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SAÚDE MENTAL e PSIQUIATRIA

Docente da cadeira: Veleta Francisco José


• Conceito:

A OMS define a Saúde Mental como um estado de bem-estar


no qual o indivíduo realiza as suas proprias habilidades, e não
apenas ausência de Transtorno Mental, é abase para o bem-
estar e o funcionamento eficaz de um indivíduo na Sociedade.

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Breve historial

• O conceito de doença mental estava ligado a explicações


mágica-religiosas, que atribuíam a uma força sobrenatural
a origem dos transtornos mentais.
• Assim, a loucura era aceite como uma imposição divina,
uma interferência dos Deuses. Por conseqüência, o modo
como a sociedade a encarava tornava-se ambíguo, pelo
fato de que tanto poderia ser o enfermo um portador, ou
intérprete da vontade divina, como também um

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castigado pelos deuses ou um demonio.
Cont.

• Na Grécia Antiga, mesmo que os distúrbios mentais


fossem encarados ainda como origens sobrenaturais,
procurou-se em causas somáticas a origem dos
mesmos.

• Na Alemanha uma nova corrente com relação aos


transtornos mentais, surgi:
 A psiquiatria, essa corrente seguiu os caminhos da
medicina, recebendo um reconhecimento
internacional, e o estabelecimento de um sistema
moderno de estudo dos transtornos mentais.

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Tratamento
• O tratamento era um conjunto de métodos que
variavam de rituais mágicos, exorcismo e até
supliciação (tortura) dos doentes, empregados por
homens a quem se atribuía a capacidade de manter
um inter-relacionamento com o sobrenatural,
criando explicações dentro de suas respectivas
crenças.
• Este tinha como objetivo controlar, abaziguar ou
expulsar estas forças “demoníacas.

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Diferença e relação de S.M.P

• Falar de Saúde Mental é muito mais do que uma troca de


termos; inclui uma diferença de critérios, da doença – foco
central da Psiquiatria – para a saúde.
• O termo Saúde Mental se justifica, assim, por ser uma área de
conhecimento que, mais do que diagnosticar e tratar, liga-se à
prevenção e promoção de saúde, preocupando-se em reabilitar
e reincluir o paciente em seu contexto social.
• Podemos falar em transtornos mentais, mas com os olhos
voltados para a reabilitação, a saúde e a reintegração.

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Políticas de saúde orientadas para situações de S.M.P
• A Política do Ministério de Saúde, aprovada 1995, serve de
plataforma para o desenvolvimento do sector de Saúde Mental em
Moçambique.
• II MISAU, Há alguns grupos sociais que, pelas suas características
de desenvolvimento e/ou situacionais, se encontram em maior
risco para desenvolverem perturbações mentais e de
comportamento .
• Nestes grupos estão: as crianças órfãs, as vítimas de abuso
sexual e violência, as portadoras de deficiência física, os
idosos, mulheres vítimas de abuso sexual e violência
doméstica, as vítimas de calamidades naturais e outros
acidentes, e as pessoas que vivem em condições de pobreza
extrema.

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Determinantes sócio-económicos da Saúde e da
Doença Mental
• são assim considerados como alguns dos mais
evidentes determinantes sócio-económicos da
saúde e da doença mental:
 a pobreza;
 a educação;
 o desemprego;
 a exclusão social e
 o género

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Cont.
A relação existente entre a produtividade de uma nação e o
bem-estar físico e mental dos seus cidadãos obriga a repensar
em conjunto a promoção da saúde mental da comunidade.
Assim, são preponderantes o atendimento ou resolução de
questões que têm a ver com a Epilepsia, Esquizofrenia e
outras perturbações mentais crónicas, Psicoses Infantis,
Dificuldades de Aprendizagem, Consumo do Álcool,
Drogas e Tabaco, HIV/SIDA, até à questão de um grande
número de pessoas que vive nas ruas.
Com efeito, as concepções tradicionais e culturais de doença
mental, têm levado à discriminação destes doentes e ao
atendimento desumano a que têm sido vítimas, (MISAU).

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A estratégia e o plano de acção para a saúde
mental
O Programa Nacional de Saúde Mental (PNSM) foi
formalmente aprovado em 1990, no XVIº Conselho
Coordenador de Saúde.
Este documento aponta como objectivo principal
do (PNSM) no país, o desenvolvimento e
intensificação das actividades de saúde mental,
assistência psiquiátrica e de legislação orientadora
para a protecção das pessoas com pertubação
mental e do comportamento, ao nível Nacional,
com princípios orientadores que assentam em 4
aspectos, nomeadamente:

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Cont.

 A formação de recursos humanos


especializados em saúde mental,
A integração dos cuidados de saúde
mental nos cuidados de saúde em geral,
A reabilitação psicossocial das pessoas
com perturbação mental e do
comportamento;
A colaboração inter-sectorial.

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Política e Legislação Nacional
O Plano de Acção para a Saúde mental, foi elaborada com
base em vários instrumentos de políticas e legislação
nacionais nomeadamente:
 A Constituição da República
 A Política Nacional de Saúde em 2007
 O Formulário Nacional de Medicamentos
 O Decreto-lei 11/2007 – Regulamento da Comercialização e
Consumo do Tabaco
 O Decreto-lei 54/2013 – Regulamento sobre o Controlo de
Produção, Comercialização e Consumo de Bebidas
Alcoólicas

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Cont.
Visão
Melhorar a qualidade de saúde da população moçambicana
através da promoção de saúde mental, prevenção e tratamento
das perturbações mentais e de comportamento baseado em
evidências científicas actualizadas.
Missão
Promover o bem-estar mental, prevenir as perturbações mentais,
prestar atendimento, promover os direitos humanos e reduzir a
mortalidade, morbilidade e incapacidade para pessoas com
perturbações mentais.

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Normas e Padrões Recomendados
Estes documentos incluem:
 A Política para a Pessoa com Deficiência
 A s Normas para cuidados básicos comunitários;
 As Normas de funcionamento do Serviço
Nacional de Saúde
 Lei de protecção da criança e do adolescente
 A Lei da Família.

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Princípios orientadores e programa de acção
1. Uma boa saúde mental é essencial ao desenvolvimento integral
das potencialidades humanas;

2. Toda a comunidade desempenha um papel essencial na


advocacia e educação em saúde mental. A promoção, a prevenção
e a inclusão social das pessoas com transtornos mentais deve ser
uma responsabilidade de todas as pessoas e instituições;

3. Os serviços de saúde mental deverão ter uma orientação não


restritiva: os cuidados deverão ser prestados prioritariamente na
comunidade, de maneira a evitar que os doentes se desloquem do
seu meio habitual e a facilitar a sua reabilitação e inserção social.

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Por hoje é tudo

Muito obrigado pela atenção

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