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Versão bíblica
A versão bíblica da história judaica mostra que os judeus são uma nação escolhida
por Deus, como um povo separado e santo, guardião das leis dadas por Deus. Assim a
história bíblica de Israel é uma história onde Deus intervém no mundo, de acordo com a
relação de Israel para com Deus.
Os patriarcas e o êxodo
De acordo com a tradição judaico-cristã, a história judaica começa com o chamado
de Deus ao caldeu Abraão. Abraão teria sido um fiel seguidor do monoteísmo em uma
época de idolatria, o que fez com que Deus prometesse dar descendência a Abraão e
fazer desta o povo eleito deste Deus. Esta promessa se cumpriria com o nascimento
de Isaac, que daria origem a Jacó e que este seria pai de doze filhos, os quais seriam os
pais das doze tribos de Israel. Após a imigração para o Egito, devido a uma grande fome,
a família de Jacó cresce em número e influência, o que leva à sua escravização por parte
dos egípcios, e o surgimento de um libertador, Moisés, que sob a mão de Deus tira o povo
do Egito, entrega-lhes as leis divinas e dá aos filhos de Jacó um sentido de "nação". Após
uma peregrinação de 40 anos no deserto, este povo teria, sob o comando de Josué,
conquistado a terra de Canaã.
Os juízes e a monarquia unida
Os israelitas conquistaram algumas regiões de Canaã, mas ainda assim não mantiveram
uma unidade nacional. Cada tribo mantinha suas leis e costumes e uniam-se ou
combatiam entre si, de acordo com as suas conveniências. Geralmente por lutar cada tribo
era governada e julgada por juízes, pessoas que seriam determinadas por Deus para tal
cargo.
Posteriormente, os israelitas, ao se sentirem dispersos, pedem um rei a Deus. Saul,
escolhido por Deus, torna-se rei de Israel. Mas a sua rebeldia, em seguir os mandamentos
da Torá, faz com que perca o reinado e, após alguns contra tempos, Davi, um pastor-
guerreiro de Judá é escolhido por Deus para ser rei. Aqui apresentam-se a primeira vez a
unificação das tribos em uma única nação e inicia-se o período áureo da história judaica,
que será consolidado com o reinado de Salomão, filho de Davi
Historiografia Judaica
A Bíblia Sagrada constitui o alimento base da historiografia Judaica, pós
estabelece só por si, toda uma literatura, tal a variedade de géneros nela
apresentada: poesia, história, direito, etc. Pela natureza e quantidade dos
temas nela abordados, a Bíblia constitui uma verdadeira literatura da nação
Judaica e como tal, uma valiosíssima fonte de informação acerca da sua
História, assim como da história dos povos do próximo oriente, com os quais os
Judeus estiveram em contacto com os: Caldeus, Egípcios, Fenícios, Assírios,
Persas.
Até ao primeiro quartel do século XIX, por falta de outras fontes, a Bíblia foi a
principal fonte de informação acerca da História do Próximo Oriente Antigo.
Este caso aliada ao facto de ser também o livro sagrado de católicos,
protestantes e cristãos ortodoxos, conferiu ao conteúdo da Bíblia uma
credibilidade quase universal.
A Bíblia passa para o segundo plano, com a decifração das antigas escritas
egípcias e cuneiformes, como fonte histórica dos Judeus, não só pela
abundância, como também pela antiguidade e credibilidade das novas fontes.
Historiografia cristã
Medieval
Começa por volta do ano 476 no século V com a queda do império romano do
Ocidente na sequência da tomada de Roma pelos bárbaros. A destruição do
Império Romano do Ocidente marca o fim da Antiguidade esclavagista e o
início da Idade Média feudal. A substituição da formas de vida política,
económica e social até ai estabelecidas devido a paralisação da actividade
comercial, destruição das cidades e fuga das populações das zonas urbanas
para as rurais (ruralização).
Tratava-se não de uma transmissão de uma imagem fiel e objectiva dos factos
narrados mas de uma imagem conveniente à instituição servida pelo cronista.
Até que o próprio colunista era um homem ao serviço do príncipe.