Você está na página 1de 11

INSCRIÇÃO ESCOLA SALA LUGAR NA

SALA

NOME ASSINATURA DO CANDIDATO

LOTE SEQ

PSICOGERIATRIA E PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA

Instruções para a realização da prova


 Esta prova é composta de 5 questões dissertativas.
 Para responder as questões, utilize apenas caneta esferográfica PRETA.
 Responda as questões utilizando APENAS, o espaço destinado na página. Tudo que estiver fora
do espaço previsto para resposta não será considerado.
 As respostas devem ser OBJETIVAS e devem estar LEGÍVEIS. Responda apenas o que está
sendo perguntado. O que não estiver relacionado com a pergunta, não será considerado.
 Mantenha as respostas sem rasuras. Não passe corretivo na folha de respostas. Em caso de erro
ao escrever, proceda da seguinte maneira: colocar a palavra errada entre parênteses e fazer um
traço horizontal no meio da palavra. Ex.: (exame).
 Sua identificação está impressa na página de rosto, que será destacada antes da correção. NÃO
faça qualquer outro sinal ou marca que possa identificá-lo, pois isso poderá acarretar a anulação
da prova.

 A prova terá a duração total de 2 horas.


 Você somente poderá deixar a sala após 1h do início da prova, podendo levar consigo APENAS a
DECLARAÇÃO DE PRESENÇA (abaixo).

RESIDÊNCIA MÉDICA 2021 – 1ª FASE


PSICOGERIATRIA E PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA

DECLARAÇÃO DE PRESENÇA

Declaramos que o candidato abaixo, inscrito no PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2021, compareceu à prova da 1ª
Fase realizada no dia 23 de janeiro de 2021.

Nome: Documento:

Coordenação de Logística
Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp
1) Você é chamado para avaliar, em interconsulta, a Sra. Maria, 74 anos, internada por COVID-19
na UTI. Segundo a equipe, a paciente que está em ventilação não invasiva vem apresentando
quadro de agitação psicomotora, principalmente no período da noite, quando necessita de
contenção física e farmacológica (diazepam, prometazina, haloperidol). Durante o dia, fica mais
hipotenaz, desorientada no tempo e no espaço, faz falsos reconhecimentos com a equipe, fala
coisas sem sentido, acha que está “no supermercado”, parece apresentar fenômenos visuais,
como ilusões. Na avaliação objetiva, a atenção da paciente flutua constantemente. Ela falha no
teste de apertar a mão do avaliador quando solicitada. Está agitada e apreensiva, mas não
agressiva. Seu pensamento é desorganizado, e ela tem dificuldade em responder perguntas como
“um kilo pesa mais ou menos que dois kilos?”. Segundo os familiares, a Sra. Maria vem
apresentando alguma dificuldade com memória recente há cerca de 2 anos. Contudo, mora
sozinha e mantém suas atividades básicas e instrumentais de vida diária como sempre fez. Os
familiares nunca viram a Sra Maria neste estado de desorganização mental. Antes da internação,
a Sra Maria foi levada a um neuropsicólogo para avaliação, e o relatório mostra uma dificuldade
em memória (evocação tardia), sem disfunção executiva ou em outros domínios cognitivos. Sua
Ressonância Nuclear Magnética deste período mostra um MTA = 3 e um Fazekas = 1.
PERGUNTA-SE:
A–QUAL O DIAGNÓSTICO DE BASE (PRÉVIO) MAIS PROVÁVEL PARA O CASO
(DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO E ETIOLÓGICO)? JUSTIFIQUE SUCINTAMENTE. QUAL É O
DIAGNÓSTICO NEUROPSIQUIÁTRICO ATUAL? JUSTIFIQUE SUCINTAMENTE.

2
B– QUAL A CONDUTA PARA O CASO.

3
02. O uso de substâncias psicoativas (SPA) por adolescentes é uma preocupação global
atualmente e sua abordagem inclui medidas preventivas em todos os níveis. PERGUNTA-SE:
A– CITE OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA USO DE SPA POR ADOLESCENTES
(FATORES FAMILIARES, INDIVIDUAIS E AMBIENTAIS).

B. QUAIS SÃO OS RISCOS DO USO DE SPA DURANTE ESTA FASE DA VIDA?

4
03. Menina de 12 anos é trazido pelos pais para consulta pois refere sentir-se perturbado por
pensamentos de que tudo na escola está contaminado com germes e que quando senta-se em
sua carteira sente como se germes estivessem movendo pelas suas roupas e pele,
contaminando-o. A ansiedade vai crescendo ao longo do dia, de tal forma que ao chegar em casa
precisa tomar um banho que chega a durar duas horas. Acredita que esses pensamentos são
absurdos, mas não consegue resistir ao temor de contaminação, nem impedir a realização do
banho demorado . Apesar destes pensamentos, que se iniciaram há dois meses, o rapaz manteve
suas notas, conversa com seus poucos amigos durante os intervalos de aula e o recreio. Não há
história anterior de dificuldades emocionais ou familiares. Seus pais são presentes e atenciosos.
Não há história familiar de transtornos psiquiátricos na família. PERGUNTA-SE:
A– QUAL O DIAGNÓSTICO? JUSTIFIQUE.

