado comum para uma
característica:
- Fenótipo manifestado em gradações, uma vez que é gerado por
efeitos aditivos de vários fatores genéticos e ambientais.

Exemplo: Altura
Herança multifatorial

Se a altura fosse determinada por um único gene (A e a) poderíamos


ter, se não houvesse dominância, três genótipos possíveis AA, Aa e aa
– alto, médio, baixo.

Mas sendo determinada por dois loci: A/a e B/b, passa-se a ter 9
genótipos possíveis:
Aabb, aaBb, aaBB, Aabb, AaBb, AaBB, AAbb, AABb e AABB

Nesse caso (multifatorial) em cada combinação, os genes envolvidos


contribuem com pequeno efeito e sofrem ainda interações com fatores
ambientais – no. de fenótipos passa a ser maior e pode diferir
levemente um do outro.
A herança multifatorial pode ser representada muitas vezes como uma
curva em forma de sino:

AÇÃO EM CONJUNTO DOS GENES + FATORES AMBIENTAIS


NA INFLUENCIAÇÃO DE UMA DADA CARACTERÍSTICA
MODELO DE LIMIAR
Distribuição de suscetibilidade para
estas doenças na população:

Algumas doenças ou
características nem sempre
seguem a distribuição em
forma de sino;

estão ausentes ou presentes


nos indivíduos;

seguem o modelo de limiar


Indivíduos na porção mais baixa da distribuição:

Poucas chances de desenvolverem a doença em questão (tem poucos alelos e


fatores ambientais que causem a doença)

Indivíduos na porção mais alta de distribuição:


Têm mais alelos e fatores ambientais causadores da doença – são
mais propensos a desenvolvê-la.

Para doenças multifatoriais que estão


presentes ou ausentes:

Limiar de suscetibilidade precisa ser cruzado


para se manifestar

Antes do limiar: indivíduo normal (menos


genes e menos exposição a fatores de risco)

Depois do limiar: Indivíduo doente (mais


genes e mais exposição a fatores de risco)
Exemplos de doenças que seguem o limiar de suscetibilidade
● Defeitos do tubo neural, lábio leporino, palato fendido
● Doenças da “modernidade”: hipertensão, diabetes,
obesidade, alcoolismo, câncer, etc...
Câncer e Herança multifatorial

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Definido o câncer

• O câncer é uma coleção de doenças que compartilham a característica


comum de crescimento celular descontrolado, levando a uma massa
de célula denominada neoplasia ou tumor.

• Tumor benigno = massa localizada de cédulas que se multiplicam


vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original

• Tumor maligno = invasão dos tecidos próximos e migração para locais


mais distantes do corpo: metástases
Eventos-chave que permitem à proliferação
descontrolada
• Mutação em genes que levam ao descontrole do ciclo celular e
diferenciação da célula cancerígena (atuação de mutágenos);

• Mecanismos que inibam a morte celular programada (apoptose);

• Novo abastecimento sanguíneo (angiogênese);

• Células adquirindo a capacidade de invasão e formação de


metástases.
Genes e câncer

Três classes de genes estão envolvidos com câncer: oncogenes, genes


supressores de tumor e genes de reparo de DNA.
Oncogenes: originados de mutações em proto-oncogenes, genes
reguladores da proliferação das células normais (promovem
crescimento celular) – mutação de ganho de função

Genes supressores de tumor: restringem o crescimento celular, quando


mutados, permitem a proliferação descontrolada – mutação de perda
de função

Genes de reparo de DNA: Inativação dos genes de reparo do DNA


provavelmente não afeta diretamente os passos normais do controle
do crescimento. Em vez disso, sua inativação parece resultar em
uma taxa aumentada de mutações numa variedade de genes
celulares, incluindo proto-oncogenes e genes supressores de tumor .
Alguns fatores de risco
importantes...

18
Câncer e herança multifatorial
Como prever a
hereditariedade numa herança
multifatorial???

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Cálculo do risco de recorrência em herança multifatorial
Se faz difícil, pois não se conhece :
● a constituição alélica precisa dos genitores
● A extensão dos fatores de risco, que podem variar substancialmente e
inclusive de um país a outro
Ex: Câncer de estômago no Japão – altos índices

Nos Estados Unidos modifica-se o padrão para câncer de cólon em


Japoneses a partir da 2a. geração de imigrantes. Por que?????
Critérios para presumir a recorrência em uma herança
multifatorial:

● O risco de recorrência se faz maior se o probando for do


sexo menos comumente afetado

● O risco de recorrência se faz maior em famílias com vários


membros afetados

● O risco de recorrência se faz maior se a doença for mais


severa no probando

● O risco de recorrência diminui em parentes mais remotos

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