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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE ENFERMAGEM

Deficiência intelectual: estudo de


caso

Docente: Carmen Lúcia de Araújo Paes


Discente: Milene Ferreira da Costa Silva
Sumário
CONCEITO DIAGNÓSTI CONCLUSÃO
CO

CLASSIFICA TRATAMENT
ÇÃO O

CAUSAS ANAMNESE

SINAIS E DIAGNÓSTICO
SINTOMAS DE
ENFERMAGEM
Conceito
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a deficiência intelectual
(DI), antigamente denominada retardo mental, como uma capacidade
significativamente reduzida de compreender informações novas ou
complexas e de aprender e aplicar novas habilidades (inteligência
prejudicada).
NÍVEL DE QI

LEVE MÉDIO/MODERADO GRAVE/ SEVERO PROFUNDO

QI: 50–69 QI: 35–49 QI: 20–34 QI: < 20


IM: 9-11 anos IM: 6-8 anos IM: 3-5 anos IM: < 3 anos
Principais causas
• Distúrbios cromossômicos e genéticos; • Distúrbios Neonatais;
• Síndromes genéticas; • Lesão ao nascimento;
• Distúrbios metabólicos; • Lesão cerebral traumática;
• Doenças maternas; • Distúrbios convulsivos.
• Prematuridade;
Sinais e sintomas
• Início do quadro clínico antes de 18 anos de idade;

• Função intelectual significativamente abaixo da média.

• Deficiência nas habilidades adaptativas em pelo menos duas das seguintes áreas:
comunicação, autocuidados, habilidades sociais/interpessoais, auto orientação,
rendimento escolar, trabalho, lazer, saúde e segurança.
DIAGNÓSTICO
F 71.0
Retardo mental moderado - menção de ausência de
ou de comprometimento mínimo do comportamento.

F 06.9
Transtorno mental não especificado devido a uma
lesão e disfunção cerebral e a uma doença física.
TRATAMENTO

Não tem um tratamento específico, porém as


• Hemifumarato de Quetiapina
deficiências associadas são, algumas vezes,
100mg
passíveis de intervenção e tratamento
farmacológico.

• Diazepam 10mg
Anamnese Paciente R.B.S, 45 anos, pardo, natural de
Tucuruí, nasceu de parto normal em
hospital, 7° filho de 10, destes, 3
apresentam transtorno mental. Segundo o
genitor não existem antecedentes familiares
em ambas as linhagens. Infância boa,
brincava com os colegas. Frequentou a
escola, mas não aprendeu a ler e nem a
escrever. Sempre morou com os pais.
Experimentou a bebida, porém não
consome mais. É tabagista desde os 20 anos.
Não constituiu família e sobrevive da
aposentadoria dos pais.
Sobre o • Deficiência visual aos 20 anos
Paciente R.B.S
• Usuário de drogas

• Crise de inquietação,
alucinações visuais e auditivas,
agitação na cabeça. Fala muito
do mundo.
Diagnóstico de Enfermagem
• Percepção sensorial perturbada relacionada à redução e à distorção da percepção, com repostas
exageradas, distorcidas ou prejudicadas, caracterizadas por alucinações: auditiva, visual.

• Baixa autoestima situacional relacionada a verbalização de depreciação de si mesmo, sentimentos de


desamparo e inutilidade.

• Déficit no autocuidado ligado à falta ou redução de motivação para o autocuidado e ao prejuízo cognitivo.

• Processos familiares disfuncionais, relacionados à falta de capacidade para resolver problemas e enfrentar
situações decorrentes de seu comportamento e do distúrbio de personalidade.
Intervenções de Enfermagem
Manter o paciente ocupado em atividades produtivas, de acordo com suas condições clínicas, estimulando-o a
se concentrar na atividade. Essa intervenção ajuda a desviar a atenção da SPA e a desenvolver o senso de
responsabilidade, a autoestima e o respeito por si mesmo.

Orientar o paciente e sua família sobre o efeito nocivo das SPAs no organismo da pessoa e os prejuízos pessoais,
familiares, socioeconômicos e, principalmente, a perda de sua liberdade e a vivência da rejeição pelas pessoas
que lhes são significativas.

Esclarecer ao paciente que em seu cuidado são consideradas as diferentes dimensões do ser humano, e não
apenas o uso de SPA;

Ajudar o paciente a aceitar que o comportamento dele é consequência do consumo de SPA, não admitindo suas
racionalizações nem a atribuição às outras pessoas ou situações de sua condição atual.
Considerações finais
Ao cuidar de um paciente psiquiátrico é necessário pensar na
integralidade do sujeito, como um ser biopsicossocial, ele não é uma
doença, mas convive com uma doença permeada de preconceitos e
estigmas.

Portanto é necessário o acolhimento e escuta para identificar as


necessidades do paciente, e assim construir soluções para assegurar a
qualidade de vida e a dignidade a estes indivíduos.
Referências
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Tudo o que você precisa saber sobre deficiência intelectual em psiquiatria - Sanar Medicina, Sanar | Medicina, disponível em: <>.
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