B– QUAL O TRATAMENTO E ORIENTAÇÕES? JUSTIFIQUE.

5
04. Paciente de 23 anos com Lupus Eritematoso Sistêmico que deu entrada na UER por tentativa
de suicídio com veneno de rato. Já estava compensada clinicamente. Segundo o colega, a
paciente apresentava-se apática e entristecida, com discurso frequente de morte e relato de já
haver tentado o suicídio duas vezes por “não aguentar mais ser doente”, segundo relato da
própria. As tentativas anteriores haviam sido com remédios de sua tia, com quem morava. Dessa
vez, a paciente havia deixado uma carta de despedida e relatou ter procurado na internet meios
efetivos de se matar, encontrando o veneno de rato. Esperou a tia ir para a igreja e tomou a
medicação que havia comprado dias antes, em um lugar longe de sua casa, “para que ninguém a
reconhecesse”. Morava com a tia desde a infância , quando seus pais se separaram por
alcoolismo do pai e violência familiar. Logo após a separação, a mãe da paciente foi morar com
um namorado e desde então o contato com a mãe era muito raro e tumultuado. O pai havia se
enforcado há 2 anos, o que abalou bastante a paciente e fez com que ela piorasse um
comportamento automutilatório que apresentava desde os 13 anos.
A relação com a tia era tranquila, segundo a paciente. Elas moravam em um bairro bastante
violento de Campinas, e viviam da pensão da tia e do salário da paciente, que era manicure e
gostava bastante do que fazia. A tia tinha problemas de saúde, como diabetes com uso de
insulina e dependia da paciente para os cuidados da casa, não pode comparecer a UER por um
“problema na perna”, por isso o contato foi telefônico.
A paciente tinha poucos amigos e havia deixado a escola porque segundo ela sofria bullyng
porque seu rosto havia “mudado” pelo uso de medicação para o Lupus. Frequentava a Igreja
evangélica do bairro, semanalmente. Já havia sido encaminhada a tratamento psiquiátrico pelo
reumatologista que a acompanhava mas não havia conseguido consulta na rede básica de
Campinas. O tratamento para o Lupus era irregular, a equipe de reumatologia suspeitava de que
ela tomava os medicamentos de maneira errada, ora suspendendo o uso ora tomando vários ao
mesmo tempo.
Na véspera da tentativa, a paciente havia terminado um relacionamento de 3 anos, o que segundo
ela piorou sua tristeza e a sensação de que “não servia pra nada”.
Durante a avaliação, a paciente mostrava um humor depressivo, colaborativa durante a avaliação,
sem alterações da sensopercepção ou do juízo de realidade. Chorou durante a entrevista, e
apresentava um discurso de conteúdo depressivo, com idéias de culpa e menos valia prevalentes.
Memória e inteligência preservadas. Tinha diversas cicatrizes superficiais em pernas e braços,
algumas mais recentes.
Mantinha ideação suicida e minimizava a gravidade da tentativa. Negou uso de substâncias
psicoativas, mas afirmou que de vez em quando pegava medicamentos da tia para ajuda-la a
dormir, “tarja preta”. PERGUNTA-SE:

6
A– A INTENCIONALIDADE SUICIDA DA PACIENTE É CONSIDERADA ALTA, MODERADA OU
BAIXA? MENCIONE OS ELEMENTOS QUE FUNDAMENTEM SUA RESPOSTA.

B. QUAL SERIA A SUA CONDUTA? JUSTIFIQUE, A PARTIR DOS DADOS DA HISTÓRIA E


DO EXAME DO ESTADO MENTAL.

7
05. Com relação às funções psíquicas elementares e suas alterações: PERGUNTA-SE:
A. COM RELAÇÃO AO JUÍZO DE REALIDADE, ESTABELEÇA A DIFERENÇA ENTRE IDEIAS
PREVALENTES (OU SOBREVALORADAS) E IDEIAS DELIRANTES.

B. COM RELAÇÃO À SENSOPERCEPÇÃO, ESTABELEÇA A DIFERENÇA ENTRE


ALUCINAÇÃO E PSEUDO-ALUCINAÇÃO.

8
9

Você também pode gostar